Capítulo 11

Gabriel se vestiu, descemos juntos e ao chegarmos na cerimônia já estavam no 'sim, aceito'.

Sentamo-nos na parte de trás, não queríamos perturbar ninguém.

Os noivos agora eram marido e mulher, pareciam tão felizes, uma lágrima escorreu pela minha bochecha.

Eu desperdicei tanto na minha primeira vida; agora o tempo está me mostrando o que perdi.

Gabriel pegou minha mão, sorri para ele...

**Gabriel:** Está tudo bem?

**Rose:** Sim.

Todos começaram a abraçar os recém-casados, e eu também o fiz.

A festa começou, e eu tinha que ficar atenta para que tudo estivesse perfeito. Gabriel pediu desculpas a Bernardo e Aurora por quase ter arruinado o casamento por causa da sua interferência.

A noite estava maravilhosa, Gabriel pediu para dançar com ele algumas músicas, e eu apreciava cada momento ao seu lado.

Sabia que as pessoas presente eram de uma classe mais humilde, então não me preocupava com fofocas.

**Gabriel:** Está curtindo a festa?

**Rose:** Sim\, obrigada pela companhia.

Já de madrugada, todos começaram a se retirar, levei Gabriel até a vinícola, queria mostrar-lhe algo muito especial.

Entramos e peguei sua mão, caminhei até o barril mais pequeno que tinha.

Peguei uma taça e comecei a enchê-la de vinho...

**Rose:** Prove...

Gabriel aceitou a taça e começou a beber...

Eu observava suas reações atentamente...

Rose: E?

Gabriel: É 100% seu?

Rose: Sim, desenvolvi um sistema para dar o sabor envelhecido, o que acha?

Gabriel: Delicioso, gostei mesmo.

Rose: Falando sério?

Gabriel: Sim, Rose, muito sério.

**Rose:** Fico feliz que tenha gostado\, vou chamar este vinho de "Gabo".

Gabriel: Suponho que seja por mim.

Rose: Claro que sim, sabes que devo muito a ti, tens sido um bom homem para mim.

Gabriel: Você é minha esposa, eu faria qualquer coisa por você.

Rose: Vamos dormir, presumo que tenhas coisas para fazer, ainda não é fim de semana.

Saímos de mãos dadas, sabia que o amanhecer estava próximo, o melhor era pegar um pouco de sono.

Chegamos ao quarto, Gabriel colocou sua calça de pijama e eu minha camisola, e como de costume adormeci sobre ele.

Acordei com o barulho dos funcionários; sabia que estavam limpando o lugar. Ao abrir os olhos, pensei que não encontraria Gabriel, mas ele ainda estava ao meu lado.

Levantei cuidadosamente, olhando pela janela; eu estava certa, todos corriam lá fora.

Senti um abraço em minha cintura.

**Gabriel:** Bom dia.

Rose: Bom dia.

Gabriel: Tem planos para hoje?

Rose: Bem, coisas da vinícola, mas nada especial. Por quê?

Gabriel: Quero te levar a algum lugar.

Rose: Eu?

Gabriel: Sim.

Rose: Para onde vamos?

Gabriel: Não vou dizer, vamos tomar um banho e nos arrumar.

Gabriel me levou quase arrastada para o banho, já não havia vergonha entre nós dois. Eu continuava pensando que aquele homem era irresistível, mas sabia que era proibido.

Depois do banho, nos trouxeram algo para comer; já era passado do meio-dia.

Ele se arrumou primeiro e desceu para verificar alguns assuntos pendentes; eu fiquei escolhendo o que vestir, sem saber para onde ele me levaria, então fiz o que sabia fazer melhor... segui minha vontade...

Vesti um vestido que Maria tinha feito para mim, algo que, em circunstâncias normais, não seria permitido usar naquela época.

Descendo as escadas, encontrei Gabriel, que assim que me viu, deixou cair seus documentos.

Rose: Estou pronta.

Gabriel: Uau, você está linda, é um traje único devo dizer.

Rose: Sei que é único, espero que esteja bem para ti.

Gabriel: Na verdade, você está maravilhosa para mim, não sei se é uma boa ideia sairmos desta casa.

Aproximei-me dele, dei-lhe um doce beijo nos lábios.

Rose: Vamos?

Gabriel: Sim.

Uma carruagem nos esperava, Gabriel me ajudou a subir e, pelo caminho, ele me observava de cima a baixo.

Rose: O que foi?

Gabriel: Você está muito bem, me preocupa que outros te vejam.

Rose: Por favor, sabes que estou ao lado do general, és o homem mais temido de todo o reino.

Gabriel: Quero que fique o tempo todo ao meu lado.

Rose: Sim senhor.

Gabriel: Não soltarás minha mão.

Rose: Entendi, ao teu lado, de mão dada.

Chegamos a um centro de convenções, verdadeiramente enorme; eu ainda me perguntava qual era o plano de Gabriel.

Rose: O que vamos fazer aqui?

Gabriel: Quero que conheça algumas pessoas.

Rose: Conhecer?

Gabriel: Bem, pensei que seria bom que agora que estás entrando no mundo dos vinhos te relacionasses com gente do mesmo meio.

Entramos no centro, havia uma exposição dos vinhos do mundo, cada produtor apresentava a sua preparação.

Gabriel me levou pela mão, passamos de estande em estande, nos ofereceram prova de cada um.

Eu estava mais do que feliz com tudo que via.

"Senhorita Rose"

Alguém chamou...

Ao me virar, encontrei o senhor Ramiro...

Rose: Senhor Ramiro, como está?

Ramiro: Bem, mas não tanto quanto você, deixe-me dizer que está esplêndida.

Rose: Quero apresentar-lhe a Gabriel, ele é meu...

*"O que deveria dizer? Meu marido? Meu ex?"*

Gabriel: Sou seu marido.

Ramiro: O general... que estranho, ouvi dizer que vocês estavam separados.

Gabriel: Ouviu mal.

Ramiro: Que estranho, outro dia no palácio ouvi uma dama Cambell falar sobre um casamento, ela mencionou que se casaria com você, general.

*"Era uma situação desconfortável\, eu sabia muito bem quem era a dama que mencionavam"*

Rose: Desculpe senhor Ramiro, mas não é correto ouvir conversas alheias, vejo que se pode expor apenas ouvindo partes.

Ramiro: Eu, realmente lamento, mas como sabes, todos sabem o que aconteceu entre vocês dois.

Rose: O que aconteceu?

Ramiro: Bem, uma esposa abandonada que clamava por atenção, então procurou os braços de outro homem, não a culpo, Rose, uma mulher tão bonita poderia procurar alguém melhor para estar ao seu lado. Eu nunca te deixaria, não serias um enfeite na minha casa, serias a rainha.

*"Gabriel estava prestes a lhe bater"*

Rose: Vou esclarecer uma coisa, sei muito bem qual é minha reputação atualmente; é verdade, sou uma mulher que cometeu um erro não por ser abandonada, mas porque eu sou uma má pessoa, não consegui ver o homem que tinha ao meu lado, eu falhei.

Gabriel: Rose, não...

Rose: Então, se alguém deve ser apedrejado, sou eu. O homem ao meu lado é um cavalheiro que, apesar do ato cruel que cometi, continua sendo um apoio incondicional; ele tem sido o único que cuidou de mim e não me julgou. Se alguém pode me acusar, é ele... e veja que ele não fez isso, então o que os outros pensam é indiferente para mim.

Ramiro: Oh, não, senhorita Rose, eu não te julgo, pelo contrário, acho que é uma mulher muito corajosa sem medo de nada. Só acho que se tivesse sido minha esposa, nunca teria deixado você sozinha.

Rose: Meu marido nunca me deixou sozinha, nem antes nem agora.

Gabriel: Ramiro, é melhor guardar esses comentários. Rose é minha esposa e será para sempre.

Peguei no braço de Gabriel e continuamos a visitar o lugar. Muitos falavam conosco, bom, de mim, suponho.

Eu queria correr para fora dali, mas esse era o meu castigo.

Gabriel me conectou com muitos empresários, fiquei de enviar uma garrafa do meu vinho; preciso fazer contatos comerciais.

Depois de percorrer todo o espaço, decidimos ir embora. Gabriel nunca soltou minha mão, ao que parecia, não se importava que nos vissem juntos.

Eu tinha provado pelo menos uns 15 vinhos e estava quase perdendo o controle.

Gabriel: Você está bêbada, Rose.

Rose: Então, o melhor é você me levar nos seus braços.

Levantei os braços, fiz beicinho, e Gabriel, sem hesitar, me levantou em seus braços.

Enquanto me carregava até a carruagem, eu brincava com ele.

Rose: Você cheira tão bem.

Dizia enquanto beijava seu pescoço.

Entramos na carruagem; eu estava no seu colo.

Rose: Gabriel, sou feia para você?

Gabriel: Não, você é a mulher mais linda do mundo.

Rose: Então você tem nojo de mim?

Gabriel: Não.

Rose: Por que então você não quer fazer amor comigo?

Gabriel: Não é que eu não queira, é só que...

Rose: Entendo, você deve ter na mente o ato horrível que cometi, se eu te dou nojo.

Saí do seu colo e me sentei ao seu lado. Gabriel tentou falar comigo, mas eu não deixei.

Ao chegarmos em casa, desci da carruagem, não esperei por ninguém; entrei em casa direto.

Gabriel: Rose!

Eu continuei andando em direção ao meu quarto.

Gabriel: Rose!

Ao chegar à porta do quarto, falei...

Rose: Pode dormir em outro lugar, não quero que durma ao meu lado.

Gabriel: Eu não farei isso...

Rose: Então não tem escolha, não quero continuar suportando seu desprezo.

Gabriel chegou ao meu lado; tentei fechar a porta, mas ele impediu.

Rose: Só vai embora!

Gabriel escancarou a porta, pegou meu rosto e me beijou.

Eu estava desesperada, queria continuar beijando-o, então passei minhas mãos em volta do seu pescoço e senti seu corpo me prensando.

Gabriel: Tem certeza?

Rose: Sim...

Gabriel me levantou em sua cintura, não parava de me beijar, senti quando me deitou na cama.

Gabriel: Hoje à noite serei seu...

*"Apesar do álcool no meu organismo\, sentia-me mais consciente do que nunca"*

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