A dor da rejeição ecoava em cada canto do coração de Ana. A imagem de Pedro, impassível diante da sua acusação, a consumia por dentro. A esperança que um dia haviam construído juntos agora se transformava em cinzas, deixando um vazio imenso em seu peito.
Se for assim, por que eu deveria continuar a ser uma idiota?- pensou Ana.
Ana sorriu friamente e foi para seu quarto, quando ela desceu as escadas estava em um vestido vermelho extremamente sexy.
Em busca de um refúgio para seus sentimentos confusos, Ana se viu atraída para um bar, um lugar onde a música alta e a luz baixa prometiam abafar o caos interno. Perdida em seus pensamentos, ela se sentou em um canto e pediu um drinque forte.
Foi nesse momento que seus olhos se cruzaram com os de um homem. Ele estava sentado em uma mesa próxima, observando-a com um olhar intenso e enigmático. Havia algo de magnético em seu sorriso, uma aura de mistério que a atraiu como um imã.
De repente o homem se aproxima da mesa de Ana, com um sorriso gentil
-Posso me juntar a você? Parece que você precisa de um pouco de companhia. Sou Felipe.
Ana ficou um pouco surpresa, mas aceitou o convite.
- Claro. E eu sou Ana.
Felipe pediu um drinque para ambos, e perguntou:
- Então, Ana, qual é a história de uma mulher bonita como você em um lugar como este, sozinha?
Ana sorriu fraco com o elogio.
-É uma história complicada, eu diria. Coisas de coração.
Felipe com um olhar atento.
-Ah, entendo. Às vezes, um drinque e uma boa conversa são tudo o que precisamos.
-Com certeza.
-Você gosta de dançar? Essa banda que está tocando hoje é ótima.
-Sim, amo dançar.. Ajuda a esquecer dos problemas por um tempo.
-Você parece ser uma pessoa forte, Ana.
- Forte? Eu? Por que? - perguntou Ana com surpresa.
- Sim, forte. As pessoas fortes são as que conseguem seguir em frente, mesmo quando tudo parece desabar.
-Talvez você tenha razão. (disse Ana baixando o olhar e tocando levemente no copo). Mas enfim, vamos dançar.
- Claro, posso ter essa dança?- Perguntou ele, estendendo a mão.
Ana, com os olhos brilhando e as bochechas levemente coradas, aceitou o convite. Juntos, perderam-se na melodia, seus corpos se movendo em perfeita sincronia. A cada música, a cumplicidade entre eles aumentava, e a noite se transformava em um sonho.
A música era de um ritmo contagiante que convidava o corpo e alma a se moverem. Felipe, com um sorriso brincalhão, se aproximou de Ana, e conversavam animadamente um com o outro.
Entre uma dança e outra, eles brindaram com drinks coloridos, a conversa fluindo com naturalidade. Ana, cada vez mais envolvida pela atmosfera do lugar e pela companhia de Felipe, começou a sentir os efeitos do álcool. Seus movimentos se tornam mais soltos, sua risada, mais alta.
Felipe observava-a com ternura, encantado pela beleza e espontaneidade daquela mulher. No entanto, à medida que a noite avançava, ele percebeu que Ana havia bebido demais. Seus olhos estavam vidrados, e ela já não conseguia mais manter o equilíbrio.
Preocupado, Felipe tentou convencê-la a ir para casa, mas Ana, em meio à euforia, insistia em continuar a festa. Sem outra opção, ele decidiu levá-la para casa. No entanto, para sua surpresa, Ana não se lembrava mais do próprio endereço.
Com dificuldade, Ana se apoiou em seu braço, e juntos saíram do bar. Durante o caminho, Felipe tentou fazer com que ela se lembrasse de algum detalhe sobre sua casa, mas todos os seus esforços foram em vão.
Diante dessa situação, Felipe, decidiu levá-la para seu apartamento. Ao chegar, Ana, sentou em um sofá um pouco tonta. Felipe observou ela entrar no apartamento, e se preocupou um pouco já que ela estava embriagada.
- Ana, você está bem? Parece um pouco...
(Ana, rindo alto) - Alegre? Eu estou ótima, Felipe! A vida é uma festa, não é? E hoje eu sou a rainha da festa!- disse ela se levantando e se aproximando dele.
(Felipe sorrindo)- Parece que você gosta de uma boa festa, mas não vamos exagerar, hein?
- Exagerar? Eu? Nunca! (faz uma pausa, pensativa) Felipe, você é tão bonito... tão gentil...
-Obrigado, Ana. Mas você está um pouco indisposta. Quer que eu te ajude a ir para um quarto?
- Quarto? Para que ir para o quarto? Podemos ficar aqui mesmo, no sofá. Ou melhor ainda, podemos ir para a sua cama.
- Ana, você sabe o que está dizendo?
- Claro que sei! E estou dizendo que quero você. Quero que a gente passe a noite juntos.
- Ana...
- Shhh... não precisa dizer nada. Só me beija.
Felipe se aproxima de Ana, hesitando por um momento. Seus olhos se encontram, e ele vê em seus olhos um desejo sincero e intenso. Com um suspiro, ele inclina-se e a beija. Mas logo se lembrou de que Ana estava bêbada e gentilmente, a afastou.
— Ana, você já bebeu demais. – Felipe tentou segurá-la, mas ela o empurrou de leve, rindo.
— Para com isso, Felipe! A noite está só começando! – exclamou, seus olhos brilhando intensamente.
Antes que Felipe pudesse reagir, Ana o puxou para um beijo seus lábios macios se chocaram contra os dele, novamente ele a afastou.
— Ana, você não está no seu estado normal. – disse, sua voz suave.
— Mas eu quero você… – ela insistiu, seus olhos marejados. – Por que você não me quer? Pensei que um tiozão gostasse de novinha.
— Tiozao? Eu só tenho 35 anos, Ana. Mas eu gostei muito de você, porém não podemos fazer isso agora. Você está bêbada e não está pensando direito. – explicou, tentando ser o mais delicado possível.
Ana murmurou algo, e logo as lágrimas começaram a escorrer dos cantos dos olhos, Felipe limpou as lágrimas do rosto dela e a abraçou, ele a pegou em seus braços e a levou para outro quarto ao lado do seu.
Felipe queria apenas deixá-la na cama, mas deitou Ana na cama e a cobriu com um cobertor.
Sentado ao lado dela, Felipe observava seu rosto sereno e pensava em tudo o que havia acontecido. Por que ela bebera tanto? Coisas de coração?
- Vamos falar quando acordar.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 3
Comments
Bia
está ficando interessante
2024-09-29
0