03

Tentando conter aquela euforia em seu peito por enfim ter sido chamada de amor, Lucy se aproximou dele e disse:

—Está falando comigo?-perguntou sorrindo, pois achou que Daniel estivesse tirando uma brincadeira, mas o homem a puxou para mais perto, fazendo ela cair em seus braços e como se fossem um casal apaixonado, se beijaram loucamente.

É fato que o cheiro de álcool deixava Lucy muito incomoda, mas por amor, ela não se afastou e retribuiu todo amor recebido.

Após encerrar o beijo, Lucy se levantou e com muito esforço, ajudou o Daniel se levantar e foram juntos para o banheiro, ela ajudou a tirar as roupas dele e até a lavar o seu corpo, Daniel tinha dificuldade até mesmo de se manter de olhos abertos.

Após dar um banho no marido, Lucy pediu que ele retornasse para o quarto primeiro, afinal, ela estava toda molhada e precisava tomar um banho e assim ele fez, foi cambaleando e deitou-se na cama.

Depois de tomar um banho e vestir uma camisola de renda preta e uma calcinha vermelha, ela passou um pouco de perfume e também se deitou, na verdade ela achava que Daniel estava dormindo, mas num passe de mágica, ele logo estava com o seu corpo colado ao dela.

—Nós sentimos tanto a sua falta-ele sussurrou ao ouvido dela, enquanto encosta o seu pãu nas nádegas dela, a fazendo ficar arrepiada.

Sem saber como reagir diante daquela situação, Lucy não disse nada e só pôde se entregar a esse amor, ela virou-se ficando de frente para ele e daí o beijou com urgência.

Tudo aquilo parecia um sonho, sempre que eles faziam amor, o beijo na boca era proibido, mas essa casa hoje parece sem regras, Lucy só pode aproveitar esse corpinho gostoso do seu marido.

Enquanto se beijavam, as mãos grandes e habilidosas do Daniel passei pelo corpo de Lucy, cada toque, a faz se sentir viva como jamais sentiu.

Logo Daniel começou a tirar a camisola de Lucy, tirou a alça do lado direito e daí começou a chupar o mamilo direito dela e acariciar o esquerdo, logo ele fez o processo inverso, isso estava deixando Lucy imersa num prazer descomunal.

Não demorou muito e Daniel se livrou da camisola de Lucy, a deixando somente de calcinha vermelha,  ele se posicionou bem no meio das pernas dela, era como se ele quisesse olhar bem de perto pra böceta dela, afastou a calcinha dela, mordeu os lábios de puro desejo e daí começou a chupar cada centímetro, passando a língua de baixo para cima e depois fazendo movimentos circulares no clitöris dela e isso fez Lucy gemer alto.

Usando o dedo polegar e o indicador, Daniel afastou os grandes lábios, dando uma visibilidade maior daquela florzinha linda e daí começou a chupar novamente, sempre mais rápido e com mais vontade.

Já completamente entregue aquele prazer avassalador, Daniel se livrou da toalha que cobria o seu corpo e daí a penetrou com força a fazendo gritar, ela estava gostando, mas não pode deixar de pensar o quão pesada poderia ter sido a droga usada por Daniel, ele jamais a chamaria de amor em sã consciência.

Depois de fazer amor em várias posições, Lucy e Daniel caíram ofegantes na cama, Lucy sorria lindamente como se tivesse visto um passarinho verde, já Daniel, estava escornado na cama e respirando de maneira irregular, nesse momento, ele pegou na mão de Lucy carinhosamente e disse:

—Amor, você foi incrível como sempre, eu te amo muito minha princesa...minha Juliana-ele disse pausadamente fazendo o coração de Lucy se partir em mil pedaços.

“Então é isso, ele me chamou de amor pensando que sou outra pessoa? Ele fez amor comigo pensando que estava fazendo com a tal da Juliana?” Ela refletiu mentalmente enquanto tentava arranjar forças para se levantar, ela se trancou no banheiro, se olhou no espelho e disse:

—Eu sinto muito vovô, mas isso eu não vou tolerar, é humilhante demais-ela disse a si mesma enquanto pensava no que fazer.

Lucy perdeu os pais quando criança, tentando proteger a neta, Leonardo levou Lucy para o interior, ele a criou com muito carinho e atenção e por isso Lucy aceitou o pedido de seu avô, mas ela não tem coração de aço e acabara de atingir o limite.

...

Lucy passou a noite inteira no banheiro, chorando e relembrando o passado, ela fez uma viagem em si mesmo, navegando em suas lembranças, na verdade ela estava procurando um motivo para amar o Daniel tanto assim, ela não encontrou, só se lembra das vezes que dormiu no sofá esperando por ele, das vezes que acordou cedo e preparou um café da manhã especial pra o marido e ele a humilhou dizendo que ela só fazia aquele tipo de comida só pra ter a chance de se alimentar tão bem, já que ela veio do interior e certamente nunca havia provado aquilo, idiota, Lucy é bem mais do que aparenta ser.

Depois de mais uma noite sem dormir, Lucy se levantou do chão frio, fez a sua higiene matinal, tomou um banho e daí saiu do banheiro e foi direto para o closet, vestiu uma calça branca de cintura alta e um blusa verde folha, passou um pouco de perfume, pegou o seu celular e daí saiu do quarto e se dirigiu para a sala de estar, dessa vez a mesa já estava posta.

—Bom dia senhora, faz tempo que não preparo o café da manhã, pois a senhora sempre preparava do seu jeito, espero que goste dos alimentos que preparei com todo carinho-disse a cozinheira toda sorridente tentando ganhar a simpatia da patroa, mas Lucy não disse nada, apenas mexia distraidamente no celular.

Ana saiu e nessa hora Daniel chegou e sentou-se em silêncio e daí começou a se servir, vê-lo tão perto, fez Lucy relembrar com clareza o acontecimento da noite passada, o seu coração se apertou dolorosamente e como se fosse várias facas afiadas, palavras saíram rasgando a garganta de Lucy:

—Dia dos namorados, Natal, aniversários, ano novo, aniversário de casamento, quando estive doente, tudo isso eu passei sozinha, então está comprovado que sou perfeitamente capaz se seguir em frente sozinha, Daniel Gonçalves, eu quero o divórcio-disse Lucy e logo bebeu um pouco de café, tentando manter a calma e o foco.

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