capitulo 2

Chegando em seu apartamento que não era muito grande, mas possuía divisões internas bem definidas, sala de estar, cozinha, quarto, banheiro e uma área de serviço.  ele então abre a porta e entra. na sala de estar havia um sofá, uma televisão, uma estantezinha com Alguns livros empoeirados, ao lado da mesma havia uma escrivaninha  que ficava seu notebook e algumas fotos dele e de seus pais sobre ela, em seguida o balcão da cozinha, sobre ela estava sua torradeira  que ele havia usado pela manhã, com algumas correspondência ainda lacradas ao lado, o fogão estava limpo, porem a pia estava amontoada de louças sujas, a cima dela tinha um pequeno armário embutido, a geladeira estava vazia com apenas algumas garrafas de água, a fruteira tinha algumas maçãs  quase podridas com umas laranjas murchas, o chão de todo o apartamento estava pegajoso e sujo, ele então Deixa sua bolsa e o jaleco branco que parecia está amarelado sobre o balcão e  se dirigiu ao pequeno quarto minúsculo.

A cama estava feita pois ele ainda tinha o costume de arrumá-la, já o guarda-roupa estava todo aberto com algumas peças de roupas pelo chão, em seguida  ele começa a se despir para tomar banho, pois precisava afinal de contas aquele dia tinha sido cansativo e até agora estava tentando assimilar tudo isso, nunca poderia imaginar que esse seria seu último dia de trabalho antes de tirar férias.

Aquela pequena palavra fez ele suspirar com certa raiva, mas logo entra no banheiro, que  era muito simples, na verdade todo o apartamento era bem simples, Erick não tinha o costume de ficar redecorando ele, e nem de limpá-lo pelo visto.

Mas o banheiro estava num estado bem crítico, a pia estava com vazamentos, acima dela um pequeno armário espelhado, dentro dele estava seu creme dental com uma escova de dente, o vaso sanitário estava todo encardido, e o piso não sabemos dizer qual era a sua cor exata de tão sujo que estava, mas ele já estava  acostumado demais pra notar essas coisas. logo encara o espelho a sua frente e pensa.

    O que eu vou fazer pra me manter ocupado? será que devo insistir em continuar trabalhando? Não, o Fernando não irá fazer isso nem se eu implorasse, Acho que vou viajar. é Eduardo parece que eu vou te visitar, apesar de não está muito animado pra isso, pois agora que estou de férias o que eu menos quero é sair de casa.  

Pensava enquanto olhava seu reflexo no pequeno espelho do banheiro e só assim pôde perceber que havia descuidado de si mesmo, pois os cabelos estavam grandes, quase nos ombros e a barba parecia que não era feita a meses, e confessou que estava irreconhecível, o que não foi difícil de lembrar da última vez em que esteve naquele estado decadente quando se entregou ao luto pela morte de seus pais, aquela foi a pior dor que sentiu na vida, seus pais estavam vindo de um jantar em comemoração aos seus 25 anos de casados, quando o carro deles foi atingido por um motorista imprudente que dirigia bêbado em alta velocidade.  Perdê-los no melhor momento de sua vida foi insuportável, foi tão difícil seguir adiante sem o amor e apoio de seus pais, não foram poucas as vezes que tentou desistir de tudo; seus sonhos, sua carreira, sua vida, e quando achou que não conseguiria suportar, Eliza apareceu em sua vida como o sol que aquece as manhãs frias e gélidas da primavera. Ainda lembrava bem de quando se conheceram, como se tivesse acontecido minutos atrás.

Ela era recém formada na faculdade de  medicina, e começou um estágio no hospital onde Erick atualmente trabalha, Ela era divertida e muito espontânea, sua amizade foi fácil de conquistar, não se sabe quando esse amor de amigo mudou pra outro tipo de amor, e mesmo quebrado Erick escolheu se entregar ao amor, e amou de forma verdadeira e genuína, mas o que não sabia era que esse amor iria lhe causar mais  uma dor, e só percebeu isso quando Eliza partiu seu coração  pois no final de tudo era somente ele que amava, ali foi mais um golpe que a vida lhe deu, mesmo depois de dois anos essa dor ainda persiste, o fazendo se entregar a solidão afundando a vida por alguém que nunca o amou de verdade.

_ maldição. – ele engoliu em seco e Socou a parede se sentindo um miserável.   

 Depois de uns longos minutos com as mãos apoiadas na pia, respirando fundo ele tirou a franja do rosto e resolveu fazer a barba com a pouca paciência que lhe restava, pois as lâminas do único barbeador que ainda tinha ali, estava totalmente cegas, mas no final até que ficou bem feita, o cabelo continuou do mesmo jeito, ele apenas lavou com o pouco do sabonete que ainda restava. terminando o banho pediu uma comida, comeu e agarrou-se a uma garrafa de bebida e bebeu até adormecer, sendo consumido pelas lembranças de Eliza.

 

 No dia seguinte, Erick despertou assim que o toque do celular tornou persistente em seus ouvidos, sentindo sua cabeça latejar por pura ressaca, procurou pelo celular que havia se perdido no quarto sujo, quando o encontrou viu que era Gabriela ligando.

_Erick bom dia! Escuta bem, já tirei sua passagem e deixei aí na portaria, o voo é ao meio-dia, o hotel já foi reservado você só vai precisar confirmar a reserva e pagar por ela, já te mandei a localização exata dele com mais informações. Curta bem suas férias você merece tudo de bom nessa vida, boa viajem. Em seguida ela desliga rapidamente, com receio dele não aceitar, e num impulso ele salta da cama, pois já tinha desistido de viajar antes mesmo de chegar em casa.

_ o que?   Gabriela....  o que está dizendo?.... Gabriela?.... Gabriela?...... merda ela desligou.

Mais que merda Gabriela eu não queria viajar assim tão de repente. – murmurou irritado.

Tentou diversas vezes ligar pra ela, mas sem sucesso, e mais uma vez sua cabeça doeu, ele franziu a testa em contrastes com a dor, tomou um remédio e voltou a deitar.

já era quase 9 da manhã e ainda estava deitado preguiçosamente em sua cama, sua dor de cabeça aparentemente já havia passado, e  agora estava pensando em apenas deixar as horas passar e assim perder o voo, mas de repente pensou no quanto a Gabriela se esforçou para fazer tudo isso por ele, e parecia feliz ao telefone, quando ligou para lhe comunicar a respeito da viajem, por um momento ele sorriu feliz, percebendo o quanto ela se importava com ele, como uma verdadeira irmã que nunca teve, e por fim resolveu arrumar a mala.

 Colocou pouquíssimas roupas, falava para si mesmo que voltaria em menos de duas semanas, arrumou a cama como de costume tomou banho e partiu para o aeroporto, trajava uma calça jeans azul, e uma camisa cor de vinho. parecia que havia vestido a primeira roupa que viu na sua frente, mas ainda assim estava bonito.

Erick não era feio, na verdade era muito bonito, alto, forte, cabelos lisos e preto, pele clara e olhos escuro, apesar de ter se descuidado por um bom tempo ainda era incrivelmente belo.

 

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Comments

Tatiana Fonseca Naffah Bertoni de Melo

Tatiana Fonseca Naffah Bertoni de Melo

Verdade . Dá uma faxina no apê

2024-06-13

2

Fatima Matos

Fatima Matos

E .só limpar o apartamento que já fica ocupado pelo uns 3 dias.

2024-06-03

0

ND

ND

aí ele é um porco

2024-03-15

2

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