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A Magia Que Nos Cerca

o despertar

Ana
Ana
Mas... o quê?
A pergunta saiu dos lábios da garota que se sentia fraca demais apenas em manter os olhos abertos
A sua cabeça doía enquanto tentava se apoiar sobre os cotovelos. A terra e grama do chão machucava a sua pele e ao abrir os olhos e ter a visão focada pode perceber ter alguns arranhões espalhados e um corte perto do seu ombro
O sangue estava seco, mas o caminho que ele havia escorrido até o seu cotovelo e pulso estava claro.
Virou a cabeça em volta atrás de entender onde estava. Uma floresta, o sol parecia forte entre as folhas das copas das árvores, o que fazia estar escondida pelas sombras protegida dos raios solares
Se erguendo mais com calma, se sentiu ao chão percebendo que as suas vestes também não estavam nas suas devidas condições. Percebendo que fora isso, ela estava num canto, protegida. Como se estivesse deitada numa espécie de ninho.
Rasgos e manchas de sangue e sujeira estavam espalhadas. Porém, com um pouco mais de atenção, pode ter certeza que não havia mais qualquer tipo de machucado em si, apenas um desgaste grande por todo o seu corpo lhe deixando dolorida
Ana
Ana
Eu... estou só.
sussurrou para si mesma erguendo o olhar pela floresta que estava.
Havia uma árvore logo ao seu lado. Uma brisa passou forte por si fazendo os seus cabelos balançarem trazendo poeira e umas folhas na sua direção
Ana
Ana
Fumaça?
Disse ao sentir o odor em meio a respiração. Fez uma careta ao sentir uma dor irradiar por seu corpo apenas em erguer o braço numa tentativa de proteger os olhos da poeira que se ergueu com o vento.
Concentrou a respiração e sentiu as suas asas aparecerem atrás do seu corpo.
O brilho quase angelical balançou. Ergueu o seu corpo do chão num grande balanço, mesmo que apenas o movimento tenha novamente feito perceber o quanto exausta estava.
A sua mente estava embaralhada, o cansaço fazia ficar com a visão turva e a dor de cabeça a obrigava a fechar os olhos deixando um ofegar dolorido escapar dos seus lábios.
Os seus pés estavam descalços, assim que sentiu o chão encostar novamente ao chão. Os seus joelhos falharam e quase a levou de volta ao chão, se não tivesse rapidamente usado as asas a seu favor.
Ana
Ana
Droga... o que aconteceu?
Virou-se na direção que sentia ser o núcleo do cheiro da fumaça.
Entre as sombras das árvores, com folhas caindo sobre a sua cabeça com a brisa que as suas próprias asas causavam.
Ela tentava se lembrar o que aconteceu, por que estava ali. Porque Não estava no clã das fadas? não estava em casa... por quê…. acordou..
Ali…
Os seus olhos ergueram ao que o calor do sol finalmente bateu contra a sua pele e o cheiro de fumaça preencheu o seu olfato, fazendo com que a falta de ar a fizesse tossir
A surpresa escapou então da sua garganta em meio a tosse.
As suas asas pararam de funcionar fazendo com que logo fosse ao chão não de maneira suave como costumava fazer desde que aprendeu usar as suas asas.
Um resmungo sufocado da sua dor a fez fechar os olhos novamente, percebendo então as lágrimas que se criaram no canto dos seus olhos.
Ana
Ana
n-não… é possível...
a sua voz soou mais machucada ainda ao erguer o olhar de volta para a imagem que estava na sua frente.
O campo destruído, o que antes era a continuação de uma floresta encantada cheia de vida e brilhante. Estava totalmente desimada
As belas árvores grandes não existiam mais, apenas um cotoco e outro caído ao solo totalmente queimado e cheio de cinzas deixava o vestígio do que poderia um dia estar ali.
o caminho que levava até a árvore mãe
a árvore maior de todas que carregava a maior magia que se espalhava para toda a floresta e todo ser vivo que morava e vivia ali.
O clã das fadas...
Foram destruídos...
Os flashbacks então do que havia acontecido apareceram na sua mente como cenas aleatórios de um filme
O som dos gritos de dor, pavor... a correria e o calor.
Vieram todos de uma única vez a fazendo se lembrar o que havia acontecido e fechar os olhos mais uma vez com as mãos a cabeça
Aquilo machucava ainda mais
Porém, não paravam de vir
“𝘷𝘰𝘤𝘦̂ 𝘱𝘳𝘦𝘤𝘪𝘴𝘢 𝘴𝘢𝘪𝘳 𝘥𝘢𝘲𝘶𝘪!”
Uma voz ecoou pela sua cabeça a fazendo lembrar que fora solta de uma espécie de armadilha do chão que lhe agarrou as pernas e como fios subiam por sua pele
sugando a sua energia e deixando cada vez mais fraca incapacitando de usar até mesmo as próprias asas
Mas o rosto familiar, que esteve sempre com ela em todos aqueles anos de vida
Que aguentaram a guerra
foi a que soltou daquilo. E com preocupação, desespero, ela dizia a sua frente lhe segurando pelos ombros
“𝘱𝘰𝘳 𝘧𝘢𝘷𝘰𝘳, 𝘴𝘰𝘣𝘳𝘦𝘷𝘪𝘷𝘢!”
então, tudo apagou da sua mente.
Foi tirada de todo o caos e salva.
As suas lágrimas continuavam a descender pelo seu rosto. Mesmo com toda a fumaça ainda dificultando a sua respiração, puxava o ar num desespero a mais
O choque de tudo, a perda grande que caia agora sobre os seus ombros.
Ana
Ana
não! não! NÃO! NÃO PODE SER!
O seu choro ecoou pelos seus ouvidos em um vasto caminho até sumir totalmente.
Sozinha, isolada, sem nem mesmo o som do vento mais que balançava os seus cabelos antes
Tudo sumiu, como se estivesse num espaço nem mesmo com o chão abaixo de si existente
Ela não conseguia entender, como aquilo aconteceu
O clã das fadas era escondido e com um grande poder de magia.
Eles concentraram-se em não se envolver diretamente a guerra que acontecia
E mesmo que muitos ainda viam queriam a ajuda do clã das fadas como aliados...
Nada… Nada havia realmente afetado eles...
Então o que poderia ter achado e acabado com tudo daquela maneira?
Fogo... era... algum ser de fogo?
A fada tentava ainda se lembrar, mas a dor em sua cabeça continuava a limitando de tentar pensar demais ou lembrar de mais detalhes do que acontecia.
Tentava limpar as lágrimas inutilmente, elas continuavam gordas deslizando por sua pele sem parar e mesmo que já estivesse soluçando
E enquanto tentava se acalmar, algo de repente apareceu nas suas costas fazendo então tudo a sua volta aparecer de novo em sua percepção
O ar ficou mais rarefeito e as suas lágrimas pararam automaticamente
Um frio incomum passou por suas costas fazendo com que as suas asas se abaixassem
De maneira travada, virou o rosto lentamente devagar podendo enxergar então a figura horrenda que estava sobre as suas costas.
Era enorme. Haviam chifres na sua cabeça pontudas levemente curvadas para trás.
A sua pele era escura avermelhada e parecia pegajosa e fervente apenas ao olhar. O calor parecia erradiar dele.
Um sorriso rebuchou nos seus lábios mostrando os dentes amarelados e pontudos que se escondiam atrás dos lábios grandes e rachados.
Uma aura maligna, perigososa e sedenta por sangue...
Parecida com um demônio
Mas não... era um ligamento, ela lembrava de já ter lido sobre demónios terem raízes para outras espécies, mas não havia se aprofundado ao assunto.
Agora se arrependia amargamente.
monstro vermelho
monstro vermelho
Olha, parece que sobrou uma fadinha por aqui
a voz ecoou como um trovão aos ouvidos da fada que mais uma vez sentiu um frio percorrer toda a sua espinha fechando a sua garganta em um medo profundo
tinha sido ele? Apenas ele fez aquilo tudo?
Não... não era possível.
Os seus dedos fecharam-se em meio as cinzas, o seu corpo inteiro tremia em pavor.
Ela precisava sair dali
e quando o brilho dos olhos dele apareceram para ela, teve mais certeza que não poderia ficar travada pelo medo...
Ana
Ana
anda... se mexe...
mandou para si mesma
tentando fazer suas pernas voltarem a funcionar como deviam
Mas a dor não a permitia se mexer como devia
O seu corpo não havia se recuperado da falta de energia roubada que teve aquela hora, mesmo que tivesse sido tempos atrás
O braço ergueu de repente fazendo os olhos trêmulos e embarçados pelas lágrimas acompanhar, enxergando as garras que haviam como ponta de seus dedos
Tudo nele era mortal
ela sentia
tinha certeza
“𝘴𝘰𝘣𝘳𝘦𝘷𝘪𝘷𝘢!”
a voz voltou ecoou em sua mente
E como uma velocidade incrível, o golpe do monstro vermelho fez as cinzas subirem como uma bomba.
O chão tremeu como um trovão
fazendo com que o chão seco e queimado abrisse uma cratera e rachaduras por mais de três metros a frente
continua..

a fada sobrevivente

A guerra entre os seres estava acontecendo há muito tempo
Ninguem sabia ao certo
como havia acontecido
apenas que tudo estava a mais de mil anos sem nenhum lado ganhar ou desistir
Muito menos entrarem um acordo
e assim o mundo separaram-se em partes
Onde cada canto poderia se encontrar as suas espécies
as misturas jamais aconteciam
e caso acontecesse, logo estavam brigando até que uma parte acabasse morrendo
Entre essas coisas
algumas eram consideradas até mesmo pecados
como matar as criaturas mais puras do mundo conhecido
Anjos
depois de um tempo com essa guerra
o conhecimento de anjos existindo foi diminuindo consideravelmente
Para algumas áreas até mesmo considerado apenas uma lenda da sua existência
Seres tão puros, bonitos, sem quaisquer falhas que até mesmo uma gota do seu sangue no solo podre
Poderia fazer florescer uma flor mais bonita e cheia de vida
e em segundo
estava as fadas
Elas não eram tão puras
porém, ainda assim eram consideradas como as segundas criaturas mais puras do mundo
existiam algumas exceções
Fadas eram facilmente corrompidas e após isso nada mais poderia trazer de volta o que eram antes
Por isso após um grande massacre que acabou quase com uma parte do mundo, todas foram para algum canto
Se esconder de tudo e todos
deixando apenas fácil acesso para outras fadas de outros lugares
e até que nenhuma fada mais era encontrada
Elas estavam seguras
Ninguem mais poderia as corromper e muito menos usa as suas asas
Asas essas tão belas quanto as penas da asa de um anjo
Tão lindas que poderiam causar obsessão a quem possuísse
mas essa ação era tão cruel que nenhuma fada sobrevivia após as suas remoções.
Por isso elas aprenderam com o tempo a esconderem e apenas usá-las quando necessário
e ainda assim a ação de eacondelas era sufocante
...
...
O golpe do demônio vermelho causou uma onda de choque grande o bastante pra fazer a poeira que ele levantou fizesse como uma espécie de cortina
Ana sentiu suas asas funcionarem com o comando da voz reconhecida ecoar mais uma vez em sua cabeça
rápida rolando para o lado se sujando mais ainda
e com a onda de choque e o vento que o golpe causou
ajudou com que alcançasse uma distância mais segura do demônio vermelho
mas ela sabia que isso não seria o suficiente
monstro vermelho
monstro vermelho
Para onde a fadinha pensa que vai?
a voz dele ecoou fazendo os olhos dela virarem para trás
atrás de o ver ainda em meio a cortina de poeira que ele ergueu
mas ao voltar a olhar para frente pode ver o brilho assassino dos olhos dele lhe encarando
o sorriso mais largo que antes deixando ainda mais claro o tamanho de seus dentes afiados
Ana
Ana
Droga!
Ela fechou as asas seguindo o olhar do punho se erguer para lhe acertar em cheio em um golpe contra o chão
Sua esquiva seria mais rápida se pudesse usar o chão, mas seu corpo continuava dolorido e não podia perder um momento sequer perdendo com dor
Bateu as asas para baixo em a força total que tinha conseguindo passar por cima do mesmo antes deste bater contra o chão
Tudo tremeu novamente com a força usada de seu golpe
o ar do choque do golpe ao chão levantou dessa vez um vapor quente a fazendo perder o equilíbrio de seu voou
Fazendo parar mais longe e cair ao chão rolando algumas vezes sobre as cinzas
Ana
Ana
ai... eu..
ela olhou novamente para si tossindo
respirar o ar de cinzas estava a deixando ainda mais pior
suas mãos foram até o tronco que parou ao lado e se apoio tentando se concentrar
Ana
Ana
ele... não é um demônio, mas sua força é tão destrutiva quanto...
ela analisou olhando para trás, onde agora mais rachaduras pelo chão haviam enquanto a poeira se abaixava mostrando mais uma vez o corpo grande do monstro vermelho
ela não ganharia na velocidade, muito menos em uma área aberta como ele estava a jogando
virou o olhar concentrando em bater mais uma vez as asas em velocidade máxima, o mais rápido que sua energia conseguia
ela precisava usar as árvores ainda em pé dali em seu favor
ela precisava confiar que era apenas por fazer, um ato não pensado
se sua mente estivesse certa
monstros desse não eram conhecidos pela inteligente
então precisava acreditar que quando usasse as árvores a seu favor, estaria com o campo em seu favor
monstro vermelho
monstro vermelho
Onde pensa que vai?
A voz novamente fez todo o corpo dela tremer e virará a cabeça vendo que ele erguia uma rocha que havia acabado de quebrar do chão
Erguer sobre a própria cabeça e mirar com um sorriso perverso em seus lábios...
Ana
Ana
oh, droga.
ela soltou ao vê-lo jogar a rocha em sua direção
a velocidade que ela alcançou não daria pra parar antes e a curva a faria cair
Optou em desaparecer com suas asas e cair, usando o chão como um freio mais eficaz
sentindo as pedras e outras coisas queimadas lhe arranhar mais ainda a pele enquanto rolava com o impacto mais uma vez
a rocha caiu mais a frente de onde parou, fazendo uma brisa de poeira lhe atingir enquanto se forçava mais uma vez nos braços para se erguer
estava perto
levou o olhar até o monstro que pareceu nem um pouco contente por seu plano em acerta-la com aquela rocha não ter dado certo
usou as mãos por um momento ao chão se arrastando se obrigando a fazer suas asas aparecerem novamente e funcionarem a erguendo do chão
perto, estava perto de volta das árvores
e quando se viu cara a cara novamente com o que parecia sua salvação
o vulto passou por si
e a imagem do monstro vermelho parando ao lado de si pronto para lhe acertar em cheio com sua mão grande que a caberia inteira e a jogaria a quilômetros de distância quebrando seus ossos ao primeiro impacto com a pele dura e quente dele
Ela sentiu que não poderia comprir o último pedido feito a ela...
Ana
Ana
“𝘮𝘦 𝘥𝘦𝘴𝘤𝘶𝘭𝘱𝘢”
pensou vendo o golpe vindo certeiro em sua direção, fechando os olhos esperando pelo fim de tudo
pelo menos encontraria com os outros... seja lá onde eles estivessem.
Quando envés da dor que imaginou que sentiria
Braços passaram em volta de si, em uma pressão e rapidez imensa
Sem conseguir acompanhar direito com o que havia acontecido.
Abriu os olhos e percebeu estar nos braços de um homem
suas vestes eram negras e um pouco empoeiradas.
Os panos não eram muito justos nem colados ao seu corpo, mas grossas o bastante para o proteger de muitas coisas de alcançar a sua pele por baixo
em suas mãos haviam luvas de couro tão escuras quanto o resto das suas roupas
E em sua cabeça havia um capuz, junto a uma máscara que cobria até o seu nariz deixando apenas os seus olhos para que conseguisse enxergar
Mas Ana não conseguiu ver
Sem tempo para tentar ver mais de quem havia conseguido a tirar da frente do golpe
Ele pulou do ganho da árvore onde havia parado com ela para o chão
O monstro vermelho atacou tentando os acertar, cortando as Copas das árvores e conseguindo tirar até as raízes de algumas dos solos com a sua força
Ana sentia ser segurada com mais força enquanto aquele ser a carregava, de repente virando, deslizando as solas das botas contra o chão em poeirado e cada vez mais destruído
Ficando novamente de frente ao mostro vermelho que estava de costas parecendo ter os, perdido de vista
Ana então percebeu estar a ser segurada apenas com apenas um braço, enquanto o outro chegou até o seu campo de visão
Empunhando uma katana que ela não havia percebido a existência anteriormente
A lâmina afiada e negra com um leve brilho vermelho prendeu os seus olhos por um momento antes de perceber que ele estava se colocando numa espécie de pose de ataque
Ana
Ana
Espera, o que você--
ela não pode terminar a sua fala ao se surpreender com a velocidade da arrancada que ele deu no lugar.
Fora como um piscar de olhos
Ele avançou contra o monstro vermelho que se virava ao para procurá-los atrás
Ele sacudiu a katana como se cortasse o ar após pular alto o bastante para conseguir passar por cima da cabeça do monstro vermelho e passar por cima do ombro deste
Então caiu para dentro da floresta novamente com Ana em segurança ainda sobre si
Ela agarrou-se nele sem perceber se encolhendo
temendo que apenas estava a ter uma companhia na sua hora de morrer
E lentamente abriu os olhos, percebendo que estava agora novamente fora de movimento olhando por cima do ombro do rapaz podendo ver a cabeça do monstro vermelho saindo do lugar
Tombando para o lado e então saindo do seu corpo espirrando um pouco de sangue antes de cair e bater contra o chão, logo levando consigo o corpo que perdeu o seu equilíbrio.
Ele estava morto!
Aquele cara que a salvou... era mais forte que um demônio vermelho...
Ana então sentiu ser solta, com uma cautela estranha
mas ela não se sentia mais em segurança de repente
Podia ter sido salva de um monstro vermelho, mas não queria dizer que estaria fora de perigo agora que ele provavelmente sabia que ela era uma fada
Ana
Ana
o-obrigada...
Agradeceu mesmo que se sentisse temerosa, a sua educação ainda era mais forte que ela
O rapaz então se virou um pouco sacudindo a lâmina da katana antes de aguardar na bainha presa a cintura
Ele não respondeu... ela estava curiosa, queria saber quem era aquele ser e mesmo que receosa ela sabia que não podia apenas sair correndo para longe dele
suas pernas estavam bambas, mesmo que agora conseguia ficar em pé. Era dar um passo e cairia ao chão novamente
Ana
Ana
quem é você?
Ela perguntou então engolindo seco
Percebendo ele virar e parecer a analisar põe um momento antes de levar ambas as mãos a altura da cabeça
Uma mão agarrou a ponta do capuz e a outra a ponta da máscara em seu nariz.
Retirando ambas e mostrando enfim o seu rosto...
Hiro
Hiro
Me chamo Hiro.
Continua

Os irmãos elfos

Ana olhou cada detalhe que pode
podia ser uma fada criada exilada de qualquer outro tipo de espécies
Mas os livros que pegava escondido da parte subterrâneas da biblioteca fez identificar com rapidez na presença de quem estava...
Ana
Ana
um elfo.
A noção de quem estava presente escapou dos seus lábios sem nem perceber enquanto Hiro a sua frente olhava-lhe com uma expressão seria e uma mão na cintura
o seu olhar não parecia dizer nada, era até como se ele estivesse com tédio de estar ali na sua frente
Hiro
Hiro
E você... parece ser a fada sortuda
ele disse de repente fazendo com que ela acordasse de sua pequena viagem mental
Ana
Ana
Sortuda?
Hiro
Hiro
Você escapou dessa atrocidade
apontou para trás
onde tudo agora era cinzas e destruição
Ana
Ana
ah...
Hiro
Hiro
Esta viva, então é uma sorte
Ana
Ana
eu estar viva quer dizer sorte por qual motivo?
Hiro
Hiro
Não acha que apenas continuar viva pode ser algo bom?
Ana
Ana
Diante de tantas mortes, o que faria de bom eu ser a única sobrevivente?
Os olhos dela voltaram a se encher de lágrimas
a sua garganta fechou deixando claro que as suas lágrimas não eram pelas cinzas que poderiam encomodar os seus olhos.
O luto por todos que conheceu, por sua espécie, até mesmo por si mesma estava ali naquele choro
O elfo desviou o olhar da fada parecendo um pouco incomodado, ele não sabia lidar com mulheres chorando.
Hiro
Hiro
Você não sabe se é a única viva, outras como você podem ter se espalhado para fugir. Além que para alguém, você era importante também, com certeza essa pessoa estaria a chorar muito aliviada em saber que ainda está viva intacta agora
As palavras do elfo fez com que Ana ergue-se a cabeça novamente e encarasse o seu rosto surpresa.
“𝘱𝘰𝘳 𝘧𝘢𝘷𝘰𝘳... 𝘴𝘰𝘣𝘳𝘦𝘷𝘪𝘷𝘢”
Novamente a voz daquela pessoa veio mais uma vez, ainda mais nítida na sua cabeça, como se desse razão para as palavras daquele rapaz que acabará de conhecer
Ela podia pensar que não era diferente dos outros, a sua cabeça ainda poderia listar outras fadas mais importantes que ela para terem sobrevivido
Mas saber que ela estaria contente e muito provavelmente estaria a pular, lhe abraçado apertado em ver-lhe viva
Fez Ana sorrir enquanto tentava mais uma vez secar as lágrimas dos seus olhos.
Ana
Ana
Obrigada.
Disse o vendo voltar a olhar-lhe, parecendo mais calmo
Hiro
Hiro
não precisa agradecer
Ele então se virou e começou a andar para outro lado da floresta fazendo a garota não entender para onde ele estava indo
Indo dar um passo no automático e acabou caindo sem firmeza nas próprias pernas
o som dela caindo chamou a atenção novamente do elfo que virou rapidamente vendo-a se erguer aos braços novamente, sentada ao chão
Hiro
Hiro
O que houve?
Ana
Ana
Eu... eu to com o corpo ruim após o ataque... eu fui salva mais antes de sair sofri umas coisas
Hiro
Hiro
o seu corpo não recuperou ainda as energias devidas?
Ana
Ana
Não...
Um suspiro deixou os lábios do elfo enquanto ele fechava os olhos e dava a volta de volta
Abaixando-se a frente dela mexeu nos bolsos retirando de la um pano limpo e estendendo para Ana que o olhou confuso por um momento
Hiro
Hiro
O seu rosto tá todo sujo, as cinzas grudaram nas suas lágrimas
Os olhos da fada desceram até as mãos entendendo que fazia sentido o que ele queria e aceitou o pano
Ela agradeceu mais uma vez e começou a passar sobre o rosto tentando se limpar, mesmo que imaginasse que aquilo não iria conseguir a deixar limpa novamente.
Hiro observou por um momento antes de se aproximar com cuidado e ajudar a mesma com a tarefa.
Hiro
Hiro
Um momento
Segurou a mão da garota com o pano, pegando no meio das suas coisas o que parecia um pequeno cantil de água despejando um pouco sobre o pano.
Entendendo logo Ana passou a ponta molhada com cuidado no rosto, tendo logo a mão do elfo de volta a sua lhe guiando onde precisava ser limpo até ele dizer que estava tudo limpo e poder secar com outra ponta do pano
Ana
Ana
acho que não vou mais parar de te agradecer...
Hiro
Hiro
Não é preciso, toma. Beba um pouco.
Ele estendeu o restante da água para ela
Ana percebeu então que todo o ar seco que respirou, das rolagens na cinza e até o tempo que não fazia ideia que ficou desacordada
ela estava realmente com a boca seca
Por isso não fez nenhuma cerimônia em pegar e tomar a água com satisfação ao sentir novamente a água em contato com a sua boca e deslizar por sua garganta
Hiro
Hiro
Sente-se melhor?
Ele perguntou novamente observando a expressão de satisfação que a fada deixou escapar ao afastar o pequeno cantil dos lábios
Ana
Ana
hm... sim... mas...
Ela voltou a olhar para o cantil nos seus dedos percebendo que se ouves-se ao menos um gole ali era muito.
Hiro
Hiro
O que foi?
Ana
Ana
Sinto muito, acabei com a sua água.
Hiro
Hiro
oh. É isso? Não tem problema, a minha irmã tem outro e a gente ainda planeja em ir para um cantor perto do rio novamente
Ele explicou com toda a calma novamente pegando o cantil das mais da fada e guardou com mais calma ainda.
Os olhos da fada não conseguiam se afastar do elfo, ela se sentia encantada e muito intrigada com a nova espécie na sua vida.
Já havia visto em livros que elfos também eram criaturas tão belas que poderiam até mesmo ser confundidos com pinturas
e ela não tinha como negar naquele momento enquanto o olhava de frente.
Hiro
Hiro
Alguma coisa de errada?
Ele perguntou de repente fazendo com que a fada desse um sobre salto surpresa, sendo pega no flagra ao que os olhos de Hiro ergueram até ela e olharam o seu rosto que não conseguia esconder o quanto sem graça havia ficado naquele instante
Ana
Ana
n-não! nada...
Abaixou a cabeça mordendo os lábios sem coragem de manter o contato visual novamente
Hiro
Hiro
sua energia para voar... como esta?
Ana virou o olhar para trás, tendo mais concentração em fazer as suas asas voltarem.
Mas ela estava mais cansada que antes por isso após um esforço apenas desistiu e negou com a cabeça
deixando claro que não havia jeito
Hiro pareceu não se importar com aquilo, se aproximando mais ainda ficando cara a cara com a fada que se sentiu constrangida com a aproximação de repente
Hiro
Hiro
Com licença
pediu de repente fazendo a fada ficar confusa por um momento antes de o sentir passar os braços em volta de si novamente
Erguendo-a do chão com uma facilidade, se ela não pesa-se nada
Ela passou um braço em volta do pescoço dele surpresa sentindo o seu rosto queimar
Ninguém nunca havia a carregado daquela maneira
e então Hiro voltou a se virar seguindo o caminho que iria seguir
Hiro
Hiro
você tem ideia de para aonde ir?
ele perguntou de repente surpreendendo a fada que ergueu a cabeça para o olhar por um momento
Fazendo perceber então que a sua mente não havia ainda pensado naquele detalhe importante
Ana
Ana
não...
assumiu sentindo o vazio de novo em seu peito por um momento
ela não queria parecer uma menininha chorona, mas pensar que sua vida toda havia acabado de ser destruída e que não tinha qualquer lugar para ir
nem mesmo sabia viver só... ela não conseguia controlar a vontade de volta de chorar crescer em seu peito e a fazer engolir seco tentando sumir com aquilo
Hiro
Hiro
você estava aonde antes de ver como a floresta esta?
Ana
Ana
eu estava no clã das fadas... eu estava no meio quando tudo começou
Hiro
Hiro
você conseguiu fugir mesmo então
Ana
Ana
na verdade... eu acho que minha amiga que me tirou de lá
Hiro
Hiro
você não se lembra?
Ana
Ana
não muito bem... eu lembro do caos que tudo se formou de repente, como acabei sem forças assim.. mas como sai. não.
Hiro soltou um resmungo em entendimento, ele não parecia comovido ou tocado pela história da fada
seguindo caminho a dentro da floresta
onde a fada não sabia para onde estava sendo levada e nem mesmo estava pensando em perguntar por aquele detalhe
Hiro
Hiro
e por que voltou?
Ana
Ana
eu não lembrava de nada quando acordei
Hiro
Hiro
acordou a pouco tempo?
Ana
Ana
basicamente
Hiro
Hiro
entendo... você precisa então de um tempo melhor para recuperar as forças e pensar em algo agora
Ana não o respondeu
ela não conseguia pensar se seria isso mesmo que faria
mesmo que fosse basicamente o que deveria fazer realmente
Ela não queria pensar naquilo, ela não queria ter que começar tudo do zero em lugares que ela nem sabia se era seguros
e assim ficou em silêncio por um tempo tentando ignorar os pensamentos que lhe atormentava encostando a cabeça no ombro do elfo
Ana
Ana
você... como sabe que ali era a parte secreta do clã das fadas?
a pergunta veio de repente alarmante na mente da fada que ergueu a cabeça percebendo que ele não parecia nem um pouco tenso
ou preocupado em ser pego com aquela pergunta, enquanto desviava de um e outra raiz mais alta das árvores ao chão
Hiro
Hiro
Eu acabei parando no clã das fadas a muitos anos atrás
Ana
Ana
parando?
Hiro
Hiro
eu não fico junto dos elfos, pode se dizer que vivo em viagens... e acabei achando o clã das fadas
Ana
Ana
e continuou vivo como?
Hiro
Hiro
há, eles entenderam que eu não estava interessado nessa guerra e nem iria contar para outras pessoas a localização
Ana
Ana
fácil assim?
Hiro
Hiro
não eu fiquei presso por semanas
Aquilo seria o esperado realmente, pensou a fada
mas a maneira como ele continuava falando aquilo com uma tranquilidade como se não fosse nada
a surpreendia
Ana
Ana
e não achou ruim?
Hiro
Hiro
eu odiei, mas tinha que cooperar, até entrarmos em um acordo
Ana
Ana
que acordo?
Hiro
Hiro
o clã das fadas apesar de ter as terras ótimas e a magia deles ser de grande ajuda com os suprimentos, tem coisas que só crescem em outros lugares
Ana
Ana
você era basicamente um mercadante?
Hiro
Hiro
eu não recebia, mas eles me deixavam passar um tempo ou me ajudavam com suprimentos as vezes quando estava por perto
Ana concordou com a cabeça e ficou mais calma, ele não parecia estar mentindo
Hiro
Hiro
eu sinto muito... pelo que aconteceu
ele disse de repente.
Ana fechou os olhos mais uma vez e sentiu o apertar mais firme da mão dele em seu braço
aquilo era para dar um apoio a mais para ela. Ela sabia, e mesmo que quisesse agradecer por aquilo.
O nó que se fez em sua garganta mais uma vez a impediu de falar, deixando apenas com que concordasse com a cabeça brevemente em uma resposta
Hiro percebeu a situação e deixou mais uma vez a fada em silêncio enquanto apenas continuava seu caminho
Um longo caminho ainda entre as árvores, Hiro deslizou um barranco de pedras e folhas antes de Ana sentir o calor e a claridade lhe tocando a pele mais uma vez
fazendo abrir os olhos e ver então o que parecia o rio de uma cachoeira
era uma área aberta, mais rodeada põe árvores grandes e duas ladeiras até ali
estava tão distraída que nem ao menos escutou o som da água correndo livremente
Flah
Flah
HIROSHI!
Um grito de repente ecoou fazendo os olhos da fada pararem de observar a área bonita que se encontrava e olhasse agora o corpo feminino se aproximando
os cabelos brancos balançavam atrás de si enquanto seus passos rápidos e estressados a faziam se aproximar
pode perceber o quando ela era parecida com Hiro, porém diferente da expressão neutra que até o momento foi a única que viu em seu semblante
aquela elfa se aproximando parecia prestes a espumar de raiva
Flah
Flah
mas que droga! onde você estava? sabe quanto tempo faz que era para você estar aqui?
Hiro
Hiro
não?
Ele respondeu mais uma vez com indiferença enquanto a voz da outra estava mais estridente deixando claro a irritação
a fada se sentiu encolher nos braços de Hiro olhando para a outra que nem parecia ter lhe notado ainda
Flah
Flah
como assim não? que interno!
Hiro
Hiro
se acalma vai
Flah
Flah
me acalmar? Teu rabo!
parou a frente do outro descendo o tapa forte na parte de trás da cabeça de Hiro que até se curvou um pouco para frente com a força
Hiro
Hiro
aii, pra que isso?
Flah
Flah
você sabe que eu odeio ficar esperando!
Hiro
Hiro
Eu tive um contratempo!
Flah
Flah
você e suas desculpas, não consegue ser pontual não?
Hiro
Hiro
não é desculpa, é sério!
Flah
Flah
E que contratempo foi desta vez?
Hiro
Hiro
um monstro vermelho
Flah
Flah
tinha um monstro vermelho por aqui?
perguntou deixando a expressão irritada sumir e olhar para o irmão com uma surpresa no lugar
Hiro
Hiro
tinha..
Flah
Flah
apenas um?
Hiro
Hiro
não acho que pelo estrago da região possa ser ele quem tenha feito, mas apenas encontrei um
Flah
Flah
Ele deve ter ficado para trás... algo chamou atenção?
Hiro não disse nada apenas abaixou o olhar para a fada que ainda estava imóvel em seus braços
fazendo assim o olhar da outra elfa seguir e enfim olhar que não estava apenas os dois
Os olhos da elfa se abriram mais em uma surpresa clara encarando a fada que engoliu seco um tanto nervosa
continua

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