Por mais que eu quisesse, não conseguia parar de bater a caneta na mesa, estava impaciente e ansiosa, fazia algumas anotações sobre assuntos da casa mas meus pensamentos estavam na minha relação com Benjamin, minha mente me auto sabotava com o recorrente sentimento de culpa.
Me assustei com meu celular tocando, ao pegar vejo o nome de Benjamin piscando na tela, eram sete horas da noite e imaginei que ele estaria ligando para avisar que estava a caminho, engano meu, assim que atendi percebi a voz alterada, ele estava bebendo.
Tentei manter um diálogo para saber onde ele estava, mas não obtive sucesso, meu namorado estava bêbado demais para conversar, ele apenas falava coisas que me deixavam insegura, e sem paciência acabei desligando na cara dele.
Foram horas acordada esperando pela chegada dele, mas tudo que recebi foi uma mensagem avisando que ele não iria dormir em casa, eu estava com tanta raiva que era melhor ele ficar na rua, caso contrário, eu seria presa.
Eu estava tão irritada com ele que não pensei mais de forma racional, apenas subi para o quarto e tomei um banho quente, não me importei em quão tarde estava e me arrumei para sair, peguei a blusa com o maior decote, uma saia bem colada ao corpo e um casaco para não sentir muito frio.
Bom, eu não sou muito vaidosa então apenas passei gloss nos lábios e coloquei alguns acessórios antes de me perfumar, peguei um pouco de dinheiro e as chaves de casa, conferi se meu celular tinha carga o suficiente e enfim sai.
Por não conhecer muitos lugares apenas fui caminhando até lembrar de um bar que já havia escutado falar sobre, me disseram que tocava música ao vivo então segui até lá, por sorte ainda estava aberto naquele horário, era no subsolo, algo que achei diferente.
Descendo os degraus da escada podia ouvir uma música tocando, não conhecia, mas parecia ser boa, ao terminar de descer observei os detalhes, havia bastante gente mas não estava tão lotado, a estética lembrava bares americanos como nos filmes de época, era agradável.
Fui até o balcão e olhei as opções de bebidas optando por uma com baixo teor de álcool, enquanto esperava ser preparada minha bebida, minha atenção foi para o pequeno palco, havia algumas pessoas preparando alguns equipamentos, havia bateria, um teclado, duas guitarras e os microfones.
Fiquei encostada no balcão até que minha bebida foi entregue, paguei o valor exato e fui para perto do palco, as luzes ficam fracas onde apenas uma começou focar nos instrumentos.
Observo as pessoas que subiram e seus estilos eram únicos, o baterista parecia ser o mais novo, eu arriscaria uns dezoito anos, ele tinha um olhar tímido mas quando segurou as baquetas pareceu ganhar confiança e poder.
O tecladista parecia um sedutor nato, seu sorriso era direcionado a cada garota que olhasse para ele, tinha confiança de sobra pelo visto, e seus cabelos azuis era um charme e tanto.
Logo olhei para a única garota no palco, ela pegou uma das guitarras e tinha uma atitude que parecia estar odiando tudo ao seu redor, seu look era todo preto, tinha algumas mechas roxas no cabelo e mascava um chiclete, ela parecia intimidadora.
Do outro lado do palco, ao lado direito, havia mais um guitarrista, ele era um dos homens mais lindos que eu já havia visto, seu look era parecido com o da garota, estava todo de preto, mas usava bastante acessórios, usava muitos anéis, duas correntes, suas unhas estavam pintadas na cor da roupa e seu cabelo na altura dos ombros estava claramente bagunçado, mas lhe dava um charme diferente.
A maneira que aquele homem segurava a guitarra demonstrava atitude, confiança e amor, mas eu com certeza não estava preparada para a voz dele, pelo visto ele era o vocalista também, a música deveria ser de autoria dele, era simplesmente perfeita, mesmo rock não sendo meu estilo acabei por me ver gostando.
Enquanto bebia fui curtindo a música, era como se a voz e os instrumentos estivessem me guiando em alguma hipnose, o mundo ao meu redor não existia mais e quando o solo da guitarra começou todo meu corpo se arrepiou, me senti no paraíso, meus medos, inseguranças e mágoas haviam sumido, era apenas a guitarra se apoderando de mim.
Quando aquela apresentação acabou, eu estava ofegante, um pouco suada e trêmula, nenhuma música havia me causado algo assim, nunca me senti tão conectada.
Olhei para o palco e o vocalista estava me encarando, eu fiquei tímida e sai andando procurando o banheiro feminino, quando encontrei joguei um pouco de água no rosto e levei a mão até minha nuca.
Me assustei quando a porta foi aberta, olhei para o homem que entrou e logo após trancou a porta, era o vocalista, e meu coração começou pulsar de uma forma que causava dor em meu peito, mas não era medo, era como uma forte adrenalina.
Sem me dar tempo de raciocinar, meus lábios já estavam sendo unidos com o dele em um beijo de retirar o fôlego, literalmente.
Segurei nos braços dele quando fui colocada sentada na pia, meu cérebro estava tentando entender a situação e meu corpo apenas se deixava levar.
Minha coxa foi apertada de forma firme enquanto ele ainda me beijava, parecia faminto, meus lábios se afastam do dele apenas para mim poder gemer quando ele tocou em minha intimidade ainda por cima da calcinha, eu estava muito molhada e só havia sido beijada.
Em questão de segundos aquele desconhecido retirou o fino tecido que cobria minha intimidade e guardou em seu bolso, nos olhamos de maneira intensa e naquele momento eu sabia que precisava ter uma decisão, se eu continuasse estaria traindo Benjamin, e se eu parasse provavelmente perderia um sexo maravilhoso.
Ainda sendo encarada pelo desconhecido, eu não quis mais pensar, apenas o puxei pela gola da jaqueta e nos beijamos novamente, ele se encaixou entre minhas pernas e enquanto eu me agarrava em sua nuca senti a mão dele chegando entre minhas pernas, minha barriga comprimiu pela ansiedade.
Soltei os lábios dele para gemer quando um de seus dedos começou estimular meu ponto mais sensível, ele circulava com calma enquanto encarava minhas expressões, passei a língua pelos lábios e não consegui impedir meu quadril de se mover buscando mais contato.
Um dedo dele me penetrou lentamente, era a primeira vez que alguém fazia aquilo comigo, mesmo tendo Benjamin na minha vida por anos posso declarar que sou inexperiente no sexo e ele não ajuda muito pois não é de toques, apenas gosta da praticidade, você tira a roupa e pronto, gozou e acabou.
Mais um dedo me invadindo me fez parar de pensar no meu namorado, acabei gemendo um pouco mais alto pois além dos três dedos me penetrando havia mais um ainda no meu ponto sensível, aquilo estava me levando a insanidade, eu me sentia cada vez mais molhada e quente.
Os lábios dele alcançam meu decote onde ele passou a língua na linha entre meus seios, com a mão livre ele abaixou minha blusa junto com meu sutiã e abocanhou um dos meus seios, passou a língua ao redor do mamilo antes de morder de leve puxando com os dentes, causou dor, mas foi bom.
Por impulso eu fechei as pernas e ele mordeu meu seio em reprovação, minhas pernas foram abertas e ele acelerou o movimento dos dedos me fazendo gemer cada vez mais, minhas pernas tremeram e eu me assustei quando acabei gozando nos dedos dele, eu nunca havia gozado antes.
Sem me dar tempo para se recuperar, o desconhecido abriu a própria calça e retirou seu falo para fora, engoli saliva vendo o quão era grande e cheio de veias, ele se ajeitou entre minhas pernas e me beijou antes de penetrar, eu senti um pouco de dor e ele percebeu, ficou parado e alisou minhas costas, eu quis chorar e não entendi o porquê.
Quando ele percebeu que poderia se mover começou ir devagar, ia fundo e lento, sem pressa, começaram bater na porta chamando por algum Yun-ho, certamente se tratava dele, mas não nos importamos, pedi para ele ir mais rápido e assim fui atendida.
Aquele homem começou ir mais fundo, se é que isso poderia ser possível, suas estocadas ficaram brutas mas fui surpreendida por não sentir dor, ele começou gemer rente ao meu ouvido e aquilo me arrepiava por completo, sua voz era grossa e saber que ele estava tão excitado quanto eu me deixava com mais prazer.
Ele saiu de dentro de mim quando eu gozei, mais uma vez, me sentia até mesmo fraca, estava extremamente suada, parecia que haviam jogado água em mim e aquele homem não estava diferente.
— Quero gozar na sua boca, de joelhos gatinha.
Nunca haviam dito tal coisa para mim, parecia sujo mas ao mesmo tempo excitante, ele então me tirou de cima da pia e eu me ajoelhei no chão, ele acariciou meu rosto e sorriu antes de pedir para colocar a língua para fora, o homem se tocou e gemia cada vez mais até que gozou em meus lábios, engoli o que consegui pegar e ele me levantou antes de me beijar, limpou os resquícios de sêmen que ficaram em meu rosto e sorriu ajeitando minha roupa.
Quando ele terminou de fechar a calça, a porta foi aberta e a guitarrista entrou furiosa, ela pareceu entender o que havia acontecido e veio para cima de mim como um touro, ela teria me batido se o homem não tivesse segurado ela.
Os gritos estéricos da mulher me deixaram desconfortável diante a situação, pelo que eu entendi ela era alguma coisa daquele homem, talvez namorada, ele me mandou sair do banheiro e eu achei melhor não ir contra isso.
Fora do bar e de tudo aquilo passei a mão no rosto, me apressei para conseguir um carro e retornei para casa, quando eu fechei a porta me tornei um misto de sentimentos, havia culpa e ao mesmo tempo realização, havia sido um sexo incrível.
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Atualizado até capítulo 61
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