CAPÍTULO 05

Em menos de meia hora chegamos no apartamento de Paula, o motorista me leva até o andar onde ela mora e eu toco a campainha. Um senhor que parece ser o mordomo, abre a porta e pede para que eu entre.

- A Sra.Paula já está descendo, fique a vontade.

Sorrio para ele e peço licença antes de me sentar no sofá. Enquanto a Srta.Paula não vem, fico observando o lindo apartamento.

Paula: Demorei?

Ela desceu a escada e veio até mim com os braços abertos, levantei para abraçá-la e nos sentamos.

Bela: Não se preocupe, cheguei tem apenas cinco minutos.

Paula: Entendi, já está com fome?

Bela: Não muita.

Paula: Ótimo, uma amiga minha está vindo e não demora muito para chegar.

Ficamos conversando por um tempo, até que a campainha tocou e o mordomo foi atender, era uma moça loira de olhos claros, muito bonita.

Ela vestia um vestido preto e eu só notei que ela estava grávida quando virou de lado, Paula e ela se cumprimentaram e ela veio até mim.

Paula: Bela, essa é a Débora.

Débora: Olá Bela, a Paula me falou muito bem de você.

Bela: Olá, é um prazer conhecê-la.

Débora...

Débora: Sua barriga está enorme, quantos meses?

Bela: Estou fazendo seis hoje.

Débora: Que coincidência, eu também! Já sabe o sexo?

Bela: Uma menina.

Débora sorriu para mim e em seguida olhou para Paula, o mordomo avisou que o jantar já estava servido e nós três fomos para a mesa.

Nos servimos e começamos a jantar, enquanto eu comia percebia os olhares de Débora para mim e fiquei um pouco tímida.

Débora: Então Bela, a Paula me contou sobre o lugar que você mora, não se sente desconfortável morando num porão? E quando essa criança nascer?

A essa altura as duas olhavam para mim a espera de uma resposta e eu já estava super desconfortável com toda aquela atenção.

Bela: No momento é o único lugar que tenho para morar, pior seria se eu estivesse na rua.

Débora engoliu seco pela minha resposta e Paula riu.

Débora: Mas seria bem melhor se essa criança morasse em uma casa normal, você não acha?

Bela: Não entendi onde a senhora quer chegar com isso.

Débora: Você sabe Bela, um bebê dá muito trabalho e você não tem como fazer isso sozinha...Mas eu estou disposta a te ajudar.

Débora levantou e se aproximou de mim.

Débora: Tá vendo essa barriga aqui? Ela é falsa, eu perdi a única chance que tinha de salvar o meu casamento...Se o meu marido souber que não estou mais grávida ele vai querer o divórcio e a minha vida vai perder totalmente o sentido.

Débora sentou na cadeira ao meu lado e segurou as minhas mãos.

Débora: Se você me der essa criança, eu prometo que vou colocá-la na melhor escola, ela vai viver muito bem e sem se preocupar com nada...Sei que pode parecer loucura, mas na verdade é algo bom para nós duas, você não pode criá-la e eu posso dar a ela a melhor vida de todas...Além disso eu vou te recompensar muito bem.

Empurro as mãos dela e a olho com ódio.

Bela: Você só pode ser louca, nunca vou dar a minha filha, adota uma criança ou então tenta engravidar novamente porque a minha filha não está à venda.

Levanto furiosa e vou até a porta de saída, mas estava trancada.

Paula: Esmeralda Andrade...

Disse Paula em voz alta enquanto vinha minha direção, me viro para encará-la e vejo que ela está com alguns papéis nas mãos.

Paula: Esse é o nome da sua mamãe, não é?

Bela: Como sabe disso?

Paula: Pessoas com dinheiro tem muita facilidade em descobrir as coisas querida, mas no seu caso eu só precisei entrar naquele muquifo.

Débora: Nós tentamos ser boazinhas com você Bela, mas você não colaborou, então o que me restou foi ameaçá-la.

Bela: Eu não vou te dar a minha filha, sua cobra!

Débora: Então não me resta escolhas a não ser ligar para a dona Esmeralda e avisar que você está aqui com a gente, já que é isso que você prefere.

A essa altura eu já chorava desesperada enquanto Paula discava uma sequência de números no celular.

📲 Esmeralda: Alô?

Senti calafrios só de escutar a voz da minha mãe, ela esperou alguns instantes, mas como não houve resposta ela desligou a ligação.

Paula: O que me diz agora? Prefere a sua filha viva e nas mãos de uma família rica ou sendo criada pela sua mãe?

Débora: Se eu fosse você pensava bem antes de responder, é a vida de uma criança que está em jogo.

A pressão foi demais para mim, vi tudo embaçado e acabei desmaiando.

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Comments

Vó Ném

Vó Ném

Poxa ela é muito inocente e ainda tem mais aposto que o marido dela é o Marcelo

2025-02-22

0

Jucileide Gonçalves

Jucileide Gonçalves

Hoje muitas pessoas a gente só finge que confia para não arrumar problemas, mas dar para entender a Bela tem pessoas que sabe conquistar a confiança de alguém para depois dar o bote igual cobra.

2024-10-19

1

Gi Dunga Gouveia

Gi Dunga Gouveia

que cobra 🐍 bem que a senhora avisou

2025-02-22

0

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