capítulo 17

Cheguei no apartamento do Will e a porta estava aberta, melhor dizendo, escancarada, fui entrando em silêncio, tava tudo bagunçado, tinha louças, plantas, e outros objetos quebrados e espalhadas por toda parte.

Sai quarto por quarto procurando ele, e não o encontrei, o AP dele era muito grande, tinha quatro quartos bem espaçosos, ouvi choros e gritos de ódio vindo da varanda de um dos quartos , entrei e pelo tamanho e beleza só poderia ser o quarto do Will, estava tão preocupada mas pude notar alguns detalhes, um em especial que me chamou muita atenção, meu perfume que havia ficado quanto eu fui embora, reconheci Pois era um perfume francês, foi trago da França, era raro, e o único que eu tinha havia sumido, eu nem sabia que tinha ficado com ele. E várias fotos nossas espalhadas e rasgadas pelo quarto.

Deixo de observar aquilo todo e sigo em direção ao som de choro que escuto.

Então o vejo largado no chão com as mãos na cabeça.Me aproximo de vagar e ao mesmo tempo com medo pois não sei o que esperar.

- Will.

Chamo seu nome, com voz trêmula,

ele me olha fixo nos olhos, e seu olhar já não estava mais com tanto ódio, parecia só dor, e vermelho, acho que deve ter chorado de mais.

- Will, posso falar com você?

Pergunto , ainda assustada em vê-lo daquela forma.

Ele vem em minha direção, bem sério e eu vou me afastando de ré para trás.

Ele continua andando em minha direção, me olhando fixo, e eu continuo por instinto andando para trás, até que esbarro na parede, ficando sem espaço para continuar.

Eu fiquei com muito medo da sua expressão, ele colocou as mãos sobre a parede me mantendo encurralada entre a parede e seus belos braços. Não fala uma palavra, só fica me olhando.

- Will, precisamos conversar, olha eu não sabia que o Rafa ia vim me visitar, ele me pegou de surpresa.

Eu não esperava, e quando eu vi você entrando pela janela, eu fiquei sem ação, então continuei beijando ele, pois o que eu poderia falar pra ele , se ele visse você entrando pela janela do meu quarto, o que ele pensaria de mim ? e o meu pai também quando ele contasse .

Estendi minha mão, e docemente fui tocando em seu rosto, na sua barba macia, e cheirosa. Ele parecia gostar do carinho, então foi fechando os olhos.Creio que ele foi voltando novamente pra si.

À medida que eu ia explicando a história para ele, ele ia chorando, parecia estar arrependido de algo. Ele então abre os olhos e pega em meu rosto quase da altura do seu, pois eu estava de salto, desde que cheguei da rua nem tive tempo de trocar. foi tudo muito rápido.

Ele encosta a testa dele na minha, ainda seguro em meu rosto, e lentamente vai em direção a minha boca, quando está quase me beijando eu arranco as forças do fundo da minha alma, pois eu estava louca por um beijo dele também. E desvio a minha boca da boca dele.

Ele suspira aliviado, parece que ele estava querendo essa reação de mim, então me abraça forte, e me pede perdão.

- Me perdoe, por favor.

- Não, Will, você não tem que me pedir perdão, você não me fez nada.

- Tenho sim, eu difamar você , xinguei você, e até te odiei, sendo eu o único responsável por tudo.

- Tudo bem Will, é claro que eu te perdoo, e você acha que pode me perdoar?

- Você não tem nada que me pedir perdão, eu que sou um imbecil e escolhi desconfiar de você.

- Tudo bem Will, você também não tinha como saber, afinal de contas, como você diz , você não me conhece, vai vê eu mudei em cinco anos.

- Não Diga isso por favor, não me faça me sentir mais idiota do que estou.

- Tudo bem, então estou perdoada ?

- Claro que sim.

- Amigos de novo? pergunto estendendo a mão para ele.

ele me abraça, me dá um beijo bem gostoso na testa e diz...

- Nunca deixei de ser, e jamais deixaria de ser seu amigo.

Eu o abraço forte, e o convido para ir comigo para meu AP, ele aceita, Então agente desce.

- Quero te apresentar o Rafa, e a Taís, tudo bem pra você?

- Sim, tudo bem.

Ele respondeu virando o rosto para cima, sei que ele não está feliz com isso, mas está fazendo isso pela nossa amizade.

A gente passa pelo AP dos seus pais e vamos para o meu pelos fundo.

Chegamos lá tia Esmeralda ainda está fazendo companhia para meus hóspedes juntamente com meu pai.

Ela tinha dito uma meia verdade para eles, disse que eu fui vê o Will, pois ele não se sentia bem. E que bom que ela falou isso, pois explicaria os olhos vermelhos de choro do Will.

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