Capítulo 13

Continuei caminhando por um bom tempo sem rumo certo, preocupado com o meu futuro e o meu destino, mas depois de um tempo decidi voltar para o meu apartamento para poder pensar melhor na situação e ter um pouco de paz; no entanto, não esperava que aquele homem estivesse lá me esperando com as minhas malas prontas para me levar de volta para casa, e quando digo casa, me refiro àquele lugar sombrio e gigantesco, aquela mansão horrível onde ele me tratou mal.

Assim que ele me disse:

- Você deve voltar para casa comigo para que eu possa cuidar da sua gravidez e garantir que nada aconteça com nosso filho.

Eu menti dizendo:

- Não sei se você sabe\, mas o médico me disse que é apenas um desequilíbrio hormonal devido ao estresse e ansiedade que tive que enfrentar. Ele me perguntou se eu tinha estado sob pressão nos últimos dias ou meses\, e como foi o caso\, eu assegurei isso a ele. Ele me disse que meus hormônios estavam descontrolados por causa disso e que não há nenhuma gravidez.

Koyomori obviamente não acreditou em mim, mas preferiu me dar o benefício da dúvida e disse:

- Na verdade\, não confio muito em você\, mas por enquanto vou acreditar. Mas amanhã\, logo de manhã\, iremos ao nosso médico para fazer um novo exame e descartar completamente a gravidez.

- Está bem\, concordo em fazer o exame amanhã\, mas em troca disso\, quero que você me deixe passar a noite aqui. Sejamos sinceros\, eu não quero voltar para aquela casa com você\, então deixe-me ficar aqui hoje e ter um pouco de paz. Você e seu pai me devem isso.

- Se é isso que você quer\, então deixarei você ficar neste lugar hoje\, mas quero que esteja pronto para irmos amanhã de manhã.

- Já dei minha palavra de que irei e assim farei.

Depois da breve conversa, Koyomori foi embora, mas deixou um de seus homens para vigiar todos os meus movimentos, já que não confiava em mim.

Comecei a pensar no que poderia fazer, pois se fosse ao hospital, Koyomori certamente descobriria que eu estava grávido e não me deixaria ir. Eu estaria enclausurado em uma jaula e não teria paz nem liberdade nunca mais. Seria apenas uma máquina de fazer filhos, que era o que, afinal de contas, Koyomori precisava. Passei a noite em claro pensando várias vezes em uma solução para o meu problema, mas nada me ocorria. Já estava perto das 3 da manhã no meu relógio e ainda não havia encontrado uma solução, o que me levou a tomar uma decisão muito drástica, que era tentar desaparecer deste mundo e tentar voltar para o meu mundo original. Se isso não fosse possível, pelo menos eu não estaria mais lá para sofrer este calvário. Então comecei a procurar lugares na internet para cumprir minha missão e encontrei uma ponte sobre um rio, onde muitos iam para acabar com suas vidas. Após pensar várias vezes, finalmente decidi...

Empacotei algumas coisas em uma pequena mala e saí do apartamento em direção àquela ponte, sem perceber que estava sendo seguido por um dos homens de Koyomori. Aquele homem já havia informado a ele dos meus movimentos. Koyomori não ficou em casa esperando notícias do que eu estava fazendo, ele perguntou diretamente onde eu estava e foi até lá.

Assim que cheguei à ponte, a primeira coisa que fiz foi olhar para baixo e, ao ver a altura, senti muito medo porque ainda não estava muito certo se era a coisa certa a fazer. No entanto, quando estava prestes a me arrepender, Koyomori apareceu do nada, gritando muito zangado, agitando as mãos de um lado para o outro. Finalmente tomei aquela decisão e me joguei da ponte, e Koyomori, ao ver essa cena, não pensou duas vezes e me seguiu para tentar me salvar.

cuando eu estava na água comecei a perder a consciência aos poucos até desmaiar, nesse momento vi um homem muito parecido comigo, parecia um espelho, então comecei a gritar para ver se ele me ouvia, mas meus esforços foram totalmente em vão, porém, depois de alguns segundos ele viu quem era meu meio-irmão, ele estava conversando com aquela pessoa, e percebi que a pessoa ali era o Hideaki do mundo onde eu havia aterrissado e que havíamos trocado de corpos.

Ao perceber isso, tentei de tudo para me comunicar com ele, mas nenhuma das minhas tentativas funcionava até que tive a ideia de bater naquele espelho, assim que fiz isso vi o Hideaki de lá segurar a cabeça com as duas mãos como se estivesse com muita dor, então bati mais uma vez e comecei a falar, vi sua reação e soube que ele estava me ouvindo, então disse:

- Hideaki\, me escute atentamente\, aquela pessoa com quem você está conversando é má\, ela tentou me assassinar.

Sussurrando ele respondeu:

- Você sabe quem sou?

- Sim\, sei que você vive em um mundo onde homens engravidam\, certo?

- Sim\, você sabe como eu vim parar aqui?

- Não\, não sei\, tudo que sei é que trocamos de corpos\, você está no meu corpo e eu estou no seu\, eu te aviso para se afastar daquele homem com quem você estava conversando\, ele é meu meio-irmão por parte de mãe e pai\, eles tentaram me matar\, e foi nesse momento que trocamos de corpos.

- Então foi por isso que eu estava no hospital quando acordei\, parecia estranho\, pois nada havia acontecido comigo\, estava em uma noite muito quente com meu marido\, como ele está?

- Ele está bem\, adora me insultar.

- Ele é assim\, mas no fundo me ama\, eu sei disso.

- Desculpe ser tão franco\, mas ele ama outra pessoa\, não você\, ele pediu divórcio várias vezes e eu aceitei dar a ele\, mas agora há um pequeno problema\, porém\, parece que já resolvi.

- Como assim resolveu\, qual problema?

- Se houver outra oportunidade\, eu te conto\, mas se eu não falar mais com você é porque talvez tenha morrido neste corpo e não possa voltar\, sinto muito.

- Como assim você está morto\, o que você fez com meu corpo?

- Não sei se estou morto ou não\, mas te digo que tentei acabar com minha vida porque não suportava saber que estou grávido.

- Você dormiu com meu marido?

- Não\, não fiz isso\, aquela criança foi concebida na noite em que você dormiu com ele e depois eu apareci no seu corpo\, vamos falar de algo ainda mais importante\, lembre-se de não confiar neles\, eles podem te machucar.

- Eu descobri há muito tempo que eles não são confiáveis\, você acha que sou tão estúpido a ponto de confiar neles quando falam amigavelmente comigo e depois falam mal pelas minhas costas\, além disso\, sabendo que eles tentaram matar este corpo\, ou seja\, você\, vou fazer com que paguem por tudo o que fizeram\, confie em mim\, vou me vingar deles\, não sou tão ingênuo como você!

- Faça o que quiser agora\, não é mais meu corpo\, é o seu\, e não sei se posso voltar para lá.

- Vou me vingar por você\, mas depois voltarei para o meu corpo\, então é melhor que você não morra\, entendeu?

Antes que eu pudesse responder aquela pergunta, algo me puxou daquele lugar onde eu estava e pude ver o espelho e alguns momentos depois vi um rosto muito borrado, aquele rosto era...

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