ÚLTIMO SUSPIRO.

ESTER

Os dias se passaram e Graças a Deus não tocaram mais no assunto do Adriano, vamos novamente para o presídio, só que vamos no sábado porque no domingo terá batismo.

Dessa vez fomos apenas Carlos, eu e mais dois irmãos, fomos orar na enfermaria da papuda que é o presídio masculino e depois vamos orar na enfermaria do colmeia que é o presídio feminino.

Fomos primeiro na papuda, o Carlos ficou conversando com o policial juntamente com os dois irmãos na frente da enfermaria e eu entrei, tinha muitos homens deitados recebendo medicação.

Entre eles vi o rapaz que sempre vem à minha mente para orar, perguntei ao médico o seu nome e ele falou um apelido, mas tenho quase certeza que o nome desse rapaz é Pedro.

Eu vi que ele estava fingindo estar dormindo, assim que o Carlos e os irmãos entraram, falei que ia colocar a mão na cabeça do rapaz que não gosta de oração só para ver a sua reação, E como eu imaginava ele abriu os olhos de uma vez, me deu vontade de rir.

Insisti em falar com ele, para saber seu verdadeiro nome, mas ele não quis conversar. então sai de perto fui falar com os outros que aceitaram oração aceitaram ouvir de Jesus.

Eu sei que o reino dos céus é tomado pela força mas não é essa força física e sim espiritual é uma luta entre a carne e o espírito, daí que vem a força, mas eu não sei ficar oferecendo Jesus como se fosse banana na feira, insistindo para que as pessoas tenham uma mudança insistindo para que elas conheça o amor para que elas vivam O que é bom, isso me dói ver pessoas rejeitando Jesus. por isso decidi sair de perto dele porque senão eu que iria virar Pedro, mas ao invés de cortar a orelha iria cortar sua língua, para que ele parasse de ofender a palavra daquele que o único, digno e santo.

Saímos do presídio masculino e fomos para o presente feminino que fica 31 minutos de carro, como viemos no carro do irmão Antônio é mais rápido do que na Kombi.

Assim que entramos pude sentir que uma grande batalha espiritual estava se travando naquele lugar, fomos levados até a enfermaria, assim que entrei uma mulher olhou para mim e começou a falar coisas que dava para ver que era o inimigo usando a sua boca, entre as coisas que ela falou teve uma que eu prestei bastante atenção Ela falou o seguinte " eu vou destruir a tua vida, eu já te ofereci muitos pratos e todos tu rejeitasse"

Carlos repreendeu e começou uma batalha espiritual para que aquela vida fosse liberta, a vida daquela moça estava sendo oprimida, Ela gritava, eram gritos de horror o diabo não queria largar ela, mas começamos a interceder até que ela foi liberta e começou a chorar pedindo para orarmos por ela, e ela queria entregou sua vida a Jesus.

CARLOS - pode louvar Ester, que nós vamos orar.

Fiquei pensando no que louvar naquele momento, até que senti um brando no coração, comecei louvar um hino que quando eu estou triste eu canto baixinho.

🎶 Aquieta minh'alma faz meu coração ouvir tua voz, me chama para perto Só se eu não me sinto só 🎶

Continuei louvando com as mãos estendidas, até que uma moça me chamou bastante atenção, ela ficou me olhando em quanto as lágrimas escorriam pelo seu rosto, me aproximei dela, Peguei sua mão e continuei louvando. ela falou eu fio de voz

MOÇA - você não imagina como Jesus te ama e como ele ainda vai te usar muito na terra, o inimigo não está satisfeito vai tentar te destruir, uma mulher vai surgir para te atrapalhar mas não pare, siga adiante.

E suas mãos soltaram as minhas e ela continuou com o olho aberto, mas eu vi que aquela mulher tinha morrido, chamei um médico, que examinou e falou que sim. ela já estava muito doente e não sabe nem explicar como ela conseguiu falar e nem abrir os olhos.

Eu comecei a chorar mas continuamos a oração, ganhamos seis almas para Jesus naquela enfermaria do presídio feminino, mas tudo que aquela mulher me falou ficou guardado em minha mente. Deus usou ela no seu último suspiro para falar que me ama.

Voltamos para Ceilândia, a noite nos reunimos com a equipe de louvor junto com a rede Jovem e fomos para uma pizzaria foi muito bom conversar, sorrir, distrair um pouco.

Quando saí da pizzaria, bem na calçada, encontrei o André, meu primeiro namorado, quase ficamos noivos mas ele teve que mudar de país foi trabalhar na Irlanda e achamos melhor acabar com nosso relacionamento já que ele não tinha dado agora voltar, namoramos dois anos e faz quatro que não a via.

ANDRÉ - Ester!

ESTER - Oi, Graça e paz

ANDRÉ - Amém

Logo uma mulher se aproximou dele com um menininho de uns 7 anos, ela ficou me olhando com a cara feia. quase perguntei se ela estava com constipação.