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Leonardo narrando

Observo ela saindo da delegacia com uma pequena mochila nas costas e logo ela some do meu campo de visão.

- Luiz vamos preparar a operação  - Eu falo para ele

- Mas já? - Ele pergunta

- Sim - Eu respondo - Quero entrar na aquele morro no maximo em 15 dias \, não quero dar tempo de Mauricio mecher nas informações que Aline nos deu.

Eu chego em casa e vou até o quarto de Helena que estava acordada na cama olhando para o teto.

- Leo - Ela me chama com um sorriso no rosto

- Oi meu amor - Eu falo indo até ela\, sento na sua cama e ela pula no meu colo e me abraça forte.

- Leo estou com saudades da tia Aline - Ela fala passando as suas mãos pela minha barba.

Pela primeira vez eu olho para Helena enchergando a Aline, os seus traços, o seu sorriso era que nem o dela, o seu nariz, a covinha no rosto, o seu olhar. Ela era a cara da mãe, como eu não tinha percebido isso?

- Ela teve que viajar - Eu falo para ela

- Mas eu quero ela aqui - Ela fala chorando e eu abraço ela forte.

Não é só voce que queria era aqui.

Era certo que Helena ia sofrer tanto, Aline fez o papel de mãe mesmo com essa menina, e Helena deveria sentir que ela era a sua mãe, as duas eram inseparaveis, Aline ficava o tempo inteiro com ela, não estava nem ai se ela estaria de folga ou não, ela não saia do seu lado por um minuto. Ela cuidava, brincava, saia com Helena e dava todo o amor para essa criança.

Não podemos falar que o amor por essa criança não era sincero, porque era.

- Boa noite princesa do mano - Falo dando um beijo na sua testa.

Abro o meu whatzapp e deslizo até o seu número vendo que ela estava online.

Escrevo algumas coisas para mandar para ela. Eu precisava saber a onde ela estava, mas eu apago e não envio.

O problema é que eu não consegui dormir. Pego meu notbook e rastreio.o seu número vendo a onde era o seu endereço, entro dentro do carro e vou em direção ao endereço que marcava no gps.

Aline narrando

Abro a galeria do meu celular vendo as fotos de Helena ali, eu me sinto uma derrotada, eu tentei fazer tudo por ela para consegui ficar ao seu lado.

Limpo as lagrimas que desciam pelo meu rosto sem parar.

Abro o meu whatzapp e abro o Leo aparece que ele está escrevendo algo mas logo para. Sei que para ele não deveria está sendo nada facil também.

Largo o meu telefone encima do criado mudo, e vou tomar um banho, saio do banho com uma toalha enrrolada na cabeça.

Me encaro no espelho nua e fico olhando o meu corpo inteiro, as minhas cicatrizes, as marcas de tudo que eu vivi.

Fecho os olhos e sinto as lagrimas descerem pelo o meu rosto, até que eu sinto uma mão passando pela minha barriga.

- Eu sempre disse que você seria minha - Abro os olhos e encaro ele que estava atrás de mim passando a sua mão pelo M na minha barriga\, tento me afastar mas ele me agarra com os seus braços e me pressiona contra o espelho e me faz virar de frente para ele - Eu senti a sua falta - Ele susurra dando um sorriso para mim.

Bem vinda ao inferno Aline novamente.

Era a única coisa que eu conseguia pensar.

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Aline narrando

Ele alisava o meu corpo com as suas mãos enquanto as lagrimas desciam pelo meu rosto.

- Se veste e arruma as suas roupas - Ele fala se afastando de mim

- Eu não vou com você  - Eu falo para ele

- Você vai sim - Ele diz - Você acha que eu iria deixar quieto você ir na delegacia e abrir o bico sobre tudo que você sabia?

- Eu fui obrigada - Eu falo para ele

- E você deve saber que não tem como ser casada com um bandido e depois namorar com um policial - Ele fala  - Isso não tem perdão na favela  - Ele tira a arma da sua cintura e coloca encima da cama - Vem cá  - Ele fala puchando os meus braços e colocando o meu corpo nu encostado no dele.

- Me larga Mauricio - Eu falo para ele e ele bate no meu rosto forte - Eu te odeio.

- Eu não vim aqui te pedir que você me ame -Ele fala segurando o meu rosto forte - Eu vou pedir pela ultima vez para você se vestir e arrumar algumas roupas \, você não vai querer me tirar do sério não é mesmo? - Ele me solta

O telefone toca encima do criado mudo e era Leonardo, eu saio correndo para pegar o celular e me tranco no banheiro, Mauricio batia forte no banheiro.

- Leo me ajuda - Eu falo assim que atendo o telefone

- Oque aconteceu? - Ele pergunta - Libera a minha entrada eu estou na portaria.

- Ele está aqui  Leo ele vai me matar - Eu falo chorando

Mauricio derruba a porta do banheiro e tira o telefone e joga dentro do vaso e pucha a descarga, ele me pega pelos cabelos e bate a minha cabeça contra o vaso, fazendo dar um corte e sair sangue.

- VESTE A PORRA DE UMA ROUPA - Ele fala me dando um tapa no rosto e me empurra pelos cabelos até o quarto. Ele pega o seu rádio e fala alguma coisa nele\, eu visto a primeira roupa que eu vejo.

Logo escutamos algumas sirenes da policia.

- Vagabunda - Ele fala me olhando.

Ele me joga no seu ombro e sai pela porta dos fundos e desce a escadaria correndo. Mauricio sempre foi  bastante forte e como eu era magra eu era uma pena para ele.

- Socorro - Eu gritava enquanto ele corria comigo no seu ombro.

- Larga ela - Escutamos um tiro forte e era a voz de Leo - Ele começou atirar contra o Leonardo.

Um carro para na nossa frente e ele me joga dentro do carro, vários policiais aparecem e começa uma troca de tiros.

- Solta a Aline - A voz de Leonardo soava pelo estacionamento do prédio

Mauricio entra dentro do carro e o carro sai em disparada, ele olha para trás e me joga um olhar fuzilante.

Logo começou uma perseguição ferrada contra o carro, Mauricio e mais dois homens que estavam  ali dentro começaram atirar contra os policiais, e eu me abaixei no carro. Logo senti que passamos a barreira do morro e ele subiu na disparada até o topo.

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