lembranças do passado

Ezra on

Não sei... definitivamente não sei, como vou agir quando ver Marie, mas uma vez, sempre fui apaixonado por ela, mas ela sempre teve olhos somente para o meu irmão Arthur.

Quando Arthur encontrou Katherine a sua companheira, Marie mudou. Ela já não era, mas tão alegre, passava os seus dias solitária nunca tinha visto ela desse jeito. Acredito que ela pensava que um dia seria a companheira dele.

Quando o meu irmão Arthur completou os seus 18 anos, não encontrou a sua companheira entre nós os bruxos, como posso explicar Marie desesperou-se, pois, nessa época ela mantinha um romance com ele.

Durante muito tempo, houve uma guerra territorial de lobos, eles queriam mas espaço, mas para isso tiveram que dizimar clãs, meu pai rei Jason Granger com medo de algo acontecer com o nosso povo, solicitou ao alfa supremo Theodor Ricci uma reunião para um possível acordo entre eles, tentando assim garantir a paz entre as espécies. Em especial a nossa.

Quando chegamos a alcatéia lua de sangue, meu irmão foi atraído pelo cheiro, mas inebriante de todo o mundo, isso foi ele mesmo quem disse.

Mal chegamos na alcatéia e, ele saiu correndo atrás do rastro do cheiro maravilhoso que tinha sentido, parou próximo a um pequeno riacho que ficava ao norte da alcatéia e, foi então que ele a viu;

Katherine estava sentada na margem, olhando para a paisagem que estava de tirar o fôlego, quando derrepente foi tomada por sua loba kiara, virou-se na direção do meu irmão e disse:

Katherine-- Meu

Arthur-- Minha

Chegamos no exato momento, em que ele estava dizendo que ela era a sua companheira. Meu pai ficou eufórico, por saber que o meu irmão era companheiro de uma loba também.

Ao menos já teríamos 50% de sucesso com nosso acordo, já que a Katherine era prima mas nova de Theodor Ricci.

Fiquei feliz por meu irmão ter enfim encontrado a sua companheira, mas quando me lembrei de Marie meu coração preocupou-se, sabia que ela era louca por meu irmão, mas não sabia até onde poderia ir a sua loucura e vontade de tê-lo para si.

Marie, por sua vez quando viu que estávamos de volta correu até o nosso encontro, mas parou quando viu Katherine aos beijos com Arthur.

Marie— Quem é ela Arthur?

Arthur -- Minha companheira, a encontrei na matilha ao qual fomos hoje.

Katherine— Olá boa noite! É um prazer conhecer os amigos do meu companheiro, estou muito feliz de enfim ter o encontrado.

Marie— Amigos?

Arthur — Sim... amigos!

Você é uma grande amiga Marie, ficarei honrado se aceitar ajudar a organizar o meu casamento com Katherine.

Quando Arthur disse que ela era apenas a sua amiga, vi naquele momento o ódio misturado com raiva no olhar dela, nunca tinha visto ela desse jeito. Naquele dia a doce Marie deixou de existir.

Só que ainda não sabíamos qual era a verdadeira face de Marie e nem quais eram suas intenções.

— - Não sei definitivamente o por que ainda me importo tanto com Marie, ela destruiu a minha família... matou o meu irmão e minha cunhada e, afastou-me da pequena Emma que hoje pode estar viva... só de imaginar isso o meu coração se enche de felicidade.

Não posso negar que ainda sinto algo por ela, mas recuso-me a sentir... pois ela me causou uma dor que jamais se cicatrizará.

Queria tanto dizer que a odeio, sinto que estou traindo a minha família ao sentir o que ainda tenho no meu peito, sei que amar Marie é errado, mas não consigo tirar ela de dentro do meu coração, eu odeio a idéia de ama-lá.

Queria tanto voltar no tempo e, evitar conhecê-la... Mas para isso teria que usar artes do mal e, para usar artes do mal terei que sacrificar algo muito importante para mim.

Não estou disposto a isso, mas remoer o passado e despertar em mim sentimentos por ela que me recuso a sentir.

...Marie...

Eu me odeio por não conseguir te odiar, tento te odiar para te esquecer, tento lembrar do que me fez, tento juntar mágoas, mas não consigo sentir raiva de você, muito menos ódio.

Eu não sei o porquê disso, mais odeio essa parte de mim que não consegue te odiar. Simplesmente não sei o que é pior, querer te odiar ou tentar te esquecer.

É incrível como não consigo te odiar, mesmo depois de tudo, eu não consigo criar esse ódio por você, talvez porque você sempre foi importante para mim, e uma parte minha ainda ame você, mas o que mais me machuca é que me odeio por não conseguir te odiar.

Simplesmente odeio te amar, mas eu não posso fingir... Queria ser mais forte, porque eu estou prestes a quebrar.

O que eu mais me incomoda mesmo é o fato de amar você.

Katherine Granger

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