Fica Comigo

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Capítulo um

 Amanhã é o meu casamento, e eu estou muito nervosa. Minha mãe está feliz, minha tia também, mas eu nem por isso. Paul pode me dar jóias e mais jóias, mas não é como Jonathan. Jonathan é diferente. Muito diferente. Eu amo muito ele, sinto que tudo isso não é certo. Ele não merece.

                    O problema é que eu também gosto de tudo o que Paul me dá. Ele coloca o mundo aos meus pés, e sempre que quero alguma coisa, ele dá sem exitar, e sempre me dá presentes. Jonathan é muito limitado. Ele não pode realizar os meus sonhos com o pouco que ganha como garçom.

               Ele não sabe o que se passa. Apenas sabe que eu estou esperando por ele. Apenas sabe que eu sou o que sou, que quando ele voltar vamos nos casar, que continuo morando naquele fim de mundo. Está ignorante de tudo o que me rodeia. Simplesmente tudo.

                Nós vínhamos sempre para junto do rio, fazer piquinique, e conversar, e à noite, ficávamos juntos olhando para as estrelas.  Era o nosso lugar favorito. O lugar que passamos vários momentos felizes juntos.  Agora isso vai acabar. Tudo vai acabar. Jonathan e Emma vai acabar!

                 Eu sento junto ao rio e olho para o meu reflexo sobre a água. Eu quero chorar, quero mesmo. Eu tento mostrar a todos que sou forte, mas na realidade, eu não sou. Eu nunca fui, e não sei se algum dia serei. Me sinto horrível, pelo que estou a fazer com Jonathan. Ele vai sofrer e vai me odiar. Eu não quero que ele me odeie, mas também, eu não vou voltar para trás. Nem que ele me peça. Eu não posso!

                   As lágrimas correm pelos meus olhos, e caem no rio. Eu entrego toda a minha mágoa e toda a minha fúria nele. O que pode ser pior do que o que estou fazendo ao Jonathan? Ele não vai suportar, mas é assim que as coisas vão ficar.

                 Alguém toca no meu ombro, e quando me viro, vejo ele. Sorri, e me dá a mão. É ele! O grande amor da minha vida. Jonathan Hamilton

                Seis meses antes

                Mais um dia para eu continuar a luta, não descanso nenhum dia. Minha mãe não ia gostar. Sou a única que trabalha nessa casa. As duas não porque dizem que estão muito velhas.

            Moramos num prédio velho, que está caindo aos pedaços. Essa casa foi comprada pelo meu pai, quando ele e minha mãe estavam noivos. Moro aqui há 26 anos. Sendo sincera, deixei de gostar do lugar quando meu pai se foi.

           Agora que eu estou crescida, minha mãe e minha tia (mora com a gente por pena. Minha mãe e eu não gostamos muito dela. Ela passou a morar aqui há alguns meses, depois de ser deixada por um homem rico. Quando ela estava "rica" não quis saber de nós.)insistem que tenho que encontrar um homem milionário.

             Eu também quero isso. Trabalhar é cansativo. Eu não mereço. Mereço estar numa penthouse fazendo sauna, massagem, ou fazer compras ilimitadas numa das lojas mais caras do mundo. Viajar pelo mundo, de jato privado, ir a festas de limosina, aparecer nas revistas, e ter muitas jóias de diamantes. Eu quero isso. Com certeza.

              Desço a escada velha que daqui a alguns anos, ou mesmo meses, podem nos matar. Minha mãe e minha tia não cozinham, não arrumam a casa. Eu faço sozinha, até cozinhar. Se não cozinho passam fome, se não faço faxina na casa, ficamos com a casa suja. É como se eu morasse sozinha mesmo.

         — Bom dia, meu tesouro que vai nos tirar da pobreza! — Olho para minha tia que está grudada no sofá.

         — Eu estou indo fazer o café da manhã. O que você quer? — Graxa é o seu nome do meio.

        — Dinheiro, óbvio.

        — Eu já dei dinheiro para você ontem, o que quer mais?

       Entro na cozinha. Tiro uma frigideira e coloco no fogo.

       — Mamãe, onde está?

       — Saiu. Não disse onde ia. — Frito o bacon, os ovos, e depois coloco num prato.

        — Uhm! Comida? — Oiço minha tia dizer.

        — Eu não contei com você, lamento. — Sento na mesa e como na sua frente. Sirvo o suco de laranja no meu copo. — Eu só conto com a minha mãe. Se ela me pedisse eu faria para você.

          — Um dia vai estar na minha mão Emma Olson. — Ela sobe pelos degraus debilitados.

         Como até estar repleta, e vou trabalhar.

                      ****

        Trabalho infelizmente numa pastelaria aqui perto. A pastelaria é de senhor Stocks. Um senhor de meia idade com três filhos e uma esposa muito rabugenta. Eu trabalho apenas com o filho mais velho, Jeremy e com Susan sua prima. Os outros não chegam nos quinze.

           Entro na pastelaria, ajeito as cadeiras e as mesas e me avisto com os Stocks. Dou um sorriso.

            — Bom dia, senhor Stocks! Jeremy! — Eles sorriem também.

            — Está muito entusiasmada hoje, senhorita Olson. — Jeremy vem perto de mim.

           — Não sei o porquê. — Sorri e entro na cozinha.

        Eu entro no armário de limpeza, pego numa vassoura e varro o chão.

        Trabalho aqui há seis anos. Já estou habituada a isso. Cansei de me queixar.

          Limpo o chão e coloco tudo no armário de limpeza. Vou ao banheiro lavo as minhas mãos.

         Saio e entro na cozinha. Jeremy e Susan já estão preparando tudo. Eu me junto à eles.

        — Você está com cara de quem arranjou um namorado. — Susan assobia.

       — Não. Ainda estou solteira. Não se preocupe que quando eu tiver namorado será a primeira a saber.

             — Que privilégio! Eu ia adorar! — Ela responde e eu reviro os olhos.

              — Para alguém que nunca teve namorada você é muito apaixonada pelo amor, Susan. — Digo para ela.

              — Porque, vamos admitir, o amor é uma coisa maravilhosa. Você já viu como os casais ficam quando estão juntos? É muito lindo.

                  — Não sei se eu poderia encontrar um homem que faça o meu tipo põe aqui. - Eu olho para Jeremy e para Susan em seguida.

                  Jeremy dá um meio sorriso e se concentra no seu trabalho, mas está pronto para dizer alguma coisa.

                 — Eu conheço muitos caras que fazem o seu tipo. — Ele diz.

            — E pra você, qual é o meu tipo? — Pergunto.

            — Homens altos, fortes, bonitos, inteligentes, e trabalhadores. — Errado! Homens ricos.

             — Eu não quero ter namorado ainda.

            — Porquê não? — Pergunta Susan.

            — Porque eu não estou pronta para um relacionamento. — Começo a amassar a massa do pão.

           — Isso vai desaparecer quando encontrar o cara ao virar da esquina. — Jeremy sorri para mim.

          — Quem sabe. — Quem sabe ele me tire dessa vida horrível.

          — Você sabe que não vai ficar solteira para sempre, pois não? — Susan me cansa.

          — Eu sei.

          — Haverá um momento em que você vai querer casar e ter filhos. — Talvez filhos não.

          — Podemos parar com isso. Não vamos falar da minha vida, mas sim da vossa. O que acham?

           — Tudo bem. A conversa acabou.

          Senhor Stocks entra na cozinha e leva um bolo que tínhamos feito ontem para a loja. Um belo de laranja com aspeto delicioso.

          — Sabe eu tenho um amigo que ia gostar de você. — Jeremy diz.

         — Pensei que a conversa tinha acabado. - Digo.

         — Você vai gostar dele. Ele faz o seu tipo. Ele trabalha num restaurante aqui perto. É um homem que eu admiro. Seria bom que se conhecessem.

          — Já chega por favor! — Eu começo a colocar o pão no forno.

          — Tudo bem. — Ele sorri como se tivesse um plano perverso.

           Vou para a loja ajudar senhor Stocks. A casa está cheia como sempre. A pastelaria é única na cidade, por isso esta sempre cheia. As pessoas não têm alternativa. Ou comem aqui, ou fora da cidade.

         Um senhor vem no balcão. Ele é velho. Talvez tenha sessenta. Seus cabelos brancos e olhos cinza. Da para perceber que ele está cansado.

        — Bom dia. — Ele diz.

        — Bom dia. — Dou um sorriso. - O que o senhor vai querer?

        — Tarte de maçã, para levar por favor. — Ele dá um sorriso que não alcança seus olhos enrugados.

        — Está bem. — Eu tiro um bolo por de baixo do balcão e coloco numa caixa.

        — Está aqui. — Entrego, e ele paga. — Volte sempre! — Digo. Ele sai pela porta devagar.

        — A cara daquele homem é familiar. — Diz senhor Stocks.

        — Sério? Conhece ele?

        — Eu acho que já avistei com ele vezes suficientes para não esquecer o seu rosto.

         — Eu vejo. Ele vem aqui há uma semana.

         — Não sabia.

         — Todas as manhãs.

         — Dá próxima vez, vou convidá-lo para uma pequena conversa.

             Senhor Stocks me deixa sozinha e volto ao trabalho. Claro que será um dia cansativo como todos os outros, mas vai ser pior quando chegar em casa e ver as duas bruxas más.

          Atendo outros clientes, que não param de chegar, recebo as minhas gorjetas (minha tia e minha mãe não podem saber da existência delas) e trabalho até ao entardecer.

                      ****

               Eu termino de pintar o bolo, e saio da loja depois de despedir os Stocks. A noite está fria, por isso, visto o meu casaco e ando pela calçada. Não preciso de um ónibus, porque a pastelaria é perto da minha casa.

             Ando rápido para chegar a tempo e fazer faxina em casa e preparar o jantar. Eu sei que minha mãe e minha tia vão chegar apenas as oito da noite não sei onde vão todos os dias. Ainda que estivessem ou chegassem cedo não fariam nada. Nem limpar a casa, nem fazer o jantar.

           Eu continuo a andar rápido, e quebro o meu salto. Fico sem equilíbrio, e eu estou prestes a cair no chão, quando sinto uns braços fortes me segurando e tudo parece confuso. Não sei o que se passa.

        Ele segura a minha cintura, e eu estou inclinada para frente. Meu coração bate sem intervalo. Não o conheço, mas me sinto ligada a ele. Não vejo ele, apenas sinto.

             Ainda nos braços do desconhecido, viro e vejo ele. Seus olhos são verdes, e cabelos castanhos. Ele é alto, e musculoso. Tem um sorriso generoso e luminoso.

           — Está bem? — Me pergunta.

           — Sim. Eu estou.

           — Quer que a acompanhe até casa? 

         — Não precisa!

         — Eu não sou um psicopata, se é isso que está pensando. — Ele estende a mão. — Meu nome é Jonathan. Sou amigo de Jeremy Stocks. Eu acho que já vi você por aí, por aqui. — Ele ri. 

          — Amigo de Jeremy? — É lindo. — Eu sou Emma. Amiga de Jeremy também.

            — Sério? Porquê ele nunca me apresentou a você? Isso é uma injustiça!

           — Justiça é uma questão de ponto de vista. — Digo me afastando dele.

          — Não concordo. Se assim for, cada um vê da sua maneira, o que quer dizer que um ladrão, do seu ponto de vista fazer algo como roubar é algo justo. — Ele segue meus passos.

           — Eu preciso ir para casa, sério.

          — Está bem. Foi bom te conhecer. Emma. — Ele sorri e eu me afasto dele.

           Que homem interessante. Mas eu não o conheço, nem sei o que faz. Só quero alguém que me dê tudo. Essa é a minha meta. Onde já se viu alguém como eu com alguém como ele. Por favor! Nem na China.

                        ****

          Chego em casa, em menos de quinze minutos, entro e fecho a porta. A casa está uma bagunça. Obviamente quando minha mãe chegou, ajudou minha tia a desarrumar tudo. Não aguento mais isso. Dia após dia aturar isso. Algum dia, eu vou acordar e parar de ser escrava delas.    

          Coloco a bolsa no sofá, e começo a arrumar. Arrumo a sala, a cozinha, os quartos e o banheiro em duas longas horas. Depois faço o jantar, e vou tomar um banho.

         Visto um vestido azul tomara que cai, faço um rabo de cavalo e desço os degraus. Infelizmente, minha mãe e minha tia acabam de chegar. Ambas riem alto matando o silêncio que havia em casa. Eu apenas olho para elas, não digo nada.

           — Boa noite, Emma, filhota. — Minha mãe diz um pouco bêbada.

          — Eu não acredito em vocês! O que vocês pensam que eu sou? — Cruzo os braços com raiva.

           — A minha filha, e a sobrinha da minha irmã. — Elas riem.

           — Eu não estou brincando! Eu não aguento mais isso!

         — Você diz isso todos os dias, Emma, já é costume. Você sabe que nós somos tudo que você tem. — Minha tia diz.

         — Pode ter razão, mas isso um dia vai mudar!

         — Calma, filha!

         — Sabem, eu vou para o meu quarto!

          Eu subo de volta para o quarto, e fecho a porta de madeira com raiva, com sorte ainda está inteira no lugar certo. Minha fome evaporou. Deito na cama e durmo.

                         ****

          Me levanto cedo hoje. Nem tomo o café, e vou logo para a loja. Jeremy e Susan já estão organizando tudo. Eu me junto a eles.

         — Bom dia, Emma. — Jeremy me dá um sorriso.

         — Olá Emma. — Susan também sorri.

         — Oi! Como vocês estão?

           — Melhor do que ontem. — Fala Susan.

           — Eu sempre estou bem! — Jeremy sorri. — E você como está?

          — O mesmo de sempre. Senhor Stocks?

            — Ele não virá hoje. Teve que fazer uma viagem de última hora. — Fala Jeremy.

           — Claro. — Eu tiro o bolo e levo para para a pastelaria.

           Os primeiros clientes começam a aparecer. Susan vem atrás do balcão. A porta se abre outra vez e o amigo de Jeremy que conheci ontem, entra por ela. Ele vem no balcão e sorri. O seu sorriso é encantador.

           — Bom dia, Emma! — Ele diz.

           — Oi! — Não sou nada simpática com ele.

           — Eu quero falar com Jeremy, será que é possível? — Seu sorriso continua.

           — Oi Johnny! — Susan sorri para ele. Tenho a certeza que o nome dele não é Johnny.

           — Oi Susie! — Estou farta dessa conversa.

           — Eu vou chamar o Jeremy! — Eu quero sair, mas Jeremy chega.

          — Olá Jonathan que surpresa! — Ele se aproxima. Ah! Ele se chama Jonathan! — Está paquerando a minha amiga?

             Eu olho para Jeremy como um leão faminto.

          — Emma é diferente! — Jonathan sorri para mim. O que isso significa?

          — Tenho a certeza disso. — Jeremy responde e depois, eles vão para o canto. Susan bate no meu braço.

         — Você ouviu o que eu disse? — Ela pergunta.

            — O quê? — Pergunto. Ela ri.

            — Você gostou dele! — Eu coro vermelho carmesim.

            — O quê? Não! — Olho para ele que está sorrindo para Jeremy. — Ele não faz o meu tipo!

            — Sei!

            — Bom dia! — Uma senhora nos interrompe.

            — Bom dia. — Respondemos em uníssono.

            — Quero um pão integral. — Sorrio para ela.

           — Claro! — Tiro um pão de forma integral debaixo do balcão.

            Jonathan me chama atenção quando olha para mim. Seu sorriso desaparece e fica com uma expressão seria. Eu coro outra vez. Porquê ele está olhando assim para mim?

          Ele é tão bonito que me intimida. Suas calças Jeans um pouco apertada em suas pernas, assim como sua camisa azul pálido dobrados até o cotovelo, deixa ele mais sexy. 

            — Claro que não faz o seu tipo né? Fala sério! — Susan me faz voltar para a vida real.

            — E não faz! — Digo ainda olhando para ele.

            — Você mente muito mal!

            — Preciso aten... onde a senhora foi? — Olho para o balcão vazio.

            — Já foi! Você se distraiu com Jonathan que está no canto. Depois diz que não acha ele uma graça.

           — Ah Susan eu já disse que não! Eu só estava pensando noutra coisa.

        — Sim. J-O-N-A-T-H-A-N! — Ela pega no meu ombro.

         — Você é insuportável! Eu estava pensando na minha mãe!

         — Sei! Você não vai conseguir me enganar já disse.

         — Esqueça esse assunto, por favor! Eu não quero ter relações com homens como ele!

         — Como ele como? — Jonathan volta no balcão.

         — Senhoritas, eu já estou indo!

         — Adeus. — Susan sorri. — E quase esqueci, Emma disse que gosta do seu cabelo. — Eu olho para ela furiosa.

         — Obrigado, Emma. Espero que um dia possamos conversar como deve ser. — Ele pisca para mim e vai embora. Olho para ele até que sai.

           — Vou matar você Susan! Você é uma mentirosa atrevida!

           — Estou só ajudando! — Ela levanta as mãos. 

                        ****

             Eu fecho a porta e como uma maldição, Jonathan aparece logo que eu saio da pastelaria. Não sei se espero que eu terminasse o meu turno. Ele sorri e se aproxima. Mas que raio ele quer comigo?

          — Emma! — Ele lembra do meu nome. Claro que lembra idiota! Ele chamou por você de manhã.

          — Ei, o que faz aqui? Jeremy saiu faz tempo.

          — Que pena! — Ele dá um sorriso triste. — Então, eu vou embora.

          — Está bem. — É melhor mesmo.

          Ando pela esquina rapidamente para chegar na minha casa. Um pouco assustador quando estou sozinha, mas felizmente, minha casa é perto.

              Eu já sei o que me espera, por isso não estou entusiasmada para chegar. Só quero terminar logo o que tenho que encontrar. Bagunça atrás de bagunça.

          Quando chego em casa, bagunça como sempre, claro! Ficaria surpresa se não tivesse. Minha mãe e minha tia parecem duas adolescentes imaturas.

                Ponho a bolsa no sofá, e sento. Preciso de me acalmar e pensar como arrumar tudo isso, estando exausta. Quando isso vai terminar? Claro que será quando eu encontrar um milionário.

               A campainha toca e eu levanto para abrir. Estou exausta até para esticar os braços, mas abro a porta.

            Raiva cresce dentro de mim, quando vejo Jonathan. O quê?

            — Desculpa, eu não consegui evitar seguir você até aqui.

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