Depois de Ashley me oferecer, vejo minha amiga ir conversar com o meu irmão. Queria ser uma mosca pra ouvir o que eles conversam, esses dois não me enganam. Se amam e, não aceitam isso, ou não veem que formam um belo casal.
Após algum tempo, acabo cochilando no sofá, aquelas doses me derrubaram. Acordo com minha mãe me chamando:
- Filha acorda! Ash e Austin estão te esperando no carro. Eles tentaram te chamar, mas, você não tava acordando! Isso é que dá encher a cara! Anda!
Levanto um pouco tonta, e vou em direção do carro dele. Bato no vidro, e Austin fala:
- Finalmente, entra Jane.
Tento me acomodar no banco de trás, mas Ash estar ocupando o banco inteiro dormindo, folgada. Vou ter que ir no banco da frente, ao lado dele. Que não tira seu olhar de mim:
- Demorou um pouco, parece que o uísque te pegou.
Jane:
- Pegou mesmo, bebi demais.
Sento e coloco o cinto de segurança. Durante o percurso, quando parava nos semáforos, Austin me olhava com malícia. Se não tivesse tão triste, "dormiria" com ele hoje. Entretanto, minha noite foi arruinada e, tudo que me resta é tomar um banho e, ir dá continuidade ao meu sono.
Depois de trinta minutos, chegamos ao destino, ele se despede da irmã e de mim. Mas, antes de ir embora, me entrega um cartão com o número de telefone dele, guardo na bolsa. Nós duas subimos pro nosso apartamento, e fomos cada uma pro seu quarto.
Chega o dia de pedir demissão da boate em que trabalho, outro dia ruim. Tudo isso, para não perder minha herança. Sr. Scheffer jogou sujo, esse desdobramento inteiro por algo banal, uma tradição ridícula de família. Odeio escritório e, usar aquelas roupas sociais tristes, me forçar a trabalhar no que não gosto foi uma atitude de pessoa controladora, nunca vi o meu pai agir assim. Ele era mais liberal que a minha mãe, agora provou que aquilo era só um lado dele.
Entro na boate, e pergunto a Richard, um dos meus ficantes, e também gerente da casa noturna, se o patrão, Sr. Rayger estar:
- Boa Tarde, Richard. O chefe tá aí?
Richard:
- Boa tarde, ele chega daqui a pouco. Posso saber por que quer falar com ele?
Jane:
- Mau humor? Tenho um assunto urgente.
Richard:
- Urgente?
Jane:
- Vim pedir as contas, a famosa demissão.
Richard:
- O quê?! Por quê?
Jane:
- Meu pai quer que eu trabalhe, lá empresa dele.
Richard fica visivelmente chateado e diz:
- Entendo, já passei por isso. Meu pai fez o mesmo comigo.
Jane:
- Pais né, como compreendê - los?
Richard:
- Vou sentir sua falta, Jane.
Jane:
- Tem o meu número, é só mandar mensagem ou ligar.
Richard:
- Vou sentir falta da gente aqui. Dava uma adrenalina, era bom demais.
Jane:
- Mas vai sabendo que não tem repeat.
Richard:
- Sei, semana passada foi o quê?
Jane:
- Recaída, Rick. Acontece.
Richard:
- Acho que viciei em você.
Jane:
- Pois vai se tratar, cara. Você vai conhecer alguém melhor que eu, só não se emociona demais no início.
Richard:
- Espero que sim, gosto bastante da sua companhia no trabalho. Da zoeira, vai fazer falta.
Jane:
- Também vou sentir saudades daqui.
Richard:
- O meu pai tá no trânsito, já ele chega.
Jane:
- Vou esperar aqui.
O meu celular toca sem parar, atendo no sexto toque:
- Alô, quem é?
Max :
- Sou eu, seu pai.
Jane:
- O que o senhor quer?
Max:
- Espero que esteja fazendo o combinado.
Jane:
- Claro, majestade. Estou cumprindo minha parte, é só isso? Preciso desligar.
Max:
- Queria que entendesse que só quero seu bem.
Jane:
- Não vou discutir por ligação, o senhor sabe que estar sendo autoritário. Tchau.
Desligo, e Richard pergunta:
- Problemas?
Jane:
- O mesmo de sempre, meu pai me obrigou a trabalhar com ele.
Richard:
- Boa sorte, Jane. Meu pai já chegou, pode ir lá no escritório.
Jane:
- Obrigada, Richard.
Subo até o escritório, na parte superior da boate:
- Boa Tarde, com licença, posso falar com o senhor?
Sr. Rayger:
- Claro, entre senhorita Scheffer. Meu filho ligou dizendo que estava à minha espera. Sente - se, o que houve?
Jane:
- Sr. Rayger, vim pedir demissão. Vou ter que sair do emprego.
Sr. Rayger:
- Demissão? Por quê?
Jane:
- Preciso sair, porque vou ter que ir trabalhar com o meu pai.
Sr. Rayger:
- Entendo.
Jane:
- Não vou poder cumprir o aviso prévio, pode descontar os trinta dias dos meus direitos.
Sr. Rayger:
- Tudo bem, srta. Scheffer. Vou sentir saudades da melhor bartender da casa.
Jane:
- Obrigada, sou muito grata por ter me dado a oportunidade de trabalhar aqui. Tô saindo com uma dor no coração, afinal amo trabalhar com isso. Mas, ciclos se encerram mesmo quando não queremos.
Sr. Rayger:
- Boa sorte, srta. Scheffer. Vou imprimir os documentos para a sua demissão, aguarde um pouco.
Uma hora e meia depois, finalmente assinei minha demissão. E, meus direitos já foram depositados. Agradeci novamente o Sr. Rayger e, saí da sua sala. Na saída, todos os funcionários, até os que não iam com minha cara, foram se despedir de mim. Richard é o último:
- Foi muito bom trabalhar com você, e te conhecer. Vai fazer falta aqui, boa sorte na sua nova jornada.
Ele me abraçou forte e disse:
- Não quero perder o contato, hein. Até logo, Jane.
Jane:
- Obrigada, Richard. Obrigada, pessoal, vou sentir falta de vocês. Obrigada por virem se despedir de mim, amo vocês.
Saio, entro no meu carro e decido ir à praia. Olhar o mar me acalma, e me tranquiliza, eu adoro e super recomendo. Não vou entrar nele, porque, não estou com roupa adequadas; todavia, sentir a brisa do mar indo de encontro com os meus cabelos, é indescritível.
De repente, alguém me assusta tocando minhas costas, olho para ver quem é o infeliz que fez isso, e é a minha amiga Vivienne:
- Ai, vagabunda! Quase me matou de susto.
Vivienne sorrir e fala:
- Pensou que era algum ficante. Se arrepiou toda.
Minha amiga solta uma risada, respondo:
- Não, né engraçadinha! Me arrepiei de susto, porra. Quase me mata do coração! E aí, como vai?
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Atualizado até capítulo 80
Comments
Maria
amé muito
2023-07-14
1
Maria
amé
2023-07-14
1