Minha história...

Kristal

Tem pessoas que são como rosas, frágeis e delicadas, bom, eu costumava ser assim, como o meu nome mesmo diz; cristal, frágil e delicado. Mas, hoje sou como uma fênix, forte, e imortal!

Fênix é uma ave que simboliza o renascimento, o triunfo da vida sobre a morte, o eterno recomeçar, porém, sem perder a essência ao se tratar sempre da mesma criatura. Desta maneira, simboliza a vida e os seus ciclos, a esperança, o fato de que é preciso dar a volta por cima nas situações adversas… E recomeçar, e foi assim o meu triunfo, renascimento; como Anabella.

Antes de contar a história de como me tornei Anabella, conheceremos um pouquinho da Kristal, os pedaços que sobrou dela…

Em 1991, em hospital central da cidade de Nova York, Lanna Kristen, minha mãe, dava à luz, uma linda menina, que nasceu prematura. Nasci de 6 meses, eu era tão pequena e frágil, daí, minha mãe resolveu colocar meu nome de Kristal, pelo meu corpinho e a sua fragilidade…

Após, alguns meses internada, minha mãe, pode me levar para casa. Os anos foram se passando, eu cresci…

Aos 18, anos conheci, James, enquanto trabalhava em um café, ele se mostrou gentil e educado, então, começamos a namorar, no começo tudo foi mil maravilhas, flores… Tudo lindo, ele tratava bem, a minha mãe era apaixonada por ele, diariamente levava-me flores, eu estava completamente apaixonada naquele homem, trabalhador, honesto, todos da minha cidade adorava ele, e o trabalho que ele fazia como policial. Alguns meses depois namorando, ficamos noivos, e nos casamos, veio algumas dificuldades, mas, juntos superamos tudo, em relação a filhos, conversávamos bastante, ele, dizia que ainda era muito cedo, devíamos aproveitar o casamento, e depois que estivéssemos estabilizadas, aí sim! Poderíamos ter vários filhos. Até, que veio sobre a minha vida, a primeira tragédia, perdi a minha mãe, o meu porto seguro, se foi de forma de repente, ela havia sofrido um enfarto, e acabou a falecer. Naquele dia o meu mundo desabou, quase morri com ela, se não fosse o James, e seu apoio, não sei oque seria de mim, ele me deu todo o seu apoio e carinho. Alguns meses depois, ainda tentando me recuperar da perda, em um belo dia passei mal, e fui parar em um hospital, como James estava de plantão foi atendida e liberada, após, o diagnóstico do médico, eu me senti a mulher mais feliz do mundo, por carregar fruto do nosso amor no ventre, eu estava grávida, eu não poderia está mais feliz. Voltei para a casa, muito empolgada. James chegaria só às 18h, então, resolvi preparar um jantar especial para nós dois. Assim que ele chegou e observou a mesa toda posta, logo perguntou; oque estávamos a comemorar. Então disse: Você será pai… — Chorei emocionada. Até que notei sua expressão, ele ficou sério, quase em choque, estava com o punho fechado sobre a boca.

Kristal: Amor, diga alguma coisa, está bem? — Perguntei com receio.

James: Você esqueceu das pílulas?

Fiquei em silêncio, pois não esperava por essa pergunta.

James: Droga! — Diz ele socando a mesa.

Kristal: Desculpa, … aconteceu…

James: Eu fiz planos para gente, eu… Planejei, comprar uma moto, para nós dois viajarmos, conhecer a Califórnia, lembra? Nossa lua de mel, que não tivemos… E agora, você, está grávida? Por acaso você acredita que estou pronto para ser pai?

Kristal: James, amor… Pensei que… Também não estou pronta para ser mãe, mas, a gente dá um jeito! Não tive culpa… Podemos…

James: Podemos, oque? Você, não trabalha, você, não poderá andar de moto? Aliás, com os gastos como vou comprar uma moto? Aliás, uma moto não cabe três pessoas? — Esbravejava ele, com palavras ofensivas.

Kristal: Podemos dar um jeito… Talvez eu possa…

James: Eu não tô pronta para dá um jeito. — Esbravejava ele, se levantando da mesa, e indo em direção à porta.

Fiquei ali chorando horrores, não acreditava nas palavras que James, havia me dito naquela noite, mal sabia que o meu pesadelo só estava começando. Era bem tarde quando ele voltou, gritando meu nome para eu abrir a porta, ao abrir, sentir seu cheiro de longe, cheirava a bebida, e trocando os passos ele entrou.

Kristal: Estava bebendo?

James: Meu amor, … Foi só umas tequilas, mas, agora estou aqui, para você… Venha, vamos nos deitar…

Kristal: Melhor você tomar um banho, para curar esse álcool, prepararei um café…

James: Não! Não estou bêbedo! — Gritava ele. — Venha, vamos para cama agora. — James me segurava com agressividade, me conduziu até a cama, e me jogou, sem se importar se eu iria me machucar.

Kristal: James, oque houve, é porque tá agindo assim???

James: Cala boca! — Diz ele caminhando para cima de mim, me beijando a força, e tirando as minhas roupas, não tive nem como lutar contra ele, já, que ele é bem mais forte que, pelo seu porte atlético de policial…