No dia seguinte, ao chegar na empresa quase todos ficavam encarando e cochichando. Ela manteve a cabeça erguida, já imaginando o que estavam inventando sobre ela e o CEO. Quando o elevador parou no seu andar e ela estava a caminho de sua mesa, foi puxada com força pelo braço até uma pequena sala.
As luzes foram acesas e Demetria viu Alice na sua frente com uma cara de poucos amigos. Esperando que a amiga explicasse o que estava acontecendo pra ela ser arrastada para uma sala fechada e encarada daquela forma, como se fosse passar por um interrogatório, Alice abriu a boca e foi direto ao assunto:
- Que história é essa de você dando uns amassos no CEO lá no estacionamento? É verdade que vocês estão namorando? É segredo? Como você não contou nada sobre isso? Você sabe o quão frustrante é saber disso no grupo do WhatsApp da empresa? Me senti a pior amiga do mundo. Isso é pra me punir pelo que eu te falei ontem?
Esperando a oportunidade de explicar o que aconteceu ontem quando saiu da empresa, Demetria ficou calada apenas ouvindo o interrogatório da amiga.
- Quanto antes eu puder falar, mais rápido suas perguntas serão respondidas. - Ela disse dando um sorriso sarcástico em direção a Alice que fez um gesto de passar um zíper na boca e se sentou numa das cadeiras que tinham ali.
- Ontem quando estava indo embora, Brian estava me esperando no saguão querendo a oportunidade de conversar comigo. Quando nossa conversa estava um tanto quanto acalorada, o Sr. Miller apareceu, conteve a discussão e depois me acompanhou ao estacionamento.
- Até aí, tudo bem e onde entra a parte de vocês se agarrando?
Demetria, então, terminou de contar toda a história, tendo que aguentar Alice perguntando todos os detalhes que fizeram com que ela passasse quase toda a noite em claro, até que precisou recorrer ao seu vibrador pra apagar o fogo que a consumia.
- Caramba, Demi. E você conseguiu dormir depois de tudo isso? – Falou Alice se abanando, como se estivesse com calor e Demetria revirou os olhos. – Só pelo que você contou deu pra perceber que o nosso CEO é daqueles que tem fogo nas veias. E agora, o que vocês irão fazer?
- Como assim? Eu vou continuar trabalhando e ele seguindo com sua vida. Simples assim. – Respondeu Demetria fingindo pra Alice que estava tudo sob controle, mas ela bem sabia que não era bem assim.
Falando dessa forma, ela esperava que Alice esquecesse o assunto. O dia passou razoavelmente rápido e Demetria não teve tempo de pensar em Christian Miller, uma vez que tinham várias empresas solicitando campanhas de marketing para a mudança de estação.
No ultimo andar, Christian ficou atento às conversas das secretarias para ver se tinha alguma que envolvia ele e Demetria, mas até agora nada. Isso o deixou intrigado.
Tudo naquela empresa virava fofoca, ainda mais quando envolvia relacionamento às escondidas. Quando retornava para sua sala depois de uma longa reunião, percebeu o olhar de Olivia (foto), sua secretaria, se arregalar enquanto olhava para a tela do celular. Agindo no impulso, parou e ficou esperando até que ela percebesse a sua presença.
Assim que ela lhe notou, estendeu a mão para que ela entregasse o aparelho. Olhando para a tela, deu o “play” no vídeo e assistiu a filmagem dele se agarrando à uma funcionária no estacionamento. Pelo ângulo dava pra ver perfeitamente que era ele e Demetria, não tinha nem como tentar negar.
Tentando manter a calma e a respiração em ordem, enviou o vídeo para seu celular e apagou o conteúdo da conversa, antes de devolver o aparelho. Dando seu melhor sorriso, virou de costas e caminhou em direção à sua sala.
Trancando a porta atrás de si, Christian caminhou até sua mesa e pegou o dossiê deixado por Demian, que ele ainda não teve a chance de ver. Debruçando-o sobre as mais diversas informações que ele havia recebido sobre Demetria, ele passou as mãos no cabelo perturbado ao perceber que não conseguia tirar a mulher da sua cabeça.
Completamente irritado com a situação, ele ansiava por vê-la novamente. Aqueles olhos verdes o assombravam, até mesmo em seus sonhos eles o encaravam. Ele nunca havia perseguido uma mulher, eram elas quem o perseguiam. Olhando novamente para os papeis a sua frente, ele repassou os detalhes do dia de ontem em sua mente: o jeito como ela escondia seu rosto no saguão, seu riso leve, sua determinação em gerar uma vida...
Assim que ele lembrou das palavras do tal de Brian, uma lâmpada acendeu em seus pensamentos: ele iria se oferecer para dar a Demetria o que ela tanto queria, um bebê. Balançando a cabeça, ao mesmo tempo que havia gostado da ideia, ele também a odiava.
- Você está louco, Christian? Você? Ajudando uma funcionária a gerar um bebê? –Levantando-se da cadeira e indo em direção a parede de vidro que lhe dava a visão de uma parte da cidade, ele pegou seu celular e assistiu novamente ao vídeo. – É...depois de assistir esse vídeo, ninguém pode negar que a gente fica bem juntos, Demetria.
Olhando para o relógio e vendo que já se aproximava do horário de almoço, ele não ia perder mais tempo. Pegando o telefone, ligou para o Gerente Interino do departamento de Marketing.
- Carlos, peça para que Demetria compareça em cinco minutos à minha sala. – Sem esperar pela resposta do homem, ele desligou. Na sequencia, pegou novamente o telefone e discou: - Olivia, por favor desmarque todos os meus compromissos
agendados para o período da tarde. Estarei saindo pro almoço daqui a pouco e talvez eu não volte para a empresa.
- Sim, senhor. Ah...a Srta. Scott acaba de chegar.
- Peça a ela que entre.
Assim que a porta se abriu, um par de olhos verdes envergonhados encontram com os dele e o deixam surpreso. Ela encosta a porta e fica completamente imóvel encarando-o e, por um momento, acho que ela pode ver através dele, fazendo-o se sentir exposto.
Levantando-se da mesa onde estava encostado, Christian diminui a distancia que existe entre eles, parando em frente à Demetria que permanece parada junto à porta.
Tentando ler seu olhar, ele coloca uma mecha de cabelo atrás de sua orelha, toca em sua cintura e a conduz até o sofá de couro preto que ocupa a lateral da sua sala.
- Antes de mais nada, espero que esteja tendo um bom dia. – Ele lança um sorriso reconfortante a ela, que ainda está bastante tensa ao seu lado. – Eu assisti ao vídeo que está circulando pela empresa e é por isso que eu a chamei até aqui: quero saber como você está.
Assim que ela olha nos seus olhos, Christian vê que ela está um tanto quanto incomodada com a situação, mas mesmo assim permanecia em total silencio. Na tentativa de avançar na conversa, ele continuou:
- Sei que seu dia ontem não foi tão agradável como queria, ainda mais com o fato do seu amigo não querer mais doar esperma pra que você consiga ter seu bebê. – Vendo que chamou sua atenção, Christian foi levando a conversa para o ponto mais importante: - Sendo assim, eu quero fazer uma proposta a você, Demetria, para que nós dois consigamos algo que realmente queremos.
Virando o rosto para o outro lado e quebrando o contato visual que mantinha com ele, Demetria respirou fundo e soltou:
- Meu Deus, eu não acredito que Brian expôs a minha vida particular pra você. Eu vou matar ele, vou utilizar todos os requintes de crueldade existentes na face da terra.
- Não precisa chegar a esse ponto, Demetria. Ele estava bastante preocupado com você naquele dia.
- Você está brincando, né? Já não bastava ele ficar me perturbando mandando mensagens, e-mails e telefonando o tempo todo; ele veio até meu local de trabalho e contou pro dono da empresa onde eu trabalho o assunto mais particular da minha vida pessoal. – Conforme ela ia falando, sua voz ia ficando mais fina.
Ele vira no sofá para ficar de frente pra ela e vê o quanto ela estava afetada. Isso lhe dá a oportunidade para estuda-la: colocando os pensamentos lascivos de lado, ele vê o quanto ela é atraente.
- Por isso que eu te chamei aqui. Como disse anteriormente, tenho uma proposta pra te fazer. – Ele a encara pra ver se consegue decifrar seus pensamentos. – Quero propor de oferecer o meu DNA para que você tenha seu bebê, uma vez que seu amigo Brian desistiu de te ajudar.
Demetria arregalou os olhos enquanto tinha o corpo tomado por ondas de choque e um zumbido começou a ser reproduzido em seus ouvidos.
- Você não pode estar falando sério.
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Atualizado até capítulo 65
Comments
Anita Alves
agora ela arruma um doador /Joyful//Joyful//Joyful//Joyful//Joyful//Joyful//Joyful//Joyful//Joyful//Joyful/
2025-01-16
1
IJBitt🧚
Ele quer levar vantagem e não percebeu que, conhecendo a receptora do sêmen, certamente esse bebê vai ter pai e mãe muito conhecidos e com um forte vínculo.
Isso de doação não tem nada!😉😉😉
2024-09-16
2
IJBitt🧚
Adorei a solicitude dele em querer doar o esperma! ☺️☺️☺️
2024-09-16
0