NARRAÇÃO: RYAN
Um mês se passou e eu trabalhando como um escravo, não aguento mais essa falta de grana, não aguento mais essa Lúh chata, direto no meu pé. Tenho que pensar em algo urgente, tenho que recuperar meu dinheiro e por último tenho que deixar de ser o assistente da secretária.
— Ryan, pode passar no RH e pegar seu contracheque!
Diz ela cordialmente.
— Uau! Aprendeu o meu nome?
Digo com um sorriso zombeteiro.
— Engraçadinho e vê se não chegar atrasado amanhã.
Articula ela pausadamente, empinando o nariz perto de mim ao pegar sua bolsa.
Fomos ao RH pegar nosso salário eu estava radiante, trabalhei com cão agora vou poder usufruir do meu primeiro salário. Ao descer para o 10° andar o setor estava lotado de funcionários retirando seus holerites. Aguardo pacientemente pra quem esperou um mês pode aguardar alguns segundos.
— Animado com seu primeiro contracheque?
Virei-me e dei de cara com Luciana sorrindo ao lado de uma loira que também estava sorrindo. Aliás, todo mundo aqui estão sorrindo, quem não sorriria ao receber dinheiro? Dou um sorriso cativante para ela que chega a mostrar os dentes.
— Muito! Não vejo a hora de torrar tudo.
Faço uma reverência a fazendo revirar os olhos.
— Ah! Você não toma jeito.
— Ryan Cooper.
Chamou a secretária baixinha com cabelo espetado nas pontas.
— Sou eu.
Respondi me aproximando para pegar meu envelope. Sorri para Luciana me sentindo vitorioso, era meu primeiro pagamento, pagamento de verdade, já que nunca na vida tinha trabalhado. Ralei muito aqui mereço cada centavos. Ao receber sorri abrindo o cheque pousando bem na parte do valor meus olhos murcharam repentinamente, não acreditando no que via, dei duas voltas para trás.
— Há!... O quê significa isso?
Enfiei o papel na cara da secretária
— É o seu pagamento!
Diz ela lentamente como se fosse uma lesada.
— Onde está o pagamento?
Perguntei examinando meu contracheque mais uma vez, com a esperança de ter ocorrido algum erro.
— Bem aqui! — Ela apontou o dedo ao número perto do final da folha. Ela pegou o papel por um segundo analisou e depois me devolveu.
Deve ter ocorrido um engano, com certeza é um engano, espero impacientemente ela me confirmar esse equívoco.
— Está correto esse é seu pagamento. Esse é o valor que os assistentes recebem por serviço, normalmente não tem tantos descontos por atraso o seu bateu o Recorde.
— Isso aqui é uma merreca como você quer que eu sobreviva com isso? Eu gastei o dobro disso só na noite passada! Você acha esses trocados ser considerado pagamento?
— Ninguém duvida pela foto no site de fofas, pelo visto você se divertiu muito.
Diz Luciana se aproximando de mim, contemplando minha desgraça.
— Da para ficar quieta.
Ela sorriu cruzou os braços e deu de ombro.
— Não é tão pouco assim, você está fazendo drama vai!
— Não é?
Esfreguei o cheque em sua cara.
— Como vou viver com essa gorjeta? Não paga nem a despesa do meu carro.
— Livre-se dele uer!
Ela falou numa calma tão grande, que deu vontade de calar essa sua boca irritante com um beijo.
— O QUÊ você ficou louca eu me livrar do meu carro, você pirou? Não mesmo! Nunca!
Ela não parecia se preocupar com meu problema, estava se divertindo com isso e sua amiga também. Fechei os olhos pressionei as têmporas com os punhos, virei-me para a secretária do RH e disse:
— Preciso de mais dinheiro! Isso aqui é uma injúria contra minha pessoa!
— Sinto muito, não posso fazer nada a respeito disso. Tente não chegar mais atrasado, e não haverá tantos descontos.
— Chame o patife do Keven agora! Você sabe quem eu sou? Ryan Cooper dono de tudo isso aqui.
Bato as mãos na mesa com raiva.
— Para de se comportar com um idiota mimado, Ryan.
Disse ela sem rodeios me chamando atenção na frente de todos.
— Para de se intrometer na minha vida.
A olho ardiloso. Pego o cheque e saio bufando isso não vai ficar assim.
******
NARRAÇÃO: LUCIANA
— Esse Ryan e bem estressadinho Lúh, não sei como você aguenta ele o dia inteiro.
— Ah! Nem me fale eu tou por aqui de tanta confusão.
Pego meu cheque e logo depois Elisa pega o dela nós saímos do RH, assim que Camila entra, não gosto muito dessa mulher ela me parece muito grossa.
— Lúh você vai com o Matheo hoje?
— Ele me convidou e você vai com a gente?
— Não! Vou para aula de zumba daqui mesmo, tchau amiga até amanhã.
Me despeço da Elisa e vou atrás do Matheo, de quebra encontro o Cristian no corredor.
— Cristian você ainda por aqui?
— Oii Lúh, estava te procurando, vamos? Vou te levar Matheo teve um probleminha e pediu pra mim te deixar em casa.
Cristian pega na minha cintura me levando para fora da Cooper. Eu sorrio para ele e andamos até seu carro que estava garagem.
— Não precisava se incomodar Cristian!
— Não é incômodo, Lúh.
Ele abre a porta eu entro logo em seguida ele entra.
— Aceita sair comigo uma noite dessas para beber alguma coisa, Lúh?
— Há sim, claro! Quando você for cantar no bar Elisa me avisa!
Eu dou um sorriso meio sem jeito, ele me olha balançando a cabeça em negativo pressionando os lábios.
— Lúh eu quero te chamar para um encontro só eu e você, sem mais ninguém entende?
Eu levo um susto com as palavras do Cristian, ficando sem reação eu e ele? Isso foi um convite ele tá querendo algo a mais que amizade comigo?
— Eh! Você me deixou sem palavras agora.
— Aceita, vai? Eu não aceito um não como resposta! Lúh, por favor eu quero muito te conhecer melhor.
— Cristian… Eu não posso, a lembrança de Fernando ainda está presente em mim, eu não consigo esquecer ele mesmo depois de cinco anos ainda o amo.
— Lúh aceita… Eu não tou pedindo para você tirar ele de sua cabeça, já faz muito tempo que ele morreu e você ainda nessa. Aceita gatinha eu quero muito sair com você, a gente se diverte, tudo na calma sem pressa o que você diz?
Ele sorri eu não consigo dizer não.
— Okay! Eu aceito sair com você mais como um amigo muito legal ta bom?
— Aii! Como você é difícil eu aceito sua condição, mas vou te conquistar Lúh você vai ver.
— Cristian!
— Ok, não vou forçar, mas o que acha de irmos comer alguma em um restaurante, como amigos não quero te pressionar.
Eu mordi o lábio quase rindo, ele é muito insistente digamos que não desiste fácil. Creio que um jantar entre amigos cairia bem estou morrendo de fome.
— Ok, um jantar entre amigos.
Ressaltei, Cristian assentiu com a cabeça sorrindo. Depois de percurso relevante Cristian parou carro em frente a um restaurante nem um pouco modesto.
— Cristian podemos ir para outro lugar esse restaurante é muito caro.
Falei preocupada, um dos restaurantes mais requintados da cidade, pelos preços do prato certamente a comida vinha banhada a ouro.
— Não me ofenda Lúh, eu posso pagar além do mais, estou ganhando bem com a música, sem falar que recebi meu pagamento hoje.
Cristian segurou no meu ombro me guiando até o restaurante, logo a recepcionista veio nos atender e indicar uma mesa, Cristian fez questão de puxar a cadeira, enquanto nós avaliava o cardápio para fazer o pedido. Quando de repente uma voz familiar nos tira o foco, eu olho para as mesas atrás de mim, ao ver a gritaria que se forma e adivinha que eu vejo, justamente ele fazendo o que ele sabe de melhor se meter em confusão.
******
NARRAÇÃO: RYAN
Passei no meu restaurante preferido para jantar, estava morrendo de fome trabalhar cansa e como cansa, não quis comer em casa ou seria capaz de enjoar sentado na mesma mesa que Keven. Depois de repetir duas vezes e comer uma sobremesa dos deuses pediu para o garçom trazer a conta, entreguei meu cartão para ele e tomei o resto do vinho que havia na minha taça. E quase cuspi tudo fora quando ele me entrega o cartão novamente insatisfeito.
— Recusado senhor, este cartão está recusado!
Garçom falou sorriso complacente no rosto. Franzi o cenho peguei o cartão e dessa vez entreguei o visa e entreguei. Mas quando seus olhos se voltaram pra mim rápido e seu sorriso desapareceu, percebi que estava com problemas.
— Recusado também!
Ele me olha com cara feia dessa vez me dando o cartão.
— Não sei o que está acontecendo — Expliquei — Deve ser um erro no sistema ou alguma coisa assim, eu tenho limites nesse cartão!
— Que tal usar outra forma de pagamento?
Qual? Eu quis perguntar analisando minha carteira praticamente sem nada.
— Há...! Eu estava agora mesmo indo pro banco, você fica com esse relógio — Digo desabotoando o relógio e entregando a ele— Daqui a pouco eu venho com o dinheiro esse relógio vale uma nota.
— Escuta jovem, você não vai sair daqui enquanto não pagar o que deve. Então não pense em me enrolar ou eu chamo o gerente.
Fico em pé chateado o que esse velho pensa que eu sou um trombadinha?
— Ei! Olha pro meu porte! Tá na cara de que isso é um erro de banco, eu não tenho cara de quem da calote.
— Para falar a verdade tem cara sim, e se vestir bem não dá créditos a ninguém, você pode muito bem ter comprado esse terno em um brechó.
Diz ele com uma cara cada vez mais impaciente, era só o que me faltava ter comprado meu terno de griffe em um brechó!
— Você tá querendo dizer que eu andei pegando emprestado esse terno? Meu filho quem emprestaria um termo colcci?
— Fique aqui! Me de as chaves do seu carro, preciso me assegurar que você não vai fugir. Eu irei chamar o gerente não se mova.
Ele praticamente arrancou as chaves da minha mão, as sacudindo o chaveiro com a coelhinha da playboy saiu cambaleando.
— Epa! Me devolva já estas chaves! Tentei pega-las de volta.
— O que está acontecendo aqui?
Perguntou um homem todo engravatado me parece ser o gerente.
— O rapaz encheu a barriga e não tem dinheiro para pagar a conta, agora quer as chaves, se eu entregar com certeza ele sai sem pagar a conta.
— Eu não vou fugir eu já disse! E ele quer ficar com a chave de meu carro.
Objetei irritado encostando na cadeira.
— Me devolva essas chaves agora não me obrigue a te machucar.
Digo furioso partindo para cima dele que me empurra.
— Paga o que deve e eu te devolvo!
— Parem com isso vocês estão assustando os clientes, e você rapaz paga logo antes que eu o coloque pra lavar os pratos.
Avancei sobre ele, mas uma voz rígida e doce me fez olhar para trás.
— Problemas, Ryan?
Não acredito ela não! Só pode ser um castigo.
— Precisa de ajuda?
Uma de suas sobrancelhas se arqueou, ela tentava esconder o sorriso, mas estava lá, em suas palavras em seu jeito debochado de me ver entrando em confusão.
Endireitei-me, ficando ereto com o máximo de dignidade que podia unir.
— Claro está tudo sobre controle.
Digo tentando tirar ela da conversa, a posicionando para sair do meio da baderna.
— Me solta Ryan, AGORA!
Ela ordenou, de repente o garçom começa a soltar o verbo.
— Ele pediu duas porções do jantar, entrada, sobremesa e um vinho tinto da coleção de 1889, agora tá querendo dar uma de esperto e sair sem pagar a conta.
Disse o garçom.
— Não é nada disso, eu vou pagar assim que puder seus carniceiros.
Digo revoltado, quando o gerente chega outra vez, mas dessa ele estava acompanhado de um de um segurança.
— Vamos rapaz você vai ser encaminhado até a cozinha, não vamos mais bater boca aqui. Você vai pagar essa conta lavando toda a louça da noite!
— Eu não vou a lugar nenhum vocês sabem quem eu sou?
— Um pilantra que quer passar a perna na gente, isso eu já saquei.
Já tá me dando uma raiva desse idiota, me assusto quando o segurança me pega pelo braço.
— Me solta! Eu não vou há lugar nenhum.
— Quanto ele deve?
Lúh quis saber, se dirigindo ao garçom e ao gerente me ignorando propositalmente, quando o cabeludo que estava com ela abriu a boca pela primeira vez.
— Lúh você não vai fazer isso! É assunto dele você não pode sair gastando seu dinheiro assim.
Cristian reclama, enquanto ela parece não ligar. Ela abre a bolsa pegando o dinheiro enquanto o gerente mostra o total que eu estou devendo.
— Isso tudo? — Pergunto em choque dando o dinheiro pra ele, e lá se foi meu dinheirinho eu não podia deixar esse idiota ir preso, certo?
Me viro para ele que levanta a cabeça no estalo e me encara.
— Agora entendo seu desespero hoje mais cedo, quando recebeu seu contracheque. Um terço do salário só da para seus mimos e ou outro para seu carro certo?!
O garçom me lançou um último olhar acusador e me devolveu minhas chaves.
— Da próxima vez acho melhor você comer churrasquinho de gato.
O playboy metido a emmo falou me sacaneando.
— Vai se danar!
Gesticulei um ato obsceno para ele, fazendo Lúh revirar os olhos.
— Oh! Ryan, você ta ferrado! — Digo com toda certeza, o seu dinheiro de assistente nunca séria o bastante pra ele e seus luxos.
— Obrigado Lúh, mais não precisava ter se interferido eu ia dar meu jeito.
— Que jeito? Você estava prestes a ser levado para lavar pratos até o amanhecer. Queria ver o jeito que você ia dar.
O cara que estava com ela tal segura na sua mão e fala:
— Vamos pedir nosso jantar Lúh?
Olho para ela que me olha, e olha para o cabeludo, será que eles são namorados? Ele me olha com uma cara não tão boa assim, e fala algo no ouvido dela a pegando em sua cintura, não sei porque eu senti uma raiva tão grande dele nesse momento.
— Tchau! Ryan vai na sombra!
Diz ela se afastando com ele, eu fico parado vendo ele segurar na cintura dela. Dou um chute no chão que chego a soltar uns gemidos de dor, acompanhado de uns palavrões.
— Aiií que puta merda, isso doeu!
Me viro e lá está o desgraça do segurança me encarando de novo. Sai logo desse restaurante antes que ele invente mais alguma coisa e vou embora.
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Atualizado até capítulo 51
Comments
Maria Das Neves
ele vai aprender da valor as coisas da pior maneira
2024-07-09
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Solange Coutinho
A foto dele no inicio ele tem 18 anos
2023-11-27
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Cida Oliveira Alves
Ele deveria ter uns 25 anos pra estar formado e na foto lá no início parece q tem 16anos.
2023-09-13
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