A intrusa

Dulce: Ela se chama Laura, coitada parece que se perdeu, uns homens a seguiram veio pedir ajuda.

Andres: Aquela moça deve estar trabalhando para o maldito Hoyos, ela estava na praça no dia do atentado e agora vem na minha casa?

Dulce: Isso pode ter sido uma coincidência.

Andres: Essas coisas não existem, onde que ela está? Ela deixou algum telefone?

Dulce: Não.

Andres: Mais que merd@, alguém pegou a placa do táxi que levou ela? Puxa as câmeras eu quero ver.

Dulce: Filho por favor, deixa essa moça em paz.

Andres: Eu vou encontrá-la.

No hotel, Laura tomava seu banho e se deitava na cama, estava exausta e frustrada, mas sua teimosia e sua determinação eram mais fortes, além disso pretendia conhecer melhor aquele país, estava pensando em alugar um apartamento.

Laura: Esqueci de pegar o número de dona Dulce, caso ela não me ligue acho que irei lá falar com ela.

No dia seguinte enquanto ela passa pela recepção para tomar seu café da manhã uma das moças a chama para lhe oferecer um táxi particular.

— Chica? Conseguiste lo que querías ayer? (Moça? Conseguiu o queria ontem?

Laura: Fue un verdadeiro desastre. (Foi um verdadeiro desastre)

— Mi padre es taxista si quieres le puedo pedir que te acompañe. (Meu pai é taxista se quiser posso pedir que te acompanhe)

Laura: Wow, muchas gracias, señora, es verdad. (Nossa, te agradeço muito, moça, é verdade.)

— Lo llamaré entonces. (Vou ligar para ele então.)

Lara: Gracias. (Obrigada)

Algum tempo depois ela retorna informando que um senhor na portaria estava a sua espera, ela sobe pega a mochila e ao sair ele a chama, Manuel era seu nome taxista a mais de 20 anos.

Manuel: Senhorita? Sou Manuel pai de Anna.

Laura: Bom dia senhor, fico muito grata por ficar como taxista particular, preciso mesmo de ajuda.

Manuel: Mas me diga o que tanto busca aqui na cidade?

Laura pega a foto de Ziza e mostra para ele, o homem pega a foto e fica observando coça a testa parecia conhecer aquela casa.

Manuel: Quem é essa mulher?

Laura: Tudo se indica ser minha mãe biológica, atrás tem um nome e um bairro, mas andei e não achei nada.

Manuel: Eu sei onde é essa propriedade, mas ....

Laura: Mas o quê?

Manuel: Até onde sei não mora mais ninguém nela, essa casa é agora dos Fuentes.

Laura: Quero ir até lá, o senhor pode me levar? Mas antes preciso achar uma imobiliária estou em busca de um apartamento.

Enquanto isso na mansão dos Fuentes, conforme havia se programado Andres sairia logo cedo precisava ir até a plantação de drogas ver como estavam as coisas, lá ele tinha homens de confiança, precisava ver sobre a possibilidade de ampliar sua produção.

Andres: Vamos, preciso chegar no nosso plantio até meio dia e você se aquela moça aparecer quero que a siga, preciso saber onde essa rata se esconde.

— Sim patrão.

Laura foi a uma imobiliária que Manuel conhecia, tinha alguns apartamentos disponíveis que foi visitar, ela por ser uma jovem simples convidou Manuel para acompanhá-la.

Laura: Vamos senhor, vai ficar nesse carro, pelo menos que dá uma opinião rsrsrs.

Manuel: Senhorita, como vai cuidar de um apartamento desse tamanho?

Laura: Meus pais tem condições financeiras, vou contratar uma emprega além disso eu também trabalho, sou Social Media, estou aproveitando minhas férias, mas logo não poderei sair tanto quanto gostaria.

Manuel: Posso te ajudar com isso se precisar, aqui não é bom contratar pessoas sem ser de confiança.

Já era quase na hora do almoço, aproveitaram para comer, Manuel muito sem graça foi difícil convencê-lo, mas pela insistência acabou aceitando, depois ele voltaram ao bairro onde supostamente haveria a tal casa, na frente era nítido ver o estado de abandono.

Laura: O senhor tinha razão, não mora mesmo ninguém nessa casa.

Manuel: Essa casa era dos Hoyos, foram embora depois da morte do filho deles, essa guerra entre os cartéis tirou a paz de muita gente.

Laura: Será que essa senhora, trabalhava para eles?

Manuel: Talvez, mas eu não iria atrás dessa gente, eles são conhecidos pelo tráfico de moças, muitas são raptadas no aeroporto ou a caminho dos hotéis, ou casa de parentes.

Laura: E ninguém faz nada?

Manuel: Quem vai querer entrar em conflito com essa gente?

Laura: Essas coisas me revoltam sabia?

No caminha do hotel eles passam na frente da casa em que Laura esteve, ela estava com o vidro abaixado, apenas olha e vai embora, mas tinha intenções e voltar ali.

Queria aproveitar a tarde para decidir o apartamento que iria alugar, ainda não tinha conhecido alguns pontos turísticos e isso sim estaria em sua lista.

Longe dali, o avião que levava Andres pousava em uma pista clandestina em meio a mata, alguns homens o esperavam para levar até aonde ficavam os trabalhadores e a plantação.

As instalações eram de lona, pois quando haviam a interdição da polícia federal eles poderiam fugir com mais rapidez sem deixar pistas, muito dormiam em redes, na maioria pais de família que se arriscavam na única fonte de renda que lhes eram oferecidas.

— Patrão, essa semana iniciaremos uma nova colheita.

Andres: Precisamos ampliar nosso espaço, alguma fazenda aqui perto que posso negociar a compra?

— Sim, senhor aqui perto tem duas, mas não acho que queiram vender senhor.

Andres: Acredite tenho meus meios para fazer isso, apenas pegue informações, familiares tudo depois me envie o resto deixe comigo.

— Irei mandar alguém fazer isso agora mesmo. Mas tem algo que o senhor com certeza irá amar.

Andres: Diga.

— Parece que Carlos Hoyos se associou a parte do grupo que era de Rafael Flores "Los Forasteiros".

Andres: Bando de traidores, meu pai ordenou que entregassem o corpo desse desgraçado sem a cabeça para sua família, era pequeno, mas me recordo.

Depois de uma breve conversa Andres foi visitar a plantação, pediu para seus homens o levassem para a cidade mais próxima onde passaria a noite, no caminho ele passa perto da propriedade que realmente era muito grande e já faz planos.

Andres: Quero compras as duas fazendas, acho que minha mãe vai gostar de ter um local como esse para passar os feriados rsrsrs.

— Sim senhor é uma bela forma de descansar.

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