Imperfeito
Eloísa entrou em um café para se aquecer, os enfeites de Natal eram antigos mas o local era aconchegante, todo rustico e bem pequeno, ao abrir a porta se deparou com um homem em sua frente tentando sair, homem alto, forte, cabelo levemente grisalho, Eloísa era uma moça de 1,60 de altura, perto daquele homem se sentiu uma tampinha.
-Pode sair da porta? (Disse ele com uma voz forte e aveludada) segurando a aba do chapéu e cobrindo parte dos olhos.
Elo ficou paralisada na frente da porta, não parece ter ouvido o pedido, mas rapidamente se deu conta que ele queria passar e saiu da frente com bastante vergonha, entrou no café sem nem saber mais oque pedir , pensando como pareceu uma boba e não conseguiu responder a grosseria daquele homem.
Ela se sentou a mesa e veio a garçonete.
- Elo, minha amiga, não te vejo desde... bom deixa pra lá, já sabe o seu pedido?
Heloisa não se deu conta deque a garçonete estava por perto, ela não tirava os olhos da porta torcendo para que o homem voltasse.
A garçonete notou que Eloisa estava com os pensamentos longe deu uma tossidinha para chamar a atenção dela.
-Débora, a quanto tempo , como esta seu irmão?
- Eu acho que bem Elo, ele se casou e foi morar no Sul.
-fico feliz que as coisas tenha sido diferente para ele, o Igor sempre será uma pessoa especial para mim.
-Queria que vocês tivessem dado certo, a esposa dele é uma interesseira, não pude notar que estava distante algo aconteceu?
-N-Não eu apenas esbarrei com ogro quando entrei.
-o ogro é o Sr . Lorenzo, dono da fazenda delgados, oque tem de gato tem de misterioso e amargo! Vou pegar seu café.
Eloisa fica encarando a porta na esperança deque o homem grisalho voltasse.
Eloísa terminou seu café, deixou o dinheiro na mesa e saiu.
Ao sair o vento levou o cachecol de Heloisa e ela saiu correndo atrás, sem perceber ela atravessou a rua
Ao perceber que estava na rua já era tarde de mais , viu uma caminhote vindo em sua direção, sem saber oque faz Elo fecha os olhos e espera pelo pior.
- Buuuuum (barulho de batida)
Eloisa foi surpreendida pelo barulho estrondoso de uma batida, abriu os olhos e viu estar viva, pensou “graças a Deus”, e em seguida notou que a caminhote desviou dela e bateu no poste.
Todos sairam para ver oque estava acontecendo, e a porta da caminhote se abre, Elo ficou pálida quando notou ser aquele homem que ela esperava ver novamente , mas não naquela circunstâncias.
Ele desceu da caminhote bem bravo,
Ela já esperava apesar de não entender nada de carros, só de olha já sabia que era das mais caras.
Chegou perto de Eloisa e colocou suas mãos enormes em seu braço
- Que diabos fazia no meio da rua, estás maluca?
-e-eu... eu não vi... vi..você.
E mais uma vez o olhar deles se conectaram, mas logo a raiva tomou conta de Elo, que logo fechou a cara para ele seu olhar dizia “quem ele pensa que é “
ele a soltou.
- você mais uma vez! Primeiro a porta e agora fica parada no meio da rua, quem pensa que é? (Falou com um irônico)
É Elo, Eloisa Ribeiro. (Disse ela ajeitando o vestido)
- uhum, seja quem for , não se atravessa a rua como se fosse a dona do mundo! Olha como esta meu carro!
- Como eu já disse, eu não vi seu carro senhor... ? (Esperando que ele respondesse)
Ele Bufa e da as costas, entrando no carro todo amassado, deu uma ré e parou do lado de Elo:
-Lorenzo Navarro!
Saiu cantando cantando pneu.
Eloisa fechou a cara e foi andando pra casa com altos pensamentos
“Quem esse homem pensa ser! Dona da rua era só oque me faltava ouvir!”
....
Lorenzo de dentro da caminhote, abre um sorriso de canto de boca se lembrando daquela moça baixinha com os olhos negros e a bochecha rosada. “essa cidade só tem gente maluca, mas ela é linda” pensou.
Chegando na Fazenda Lorenzo pede para seu capataz levar o carro ate a capital para o conserto
-o senhor ta bem patrão?
-Sim Cláudio, eu desviei de uma maluca no centro e tive que bater no poste, acho que é Eloisa Riveiro, Ribeiro, não sei direito.
-deve se ser a Filha do Ribeiro, da fazenda dos gados pardo, ouvi dizer que o pai tava falido e vários boatos de que iria leiloar a filha.
-Que absurdo, usar a própria filha como moeda de salvação, chega de papo, leve esse carro a capital e volte ante do anoitecer , amanha teremos um dia longo, vamos buscar os novos cavalos para a fazenda.
-sim patrão!
Lorenzo entra para a casa, com pensamos sobre Eloisa, como pode ter visto a moça duas vezes e não conseguir tirar ela da cabeça. “o frio na barriga deve de ter sido do acidente, mas e o olhar foi a segunda vez que a vejo e não consegui desviar o olho dela e o pai a quer vender , isso não poder ser certo!”
Eloisa, já estava em casa fazendo o Jantar para seu pai e seus irmãos , eram 7 filhos, Eloisa era a única mulher, a mãe morreu no parto dela e o pai desde então se afundou em dividas, jogos e bebidas, ela era a responsável pelas tarefas da casa, os irmãos e o pai eram porcos, bebiam de mais e não tiravam nem o próprio prato da mesa.
-um brinde a Eloisa, filha que matou o amor da minha!
-Xiiih, pai o senhor esta bêbado de mais, vá para cama!
-Amanhã é o dia! O dia que eu vou escolher seu noivo! Tomara que você me de muito dinheiro pra retomar tudo oque você me fez perder!
Eloisa saiu para cozinha , ela sabia que não poderia reclamar pois o pai a batia se ela retrucasse, pegou uma maça esfregou no vestido e subiu para o quarto.
“E seu eu fugir agora mesmo pra bem longe? ,mas será tão ruim assim me casar?é possível ser mais maltratada que já sou?
Elo começa a chorar e pega no sono .
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Atualizado até capítulo 66
Comments
Beth elliskat
as pessoas tem mania e culpar as crianças pelo que acontece na vida deles . ela não tem culpa
2024-01-16
3
Shes
Parabéns muito bom
2023-08-11
3
Elizabeth Brenda
Posso me gabar , que a fazendo "Delgados" é uma homenagem a minha pessoa ❤️ Te amo amiga!!!
2023-08-08
4