Capítulo 4

Stephon.

Florença...

Três meses depois da morte de Giorgia.

Acordo com o chorinho do meu filho, e trato de cuidar dele primeiro, por mais que o meu celular toque insistentemente, sei que é da famiglia, mas meu filho sempre será minha prioridade, eles já são grandinhos e podem se cuidar.

Depois do meu filho alimentado e limpinho, me preparo para mais um dia, pego mais um dos meus milhares de ternos Armani, dessa vez é na cor marsala, desço para esperar a babá.

Ela chega com um olhar provocante, analisando a tatuagem do meu pescoço.

— Benicio teve cólicas ontem, então se ele tiver novamente, dará 6 gotinhas desse remédio. — Coloco em cima da mesa da sala. — Ajuda também fazer massagem na barriguinha dele, sabe fazer isso?

— Sei, sim senhor!

— Certo, cuida do meu bem mais precioso, senão irei atrás de você e da sua família. — Falo bem próximo a ela, e a vejo engolir em seco e balançar a cabeça rapidamente. — Bom, tchau filhão, papai já volta. — Dou um beijo em sua cabecinha e entrego meu bebe para a mão da mulher que agora só olha para os pés, acho que assustei a coitada.

Deixo soldados fazendo a segurança de casa e sigo para a sede dos Fratarolli.

— Senhores...— Falo assim que abro a porta do meu escritório, encontrando, meus primos Eliseo e Gerard.

— Onde você estava Stephon, estou te ligando tem mais de meia hora. — Gerard é o primeiro a falar.

— Não sei, se tu sabe, mas eu tenho um bebê em casa e ele toma o meu tempo, e não vou largar ele, só pra vim ver a cara de merda de vocês. — Falo com impaciência, tiro meu blazer e penduro no cabideiro atrás da minha cadeira.

— Que seja, te ligamos porque acabamos de receber o lote de cocaína, vai querer certificar?

— Não, Anthony garantiu que é produto de primeira, acredito nele. Próximo...

— Riccardo disse que está com algumas mulheres...

— Dispenso. — O corto sem dar a chance de terminar

—Mas seu pai...

— Eu não sou o meu pai, eu sou Stephon Fratarolli, e não quero isso em meu território, trafico de mulheres ou bebês está proibido em meu território. Avisa todos os capos de cada província.

— Mas chefe...

— Agora Gerard! Ou eu terei que lembrar quem manda nessa porra! — Bato na mesa fazendo algumas canetas do potinho balançarem.

— Não, Stephon! — Gerard diz a contragosto.

— Algo mais?

— O seu casamento quando sai?

— Nunca!

— Stephon, sabe que o conselho ira se reunir para tirar você do poder.

— Foda-se. Se eles quiserem guerra é isso que vão ter.

— Stephon, você não está pensando direito, sabe que não precisa existir amor, basta ser um casamento por conveniência.

— Ta ok! Deixa eu pensar, agora se é só isso. Sumam da minha frente.

— Credo, você ta mais amargurado depois que Giorgia morreu. Tu tá precisando de bucëta. — Eliseo zomba, e eu mando ele se foder.

— Não esquece de passar o meu recado para os capos.

— Certo Chefe!

Os dois saem do meu escritório e penso no meu bebê, espero que a babá esteja cuidando muito bem dele, já estou cheio de saudades.

Deixo meu pensamento de lado, e foco no relatório sobre a carga de cigarros paraguaio. Conseguimos uma boa grana com isso.

Largo o relatório em cima da mesa, quando um dos meus soldados me liga.

— Chefe, a babá saiu com o seu filho, mesmo eu dizendo que ela não estava autorizada a sair com a criança estou seguindo-a.

Maledizione!

Peço a localização de onde eles estão e voo para o local.

— Ficou doida?! — Esbravejo — Meu filho tem 3 meses, tem ideia de quantas pessoas iriam querer feri-lo só para me atingir? — Pego meu filho nos braços.

Se fosse qualquer outra pessoa eu já teria metido a bala na cabeça, mas como é uma mulher, sou incapaz de fazer maldade com uma, nem mulher e nem criança

— Está demitida, some da minha frente!

— Só achei que ele precisava de um pouco de ar. — Lancei um olhar ameaçador a ela, que rapidamente saiu pisando duro.

— Pronto figlio mio, você vai para o trabalho com o papai. —Falo.

Não é o lugar mais indicado para uma criança, porém não irei conseguir uma babá tão rápido.

E largar meu precioso com Genebra, mais conhecida como minha progenitora é mesmo que largar meu filho na mão do inimigo, Deus me livre, aquela mulher me detesta desde que eu me conheço por gente.

Ordeno ao meu Soldado que me leve para casa, onde pego tudo que irei precisar para um dia fora de casa.

— É hora de conhecer o seu império Ângelo... — digo indo para a sede..

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