O policial pensou."Qual é o idiota que quer me atrapalhar dessa vez?"
"Chame reforços, vai." Ele disse ao seu parceiro.
"Porra! que dia difícil!"
"Esperar para que, quem é você que não conhece a imensidão do céu e da terra, e se envolve nos assuntos oficiais da Polícia?"
"Xô, Xô!"
"Sai fora, vaza bacana, vai, vai, vai...."
"Estou tão gentil hoje!" Pensava o policial, expulsando a pessoa.
O subordinado que estava atrás do seu Chefe, nunca na sua vida encontrou alguém tão corajoso ou tão tolo, quanto esse sujeito a sua frente.
A mulher ainda estava parada ao lado, com a cabeça erguida e orgulhosa como uma flor desabrochando, olhando para.tudo isso, pensando não ter nada a ver com ela.
A multidão encarava os dois estranhamente, com os olhos cheios de ridículo e zombaria.
Quem não sabe aqui na região que ésse jovem era de uma família muito rica e neto de um oficial.
Quando o rapaz ia começar a repreender as pessoas, o subordinado ao seu lado não aguentou mais e gritou:
"Calem a boca, como ousa falar assim?"
"Ainda tem coragem de dizer que serve o povo?"
"Não passa de um lixo, idiota que não sabe nada sobre leis, vou denunciar você."
"Usando o uniforme para visar o povo, e ganhar favores."
"E você! Tiazinha onde já se viu, ficar aí como um pavão orgulhoso, acusando as pessoas sem nenhuma evidência."
"Todos!"
Quando o Jovem observou o seu subordinado de língua maligna, no meio do povo bufando bravo e repreendendo o policial e mulher, ele sabia quer também estava sem sorte.
Ele mesmo estava indefeso sobre isso.
A mãe escandalosa da criança de bom coração, não só não entendeu o que estava acontecendo, como estava quase babando a olhar para os dois jovens a sua frente.
O policial que se achava o máximo de repente encolheu, diante desse jovem feroz e bonito, ele não teve como retrucar.
Os pensamentos de Luciana, eram totalmente diferentes dessas pessoas nesse momento.
"Como tem tanta gente intrometida nessa cidade, meu Deus. O povo faz de um assunto tão pequeno algo enorme, será que eles querem aparecer na TV?"
"Onde diabos é esse lugar? Que cidade é essa?"
Enquanto as pessoas discutiam, algumas viaturas chegaram cercando a multidão que dessa vez, ficou sem nada a dizer e com medo de serem arrastados para o meio da bagunça.
O Delegado Juarez é um homem alto de aparência feroz e olhar severo, todo o seu ser parecia dizer não me incomode ou ti mato.
Os dois rapazes se calaram e estavam prontos para relatar a situação.
O policial e a mulher suavam frio, pois sentiram medo do fundo do coração.
Luciana foi a única que não se intimidou nem um pouco, ela encarou o homem nos olhos, seu corpo minúsculo não chegava a altura dos quadris dele, ela olhava-lhe sem expressão.
Não havia medo, somente um olhar vazio, sem qualquer sentimento.
A sua intuição dizia-lhe que a história dessa criança, não era tão simples assim.
Eles vieram a essa local por uma denúncia, sobre uma criança desaparecida há mais de dois meses.
Segundo informações a criança avistada, era muito parecida com as fotos na mídia.
O policial sem noção da situação se adiantou, começando a relatar o ocorrido rapidamente, sem se importar ou perguntar nada.
Ele estava crente, que eram os reforços que pediu.
O Delegado chamou um subordinado ao seu lado, e deu-lhe uma ordem, com voz baica que somente os dois podiam ouvir.
Seguindo o policial, a mulher também deu seu depoimento no local.
Somente Luciana ficou calada, observando.
Ela também notou que a mulher, não deixava o garotinho falar ou se mover, mantendo a criança no colo deitado sobre o seu ombro.
"Converse com a criança." Juarez ordenou.
O policial ficou um pouco em pânico.
Logo ele perguntou a criança o que aconteceu, mas a criança continuou deitada sem se mover.
O subordinado voltou pegou um aparelho da viatura, ligou o computador e passou as cenas de momentos antes, para que todos vissem.
"Essa mulher é demais, como pode incriminar uma criança assim?"
Como será o futuro do seu filho, tendo uma mãe tão distorcida como ela, a criança nunca poderá crescer com valores corretos."
As maldições vieram de todos os lados, a mulher estava em pânico, o seu corpo inteiro tremia.
O policial não diferia dela, ele suava tanto e as suas mãos não paravam de tremer.
Ninguém precisava dizer quem estava certo, ou quem era o errado nesse caso, depois que todas as evidências foram apresentados.
Luciana ainda não disse uma palavra.
Ela estava com dor por ficar em pé por tanto tempo, os pontos da sua ferida devem ter estourado devido à longa caminhada, fazendo o sangue escorrer por debaixo da sua t-shirt.
Com a sua mochila a frente, ninguém notou a anormalidade.
"Senhor!" De repente chamou Luciana
"Posso ti, fazer uma pergunta?"
"Claro garotinha, o que quer perguntar?(
"Quero saber o nome do meu benfeitor, embora eu não tenha comido o bolinho, as suas intenções foram boas, mas tenho medo da sua mãe não concordar, então o senhor pode-me ajudar com isso?"
"Ok! Sem problemas, vamos lá."
"Olá senhora, sou o Delegado Juarez Souza da Delegacia de Investigação Especializada, gostaria de falar com o seu filho."
"Não adianta Senhor, meu filho é muito tímido e não fala com estranhos."
Ninguém achou estranho uma mãe amorosa dizer isso do seu filho.
Luciana ainda os observava com os seus grandes olhos sem emoção, ela então pensou nos dois jovens que vieram ajudá-la.
Mas sua intuição dizia-lhe, que tudo isso foi uma peça, ela desconfiava cada vez mais dos seus motivos.
Enquanto analisava tudo, oque aconteceu do início ao fim na sua mente, ela quase teve certeza de que havia algo errado com essas pessoas.
Assim ela deu um passo a frente e disse:
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Atualizado até capítulo 83
Comments
Marcia Ramalho Mecias
muito bom
2023-06-18
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