Coração partido

CONVERSA MAE E FILHA...

Isabel ( mãe da Malu) _ Filha você é capaz de conquistar o inimaginável, se dedique aos estudos e nunca se menospreze por ninguém, se ame e se priorize sempre, busque pela sua felicidade e independência sem passar por cima de ninguém, mas por sua capacidade e trabalho, você é maravilhosa e se o Hugo conseguir enxergar isso e te valorizar lute pelo amor de vocês, mas se não acontecer siga sua vida e não se feche para encontrar alguém que te ame de verdade, se a oportunidade chegar aproveite com o coração livre e se deixe amar e ser amada.

Nos deitamos e fiquei com essas palavras na minha mente, o dia amanheceu acordei e achei estranho minha mãe ainda estar deitada ela levantava cedo para preparar o café da manhã na casa principal, meu coração acelera e eu começo a chamar minha mãezinha e ela não responde, eu a balanço e nada dela acordar, me desespero e começo a chorar me levanto e saio correndo para casa principal, meu coração estava em pedaços, minha mente um caos, meu Deus, minha mãe não pode me deixar, ela não pode me deixar, com pensamentos conflituosos perturbando minha mente, corro o mais rápido que consigo e entro na casa principal, vou direto para sala de jantar onde todos deveriam estar reunidos para o café da manhã, eu entro chorando e gritando.

Malu _ Me ajuda vovó, me ajuda, minha mãezinha não acorda, ela não está respirando.

Todos me olham assustados, o tio Rômulo me abraça para me acalmar, eu estava trêmula, chorava e gritava pedindo ajuda.

Vovó Amélia _ Se acalme minha menina e diga o que está acontecendo.

A tia Júlia me pega dos braços do tio Rômulo e manda ele ir com a Maria que é a cozinheira ao nosso quarto ver o que aconteceu.

Malu _ Tia ela não pode me deixar, eu preciso tanto dela.

Vovó Amélia _ Se acalme minha pequena, não deve ter acontecido nada, ela deve apenas estar em um sono pesado.

A vovó me abraça junto com a tia Júlia para me acalmar.

Malu _ Vovó eu dormi abraçada com ela nós ficamos conversando até tarde, ela me abraçou disse para dormirmos juntas, acordei agora e estranhei ela ainda estar deitada, eu a chamei, balancei e ela não me respondia, coloquei a mão no seu nariz e ela estava sem respirar vovó, ela está imóvel, eu vim correndo pedir ajuda.

A vovó me abraça junto com a tia Júlia tentando me acalmar, passados alguns minutos Maria entra chorando dizendo que minha mãe morreu e o desespero toma conta de mim e não lembro de mais nada, tudo fica escuro, quando vou recobrando a consciência estou no quarto da vovó e a Helô está lá, ela me abraça chorando me lembro do que aconteceu, grito pela minha mãezinha e saio correndo em direção ao nosso quarto e chegando lá está vazio, meu desespero só aumenta corro de volta e Hugo me segura me abraçando.

Malu _ Cadê a minha mãezinha, Hugo, onde levaram minha mãezinha, eu preciso ver a minha mãezinha.

Mas ele apenas me abraça, não me deixando sair do seu abraço, o seu silêncio só me dava a certeza de que minha mãezinha não voltaria, eu começo a tremer descontroladamente sentia que ela havia me deixado, o vovô Rubens chega começa a falar

Rubens _ Minha menina você precisa ser forte, sua mãe se foi pequena, ela partiu enquanto dormia com você nos braços.

Malu _ Não vovô não diz isso, ela me prometeu estar na minha formatura, ela me prometeu estar ao meu lado, meu Deus, o que eu vou fazer agora sozinha.

Vovó Amélia _ Você nunca esteve sozinha, somos a sua família minha pequena, estaremos aqui por você sempre.

Malu _ Vovó não tem sentido eu continuar vivendo, eu não quero viver neste mundo sem meus pais, já sentia muito a falta do meu pai, mas minha mãezinha supria essa falta, agora viver sem os dois, eu não vou aguentar viver sem a minha mãezinha

Vovô Rubens _ Minha menina não diga isso, parte o meu coração, vamos estar ao seu lado e vamos te dar todo amor e apoio que precisar, sabemos que ninguém poderá ocupar o lugar deles, mas nós vamos cuidar de você, nada vai mudar, você sempre foi nossa pequena Malu, nossa menininha.

Nesse momento o vovô me pega dos braços do Hugo me abraçando e me coloca no colo e canta a canção de ninar que cantava para me fazer dormir quando eu estava doente e eles me traziam para ficar com eles e a minha mãe poder descansar