capítulo 2 :No hospital

_ onde ela está? onde está a minha mulher? já pergunto desesperado entrando pela recepção e todos ali me olham assustados.

_ Calma delegado ! a sua mulher chegou a pouco e foi encaminhada direto para o centro cirúrgico ,o seu estado é delicado e inspira cuidados , o Dr Sérgio é o responsável por ela, se acalme que logo terá notícias. Ele é o melhor neurocirurgião de São Paulo , o senhor precisa confiar e pedir ajuda A Deus. A recepcionista fala com uma calma que me irrita.

_ mas eu preciso saber , eu preciso saber de sofhi agora.

_ Eu até posso tentar saber notícias mas ainda é muito cedo para isso, por favor tente manter a calma.

Respiro fundo puxando o ar que entra pesado pelas minhas narinas, estou a ponto de um colapso nervoso e preciso contar aos outros,

Ando de um lado para o outro tentando me acalmar e disco nervoso o número do meu irmão, ele logo me atende , digo que a sofhi sofreu um acidente e está no hospital

_ o que aconteceu Ben? como ela está? ele pergunta preocupado.

_ Eu não sei, não sei de nada e não tenho cabeça para nada agora, ela está em cirurgia e é grave.

_ chego já aí! ele desliga e eu escorrego o meu corpo pela parede caindo no chão em um estrondo alto , uma enfermeira corre até mim perguntando se estou bem mas eu só sei chorar e pedir a Deus que não a tire de mim.

Nunca me imaginei nessa situação, não com a minha querida e doce sofhi , sempre tão cuidadosa , amorosa e atenta a tudo ao seu redor. Sé algo desse tipo acontecesse comigo eu aguentava, levando a vida perigosa que eu vivo me arriscando e prendendo bandidos não causaria espanto , eu aguento, mas com sofhi não, ela é diferente e eu a amo tanto que chega a doer no peito , a amo desde a primeira vez que a vi, eu era apenas um jovem policial de pouco mais de vinte anos recém sai do da academia de Polícia , ouvi pelo rádio um pedido de ajuda e como estava perto fui atender sem os devidos equipamentos e fui baleado assim que cheguei, a bala se alojou no meu abdômen e pensei que estava morto.

Quando eu acordei tinha uma bela anja ao meu lado. ela segurou minhas mãos me encarando e falou que estava tudo bem , estava no hospital e que a bala que me atingiu a ficar alojada no meu abdômen,já havia sido retirada, passo a mão pela barriga e sinto doer e ela me prescreve analgésicos e eu senti ali que a minha vida estava em suas mãos e eu nem me importava, só queria aquele anjo loiro nos meus braços para sempre, as minhas mãos suavam e o meu coração estava acelerado, eu ainda estava sendo monitorado e ela olhava o aparelho incrédula mas me fez acalmar- me quando se apresentou.

_ Ei o meu nome é Sofhi Amarante, sou sua médica, você está bem? Alguém sacode-me e volto a realidade

_ Eu não morri?Digo meio que perguntando.

_ Não, detetive Albuquerque, você está vivo e bem vivo.

A partir dali me dediquei a conquistar Sofhi, foram várias tentativas frustradas mas na primeira vez que achei uma brecha fiz por merecer estar com ela outras inúmeras vezes , passamos por tantas coisas e agora o medo de a perder está me paralisando.

_ Venha vamos levantar do chão! a enfermeira me puxa pelo braço e eu ergo o meu corpo , nesse momento vejo o Carlos e a kassie entrarem e parece que eu vou desmaiar a qualquer momento.

Depois de longas três horas que mais parecerem três meses vejo o médico que a recepcionista disse ser o responsável por Sofhi abrir a porta da recepção já que não é permitido estar no corredor do centro cirúrgico, me levanto em um pulo da pequena sala privada onde estamos e corro até lá

_ por favor me diz que ela está bem? digo antes que o homem fale qualquer coisa.

_ Está fora de perigo porém em coma. Ele diz seco , a sofhi sofreu um forte impacto e com a queda bateu a cabeça sofrendo um traumatismo craniano, nós conseguimos conter a hemorragia e controlar a pressão intracraniana porém foi necessário indizi-la ao coma, ela está intubada e respirando com a ajuda de aparelhos e estamos esperançosos que logo se recupere. Eu sinto muito Benjamin, fizemos todo o possível pela Sofhi, ela é uma das melhores médicas do nosso quadro de funcionários e todo o possível será feito por ela.

_ Eu posso ve-la?

_ ela está ainda no centro cirúrgico e ser a levada para a uti e devido a gravidade do seu quadro não pode receber visitas, mas vou permitir que a veja pelo vídro,assim que ela estiver estável, dependendo das suas respostas imunológicas vamos poder tira-la do isolamento em breve.

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