—O que está fazendo aqui Tina? Eu nem sabia que estaria aqui também.—Diz Lia surpresa, indo abraçar rapidamente a amiga.—E essa barriguinha? Comeu demais ou está esperando um filho assim como eu? Não me diga que engravidou e não contou pra sua melhor amiga.
—Em breve você vai saber.—A mais velha da um sorriso para a amiga. Lia não conseguiu identificar os sentimentos que a outra deixou transparecer.—E Juan me convidou para ver seu bebê e eu não resisti em aceitar. Sabe como eu amo a minha sobrinha.
—Eu sei que será uma ótima tia pra ela.—Lia sorri, nem imaginando o real motivo de estar ali, com aquelas três pessoas.—Os presentinhos que nos deu estão todos guardados em casa, uma fofura só. Juan elogiou bastante e amou os presentes.
—Vamos agilizar a consulta, não é mamãe?—O médico se pronuncia pela primeira vez, apontando para a cama. Lia se senta e logo se deita, deixando a barriga ainda mais em evidência.—Essa mocinha já está enorme não é? Será uma pena...
—O que será uma pena?—Lia quis saber, tentando se levantar da cama mas sendo impedida por Tina, que fica próxima a sua cabeça, sorrindo.
—Fica quieta Lia, deixa que o médico faça o seu trabalho, não?—Juan se posiciona ao lado de Valentina.—Não é doutor?
—Não posso ter interrupções, para que o trabalho seja feito com perfeição e que nada saia fora do que foi combinado.—O médico olha para o contratante, Juan, e sua cúmplice Valentina.
Antes que Lia possa pensar em mais alguma coisa, sente um tecido no nariz e boca e apaga, para a alegria do casal cúmplice. Enquanto está apagada, é amarrada na cama, os dois braços e as duas pernas, para que seja impossível de mover. Acima da barriga grande de seis meses, um cinto é amarrado, a deixando ainda mais imóvel.
Antes que possa acordar, Lia recebe diversas bofetadas no rosto, da mulher que chamava de melhor amiga. Foi pega de surpresa com os golpes.
—Ordinária!—Valentina não para, desconta a raiva que guardou nos últimos meses. O nariz de Lia estala com a força de um soco, e em segundos o líquido vermelho escorre, e Lia acorda assustada, sentindo dor por toda a face ,principalmente no nariz.
—O que está acontecendo? —Se desespera quando tenta se mexer mas não consegue. Olha aterrorizada para as amarras que a mantém presa na cama.—Juan, por que eu estou presa nessa cama? Minha barriga dói. Nossa filha está reclamando pelo incômodo, me solte por favor. Em nenhuma das consultas que eu fui, precisava ser amarrada desse jeito.
—Como é burra.—Valentina fala e revira os olhos, dando em seguida uma risada sarcástica para a amiga.—Ainda não percebeu que não está numa consulta?
—O quê? Então o que eu estou fazendo aqui?—Lia está com medo, mais uma vez em sua vida. Internamente espera que Juan possa vir ao seu socorro, como quando foi com aqueles gângsters que quiseram fazer mal a ela.
—Simples Lia. Essa aberração que você carrega não vai nascer.—Juan fala enquanto abraça Valentina pelos ombros.—Pode nascer, mas com vida não vai ficar. Isso eu garanto a você. Não quero essa merdinha que você ainda carrega na barriga.
—Já sabe o que tem que fazer doutor.—É Valentina quem fala.—Não quero que saia nada fora do planejado. Ou você também sofrerá as consequências. E garanto que não será algo que vá gostar.
O médico arregala os olhos, e engole em seco.
—Tina? Por que está abraçando Juan desse jeito?—A mulher amarrada na cama pergunta, ao ver que os dois estão abraçados como se fossem um casal.
—Não é óbvio? —Valentina pergunta e solta uma gargalhada. —Estamos juntos Lia. A muito tempo.
—Tudo foi planejado pra que eu conseguisse ir pra cama com você. Estava morrendo de vontade de saber como você era na cama, e pra isso eu tive que até contratar três atores pra te amedrontar naquele beco nojento. E você caiu como se fosse uma patinha.—Juan explica, achando tudo muito engraçado. O olhar de puro horror e dor de Lia parece divertir as três pessoas perversas que estão na sala.—Foi um descuido você ter engravidado. Mas agora vamos dá um jeito nisso. Valentina está grávida, é com ela que eu vou ter um filho.
Descendo o olhar para a barriga da até então melhor amiga, Lia constata que Valentina estava realmente grávida. A barriga estava estufada não por comida, mas sim por um bebê.
—Pode tirar doutor.—Juan dá a ordem.
—Não! Não! Não! Minha filha não.—Lia tenta se debater, mas é em vão. Mais três pessoas entram na sala, uma delas empurrando um carrinho repleto de objetos cirúrgicos.—Por favor Juan, não permita que tirem minha filha de mim.
Enquanto de debatia, Lia assisti ao seu próprio parto prematuro. Sente toda a dor crua, quando o bisturi corta a carne, as camadas do abdômen até chegar no tecido do útero.
'Eu juro. Que em outra vida eu farei vingança. Farei que cada um pague por todo o sofrimento que estou sentindo agora: o médico, Juan e Valentina. Todos irão me pagar. Pela minha morte e pela morte da minha filha.'
Lia jura para si mesma, enquanto vai apagando aos poucos, perdendo sangue e tendo a bebê retirada de dentro da sua barriga. Lia morre na mesa, ali mesmo, sendo assistida pela pequena platéia.
—Vamos colocar o corpo dela em qualquer esquina. Ninguém vai querer esse lixo mesmo.—Juan cospe no rosto da mulher que jurou amar.
E assim fazem. Pegam o corpo sem vida e desovam num beco, tendo a precaução de ninguém ver. Um crime perfeito.
Lia fica ali, com o vestido abaixado e cobrindo o corpo grande e profundo, por onde saiu a bebê. O sangue ainda escorre, mas é quase imperceptível. A bebê não foi desovada no mesmo lugar. Logo após nascer, foi morta também.
Juan sem remorso nenhum, com uma frieza, viu a filha morrer aos poucos e não faz nada. Valentina, com o instrumento afiado, matou a pequena, com um único golpe certeiro no coração.
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Atualizado até capítulo 91
Comments
Alessandra Portechel
que horror gente
2024-04-15
1
LadySillver34
ahhhhh!!!!!
não 😞 🚫 aguento não
2024-01-23
0
LadySillver34
Deus, quanta crueldade, doe, mesmo sabendo que só uma história inventada
2024-01-23
1