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Aline narrando

Helena já estava dormindo, e o pessoal estava todos reunido na sala, uns bebendo, outros jogando baralho, bem coisa de interior mesmo. Eles pareciam felizes, todos ali rindo, as crianças já estavam todos dormindo. Eles eram uma família grande, eu nunca soube oque era isso.

Vou em direção ao pátio e me sento em um banco que tinha ali, precisava pegar um pouco de ar.

Precisava deixar uma nota que eu precisava ir à algum médico me consultar qualquer hora dessa, vivi quatro anos apanhando e nunca sequer fui ver como está o meu estado por dentro.

- Pegando um ar - Cláudio o Vô de Carlos fala sentando do meu lado.

- Está bastante quente lá dentro - Eu falo para ele

- Minha bisneta gosta muito de você  - Ele fala - Fico feliz\, para ela você é como se fosse o papel materno que ela nunca teve - Engulo seco e encaro a paisagem na minha frente.

- E a mãe dela? - Eu pergunto para eles

- Eles nunca te contaram como Carlos adotou Helena? - Eu nego - Deixaram ela na viatura durante uma invasão em um morro.

- Nossa  - Eu falo para ele - Ainda bem que ele achou ela.

- Sim - Ele fala - Ele acredita que ela seja filha do traficante dono do morro.

- Porque acham isso? - Eu pergunto

- A fofoca que rolava na beirada do morro éque ele tinha uma amante grávida e que trancava ela - Ele fala - e depois ele matou ela quando descobriu que a criança tinha sumido.

Maurício fez todos acreditarem que eu estava morta depois de um tempo já que eu não saia para fora, e o povo começou acreditar, A sua palavra era a última dentro da aquele morro.

- Coitada - Eu falo - Ainda bem que Helena tem voces agora.

- Helena é tudo para todos nós  - Ele fala - Mas tenho certeza que a sua mãe fez isso para proteger ela.

- Conserteza - Eu comento com ele - Ela deve ter feito isso por necessidade.

- Não sabemos oque ela passava não é mesmo? - Assinto - Carlos falou que os seus pais moram em Poços que é aqui do lado - Ele fala

- Sim - Eu respondo

- Se você quiser um dos meus empregados pode levar você até lá - Ele fala

- Obrigada - Respondo para ele sorrindo

- Se você quiser jogar um barulho e tomar um bom vinho\, você está convidada para entrar comigo - Ele fala

- Obrigada mas acho que vou ficar pegando mais um pouco de ar - Eu falo para ele

- Tudo bem então menina - Ele fala

Começo a caminhar por ali, era bastante iluminado então vi que não teria perigo nenhum. Olho para o celular e estava sem sinal, precisava mandar uma mensagem para Kleiton ele predcisava me ajudar a achar uma desculpa melhor por eu não querer ir na cidade ver os meus pais, mas nada.

Como iria tirar Helena deles? Meu coração estava totalmente dividido. Eles cuidaram dela, aprenderam amar, eu também não poderia simplesmente chegar e tirar ela. Eu precisava achar  uma saida para tudo isso.

- Ninguém te falou que é perigoso andar a noite sozinha - A voz dele me faz sair dos meus pensamentos.

- É oque poderia acontecer ? - Eu pergunto para ele

- Algum ladrão poderia está escondido por aqui - Ele fala

- Esse ladrão teria coragem até porque a casa está cheia de policiais - Falo para ele que sorri

Leonardo tinha entendido que eu queria que ele ficasse afastado e ele respeitou. Ele vinha conversava comigo, puxava assunto, mas ele sabe que tudo tinha limites.

- Minha vó só estava de olho na conversa de vocês dois - Ele fala rindo

- Nossa espero não arrumar confusão  - Eu falo para ele

- Vai não  - Ele fala - Mas fiquei curioso oque vocês estavam conversando?

- Sobre a Helena - Eu respondo para ele - Ele estava me contando como vocês acharam ela.

- Você não sabia ? - Eu nego com a cabeça - Foi durante uma invasão alguém deixou ela na viatura e agente nunca soube quem foi\, acredito que tenha sido a mãe dela.

- Ainda bem que vocês encontraram ela - Eu falo para ele

- Sorte - Ele responde - A melhor coisa que aconteceu na nossa vida foi ter encontrado ela.

- Eu imagino  - Respondo para ele

Ele se aproxima de mim e agente sela os nossos lábios em um beijo, ele me encosta contra a porteira que tinha ali.

- Deixa eu te levar para um lugar? - Ele sussurra no meu ouvido

- Que lugar? - Eu pergunto

- Vem comigo - Ele fala pegando na minha mão e abrindo a porteira.

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