Capítulo 5

Bianca

Hoje é dia de fazenda, dia de relaxar e beijar muito na boca, quem sabe eu consiga algum gostoso para tirar a teia do vão das minhas pernas.

Porque o tempo que eu não transo, com certeza já criou teias, tadinha da bichinha é tão bonitinha para não ser usada.

— Princesa, vamos. O seu avô está esperando a gente... — o meu pai, vulgo senhor Lucas me chama pela milésima vez.

— Já estou indo, pai. Credo até parece que a fazenda da vovó vai sumir...

— Princesa, você sabia que vamos para a fazenda todo o fim de semana, porque não deixa a mala pronta? Além do mais nem sei porque leva roupa, a sua avó já deixou um quarto montado para vocês lá na fazenda...

— Porque eu quero usar uma roupa exclusiva para o show da praça que terá lá...

— Tenho até medo das suas roupas...

— Pode ficar tranquilo pai, elas não mordem, ao contrário faz os homens me morderem…. — Falo e o meu pai faz cara de pavor.

— Meu Deus, Bianca! Onde eu errei com você?

— Em nenhum lugar, papai. Muito pelo contrário não poderia ter criado mulher melhor, obrigada. — Deixo um beijo na sua testa pegando a mala. — Vamos... — Ele pega a minha mala reclamando que tem coisas demais para três dias.

Entro no carro e já ligo o som do carro na minha playlist, a minha playlist é muito confusa vai do internacional, anos 80 até rock metal, tem de tudo.

— Meu Deus!... Amo essa música... O que é que eu vou fazer com essa tal liberdade, se estou na solidão pensando em você, não sei se fico aqui ou mudo de cidade... — Eu começo a cantar alto e os meus pais fazem careta.

— Princesa, o que você tem de inteligência, tem de péssima voz….

Eu sei que não canto bem, porém eu gosto de música é uma terapia para mim.

Vou a viagem toda cantando as músicas e mexendo no meu celular.

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Chego na fazenda e os meus primos já estão todos lá.

— E aí cambada, cheguei. — Falo para a minha família reunida na sala.

— Chegou a putiane... — Laura diz.

— Também senti a sua falta demônia…— Falo lhe dando um beijo na bochecha.

— Show da praça hoje, né? Trouxe um look só para isso. — Pergunto.

— Mas é claro! Também trouxe o look que a tia Ayla deu para ir ao show. — Lavínia diz.

— Fechou então. — Falo animada.

Puxo Lavínia e Laura para o quarto, assim podemos jogar conversa fora. Elas me contam sobre a faculdade e o trabalho, Lavínia faz direito e Laura é atriz, ela já atuou em novela e também em Teatro, amo o seu trabalho.

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Por volta das nove seguimos até a praça com o meu pai e meus tios dando chilique, Lucca como sempre foi o caminho falando sobre mulher e a noite satisfatória que ele teve com a da noite passada.

Nós não aguentamos o Lucca, o que tem de mulherengo tem divertido, ele nos faz rir.

Fomos pegar bebidas, mas Laura estava com dor nos pés, então ela ficou sentada enquanto pegávamos, quando retornamos ela já fazia amizade com uma moça, Paola e de cara já gostei dela.

Lucca ficou babando na coitada e eu não queria ficar ouvindo as péssimas investidas do meu primo, por isso tratei logo de flertar com um gatinho de olhos puxados, ele também estava na minha.

Avisei onde estaria e fui até a ele.

— Oi! — Cumprimento o rapaz.

— E aí, gatinha. Com todo respeito, mas tá uma gracinha nesse vestido... — Ai credo é hétero top, mas eu tô na seca, o que vier é lucro.

— Obrigada.

Ele fica alguns segundos olhando para mim e conversando, eu só queria que ele me jogasse na parede atrás dele e me beijava.

Como eu estava esperando uma atitude dele, mas não veio, eu fui para cima, porque eu não passo vontade.

— Sabe, eu adorei saber que faz arquitetura, mas o que acha de usar a sua língua para outra coisa, além de falar?

— Gatinha, não precisa pedir duas vezes... — Ele me beija, e o beijo vai ficando quente para o lugar, até ele pedir para eu o acompanhar até o carro, porém antes que eu seguisse para o carro, pude ver o meu primo levar uma joelhada, não aguentei e soltei uma gargalhada, o carinha que estava comigo não entendeu nada, fiz um sinal para os meus primos, para saberem onde eu estaria, Samuel só fez um joia.

No carro o... Esqueci o nome dele, mas enfim, ele me beija e como estamos no escuro topo transar com ele, mas me arrependi amargamente, sabe aqueles caras, soca fofo? Além do mais gozou rápido.

— Desculpa gatinha, mas você é mó gostosa...

— Acontece, é só fazer eu gozar também, fica de boa...

— Mas o carinha aqui não sobe mais não...

— Tá, mas existem outras maneiras né... — Balanço a sobrancelha para ele.

— Hã... Como assim? — É serio? Que ele acha que fazer sexo só precisa de penetração?

— Quer saber esquece... — Falo com raiva, arrumo a minha roupa e saio do carro.

Cinco minutos perdidos do meu tempo, agora eu estou com fome, raiva e frustrada sexualmente.

— Nossa que cara péssima... — Laura comenta.

— Você não sabe da maior, peguei um carinha aí, que vou te contar viu... Perda de tempo... — Desabafo. — Cadê o Lucca?

— Foi embora a pé... Depois do chute da Paola, ele ficou muito bravo e saiu pisando duro. — Lavínia explica.

— Então vamos curtir o show só a gente... E os demais?

— Pegando mulher... — Laura diz.

— Então vamos lá para perto do palco e aproveitar esse show...— Peço e vamos até o palco.

Aproveito a apresentação da dupla, porque o sexo não aproveitei, ainda estou com raiva, sorte que amanhã já acordo melhor.

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