Allan Turner
Acordo já de mau humor e sem paciência para o dia que me espera. Ainda mais depois de ver trinta ligações perdidas de Elizabeth.
Tomo um banho quente e logo começo a relembrar daquela morena maravilhosa dançando com seu corpo colado ao meu, rebolando aquela bunda empinada em mim. Me masturbo novamente pensando nela até chegar ao clímax.
Após o banho, visto meu terno preto habitual e vou tomar meu café, que já está na mesma, graças à eficiência e pontualidade da senhora Matilde. Sinto o cheiro do meu bolo favorito assim que chego à mesa, bolo de laranja com calda de caramelo.
Acabo o café e vou para a empresa, quando paro no sinal, vejo o celular tocando e já estava pronto pra desligar quando vi que era minha irmã mais nova, Caroline. Ligo o Bluetooth e atendo.
Ligação on:
— QUE SAUDADES! – ela grita do outro lado.
— Como você está, Carol? E como está sendo viver em Paris?
— Está tudo ótimo, maninho! E com você?
— Estou indo bem.
—Ahh qual é? Me conta o que tá acontecendo, não te conheço assim.
— Carol, você me aconhece assim desde quando tudo aquilo aconteceu.
— Tudo bem, não vamos mais falar sobre isso. Eu sinceramente queria meu irmão antigo de volta, mas te entendo.
— Tá tudo bem, é passado. Quando vem nos visitar? – mudo de assunto.
— Vou aparecer quando você menos esperar.
— Irmã tenho que desligar, estou chegando na empresa.
— Tá bom, beijo! Te amo!
Caroline está estudando em Paris. Ela é a única que me compreende sem me julgar. Ela nunca gostou de Elizabeth e sempre tentou me alertar sobre a personalidade duvidosa da minha ex noiva.
Chegando na empresa, de longe já avisto Elizabeth parada na portaria, provavelmente me esperando pra estragar meu dia, está parecendo uma perua, toda de verde, usando um conjunto de joias Turner, que aposto serem presentes do meu irmão. Aquele imprestável, não sabe fazer nada além de torrar o dinheiro da família e da empresa que trabalho arduamente pra conseguir manter.
Quando Elizabeth me vê, vem em minha direção feito um foguete.
— Por que você não atendeu minhas ligações?
— Porque eu não quis.
— Você me deve explicações sobre o fato de estar dançando com uma vagabunda na boate ontem.
— E como sabe que eu estava na boate? Você deu pra me vigiar agora?
— Querido, a boate é do meu pai, é óbvio que eu saberia se você estivesse lá. E estava bem acompanhado, pelo que eu soube.
— Eu não te devo explicações, Elizabeth, agora sai da minha frente que eu preciso trabalhar, não sou desocupado igual o seu amante. — passo por ela e vou entrando na empresa, enquanto ela vem me seguindo.
— Diz isso agora, mas quando estamos tranzando e você gemendo meu nome, tenho certeza que não pensa assim, eu sei que me ama e está fazendo isso pra me provocar.
Eu não respondo nada, apenas continuo andando em direção ao elevador privativo, e antes de entrar no elevador, alerto aos seguranças pra não deixar ela entrar na minha sala.
Enquanto estou olhando minha agenda, Mary bate na porta de entra.
— Descupe, Allan, só queria avisar que os estagiários já estão aí.
— Estagiários? No masculino?. – pergunto confuso.
— Sim, é que temos dois homens, com currículos excelentes, devo dizer.
— Bom, confio a você a tarefa de delegar as funções e supervisionar a todos. Tem carta branca pra fazer o que quiser, inclusive dispensar se achar necessário.
— Obrigada pela confiança, vou fazer o meu melhor. Mas tá tudo bem com você? Tá estranho hoje!
— Sim, só alguns problemas, nada mais.
— Certo. Allan, percebi que você anda muito cheio de trabalho, vou testar os estagiários e o melhor deles eu vou encaminhar pra te auxiliar, pelo menos até a Magg voltar. O que acha?
— Acho ótimo, só confio na Magg pra essa função, no entanto posso aceitar alguém que pelo menos organize minha agenda e compromissos. Eu confio no seu senso crítico pra escolher bem essa pessoa, não me decepcione.
— Não irei, com licença. – fala abrindo a porta e saindo e eu volto ao que estava fazendo.
Eu estava revisando alguns contratos quando Cristian apareceu invadindo a minha sala sem ser anunciado.
— Quem te deu permissão pra entrar?
— Agora preciso de permissão? Assim me ofende! – fala limpando uma lágrima imaginária.
— Olha hoje eu não estou pra brincadeiras!
— Desculpa, cara, é que eu te liguei várias vezes e você não retornou, então vim ver se estava bem, pois ontem você foi embora sem mais nem menos, mas pelo visto está ótimo.
Conversamos um pouco e também contei sobre a briga com Elizabeth. Ele estava tirando sarro da minha cara quando Mary entra na sala assustada.
— Desculpe entrar assim Allan, oi Cristian. Allan é urgente! Elizabeth está quase matando uma estagiária por ter derramado café nela.
—Que saco!! É mais uma incompetente, vou temiti-la agora mesmo.
Saio da sala com Mary e Cristian vem logo atrás animado pra ver a briga. Que infantil!
Ouço de longe os gritos e ofensas de Elizabeth. Assim que me aproximo, vejo Elizabeth quase batendo na moça e percebo que ela está com as mãos no rosto pela humilhação sofrida. Chego mais perto e resolvo intervir antes dela completar o próximo insulto
— CHEGA, ELIZABETH!
Todos me olham e quando ela levanta o rosto, eu não acredito no que vejo. É a mulher da boate, a mesma que me deixou louco de desejo e não sai da minha cabeça.
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Atualizado até capítulo 39
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