Então comecei a praticar técnicas de indução de sonhos lúcidos, como a realidade aumentada, que consiste em verificar se você está sonhando ou não, realizando ações rotineiras, como olhar para o relógio ou contar os dedos das mãos. E com o tempo, fui ficando cada vez melhor em controlar os meus sonhos, navegando num universo de possibilidades infinitas.
Foi nesse mundo onírico que eu percebi algo incrível: todos nós somos parte de algo maior do que nós mesmos. O universo é vasto e misterioso, mas também é acessível a todos nós, não importa quem somos ou onde estamos.
Eu podia sentir o poder do universo enquanto voava por entre as estrelas, e, ao mesmo tempo, experimentava uma sensação de conexão com tudo ao meu redor. Era como se eu fosse uma pequena peça numa grande engrenagem cósmica, mas ainda assim, uma peça importante, que contribui para o todo.
E essa sensação de conexão se estendia além do meu mundo dos sonhos. Eu comecei a olhar para o universo de uma maneira completamente nova, percebendo que todas as coisas no cosmos estão interconectadas, desde as estrelas que brilham no céu até as células que compõem o meu próprio corpo.
Percebi que, embora cada um de nós seja uma entidade única e separada, todos nós fazemos parte de algo maior. E essa ideia-me trouxe uma nova perspectiva sobre a vida e a existência humana.
Ao longo dos dias seguintes, eu continuei a praticar técnicas para ter mais sonhos lúcidos, como manter um diário dos meus sonhos, fazer exercícios de realidade como verificar se estou sonhando ou não, e meditação antes de dormir. E com o tempo, comecei a ter mais controle sobre os meus sonhos, podendo criar e manipular o meu próprio mundo dos sonhos.
Certa noite, eu decidi que queria explorar o espaço nos meus sonhos lúcidos. E assim que adormeci, me encontrei flutuando no espaço, vendo planetas e estrelas em toda parte. Era incrível ver toda aquela vastidão diante de mim, e senti-me tão pequena e insignificante diante de tanta grandeza. Mas eu não queria apenas observar o espaço.
Eu queria interagir com ele. Então, decidi criar um planeta do meu próprio, com oceanos, montanhas e florestas. Quando pousei no planeta, senti a grama fresca sob os meus pés e o ar fresco em meu rosto. Tudo parecia tão real e vívido que era difícil acreditar que eu estava num sonho.
Percebi que, embora a maioria das pessoas nunca vá viajar fisicamente pelo espaço, todos nós temos a capacidade de explorar o universo através das nossas mentes. E essa descoberta-me deu uma nova perspectiva sobre a vida e a existência humana.
Certa noite, tive um sonho lúcido tão vivido que parecia mais real do que a própria realidade. Eu lembro-me de estar voando pelo céu noturno, observando as luzes da cidade se afastarem cada vez mais enquanto eu subia mais e mais alto.
Depois do ‘show’, eu ainda não queria acordar. Queria continuar naquele sonho lúcido pelo resto da noite, vivendo outras experiências incríveis. Então, decidi explorar mais da cidade, voando pelos prédios, atravessando paredes, e divertindo-me sem nenhuma preocupação.
Em um momento, eu encontrei um rio e decidi nadar nas suas águas cristalinas. A sensação da água fresca na minha pele era tão real que eu podia sentir cada gota. Eu mergulhei e comecei a nadar em direção a uma cachoeira que estava mais adiante. Quando cheguei lá, decidi subir na cachoeira e pular do topo.
Após mais algumas aventuras, percebi que estava a amanhecer e que era hora de acordar. Quando abri os meus olhos, senti uma mistura de tristeza por ter que deixar aquele mundo tão maravilhoso, mas também alegria por ter vivido algo tão incrível dentro da minha própria mente.
Eu sentei-me na cama e fiquei ali por alguns minutos, tentando processar tudo o que havia acabado de acontecer. Eu ainda podia sentir a sensação da água na minha pele e o vento em meu rosto enquanto subia a cachoeira. Eu estava completamente imerso na minha própria mente e sentia-me mais vivo do que nunca.
De repente, ouvi uma voz atrás de mim.
— Ei, dorminhoco, já está na hora de acordar! Era minha irmã mais nova, me chamando para o café da manhã. Eu ainda estava meio atordoado e tive dificuldade em voltar à realidade.
— Uau, que sonho incrível, eu disse, enquanto me espreguiçava e levantava-me da cama.
Qual sonho? Perguntou a minha irmã, confusa.
— Ah! Nada, eu disse, tentando esconder a minha excitação. Apenas um sonho bobo.
Eu sabia que ela não entenderia, então decidi não lhe contar sobre a minha aventura imaginária. Em vez disso, fui para a cozinha e comecei a tomar o meu café da manhã. Mas minha mente ainda estava em outro lugar.
Enquanto a minha irmã mexia na cozinha, eu chamei-a:
— Hey, você já teve um sonho tão real que pareceu que você estava realmente lá?
— Claro que sim, ela disse.
— Penso que todo mundo já teve um sonho assim. Mas por que está a perguntar?
— É que eu tive um sonho assim hoje de manhã, eu disse, olhando-lhe com um sorriso no rosto. Foi incrível, eu estava nadando num rio e pulando de uma cachoeira.
— Uau, isso parece divertido, ela disse, dando de ombros. Mas agora temos que ir para a escola, então pare de sonhar acordado e termine o seu café da manhã.
— Ah! Eu só queria que a aula de matemática fosse tão emocionante quanto andar de ‘skate’, respondi, desanimada.
— Bem, não podemos escolher as nossas aulas, mas podemos escolher como aproveitamos o nosso tempo livre, ela disse, com um sorriso encorajador.
Eu suspirei, sabendo que ela estava certa. Peguei meu skate e minha mochila, e juntos eles saíram para a escola. Enquanto caminhavam, ele pensou em como poderia tornar a aula de matemática mais interessante.
— Sabe, eu sempre achei matemática uma matéria meio chata, mas você está certa, a gente pode tornar isso mais divertido de alguma forma, eu disse, concordando com ela.
— Exatamente! E se a gente fizer um jogo com as fórmulas de matemática? Ela sugeriu, com um brilho nos olhos.
— Um jogo? Como assim? Perguntei, curioso.
— Sim, tipo um jogo de tabuleiro, onde a gente precisa responder perguntas de matemática para avançar as casas, e o objetivo é chegar ao final primeiro. Ela explicou.
— Ah, entendi. Seria legal, mas como a gente faz as perguntas e as respostas? Eu perguntei, ainda pensando na ideia.
— Podemos fazer isso juntos. Eu crio as perguntas e você cria as respostas. Aí, a gente testa um no outro para ver se estão difíceis o suficiente, mas não impossíveis. Ela sugeriu.
Eu concordei com a ideia, e passamos o resto da caminhada para a escola discutindo as regras e o design do nosso jogo de tabuleiro de matemática. Quando chegamos à sala de aula, já estávamos empolgados para começar a trabalhar no projeto.
Passamos horas trabalhando no jogo, cortando cartões e pintando o tabuleiro. Estávamos tão focados em nosso projeto que nem percebemos a hora passar. Quando finalmente olhamos para o relógio, percebemos que já era hora do almoço.
— Uau, já são 12h30! Não percebi o tempo passar enquanto trabalhávamos no jogo, eu disse, esticando os braços e bocejando.
— Eu sei como se sente. Mas pelo menos fizemos um ótimo trabalho no jogo. Estou muito animada para testá-lo na aula de matemática amanhã. Ela disse, sorrindo.
— Eu também. Mal posso esperar para ver as reações dos nossos colegas quando jogarem. Eu disse, entusiasmado.
Depois do almoço, voltamos para a sala de aula para continuar nossos estudos, mas não conseguíamos parar de falar sobre o jogo que havíamos criado. Nós dois estávamos ansiosos para testá-lo e ver se funcionaria tão bem quanto esperávamos.
— Você acha que a professora vai deixar a gente jogar o jogo na aula? Perguntei, preocupado.
— Eu espero que sim. Mas se ela não deixar, podemos pedir para jogarmos depois da aula, ou mesmo durante o intervalo. Ela sugeriu.
— Isso seria ótimo. Eu mal posso esperar para ver se todos vão gostar do jogo tanto quanto nós. Eu disse, ansioso.
O resto do dia passou lentamente, enquanto esperávamos ansiosamente para testar nosso jogo. Finalmente, a aula de matemática chegou, e a professora nos deu a oportunidade de apresentar nossos projetos individuais. Estávamos nervosos, mas também animados para mostrar nosso jogo para a turma.
Nós criamos um jogo de tabuleiro de matemática. Quem quer jogar? Eu disse, levantando o jogo e mostrando para a classe.
A turma ficou animada e vários colegas levantaram as mãos para participar. Eu e minha amiga distribuímos os jogos e explicamos as regras. Começamos a jogar e logo percebemos que as perguntas e respostas que criamos eram desafiadoras o suficiente para nos fazer pensar, mas também acessíveis o suficiente para manter o jogo divertido.
Durante o jogo, a professora passou pela nossa mesa e observou como estávamos trabalhando em equipe.
— Isso é um excelente exemplo de colaboração criativa, disse ela, dando-nos um sorriso encorajador.
Depois que o jogo acabou, a turma aplaudiu e elogiou nossa ideia.
— Eu nunca pensei que poderia me divertir tanto jogando matemática, disse um colega. Eu fiquei feliz por ter criado algo que não só ajudou a tornar a aula mais divertida, mas também ajudou nossos colegas a aprenderem melhor.
— Isso foi muito legal, podemos fazer mais jogos juntos, minha amiga sugeriu enquanto guardávamos o jogo na mochila.
Eu sorri e concordei.
— Com certeza, quem sabe um jogo de ciências na próxima vez?
Adorei a ideia! Mas vamos precisar pensar em um assunto específico para o jogo, não é mesmo? Eu disse, já começando a pensar em possibilidades.
— Que tal um jogo sobre o sistema solar? Ou sobre células? Minha amiga sugeriu, animada.
Ótimas ideias! Podemos pesquisar mais sobre esses assuntos e ver qual deles pode ser mais interessante para transformar em um jogo divertido. Respondi, empolgado com a possibilidade de criar um novo projeto juntos.
Nós caminhamos para casa discutindo as possibilidades de nosso próximo jogo, animadas com a ideia de criar algo novo e divertido juntos. Com certeza, esta seria apenas a primeira de muitas aventuras criativas que teríamos juntos.
Chegando em casa, começamos a pesquisar sobre diferentes temas de ciências. Passamos horas lendo sobre biologia, física, química, astronomia, discutindo o que poderia funcionar melhor em um jogo divertido e educativo.
— E se fizéssemos um jogo sobre a evolução das espécies? Gisele sugeriu, animada com a ideia.
— Legal! Podíamos fazer algo com diferentes níveis de complexidade, para agradar a todas as idades - eu respondi, já imaginando o jogo em minha cabeça.
Passamos a noite inteira discutindo as possibilidades e esboçando ideias para o jogo. Eu mal podia esperar para começar a trabalhar nele com minha amiga. Finalmente, exaustos, nos despedimos e fomos para nossas casas.
— Boa noite, até amanhã! Gisele disse, acenando enquanto se afastava.
— Até amanhã! Respondi, já planejando como continuaríamos a desenvolver nosso projeto. Com certeza, essa seria uma grande aventura criativa que teríamos juntos.
No dia seguinte, assim que acordei, comecei a trabalhar no jogo. Juntei todas as minhas ideias e comecei a montar o tabuleiro, enquanto Gisele preparava as perguntas de ciências...
Gradualmente, percebi que estava menos obcecada com o mundo dos sonhos lúcidos. Meu jogo de ciências era uma maneira divertida de ocupar minha mente.
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Atualizado até capítulo 80
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