Capitulo 4

Jônatas 

Resolvo ficar uns dias sumido, preciso pensar e refletir em tudo o que vai acontecer comigo daqui para a frente, durante a noite eu saio sem dar maiores explicações, vou me refugiar em uma pequena cabana, no meio do nada que comprei de uma senhora que precisava de dinheiro para voltar para a sua terra natal. Ali eu mobiliei e estoquei comida, uma cabana até simples e humilde, não há luz elétrica, a água se tira de poço, tenho provisões aqui para, mas de uma semana mais só pretendo ficar por alguns dias só, para mim pôr a minha cabeça no lugar. A vontade que tenho agora é fugir para longe, porém meu pai é um homem de posses e muito influente, com certeza me acharia aonde quer que eu me esconda para assinar esse maldito contrato de casamento.

A cabana para onde estou indo é de difícil acesso, não da para chegar nela de carro, então peguei o meu cavalo alazão, peguei algumas roupas e fui para a cabana ficar isolado por esse período já que o casamento será na semana que vêm.

_Não serei um noivo fugitivo do altar, isso não seria humilhar demais a jovem e isso eu não quero jamais, o fato é que eu vou conviver com uma garota que mau conheço e para mim será muito constrangedor consumar esse casamento. Quando eu estudei na Rússia eu tive algumas namoradas e se tinha alguma intimidade era com o devido carinho e respeito. Não sei como meu pai descobria os meus relacionamentos, mas quando isso acontecia, a jovem se afastava de mim sem explicações, e isso me deixava muito arrasado. Aconteceu isso umas três vezes depois que completei 18 anos até que um dia recebi um telegrama de meu pai no qual eu parasse de namorar as russas e focasse em meus estudos, e jamais em hipótese nenhuma eu esquecesse que tinha uma noiva, e que era para mim respeitá-la.

Respeitar como se nunca vi o rosto dela, fiquei com muita raiva e fiquei meses sem falar com meu pai. Não mantive relacionamentos com ninguém e quando eu precisava me aliviar eu procurava uma casa de conveniência e ficava lá a noite toda, comendo, bebendo e transando.

Pois até isso meu pai descobriu e um dia eu fui barrado de entrar, pois um empresário do Brasil havia pago uma grande quantia em dinheiro.

Meu pai estava dificultando a minha estadia na Rússia, não podia namorar, beijar, ficar e muito menos transar com uma mulher da Rússia que meu pai ficava sabendo de tudo.

Alguém descobria e batia a letra para ele.

Cheguei a pensar que era alguém da Universidade quem passava tudo o que eu fazia para o meu pai.

Descartei a ideia quando ele veio me visitar em Moscou.

_Jônatas, eu vim te  visitar para lembrá-lo que você tem uma noiva no Brasil, aqui eu tenho um informante bem pago para me mandar o que você apronta aqui. Então trate de entrar na linha.

_Pai, o senhor está tornando minha vida impossível aqui, não posso sair e beijar uma garota que o senhor já fica sabendo de tudo.

_Você vai se casar Jônatas, eu não posso namorar para casar com a vadia que a família Borba Gato guarda para mim.

Levei um tapa no rosto. 

_Sua noiva não é nenhuma vadia, Jônatas mais respeito com ela.

_Se ela é tão boa assim, fica o senhor com ela e a faça sua meda!

Meu pai me deu um soco no rosto e foi embora, na semana seguinte eu tive que economizar na comida e gasto porque meu pai não mandava dinheiro e quase que fiquei sem nada para comer na faculdade em que eu estava. Lá e comum os quartos e eu dividia o meu quarto com um vietnamita, que se compareceu de minha situação e me ajudava com alimentos e produto de higiene que até isso meu pai me negou.

Passado a semana seguinte me mandou dinheiro e tô telefone disse para eu esquecer das mulheres de Moscou, pois eu tinha uma noiva no Brasil.

Nossa, meu pai, uma noiva que tenho a muitos anos e não sei o nome dela.

E serei forçado ame casar.

Quando me formei voltei ao Brasil e já vim preparado para cumprir a exigência das duas famílias, me casar com ela, uma mulher, fantasma para mim.

Passo a trabalhar para o meu pai e dou fora nas moças que se aproximam de mim, se não o faço, meu pai se encarrega pessoalmente de falar com a jovem que no dia seguinte nem olhava para a minha cara.

No começo foi difícil, mas conforme o tempo foi passando as moças não se aproximavam de mim e pode ter certeza que nesta proeza tem dedo do meu pai.

A fazenda dos pais de minha noiva fica a uma hora da dos meus pais, mas eu fui terminantemente proibido de ir até lá para conhecê-la. 

_Não posso nem ver de longe pai?

_Não, você já fez muita burrada quando estudava em Moscou, mantenha esse pinto dentro das calças, para usá-lo com a sua esposa.

_Até que não foi ruim, você sair com as russas vai saber não machucar a sua mulher.

_Pai, você é nojento. 

_Não sou, não disse nada que você já não saiba, quando uma moça é virgem mesmo sendo sua esposa você tem que ir com calma prepará-la antes, se for já na intenção de cometer o ato você vai machucar muito a moça e eu espero que você seja homem e não cafajeste.

_Para pai se trata de minha intimidade.

_Não, Jônatas se trata de ter respeito por uma mulher.

Guardei essas palavras de meu pai sim respeito e a chave de tudo, mas eles estão respeitando a minha vontade e a vontade dessa moça nos forçando a nos casar?

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