Pego o meu sobrinho no colo, e o bebê sorrir para mim, e digo:
- Você gosta da tia? Que fofo. Da próxima vez, vou trazer presentes pra você, fofura.
Marvin é um neném muito fofinho, e um pouco chorão. Mas, no meu colo estar calmo. Foi uma surpresa, quando soube que seria tia, todos ficaram. Minha irmã acabara de se divorciar do pai dele, quando descobriu estar grávida. Apesar de tudo, o pai de Marvin sempre vem vê - lo, presente na vida do pequeno.
A história dele se parece um pouco, com a da sua mãe. Dona Lindsey descobriu estar grávida do meu pai, durante o divórcio dos dois. Parece que a história se repetiu.
Sr. Scheffer chama todos para se servirem na sala de jantar. Escolho a cadeira à esquerda do meu pai, depois Jayden, Austin, Ashley; Kimberly se sentou à direita da mesa, com a cadeirinha do bebê do lado, seguida por minha mãe e o marido dela, Nicolas Rodger, os pais de Ash, e os acionistas de ambas empresas.
No entanto, antes de servir o jantar, o meu pai resolve conversar comigo em particular, sinto que vai ser agora que vou me ferrar. Sei que não fiz nada de errado, sou adulta, me sustento, sou independente. Entretanto, o meu pai nunca aceitou o fato de ter saído da empresa da família. Ele diz:
- Podem servir a entrada sem mim, preciso conversar com você, Jane. Em particular.
Questiono a sua afirmação, dizendo:
- Só eu? Por quê?
Max:
- Anda logo, preciso falar com você filha, a sós. No escritório, vamos.
Fico um pouco pálida, e o meu irmão me fala:
- Força, Jane.
Vou ao escritório, e fico aguardando a boa vontade do meu pai. Depois de alguns minutos, Sr. Scheffer surge:
- Desculpe a demora, filha.
Jane:
- O que o senhor quer? Sem rodeios.
Max:
- Tudo bem, então, quero todos os meus filhos trabalhando na empresa. Jayden já trabalha lá, falta você e a Kimberly; a sua irmã tem uma empresa própria com Lindsey e Nicolas Rodger, não pode trabalhar nas duas em simultâneo, então, só irá comparecer a reuniões com os acionistas e conselho da Scheffer Inc. E você, é uma bar tender e estar a cursar uma segunda graduação. Pode muito bem conciliar a empresa, e o seu curso.
Jane:
- Sim, mas onde o senhor quer chegar? Sabe muito bem que, a minha última experiência naquela empresa, acabou com a minha saúde mental. Ali, descobri que Administração não era pra mim.
Max:
- Você nunca me contou o que aconteceu lá, pra você ficar tão mal! Só abandonou o emprego, e viajou para a Austrália. Sei que aconteceu algo, mas nunca vou saber, porque você não me conta.
Jane:
- Que diferença faria se eu contasse? Não mudaria nada, isso é passado, e tem que ficar lá, pra quê ficar desenterrando essa historia?
Max:
- Isso ficou bem mal resolvido, mas sei que seria muito difícil, quase beirando o impossível. Convencer você voltar, saiba que não me deu outra escolha. É o seguinte: ou volta a trabalhar na empresa, ou vou retirar o seu direito à herança. Não terá o seu nome no meu testamento, nem as suas ações na siderúrgica.
Jane:
- O quê? É brincadeira né?
Max:
- Não é brincadeira, é sério.
Jane:
- Isso é um absurdo! Não pode me chantagear desse jeito!
Tento me levantar para sair dalí, mas Sr.Scheffer intervém:
- Eu não terminei a conversa! E isso não é chantagem, é uma condição que legalmente posso colocar para receber a herança.
Me sento novamente, e ele continua:
- Não precisa reagir assim.
Jane:
- Não precisa? O senhor sabe que eu odeio trabalhar na empresa. Tô tranquila e sem estresse no meu novo emprego. Por que isso, pai?
Max:
- Essa é a condição, o que irá decidir?
Jane:
- Por que estar fazendo isso?
Max:
- Porque, ninguém vai herdar sem ter esforço. O meu pai fez a mesma coisa, meu avô, meu bisavô. Desde sempre os Scheffers impõem isso, é uma tradição familiar, e eu não serei excessão. Então, o que vai ser? Quero a sua resposta.
Jane:
- Mesmo eu considerando isso uma injustiça, vou… vou me submeter à isso. Voltarei a Scheffer Inc.
Max:
- Não entendo essa sua repulsa por esta profissão? Era assistente, e tenho certeza que não era ruim assim. Sei que o jovem Eric pega um pouco pesado, mas, isso não motivo para pedir demissão. Você estar escondendo algo, me diz o que aconteceu? As vezes, fico a especular o que houve entre você e Eric? E que causou a sua saída? Tiveram um caso? Fala a verdade, sou o seu pai, e não vou fazer nada contra você ou Eric, porque isso já passou.
Jane:
- Nunca aconteceu nada entre mim e Eric. Acontece que eu não gosto dessa profissão, descobri na prática que não era minha praia, só isso. Minha convivência com ele era ruim profissionalmente, mas, não tenho nada contra ele. Pessoalmente, só nos conhecemos do trabalho, ele para mim sempre foi um colega de trabalho, e chefe chato.
Max:
- Para qual área irá?
Jane:
- Que área tem? Não quero ir para a de finanças.
Max:
- Pode ser no RH?
Jane:
- Tudo bem, vou pro RH.
Max:
- Não fique triste assim, você vai se adaptar.
Jane:
- Tenho um pedido, só posso meio período. À tarde tenho faculdade.
Max:
- Mude de horário, faça à noite.
Jane:
- Ok.
Saio cabisbaixa e pisando forte, bato à porta com força. Que p0rr4, o meu pai não entende nunca. Sabia que este jantar seria indigesto para mim, estragou a minha noite. E, para piorar, Vivienne me liga para avisar que, a resenha foi cancelada. Após Karina sofrer um acidente de carro, e quebrar duas costelas, tomara que ela fique bem. Ash aparece preocupada, hoje a noite vai ser longa. No corredor, se depara comigo, chorando um pouco:
- Karina vai ficar bem, não fica assim.
Jane:
- Ash, não estou assim só por causa da nossa amiga.
Ash:
- O que aconteceu?
Jane:
- O meu pai tá me forçando a retornar a trabalhar na empresa. Se não vai me deserdar.
Ash:
- Que merda amiga, se ele soubesse de tudo não faria isso. E agora?
Jane:
- Vou ter que voltar pra lá.
Descemos e voltamos para a sala de jantar, que vai ser servido. O meu pai decide falar para todos, o porquê desse jantar de negócios:
- Agradeço a todos pela presença nesta noite. Para anunciar uma novidade com Briant Simons e Austin Simons, anuncio a fusão das empresas Simons Interprises e Scheffer Inc. Juntas foram o Grupo Simons & Scheffer Interprises LTDA.
Briant:
- Assinaremos os documentos da fusão no final do jantar.
Austin:
- Serão nomeados futuramente o novo presidente do grupo, e o vice - presidente, e novos diretores dos diversos setores.
Todos aplaudem, decido seguir o rebanho. Gostei dessa fusão, pelo menos vou trabalhar na mesma empresa que Austin. Vai ser uma prova de fogo, não queria repetir a história. Porém, fora da empresa podemos ter algo. Dentro, nunca.
Em seguida, todos sentam - se e são servidos, antes disso, mudei de lugar para sentar o mais longe possível do meu pai. Consegui trocar de lugar com Kimberly; coincidentemente ou não, Austin se senta do meu lado direito, Ashley à esquerda, depois mamãe, Nicolas Rodger, Sr. Briant e a sua esposa, e alguns acionistas que chegaram depois. O irmão de Ash pergunta somente para mim:
- O que houve? Estar tão calada?
Jane:
- Um problema, mais um para minha grande coleção. Só me f0d0 nessa m3rd4, e no pior sentido.
Austin:
- Seja lá o que for, você vai conseguir enfrentar isso com muita coragem. É forte, se quiser falar sobre, estou aqui para te ouvir.
Jane
- Obrigada, preciso de tequila. Que a noite vai ser longa e chata.
Ash:
- Não vai comer, amiga?
Jane:
- Perdi o apetite.
Os presentes aqui começam a comer. O meu pai percebe que não toquei na comida, e diz:
- Não vai comer, filha?
Bufo e, respondo:
- Não, eu perdi o apetite.
Max:
- Deixa de agir feito criança.
Jane:
- Agora deu pra me constranger na frente de todo mundo?
Minha mãe tenta apaziguar:
- Para com isso, Max. Deixe - a, ela perdeu o apetite acontece.
Max:
- Jane, entenda que quero o seu bem e, que tenha um futuro bom.
Jane:
- Bom pra quem? Pro senhor? Só se for! Já chega!
Levanto, pego a minha bolsa e, vou em direção a saída da mansão. Sinto alguém me seguindo, noto que Austin veio atrás de mim:
- Pra onde você vai?
Jane:
- Eu vou pra casa, quero ficar bêbada e esquecer da minha vida por um tempo.
Austin:
- O que estar acontecendo?
Jane:
- Simples, o meu pai tá me forçando retornar para a empresa. Ou volto, ou ele me deserda.
Austin:
- Que situação, olha tenta não ficar assim. Não deixa isso te afetar assim.
Jane:
- Ele quer a minha infelicidade. E, ainda me constrange desse jeito na frente de todos. Não sou fria pra fingir, que não aconteceu nada. Não sou assim.
Austin:
- Eu sei, Jane. Tenta se acalmar um pouco, vamos voltar?
Jane:
- Pra mim essa noite já deu, o que tinha que dar.
Austin:
- Já, já a fusão será assinada e acabou vai ser rápido.
Jane:
- Tudo bem, vou sustentar isso até sair daqui. Vai indo que já vou.
Austin:
- Você ainda estar triste, não gosto de ver você assim. Gosto de ver você alegre, sorridente e zoando sempre com os seus amigos e irmãos.
Jane:
- Há dias bons e ruins, hoje é um ruim.
Austin se aproxima, e pergunta:
- Posso?
Jane:
- Abraço? Pode.
Nos abraçamos, estava bem triste, cansada, bad vibes total. Essa noite acabou comigo, e com o meu bom humor. Então, aceitei o abraço dele, o perfume dele é muito bom. Se fosse outro dia, rolaria algo à mais entre nós, no entanto, o clima hoje está péssimo:
- Obrigada por me ouvir, Austin.
Ash aparece e fica a sorrir, e me questiono há quanto tempo ela estar aqui? Será que viu o abraço? Tomara que não pense bobagem, mas conhecendo a minha amiga, como conheço isso vai ser difícil. Ela diz:
- Desculpa cortar o clima de casal, mas todos estão a esperar vocês voltarem.
Jane:
- Casal? Já tá bêbada?
Austin:
- Não posso abraçar uma amiga, é cada uma viu.
Ash:
- Sei, pode abraçar a sua "amiga". Não magoe ela, se não vai se ver comigo, maninho. Vamos gente, voltar.
Jane:
- Magoar? Tá de brincadeira? Sou de todo mundo, mas não me apego a ninguém.
Austin:
- Ash, você bebeu? Até parece.
Retornamos, e eu dou uma passadinha na mesa de bebidas, sirvo-me com uísque sem gelo mesmo, quero mais é ficar bêbada logo, e dá o fora daqui. Jayden aparece e, diz:
- Cuidado Jane, não exagera.
Jane:
- Relaxa, eu sei o que tô fazendo.
Jayden:
- Espero que saiba mesmo.
Jane:
- Sim, senhor papai.
Jayden revira os olhos, e dou risada. Dona Lindsey diz:
- Como você estar, filha? Fiquei preocupada.
Minha mãe ficou preocupada de verdade, afinal, sou sua filha. Digo:
- Tô péssima, mas nada que não vá passar.
Lindsey:
- O que ele te falou para você voltar?
Jane:
- Quem?
Lindsey:
- Austin Simons, vi bem o jeito que ele te olha. Faço gosto, vocês juntos.
Jane:
- Até a senhora?
Kim diz:
- Ele te quer, ficou todo preocupado com você, quando saiu. Impediu a Ash de ir atrás de você, e ele mesmo foi. Eu e o meu ex começamos assim, conversando.
Lindsey:
- Não exagera na bebida, viu Jane.
Jane:
- Não vou exagerar.
As duas se afastam, e tomo todo o conteúdo do copo, coloco mais bebida de novo. Minha melhor amiga aparece, e fala:
- Jane, é melhor parar de beber assim.
Jane:
- Só mais esse e acabou. Queria ir embora, os meus pés doem.
Sr. Scheffer reúne todos na sala de estar, Jayden, Briant e Austin vão à frente e assinam a fusão. O meu pai discursa:
- Um brinde ao Grupo Simons & Scheffer Interprises.
Todos brindam com champanhe, e eu com Bourbon sempre. Austin anuncia:
- Uma reunião com todos os acionistas do grupo vai ser segunda-feira. Nela serão anunciados e nomeados os novos comandantes. Mas, já adianto que eu e Jayden Scheffer seremos os novos presidente e vice-presidente do grupo; na direção-geral de finanças, Eric Ludwig. Um brinde pessoal.
Empolgada somente pelo álcool, brindo novamente com a minha bebida. Na minha mente vem a questão: que cargo ocuparei? Será que serei assistente de novo? Pelo menos não trabalharei no financeiro, não terei contato Ludwig. Porque se fosse isso de novo, prefereria ser deserdada. E amanhã, vai ser duro me demitir do meu emprego que amo. Ashley comenta:
- Estar feita a fusão, amiga queria tanto que trabalhasse no meu setor.
Jane:
- Queria também, mas não sei desenhar, não é meu forte.
Ash:
- Vai querer carona?
Jane:
- Sim, tô exausta.
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Atualizado até capítulo 80
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