Cap. 11

Mesmo estando rodeado de pessoas no barzinho, Daniel estava se sentindo só, e não era a primeira vez que isso acontecia. Enquanto Alex e Ingrid interagiam, ele não estava afim de se relacionar com ninguém naquela noite. Olhou para o lado e viu Olívia, e quando fixou o olhar na mulher que estava em uma mesa próxima a sua, viu que não era ela, e foi assim durante toda a noite, Olivia não saia da sua cabeça. O único remédio que encontrou para se livra da lembrança de Olivia, foi beber outra dose bebida, e depois do segundo drink, foi dose atrás de dose.

_ Cara,  no trabalho você disse que hoje não era dia de beber, e agora está bêbado? Perguntou Alex se aproximando, tendo que deixar a morena com que  flertava sozinha.

_  Eu não estou bêbado,  eu só bebi ... Daniel tentou contar o numero de drinks que havia bebido, mas não conseguiu. _ Foram poucas doses, olha com estou bem. Daniel tentou ficar de pé e quase caiu de costas no chão.

_ Não imaginava que teria que ser  seu segurança essa noite, empata foda!, Vamos eu te levo para casa.  Disse Alex segurando Daniel pelo braço para evitar que ele perdesse o equilíbrio.

_ Não...  eu posso dirigir, já disse que estou bem. Protestou Daniel, mas Alex não deixaria o amigo dirigir  pois Daniel estava completamente bêbado. No Estacionamento, foi difícil para Alex convencer Daniel se sentar no lado do passageiro.

_ Onde está a chave da sua casa? Perguntou quando estavam chegando a casa do Daniel, percebendo que ele estava dormindo. _ Daniel... Daniel... onde está a chave da casa.

_ Me deixa em paz Olivia... Falou sem responder onde estava a chave.

_ Sei, e eu não dou a Olivia... Alex sorriu dando meia volta indo para seu apartamento.

Na manhã seguinte, Daniel acordou com o barulho de Alex abrindo a cortina do janela fazendo o sol a  adentrar no quarto em que ele estava .

_ Acorda...

_ Por favor, apaga essa luz.. Pediu Daniel cobrindo os olhos sem noção da hora e de onde estava.

_  Está na hora de acordar princeso,  hora de ir trabalhar. Falou  Alex chamando a atenção de Daniel.

_  O quê? O que que você tá fazendo na minha casa Daniel.

_  Deixa eu te corrigir,  você está na minha  casa.  Disse  Alex começando abotoar a camisa se preparando para sair pelo trabalho.

_ Como eu cheguei aqui?

_  Dirigindo é que não foi ,né? Você bebeu deu demaist to ontem a noite , e se eu te deixasse sozinho daquele jeito, aquela loirinha ia  acabar te levando para algum lugar se aproveitando desse corpinho, e se eu te deixasse dirigir você poderia  causar um grave acidente de transito, e isso eu não deixaria acontecer. Agora me conta o que aconteceu ontem para você  beber daquele jeito.

_Eu não sei... Mas por que você não me levou para minha casa?

_ Eu levei, só você não disse onde estava a chave da casa, e eu não ia dormir do lado de fora te vigiando, deveria me agradecer pois deu trabalho te trazer ate o meu apartamento.

_ Nossa minha cabeça parece que vai explodir.

_  Toma,  é um analgésico vai te fazer bem. Alex entregou um comprimido e agua que já havia deixado separado para Daniel, sabia que o amigo acordaria de ressaca, não estava acostumado a beber daquele jeito.

_  E o meu carro?

_ Está na garagem, a Ingrid veio dirigindo meu carro, e eu o seu.

_ Obrigado.

_  Agora já vou indo para o trabalho, te  espero lá.

_  Esta bem, vou em casa tomar banho e vestir uma roupa adequada, não vou demorar.

_  Eu sei. Quando for embora, não esqueça de tranca a porta e de me entregar a chave mais tarde, senão hoje eu vou dormir na sua casa.

_  Você sabe que eu tenho boa memória não vou esquecer de levar sua chave. Falou Daniel tentando se levantar sentindo-se zonzo.

_ Tem café na cozinha,  toma um gole antes de você sair.  Alex não conseguiu conter o riso vendo a  cara de ressaca de Daniel. _ Banho frio ajuda.

_ Engraçadinho... Daniel tentou arremessar um travesseiro contra Alex mas estava sem forças.

Olivia acordou cedo e a sensação que tinha era que estava de ressaca, uma ressaca moral. Terminou de separar os documentos que precisava levar ao RH da construtora, e deixaria Lucas novamente com a mãe de Marcia.

Estava no ponto de ônibus quando recebeu  uma ligação da mãe que há muitos dias  não ligava⁰

_  Oi mãe, bom dia.  Como a senhora está?  Olivia se preocupava com a mãe que mantinha contato escondido com ela. _ Estava preocupada pois a senhora não ligou nos últimos dias.

_ Desculpa filha, é que seu pai estava de férias e com ele em casa era impossível eu  te ligar, eu também estou morrendo de saudade, louca para te ver, te abraçar.

_ Eu também mãe, mas tá tudo bem em casa?

_ Está tudo bem filha, mas nesse mes eunão conseguirei te ajudar, não consegui juntar dinheiro... sei que tá sendo difícil para você, e como seu pai estava de férias…  Olivia sentiu  uma aperto no peito ao perceber que a mãe estava chateada por não consiguir ajuda-la como insistia em fazer, pois sabia que Olivia antes estava desempregada.

_  Não se preocupe Mãe, finalmente eu consegui um emprego e  eu estou saindo de casa agora para levar os documentos na empresa em que eu vou trabalhar. Contou Olivia tentando mostrar para a mamãe que estava bem apesar da angústia que sentia por conseguir o emprego em troca de fingir ser a namorada de Daniel.

_  Verdade filha? Ou você está mentindo para não preocupar a sua mãe.

_  Não estou mentindo mãe, eu realmente conseguiu um emprego e em breve vou devolver o dinheiro que a senhora me deu durante esses meses.

_  Não precisa filha.

_ É  claro que precisa mãe,  eu sei que a senhora economizou  esse dinheiro tirando das contas da casa,  sei que o preço de tudo subiu, e te devolver esse dinheiro e mais que justo.

_  Mas eu não quero que meu  netinho fique sem o leite adequado, Ele está crescendo daqui a pouco as roupas não servirão mais, e ele ainda gasta muita fralda…

_ Mãe,  não se preocupe, eu vou ganhar bem vou trabalho é uma grande empresa .

_ Fico feliz filha e agora que seu pai voltou a trabalhar, vamos dar um jeito de no ver, quero te dar um abraço, um beijo, quero ver o meu netinho, ele está lindo, amo todas as fotos que você me envia, mas ver por foto é uma coisa ver  pessoalmente é outra.

_  eu também quero te ver, sinto falta da Senhora, das minhas irmãs, e querendo ou não, também sinto falta do papai, apesar dele ter me expulsando de casa, sempre foi um bom pai.

_  Eu sei , e quem sabe um dia ele possa te perdoar.

_Mãe,  eu não vou pedir perdão meu pai,   não me sinto culpada por ter tido o Lucas e faria tudo de novo, se necessário fosse para ter meu filho ao meu lado. Falou fazendo a mãe ficar por algum tempo em silencio.

_  Filha agora eu tenho que desligar, depois  nos falamos mais

_  Está bem mãe, eu te amo.

_  Eu também te amo  se cuida filha. Depois de se despedir da mãe,  Olivia seguiu para a construtora.

Daniel chegou em casa e tomou um banho rápido e vestiu-se para ir trabalhar, e mesmo tendo tomado um analgésico na casa de Alex, a cabeça permanecia doendo e a claridade  ainda incomodava o os seus olhos. Colocou um óculos escuros para amenizar o incômodo e saiu para o trabalho, já estava bastante atrasado naquela manhã.

_ Pelo menos hoje eu não vou ver aquela mulher. Falou parando no sinal vermelho perto da construtora. E para a surpresa de Daniel, ele avistou Olivia atravessando a rua. Ela já havia entregado a documentação no RH da construtora e voltava para casa._ Essa mulher está me perseguindo, só pode. Falou sem ver que o sinal já estava verde..

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