Capítulo 4

Mas de um momento para o outro, ele começou a ouvir uma voz que o chamava: ¡Marcus! ¡Marcus!

Marcus: Quem é? Quem está me chamando? Eu morri?

A voz falou novamente, dizendo: Sim e não, tudo depende de você.

Marcus: De mim! Eu não entendo. Por favor, explique.

A voz: Eu sou um emissário e, neste momento, você está no limbo. Você está em coma e, se superar este teste, poderá voltar para casa.

Marcus: O que eu tenho que fazer? Que teste? Minha amiga está bem?

A voz: Você é bem curioso, mas eu responderei. Sim, sua amiga está bem. Quanto ao teste, você saberá quando for a hora, mas primeiro você precisa ver uma coisa para que possa tomar sua decisão.

Naquele momento, uma luz ofuscante cobriu seus olhos. Ele teve que fechá-los e então abri-los para se ajustar à luz. Quando ele abriu os olhos, uma tela gigante mostrou a ele, desde o momento do acidente, como seus pais e os pais de Elena foram chamados, como eles foram levados para o hospital e como seus pais chegaram desesperados com os pais de Elena para receber notícias deles, e como sua mãe desmaiou com o choque, culpando seu pai pelo que aconteceu e como ele pediu perdão enquanto chorava.

As lágrimas não paravam de rolar pelos olhos de Marcus, e ele apenas repetia para si mesmo: "Eu tenho que voltar." Naquele momento, ele sentiu que estava caindo, mas quando esperava o impacto, ouviu a voz de uma mulher falando com ele. Lentamente, ele abriu os olhos, olhando ao redor, observando uma sala muito grande e lindamente decorada em estilo antigo. Tudo parecia novo, mas antigo, até que seu olhar se fixou em uma bela jovem de cabelos e olhos azuis, de cerca de 30 anos, que o olhava chorando, mas com alegria.

"Imperatriz, você finalmente acordou", disse a jovem, entusiasmada. Quando Marcus a ouviu, arregalou os olhos e se sentou imediatamente, dizendo: "Como você me chamou?". Mas, naquele momento, todo o seu corpo doeu, especialmente suas costas, e ele gemeu de dor.

"Imperatriz Amanda, não faça isso, ou suas feridas podem abrir", disse a jovem, preocupada.

Ao ouvi-la, Marcus ficou em estado de choque. Imediatamente, aquele nome lhe veio à mente e, naquele momento, as memórias da dona daquele corpo o inundaram. Sua cabeça começou a doer tanto que ele desmaiou. A jovem, muito preocupada, não sabia o que fazer, apenas lhe colocava compressas na testa, pois não tinha permissão para chamar um médico. Eles permitiram que ela cuidasse dela porque pensavam que ela iria morrer, e o único que vinha todas as noites perguntar como ela estava era o príncipe Abel. O resto não se importava com ela.

Depois de duas horas, (Marcus) acordou. Quando abriu os olhos, estava no mesmo quarto e a jovem estava sentada em uma cadeira ao lado da cama, colocando compressas de água fria nele.

"Imperatriz, não me assuste assim, por favor", disse ela com os olhos marejados. Marcus, analisando a situação, percebeu que estava no romance que ele achou tão ruim e, em um sussurro para si mesmo, disse: "Isso deve ser uma piada. Com tantos romances, eu tinha que cair neste?", disse ele com desgosto. A jovem imediatamente perguntou: "Você disse alguma coisa? Você está se sentindo mal?".

Marcus olhou para ela atentamente, lembrando que, em toda a sua vida, Emilia era a única que estava lá para Amanda e que cuidava dela e a protegia desde que ela era um bebê, então ele prometeu a si mesmo que ajudaria aquela jovem a ter um bom futuro e ser capaz de se apaixonar.

DESTE MOMENTO EM DIANTE, MARCUS SE CHAMARÁ AMANDA.

Amanda: Emilia, eu queria te agradecer por estar sempre lá para mim.

Emilia: (Toda emocionada, ela olhou para Amanda) Sua Majestade não precisa me agradecer, eu faço isso com o maior prazer do mundo. Eu a amo como a uma filha.

Amanda: Não me chame de Majestade ou Imperatriz, apenas me chame de Amanda.

Emilia: Sua Majestade, eu não poderia. Não é apropriado que alguém como eu a trate tão desrespeitosamente.

Amanda: Vamos fazer um acordo: quando estivermos sozinhas, você pode me chamar pelo meu nome e não precisa usar títulos formais. Não quero um "não" como resposta, entendeu?

Emilia: Está bem, Majes... digo, Amanda.

Amanda: Emilia, preciso de um favor. Você pode me trazer algumas plantas para ajudar na cicatrização das minhas feridas?

Emilia olhou para ela, surpresa, porque não sabia que sua senhora sabia algo sobre medicina. Ela simplesmente respondeu: "Sim, Sua Majes... digo, sim, Amanda. Diga-me, quais plantas você quer que eu traga?". Amanda fez uma lista, esperando que ela encontrasse todas. Uma vez feita a lista, ela a entregou a Emilia, que saiu para conseguir tudo o que sua senhora havia pedido.

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