No decorrer dos dias, Nicolau e Trindade se aproximavam cada vez mais, sobre os olhos atentos dos olheiros para que não houvesse intimidades entre eles antes do casamento, Clhoe e Ceci trocavam algumas palavras, se tratavam educadamente porém nada demais.
Nicolau: Clhoe o que você acha de irmos passar o fim de semana na casa de praia?
Clhoe: Se o papai deixar...
Nicolau: Esse fim de semana ele e meu pai estarão viajando para Europa a negócios, então não seremos o centro da atenção e podemos pedir pra sua mãe ir conosco.
A mãe de Clhoe, Laila, casou com Jeremias aos 16 anos, forçada pelo seu pai, chefe do clã Sebis, era apaixonada por Jenis pai de Nicolau, irmão mais novo de Jeremias, nunca foi feliz no casamento, tratada pelo marido como uma fútil, vive bebendo.
Jeremias e Jenis viajaram e deram permissão para irem com Laila para casa de praia com Madalena a governanta da casa e dois seguranças.
Foram duas horas de viagem até a casa de praia, Nicolau fazendo suas piadas, provocando Clhoe, e Trintade, enquanto Ceci no seu mundinho, pensativa, fotografando tudo que via pela Br.
Clhoe: Você Adora fotografar né?
Ceci: Sim, é minha paixão, me faz ver o mundo de outras formas e cores, o que é feio fica bonito, o que não tem cor, fica colorido.
Clhoe: Você não gosta muito de conversar?
Ceci: Olha fica vermelha e da de ombro encosta a cabeça na janela do carro e fica observando a paisagem.
Chegaram a casa, uma linda casa de dois andares, de madeira, com piscina na frente e toda de vidro, subiram cada um para seu quarto e se instalaram. Madalena preparou um lanche para eles e foram todos para piscina. e lá ficaram até anoitecer. Laila já estava bêbada, então Nicolau e Clhoe a colocaram no quarto. Nicolau chamou as meninas para fugirem dos seguranças e irem fazer um luau só os quatro na praia. Sorrateiramente Nicolau rouba um vinho e vão para a praia, acendem uma fogueira e ficam conversando.
Trindade: Eu quero me dar um gole desse vinho Nick.
Nicolau: Toma,
Eles bebem e saem juntos caminhando pela beira da praia deixando só Clhoe e Ceci na fogueira. Ceci bebe todo o restante do vinho que restou na garrafa e Clhoe só observando.
Ceci: Você quer?
Clhoe: Não , Não bebo.
Ceci: Bom que sobra mais abrindo outra garrafa.
Clhoe: Porque você é tão grosseira comigo?
Ceci: Porque sei que você não me queria na sua casa, e nem eu queria está, nem na sua nem na do meu tio, mas só posso voltar para minha casa quando completar maior idade.
Clhoe: E quem te disse que não te quero na minha casa?
Ceci: A forma que você me trata e me olha.
Ao dizer isso, Ceci começa a vomitar, pois não estava acostumada a beber tanto, Clhoe se aproxima perguntando se ela está bem, segurando seu cabelo, e ela mandando se afastar e sai correndo cambaleando para perto da água do mar, e Clhoe a segue.
Clhoe: Você não está bem, calma eu te ajudo.
Ceci: Não preciso da sua pena, nem da sua nem da de ninguém, sei me cuidar. ( vomitando ainda mais)
Clhoe olha para os lados procurando Trindade e Nicolau e não os encontra. Resolve mesmo sendo maltratado por Ceci se aproximar e ajuda lá. Segura pela cintura para que a onda n a puxe e ela possa vomitar. Ceci passa uns cinco minutos vomitando sem parar, quando não tinha mais nada, senta na areia da praia quase desfalecida, pálida e Clhoe ainda a segurando e limpando seu rosto. Quando seus olhos se encontram, se olhavam fixamente, uma conseguia ver dentro da outra, conseguiam enxergar suas almas, sentiram um tremor, terremoto e um vulcão tomarem seu corpo. Sentiram cenas de um filme, passando em suas cabeças, um filme que elas nunca haviam assistido, e de repente Clhoe estava alisando o rosto de Ceci com tanta ternura, acariciando e Ceci, passando seus dedos sobre os lábios de Clhoe. Uma mistura louca de sentimentos, algo que nunca sentiram. Clhoe criada numa redoma da cultura cigana, não podia estudar numa escola convencional, estudava em casa, e seus pais iam arranjar o casamento perfeito com um filho de um líder de um clã poderoso entre os ciganos. Então seu futuro já estava escrito. E Ceci, foi criada livre, seus pais apesar de ser líder de uns dos clã mais poderoso e afortunados do mundo era mente aberta, criou a filha livre, não queria que ela fosse pai mandado do marido como toda mulher cigana, queria que ela estudasse, casasse com que quisesse, e administrasse ela mesma suas empresas. Portanto Ceci já tinha namorado outras garotas, nunca sentiu aquilo.
Ceci puxou Clhoe e a beijou, tocando seus lábios lentamente, descendo sua mão pelas costas de Clhoe, descendo e subindo suavemente,sentiu seu corpo arder parecia que estava com febre, pedindo passagem para língua nos lábios de Clhoe, e Clhoe permitiu e começaram um beijo calmo e ardente, Clhoe sentiu seu corpo ficar mole, e sua vagina molhar, sensação que nunca havia sentido antes, era como se cada segundo do beijo ela quisesse colar mais e mais em Ceci, e puxava mais e mais uma para a outra.
Ceci colocou suas mãos na nuca de Clhoe apertando, enquanto a beijava puxando um pouco seus lábios, e ela soltava uns gemidos baixinhos. Ceci puxou ela para seu colo encaixando suas pernas em suas cinturas para poder sentir lá bem perto, acariciando suas costas, bem devagar, descendo por suas coxas e pernas e subindo, Beijando lentamente seus lábios.
Clhoe empurra Ceci e sai correndo.
Ceci: Clhoe espera, espera por favor
Clhoe desesperada e foge para casa. Ceci corre atrás da de cara com Nicolau e Trintade.
Trintade: O que ouve prima?
Ceci: Não sei. ela saiu correndo, vim ver o que foi.
Nicolau: Ela é assim mesmo, de repente enjoa e vai embora. Vamos subir e dormir para que o segurança não sinta nossa falta.
Eles subiram, cada um foi para seu quarto, Ceci esperou a casa silenciar e foi ao quarto de Clhoe, bateu na porta diversas vezes, chamou e nada voltou para seu quarto e ficou deitada pensando naquele beijo, naquele sentimento. Nunca havia sentido aquilo, o que estava acontecendo com ela, não era o momento dela se apaixonar e sim de lutar para encontrar seus pais e reaver suas coisas de volta. Mas na sua cabeça só vinha aqueles olhos mel, aquele cheiro de amêndoas que vinha de Clhoe que era tão familiar, mas porque era tão familiar? Ela mexia de um lado para o outro e não conseguia dormir.
Clhoe em sua cama chorava como menina pequena, ela foi criada para casar com um cigano que o pai escolheria, de um clã amigo, teria filhos lindo, e viveria feliz sem preocupação e seu único trabalho seria cuidar de seus filhos e sua mansão, o que seu pai faria com ela se soubesse o que ela fez, ela tinha beijado uma garota, como falar isso para alguém, como ela irá olhar para cara de Ceci no dia seguinte, e para as outras pessoas, e porque que ela sentiu aquele arrepios, aquela vontade de beija lá , de sentir o toque das mãos dela, de tocar o corpo, do calor, do cheiro do toque, o seu corpo estava em erupção, será que é normal sentir essas coisas? porque isso tinha que acontecer comigo? Sou uma pecadora, vou direto para o inferno. A cabeça dela não parava de girar e pensar, ela não entendia nada do que está acontecendo com ela, ela rezava para que Deus tirasse dela aquela vontade de beijar novamente Ceci, de estar perto de Ceci, para não decepcionar seus pais, Deus, e a família, ela revirou a noite toda e não conseguia dormir também. Amanheceu, e Clhoe não saiu do quarto, Madalena foi até lá.Toc tic
Clhoe: Quem é?
Madalena: Sou eu menina, vim te chamar para tomar o café, estão todos na mesa.
Clhoe: Mada, não vou descer, estou com muita cólica, não dormi a noite, tomei um remédio, vou descansar um pouco.
Madalena: Está bem minha menina
Na mesa Ceci ansiosa esperando ela descer, Madalena desce.
Ceci: Mada e Clhoe não vem?
Madalena: Não, ela está com dor, tomou remédio, vai descansar, e vocês vão passear aproveitando o dia de sol.
Nicolau:Vamos sim Mada, vamos usar a lancha para ir à ilha querer ir conosco?
Madalena: Não crianças vão vocês .
Ceci inventa uma desculpa e sobe para ir ao quarto de Clhoe, bate novamente, chama.
Clhoe: Ceci por favor estou com dor, volte outra hora.
Ceci: Ok, volto depois mas iremos conversar. precisamos você não poderá ficar trancada para sempre neste quarto. Uma hora ou outra vamos ter que conversar .
Clhoe,: Prometo que vamos realmente estou com dor.
Clhoe precisava ganhar tempo para entender o que estava acontecendo com ela, o que está sentindo, se estava louca, se não foi apenas uma brincadeira de amigas. Talvez amigas na terra dela fazem isso...
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Atualizado até capítulo 161
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