Pâmela
Acordei sentindo os raios do sol bem na minha cara e por um breve momento pensei que estava em casa.
Me espreguicei, sentei na cama e quando olhei para o lado avistei uma bandeja de madeira com frutas vermelhas, iogurte grego e granola.
O meu café da manhã de todos os dias!
Como ele...
Claro! Provavelmente ele me investigou durante o tempo que planejou o sequestro!
Refleti enquanto comia, e nossa... que delícia!
Foi então que lembrei que a última coisa que havia comido foi o algodão doce na praça Ynstued.
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Aproveitei para tomar um banho quente e relaxante.
Comecei a me lembrar do último dia que passei com a minha mãe!
Flashback On:
Pâmela
Vê-la naquela situação me partia o coração!
Meu pai tinha morrido a cerca de um ano vitima de um assalto e agora minha mãe está acamada a dois meses.
Vítima de uma pneumonia. Fizemos tudo que podíamos para que ela sobrevivesse.
Na noite anterior recebi uma ligação do médico que estava responsável pelo caso da minha mãe, dizendo que ela só tinha algumas horas de vida.
Fui para o hospital o mais rápido que pude e pedi perdão a minha mãe por todas as vezes que não dei importância à suas reclamações de dor.
E por todas as vezes que não a obedeci.
Aquela frase que dizem é verdadeira!
Só damos valor quando perdemos!
-Minha filha cuide-se e tome cuidado com..
Minha amada mãe esforçou-se para dizer sua última frase.
Senti sua mão ficar gelada. Os visor do aparelho que monitoravam seu batimentos mostravam uma linha reta. Minha mãe estava morrendo!
-Mãe, mãe! Quem? Quem eu devo tomar cuidado?
Os enfermeiros vieram correndo junto ao doutor Flávio Ramos, o médico que estava auxiliando minha mãe no tratamento da pneumonia.
Ele olhou para mim e balançou a cabeça.
-MAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAÃE!
Eu gritei tão alto que fiquei rouca. No dia do velório, meu avô não saiu do meu lado e me ajudou financeiramente desde então.
Flashback Off
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Enxuguei as lágrimas e me vesti. Dessa vez optei por uma blusa crop cardigan azul clara e um short jeans de cintura alta e calcei pantufas.
Não entendo porque tem tanta opção de calçados se vou ficar presa nesse quarto, até Douglas resolver se livrar de mim!
Ao retornar para o quarto, avistei Douglas mexendo no notebook.
O mesmo tinha um semblante sério, e por alguma razão quis perguntar o porquê, porém no último momento resolvi ficar na minha!
Não queria dar motivo para irritá-lo.
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Duas horas se passaram e Douglas sentou na cama de frente para mim.
— Daqui a pouco, o garçom nos trará o almoço! Gosta de macarrão à putanesca?
Ele perguntou e eu apenas balancei a cabeça.
— O gato comeu a sua língua?
— Não sou obrigada a falar com você?
Revirei os olhos e cruzei os braços.
— Um dia irá me agradecer pelo que fiz!
Douglas respondeu irritado.
-É um louco! Um psicopata, como eu poderia agradecê-lo?
Retruquei.
-Se continuar agindo dessa forma ficará sem comer por uma semana!
Douglas disse em tom ameaçador. Eu o encarei, sem medo.
-Ainda assim! Não tenho medo de você, até agora não me assustou!
Sorri debochadamente e Douglas descruzou os meus braços com força.
-E agora?
Perguntou com olhar malicioso. O olhei fixamente e.. caramba nosso olhar se cruzou.
Senti meu coração acelerar, agora eu estava com medo.
Douglas sorriu satisfeitos e soltou meus braços com brutalidade, fazendo com que eu caísse na cama.
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Atualizado até capítulo 55
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