Criatura sem cérebro

DIA SEGUINTE...

HENRY: Acordo cedo como de costume, quando ia levantar a Beth bate na porta...

Elizabeth Ruiz, 55 anos. Empregada da casa, é casada e tem dois filhos gêmeos de 20 anos, os seus milagres, engravidou quando já não tinha mais esperanças. Ambos são estudantes de medicina.

João Ruiz, 55 anos. Marido dela e pais dos jovens, é chefe da segurança da casa.

BETH: Bom dia senhor, o café está servido

HENRY: Mande a mulher que esta no quarto da frente vir aqui e depois pode descer

BETH: Sim senhor, com licença

Sigo pra o quarto e bato na porta

TOC... TOC...

SOFIA: Estou indo... meu Deus, só pode ser ele... me levanto nervosa e vou abrir a porta. quando olho, uma senhora linda e sorridente

BETH: Bom dia querida, seja bem vinda

SOFIA: Bom dia, entre

BETH: Porque está com este roupão?

SOFIA: Não tenho roupa (falo envergonhada)

BETH: Oh meu Deus... espere um minuto, buscarei uma minha pra você, talvez fiquem largas e feias, mas por enquanto é o que posso lhe oferecer

SOFIA: E eu agradeço muito (sorrio e ela sai)

Poucos minutos depois ela volta com uma muda de roupa e eu visto, até que não ficou tão ruim...

Ficaram muito boas (sorrio)

BETH: Você é gentil isso sim... Bom filha, vá ao quarto do senhor Henry, ele a espera.

SOFIA: O nome dele é Henry?

BETH: Sim filha, como veio parar aqui se nem sabe o nome dele?

SOFIA: É uma longa história, assim que der te conto, obrigada por tudo... O meu é Sofia tá?

BETH: Não fiz nada, agora vá logo, o meu é Beth (sorrio)

TOC... TOC..

SOFIA: Bato e ninguém responde, vejo que está aberta e decido entrar, assim que entro ele sai do banheiro só de toalha, tomo um susto e fecho os olhos com as mãos.

HENRY: Porque não bateu antes de entrar?

SOFIA: Eu bati, mas o senhor não ouviu, acabei entrando, desculpa (falo ainda com as mãos nos olhos)

HENRY: Da próxima vez espere lá fora

SOFIA: Sim senhor...

Ele sai e entra em outra porta que julgo ser o closet, fico ali parada sem saber o que fazer. Minutos depois ele sai muito bem vestido em um terno me olhando. E penso que agora sim estou ferrada (abaixo a cabeça)

HENRY: Saio do closet e a tonta ainda tá lá parada feito uma estátua (eu mereço viu - penso) Sigo em direção à ela a passos firmes e paro bem na sua frente a centímetros dela, levantando seu rosto

O que ainda faz aí parada? (pergunto sério)

SOFIA: Ah... ah... sim, claro senhor, me desculpe... entendo o que ele quis dizer, e vou logo tirando minha roupa, não adianta lutar mesmo...

HENRY: Quando menos espero, ela tá prestes a tirar a roupa, logo seguro sua mão...

E agora criatura, o que pensa que está fazendo?

SOFIA: Não foi pra isso que me comprou senhor? então vou servi-lo como tem que ser, só peço que se possível não me machuque (falo já com lágrimas nos olhos)

HENRY: Escuta criatura sem cérebro... eu não te comprei pra te comer beleza? Não me interessa se é uma prostituta e se quer fazer o seu trabalho... (antes de concluir o que dizia sinto meu rosto arder)

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