A Magia Que Nos Cerca

A Magia Que Nos Cerca

o despertar

Ana
Ana
Mas... o quê?
A pergunta saiu dos lábios da garota que se sentia fraca demais apenas em manter os olhos abertos
A sua cabeça doía enquanto tentava se apoiar sobre os cotovelos. A terra e grama do chão machucava a sua pele e ao abrir os olhos e ter a visão focada pode perceber ter alguns arranhões espalhados e um corte perto do seu ombro
O sangue estava seco, mas o caminho que ele havia escorrido até o seu cotovelo e pulso estava claro.
Virou a cabeça em volta atrás de entender onde estava. Uma floresta, o sol parecia forte entre as folhas das copas das árvores, o que fazia estar escondida pelas sombras protegida dos raios solares
Se erguendo mais com calma, se sentiu ao chão percebendo que as suas vestes também não estavam nas suas devidas condições. Percebendo que fora isso, ela estava num canto, protegida. Como se estivesse deitada numa espécie de ninho.
Rasgos e manchas de sangue e sujeira estavam espalhadas. Porém, com um pouco mais de atenção, pode ter certeza que não havia mais qualquer tipo de machucado em si, apenas um desgaste grande por todo o seu corpo lhe deixando dolorida
Ana
Ana
Eu... estou só.
sussurrou para si mesma erguendo o olhar pela floresta que estava.
Havia uma árvore logo ao seu lado. Uma brisa passou forte por si fazendo os seus cabelos balançarem trazendo poeira e umas folhas na sua direção
Ana
Ana
Fumaça?
Disse ao sentir o odor em meio a respiração. Fez uma careta ao sentir uma dor irradiar por seu corpo apenas em erguer o braço numa tentativa de proteger os olhos da poeira que se ergueu com o vento.
Concentrou a respiração e sentiu as suas asas aparecerem atrás do seu corpo.
O brilho quase angelical balançou. Ergueu o seu corpo do chão num grande balanço, mesmo que apenas o movimento tenha novamente feito perceber o quanto exausta estava.
A sua mente estava embaralhada, o cansaço fazia ficar com a visão turva e a dor de cabeça a obrigava a fechar os olhos deixando um ofegar dolorido escapar dos seus lábios.
Os seus pés estavam descalços, assim que sentiu o chão encostar novamente ao chão. Os seus joelhos falharam e quase a levou de volta ao chão, se não tivesse rapidamente usado as asas a seu favor.
Ana
Ana
Droga... o que aconteceu?
Virou-se na direção que sentia ser o núcleo do cheiro da fumaça.
Entre as sombras das árvores, com folhas caindo sobre a sua cabeça com a brisa que as suas próprias asas causavam.
Ela tentava se lembrar o que aconteceu, por que estava ali. Porque Não estava no clã das fadas? não estava em casa... por quê…. acordou..
Ali…
Os seus olhos ergueram ao que o calor do sol finalmente bateu contra a sua pele e o cheiro de fumaça preencheu o seu olfato, fazendo com que a falta de ar a fizesse tossir
A surpresa escapou então da sua garganta em meio a tosse.
As suas asas pararam de funcionar fazendo com que logo fosse ao chão não de maneira suave como costumava fazer desde que aprendeu usar as suas asas.
Um resmungo sufocado da sua dor a fez fechar os olhos novamente, percebendo então as lágrimas que se criaram no canto dos seus olhos.
Ana
Ana
n-não… é possível...
a sua voz soou mais machucada ainda ao erguer o olhar de volta para a imagem que estava na sua frente.
O campo destruído, o que antes era a continuação de uma floresta encantada cheia de vida e brilhante. Estava totalmente desimada
As belas árvores grandes não existiam mais, apenas um cotoco e outro caído ao solo totalmente queimado e cheio de cinzas deixava o vestígio do que poderia um dia estar ali.
o caminho que levava até a árvore mãe
a árvore maior de todas que carregava a maior magia que se espalhava para toda a floresta e todo ser vivo que morava e vivia ali.
O clã das fadas...
Foram destruídos...
Os flashbacks então do que havia acontecido apareceram na sua mente como cenas aleatórios de um filme
O som dos gritos de dor, pavor... a correria e o calor.
Vieram todos de uma única vez a fazendo se lembrar o que havia acontecido e fechar os olhos mais uma vez com as mãos a cabeça
Aquilo machucava ainda mais
Porém, não paravam de vir
“𝘷𝘰𝘤𝘦̂ 𝘱𝘳𝘦𝘤𝘪𝘴𝘢 𝘴𝘢𝘪𝘳 𝘥𝘢𝘲𝘶𝘪!”
Uma voz ecoou pela sua cabeça a fazendo lembrar que fora solta de uma espécie de armadilha do chão que lhe agarrou as pernas e como fios subiam por sua pele
sugando a sua energia e deixando cada vez mais fraca incapacitando de usar até mesmo as próprias asas
Mas o rosto familiar, que esteve sempre com ela em todos aqueles anos de vida
Que aguentaram a guerra
foi a que soltou daquilo. E com preocupação, desespero, ela dizia a sua frente lhe segurando pelos ombros
“𝘱𝘰𝘳 𝘧𝘢𝘷𝘰𝘳, 𝘴𝘰𝘣𝘳𝘦𝘷𝘪𝘷𝘢!”
então, tudo apagou da sua mente.
Foi tirada de todo o caos e salva.
As suas lágrimas continuavam a descender pelo seu rosto. Mesmo com toda a fumaça ainda dificultando a sua respiração, puxava o ar num desespero a mais
O choque de tudo, a perda grande que caia agora sobre os seus ombros.
Ana
Ana
não! não! NÃO! NÃO PODE SER!
O seu choro ecoou pelos seus ouvidos em um vasto caminho até sumir totalmente.
Sozinha, isolada, sem nem mesmo o som do vento mais que balançava os seus cabelos antes
Tudo sumiu, como se estivesse num espaço nem mesmo com o chão abaixo de si existente
Ela não conseguia entender, como aquilo aconteceu
O clã das fadas era escondido e com um grande poder de magia.
Eles concentraram-se em não se envolver diretamente a guerra que acontecia
E mesmo que muitos ainda viam queriam a ajuda do clã das fadas como aliados...
Nada… Nada havia realmente afetado eles...
Então o que poderia ter achado e acabado com tudo daquela maneira?
Fogo... era... algum ser de fogo?
A fada tentava ainda se lembrar, mas a dor em sua cabeça continuava a limitando de tentar pensar demais ou lembrar de mais detalhes do que acontecia.
Tentava limpar as lágrimas inutilmente, elas continuavam gordas deslizando por sua pele sem parar e mesmo que já estivesse soluçando
E enquanto tentava se acalmar, algo de repente apareceu nas suas costas fazendo então tudo a sua volta aparecer de novo em sua percepção
O ar ficou mais rarefeito e as suas lágrimas pararam automaticamente
Um frio incomum passou por suas costas fazendo com que as suas asas se abaixassem
De maneira travada, virou o rosto lentamente devagar podendo enxergar então a figura horrenda que estava sobre as suas costas.
Era enorme. Haviam chifres na sua cabeça pontudas levemente curvadas para trás.
A sua pele era escura avermelhada e parecia pegajosa e fervente apenas ao olhar. O calor parecia erradiar dele.
Um sorriso rebuchou nos seus lábios mostrando os dentes amarelados e pontudos que se escondiam atrás dos lábios grandes e rachados.
Uma aura maligna, perigososa e sedenta por sangue...
Parecida com um demônio
Mas não... era um ligamento, ela lembrava de já ter lido sobre demónios terem raízes para outras espécies, mas não havia se aprofundado ao assunto.
Agora se arrependia amargamente.
monstro vermelho
monstro vermelho
Olha, parece que sobrou uma fadinha por aqui
a voz ecoou como um trovão aos ouvidos da fada que mais uma vez sentiu um frio percorrer toda a sua espinha fechando a sua garganta em um medo profundo
tinha sido ele? Apenas ele fez aquilo tudo?
Não... não era possível.
Os seus dedos fecharam-se em meio as cinzas, o seu corpo inteiro tremia em pavor.
Ela precisava sair dali
e quando o brilho dos olhos dele apareceram para ela, teve mais certeza que não poderia ficar travada pelo medo...
Ana
Ana
anda... se mexe...
mandou para si mesma
tentando fazer suas pernas voltarem a funcionar como deviam
Mas a dor não a permitia se mexer como devia
O seu corpo não havia se recuperado da falta de energia roubada que teve aquela hora, mesmo que tivesse sido tempos atrás
O braço ergueu de repente fazendo os olhos trêmulos e embarçados pelas lágrimas acompanhar, enxergando as garras que haviam como ponta de seus dedos
Tudo nele era mortal
ela sentia
tinha certeza
“𝘴𝘰𝘣𝘳𝘦𝘷𝘪𝘷𝘢!”
a voz voltou ecoou em sua mente
E como uma velocidade incrível, o golpe do monstro vermelho fez as cinzas subirem como uma bomba.
O chão tremeu como um trovão
fazendo com que o chão seco e queimado abrisse uma cratera e rachaduras por mais de três metros a frente
continua..
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Comments

꧁𝔘.ℜ.𝔇꧂

꧁𝔘.ℜ.𝔇꧂

pqp que começo do krlh

2023-10-15

1

_..Summy.._

_..Summy.._

mds, to morta

2023-09-21

0

_..Summy.._

_..Summy.._

esquizofrenia, amo

2023-09-21

1

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