A discussão foi abruptamente interrompida por Nathan, o segurança que acabara de retornar de sua viagem. Ele nos chamou para entrar, pois era a hora marcada para o anúncio oficial.
Em um olhar de cumplicidade compartilhado entre Andrew e eu, voltamos aos nossos papéis de casal perfeito e seguimos até a sala, onde todos nos aguardavam.
A festa prosseguiu, mas, por trás dos sorrisos forçados e dos cumprimentos ensaiados, ambos sabíamos que o verdadeiro desafio estava apenas começando. O contrato que nos mantinha juntos pairava como uma sombra constante sobre cada momento, enquanto nossas emoções continuavam a nos atormentar.
À medida que a noite avançava e as formalidades se desenrolavam, lutamos para manter as aparências, encarando a pressão e as expectativas de nossas famílias e convidados. Enquanto a festa seguia seu curso, a questão que pairava no ar era se seríamos capazes de transformar esse casamento imposto em algo genuíno ou se continuaríamos como prisioneiros de um acordo que não desejávamos.
Assim que a festa chegou ao fim, busquei refúgio em meu quarto, ansiosa para escapar do pesadelo que se tornara. Um longo banho tentou aliviar as tensões provenientes da discussão com Andrew.
Na manhã seguinte, voltamos à cruel realidade e nos preparamos para a faculdade, desempenhando o papel de um casal apaixonado. No carro, Andrew tentou iniciar uma conversa, mas o ignorei por completo, mantendo meus olhos fixos na paisagem que passava pela janela.
Ao chegarmos à faculdade, me reuni com minhas colegas e caminhei para a sala de aula. Pelo menos ali, entre livros e anotações, conseguia temporariamente esquecer toda a bagunça que se tornara minha vida.
Pensava que talvez, naquele ambiente acadêmico, pudesse encontrar uma fuga das pressões e obrigações que a vida adulta me impusera. Enquanto as aulas se desenrolavam, tentei concentrar-me no presente, deixando as preocupações sobre o casamento forçado e o drama com Andrew em segundo plano. No entanto, o peso do contrato e das emoções tumultuadas continuava a pairar como uma sombra constante.
Essa sombra do contrato e das emoções complicadas me acompanhou ao longo do dia na faculdade. Às vezes, meus pensamentos se perdiam nas palavras do professor ou nas anotações do caderno, mas logo a realidade me arrancava de meus devaneios, lembrando-me de minha situação.
Finalmente, ao fim das aulas, me despedi de minhas colegas e segui com Andrew, mais uma vez interpretando o papel de um casal apaixonado. Apesar da tensão constante entre nós, nossa atuação era convincente, desafiando nossas habilidades de representação.
À medida que retornávamos para casa, não pude evitar pensar no futuro incerto que nos aguardava, presos em um casamento que nunca desejara. A sombra do contrato e das emoções conflitantes continuava a pairar sobre mim, um dilema sem solução à vista. À medida que a noite se aproximava, o que esperava por esse casal imperfeito permanecia envolto em incertezas, mas ambos estávamos determinados a manter as aparências e enfrentar os desafios que surgissem.
Andrew tentou iniciar uma conversa enquanto nos aproximávamos de casa, quebrando o silêncio que havia se estabelecido entre nós.
Andrew: Isabela, agora que estamos nisso, precisamos começar a nos preparar para o casamento. Afinal, ele está marcado para daqui a um mês.
Eu, ainda perdida em meus pensamentos e sentimentos conflitantes, olhei para Andrew com uma mistura de resignação e apreensão.
Isabela: Eu sei que o casamento se aproxima, mas, Andrew, não se esqueça de que este é um casamento de fachada. Estamos apenas cumprindo um contrato. Não temos base real para planejar um casamento de verdade.
Andrew suspirou, parecendo momentaneamente derrotado.
Andrew: Eu entendo, Isabela, mas a empresa está de olho em nós. Precisamos fazer com que isso pareça real, pelo menos na superfície. Não podemos permitir que surjam suspeitas.
Eu compreendia a lógica por trás das palavras de Andrew, mas meu coração ainda estava repleto de dúvidas e tristezas. À medida que o carro se aproximava da mansão dos Weston, ambos sabíamos que os próximos dias seriam desafiadores, enquanto enfrentamos as expectativas impostas por nosso casamento forçado e as complexidades de nossas próprias emoções.
E assim, o mês se desenrolou, uma sucessão de dias preenchidos com a rotina da faculdade, seguida de noites dedicadas aos preparativos para o casamento falso. Cada detalhe do casamento era meticulosamente planejado, como uma produção teatral que precisava ser executada sem falhas.
Encontramo-nos com decoradores e organizadores de festas, escolhendo o salão de festas perfeito e decidindo sobre a decoração que faria o casamento parecer autêntico. Experimentávamos pratos de comida e selecionamos um menu que agradaria aos convidados, embora soubéssemos que grande parte seria desperdiçada.
O processo de escolha do vestido de noiva foi particularmente desafiador para mim. Enquanto eu observava meu reflexo no espelho, experimentando vestidos de noiva requintados, não conseguia evitar pensar que este era o vestido que jamais desejei usar.
Além disso, visitamos a casa que em breve compartilharemos como marido e mulher, escolhendo detalhes de mobília e decoração com minúcia. Cada escolha era feita com precisão, mas o significado subjacente a essas ações sempre estava lá, me assombrando.
A pressão para manter as aparências era avassaladora, e a fachada de nosso casamento fictício era construída camada por camada, escondendo a verdade de que nosso relacionamento era um acordo forçado. À medida que o grande dia se aproximava inexoravelmente, a questão que pairava sobre nós era se seríamos capazes de sustentar essa ilusão, de manter essa dança perfeita de aparências. Os ensaios contínuos, as interações forçadas, tudo isso era um desafio que parecia impossível de vencer. A pressão das expectativas de todos à nossa volta era um fardo constante.
Conforme os preparativos avançavam, as tarefas se multiplicavam. A escolha das flores, a decisão final sobre o cardápio, a seleção das músicas, cada detalhe era discutido e decidido, como se estivéssemos criando uma obra-prima do teatro. A casa que compartilharíamos estava se transformando em um lar, pelo menos na aparência. Mobília escolhida a dedo e decoração meticulosa criavam um cenário encantador, mesmo que a realidade fosse agridoce.
A sombra do contrato e das emoções contraditórias nunca nos abandonava, mas agora ela se manifestava com ainda mais intensidade. Ambos estávamos presos em um jogo complexo, com regras que não tínhamos escolhido, e que, a cada dia, pareciam ficar mais difíceis de seguir.
Mesmo que a verdade sobre nosso casamento pudesse ser mantida escondida por algum tempo, ambos sabíamos que era apenas uma questão de tempo até que alguém percebesse que nossos sentimentos eram apenas encenação. O mês passava, os preparativos continuavam, e o futuro incerto se aproximava cada vez mais rápido, como uma tempestade que se aproximava no horizonte.
A pergunta que continuava a nos assombrar, silenciosa, persistente, era se algum dia encontraríamos um caminho para escapar desse labirinto de mentiras e viver a vida que realmente desejávamos. Seria possível desvendar o nó apertado do contrato e das emoções entrelaçadas? Ou seríamos, para sempre, prisioneiros de nossa própria encenação? A resposta, como a revelação de um grande mistério, ainda estava oculta no futuro, e apenas o tempo revelaria o destino desse casal imperfeito.
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Atualizado até capítulo 45
Comments
Luzia Ribeiro
engraçado ela está sendo obrigada a casar por culpa do pai e fica ai toda marrentinha além de ser feia ainda é chata
2024-03-14
1
Regina Célia Sanches
já tá ficando chato ela toda hora falando do casamento e dos plobremas do casanento
2023-12-02
2