Proposta Do Destino
Na máfia, a principal função do casamento é estabelecer novas alianças e garantir estabilidade dentro do mundo criminoso. Algumas mulheres podem ter a sorte de viverem um grande amor, mas não é isso que geralmente acontece.
— O que eu vou fazer com essa criança? — Indagou Joseph Castellano a seu conselheiro e secretário particular, Alessandro Conti.
— Joseph, nós sabemos que a menina é sua filha. O teste de DNA já comprovou isso e infelizmente, a mãe morreu no parto deixando a menina completamente sozinha no mundo.
— Eu não posso chegar com uma criança recém-nascida na minha casa do nada, Alessandro! Como vou explicar isso para Stella? — Joseph falou nervoso, passando as mãos pelos cabelos.
— Bem, não é como se você tivesse que dar qualquer explicação. Stella sabe que você sai com outras mulheres. Uma criança é um risco que você correr ao fazer sexo sem preservativo. — Alessandro encarou Joseph com firmeza. Sabia que estava sendo atrevido com seu chefe, mas ele tinha que encarar a realidade.
— Não costumo transar sem preservativo, mas... — Joseph, tarde demais, lamentou o ocorrido.
JOSEPH CASTELLANO
Quando Galinda chegou ao bordel de luxo Red, que vários homens importantes de Nova York frequentavam, Joseph ficou completamente encantado com sua beleza. Houve até um leilão, que somente os mais importantes chefes da máfia americana puderam participar, para saber quem seria o primeiro homem a dormir com ela e ele pagou um alto valor por isso. Ela tinha longos cabelos loiros brilhantes, o corpo de uma deusa e olhos eram de um azul intenso e expressivo, uma de suas características mais notáveis.
Naquela época, Joseph já era casado com Olivia e tinha uma filha de dois anos, Stella. O casamento deles tinha sido uma mera aliança que fortalecia os negócios ilícitos de Joseph. No início, Olivia achou que pudesse ter um casamento feliz com seu marido, mas logo começaram as traições e ela era obrigada a se submeter aquilo.
Para quem via a situação de fora ou desconhecia a realidade de um casamento mafioso era muito fácil julgar. “Ela deveria pedir o divórcio” ou “Eu jamais aceitaria isso”. Contudo, como toda mulher nascida em famílias poderosas da máfia, Olivia foi criada para suportar aquele tipo de situação e assim a vida seguiu. Joseph não era um marido violento, como muitos que ela conhecia, e ela era mantida como uma verdadeira rainha. Nada faltava para ela ou sua filha Stella.
— De quem é essa criança? — Questionou Olivia assim que seu marido chegou em casa, acompanhado de uma babá e uma pequena bebezinha em seus braços, de pele branca, enormes olhos azuis e um cabelo loirinho, bem ralinho.
— O nome dela é Angelina. A partir de hoje, ela irá viver nessa casa e será tratada como “nossa” filha. — Joseph respondeu curto e grosso, fazendo questão de evidenciar a palavra “nossa”, se afastando de Olivia em direção à sala de jantar.
A decepção nos olhos dela era evidente, refletindo um misto de tristeza, desilusão e uma pitada de resignação. Olivia sabia muito bem o que estava acontecendo ali e a única pessoa naquele ambiente que não tinha culpa de nada era a criança.
— Onde está a mãe dela, Joseph? — Olivia insistiu. Não ia deixar Joseph se safar daquela situação sem nenhum tipo de esclarecimento. O pai, ela sabia que de fato era ele, mas e a mãe da menina? Que tipo de pessoa ela era para abandonar uma criança tão pequena nas mãos de um homem como Joseph?
— Morreu ao dar à luz. A criança não tem ninguém por ela e eu a trouxe para ser criada por nós. — Joseph sentou a mesa, esperando que o jantar fosse servido e não olhou mais para Olivia, dando a conversa por encerrada.
OLIVIA CASTELLANO
A bebezinha sorriu ao encarar Olivia, que mesmo magoada e ofendida com toda aquela situação, se apaixonou pela menina naquele instante. A partir daquele dia, Angelina Castellano passou a ser filha de Joseph e Olivia. Somente as pessoas da casa sabiam da verdade sobre aquela jovem, que ela era filha de uma prostituta, que morreu ao dar à luz.
Obviamente, que esse segredo não era tão simples de se manter oculto. Ninguém nunca viu Olivia grávida de Angelina e todos comentavam pelas costas dela que a menina não se parecia com ninguém da casa. Ambos, Joseph e Olivia, eram brancos com cabelos escuros e olhos castanhos. A criança tinha um colorido completamente diferente e isso chamava a atenção de todos.
Ciente de tudo aquilo, ao longo da infância de Angelina, Olivia foi explicando a ela que tinha crianças que nasciam da barriga da sua mãe e outras crianças nasciam do coração.
— É por isso que eu não pareço com você, mamãe? — Indagou Angelina com seus olhinhos curiosos. A menina já estava com seis anos e a diferença na cor dos seus cabelos e olhos já chamava atenção dela e de outras crianças na escola.
— Sim. Você e Stella são minhas filhas mesmo nascendo de forma diferente. Eu amo as duas iguais. — Olivia falou de forma carinhosa. Ambas as crianças era tudo que ela tinha na vida e todo amor era devotado a elas. — Quando o bebê nasce da barriga da mãezinha dele, ele fica mais parecido fisicamente com ela. Você nasceu do meu coração e é exatamente como desejei.
— Você queria uma filhinha com cabelo amarelo? — Perguntou Angelina com sua vozinha infantil.
— E olho azul. — Completou Olivia sorrindo. — E Deus me mandou você, que mais parece uma bonequinha de tão linda.
Quem escutava tudo aquilo calada era Stella. A menina sempre foi criada e tratada da mesma forma que Angelina, mas nutria um ciúme enorme da irmã. Sempre que ela tinha oportunidade, ela implicava com Angelina, que mesmo dois anos mais jovem, revidava de volta.
— Eu prefiro parecer filha do papai e da mamãe do que ser uma boneca. — Zombou Stella, encarando Angelina com raiva e despeito.
— Eu gosto de ser boneca e mamãe me ama. Então, eu estou feliz. Melhor do que ter cor de bruxa! — Exclamou Angelina se referindo a cor do cabelo de Stella, que era quase preto.
Ao ouvir aquilo, Stella levantou a mão para bater em Angelina, mas rapidamente a babá Mary a impediu. Apesar de não gosta de Angelina, ela não podia permitir que Stella batesse nela na frente de Olivia. A babá sabia toda a história de onde Angelina tinha vindo e nutria uma raiva da menina, que nem a maior ofendida da história, Olivia, sentia. Sempre que podia, Mary incentivava Stella contra Angelina sem que a mãe das meninas soubesse.
Assim, ambas cresceram sendo extremamente mimadas pelos pais e com uma certa rivalidade entre elas, alimentada sempre pela babá Mary.
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Atualizado até capítulo 137
Comments
Maria Aparecida Alvino
espero que seja muito bom
2024-03-17
0
Débora
começando ler agora parece que a história vai ser boa
2023-12-31
0
Regina Célia
Estou aqui para ler mais uma obra dessa autora maravilhosa...🌹🌹🌹🥳🥰
2023-12-10
1