Capitulo Quatro

Por meses ouviu-se o nome de Renata da silva santos, em um de suas viagens a Itália. Por duas vezes, em pouco tempo, deparou com o nome que queria muito esquecer. Era herdeiro dos bens do pai, sua mãe estava muito

perturbada por perder o marido, então tudo estava nas mãos de Thomas e Jonas, mas tudo caia nas suas costas, ele tinha que resolver. Algumas noites na cama de Renata o fizeram se sentir invencível. Como estava errado... Não podia culpar seu pai.

Uma auditória revelou que os negócios da família geravam muitos lucros, mas haviam dividas pendentes. A maior delas eram de João dos santos falecido há 10 anos, era pai de Renata, havia acumulado dividas em bancos e a família não tinha sido notificada por não terem residência estável, naquela época eles viviam mudando de casa e o pai de Renata vivia pedindo empréstimos para saldar dividas em cassinos da cidade. E havia investido em uma

bolsa e perdido todos os ganhos e a casa que havia comprado para família. Ficou sabendo também que ele devia outras empresas. Associou-se a elas para requisitar uma reunião de credores, marcada rapidamente em São Paulo. Thomas não tinha a menor intenção de ir, pretendia mandar os advogados e contadores para resolver. Pouco se importava se a outra empresa falisse desde que pagassem a divida. Havia um contrato assinado pelo João autorizando o casamento com sua filha, se acaso não conseguisse pagar as dívidas.

Mas viu Renata, linda bebendo champanhe como se nada mais importasse a apenas alguns metros de distância. Uma ideia começou a se formar em sua mente. Sabia que se fosse à reunião, conseguiria convencer os demais credores a cobrar a dívida dos parentes ainda vivos, eles teriam que pagar de qualquer jeito. Então ele teria ela para si se casando com ela.

Renata foi a única a abandoná-lo, e ele levou muito tempo para se recuperar. Agora o destino a trazia de volta a sua vida e bem em suas mãos. Seu corpo enrijeceu, e ele começou a planejar seu plano.

Foi um incrível golpe do destino que fez Thomas voltar correndo para São Paulo há dois anos. Passando cinco dias na Alemanha, depois de um tempo voltar para seu apartamento em Roma. Ainda estava solteiro e pretendia

ficar longe de Renata. Ligou para antiga namorada e combinou de jantarem naquela noite. Também ligou para Sofia e marcou um almoço para o dia seguinte, uma sexta-feira.

O encontro não foi muito bom. Voltou para o escritório na manha seguinte e checou seu e-mail no notebook. Os exames que havia feito nas semanas anteriores revelaram algo suspeito. Devia entrar em contato com o Dr. Takashi.

Três horas mais tarde, Thomas foi a consulta. Ficou

paralisado ao saber que os níveis irregulares de testosterona detectados em seu

exame de urina podiam indicar câncer de testículo. O medico explicou que apesar

de atingir os homens em menor proporção, o câncer de testículo é mais comum na

fase reprodutiva, de 15 aos 50 anos. As chances de cura são altas, já que descobriu

logo no inicio. Era facilmente tratável. Tentou acalmá-lo, dizendo que o teste

não era preciso. No entanto, por precaução, indicou o melhor hospital dos

estados unidos.

Thomas saiu da clinica sentindo o pavor tomar conta de

suas entranhas. Somente a sugestão de que podia estar doente o enfurecia.

Resolveu ouvir uma segunda opinião. Como Sofia era urologista, conheceria o

maior especialista da área. Falaria com ela no almoço, e poderia desabafar já

que eram amigos há anos.

Quando terminou o almoço, sabia mais sobre a doença do

que gostaria. Sofia como sempre muito direta, logo ligou para o dr. Takashi.

Depois de falar com o medico, disse a Thomas que não devia se apavorar.

Explicou que poderia haver outras causas para os níveis irregulares de testosterona

e que a taxa de sucesso no tratamento de câncer de testículo era de 95%.

Thomas insistiu que previsse a pior possibilidade caso

estivesse mesmo com câncer. Ela perguntou se sentia cansaço repentino ou perda

de libido, negou com veemência. Ao ouvir sobre o tratamento detalhadamente se

sentiu enjoado. Podia perder a virilidade, e por precaução devia congelar o

sêmen para caso de ficar estéril. Para acalma-lo perguntou se queria uma

segunda opinião de um colega dos Estados Unidos especialista nessa área. Sugeriu

que viajassem imediatamente para a América para consulta-lo. Respondeu que nada

aconteceria nos próximos dias, e que não devia se tão impulsivo, e que

descansasse bastante nos finais de semana. Thomas confiava totalmente em Sofia.

Thomas? Thomas!

O som de seu nome o fez voltar no presente esquecendo

então as lembranças desagradáveis do passado. Olhou para Sofia e para os outros

convidados da festa, Julia e seu marido, Saulo.

Sofia e Julia eram amantes há alguns anos. Saulo tinha

seus motivos para guardar segredo. Não apenas tinham dois filhos juntos, como

Thomas sabia que ele mantinha uma amante há muitos anos. Sofia lhe pediu para

não contar a ninguém. Sabia que seus pais ficariam horrorizados e que sua

carreira seria prejudicada com o escândalo. Ele discordava já que estavam no

século 21 e muitos não se incomodam com a preferência sexual de uma pessoa. Mas

esse segredo não era seu, e sim dela.

Thomas: Desculpe, Sofia

Sofia: Você viu ela? A Renata? Você está bem?

Thomas: Sim, estou ótimo. Não posso dizer que estou

impressionado com o parceiro que escolheu essa noite. Não me surpreende.

Logo deu uma olhada na loura da qual falava, e sorriu

com cinismo. Sempre foi um homem de ação, e não apreciava perder-se em

pensamentos. Mas agora, esta sendo difícil se concentrar quando a mulher que

lhe trazia tantas recordações estava apenas alguns metros dele. Ver Renata

novamente trouxe á tona cada detalhe vivido do que foi a pior experiência da

sua vida amorosa.

Lembrou-se de quando saiu do restaurante em São Paulo,

após o almoço com Sofia, com a mente em turbilhão. Andou lentamente ate seu

escritório. Orgulhou-se por nunca perder o controle. Tinha autoconfiança

suficiente para tomar decisões diárias que envolviam milhões.

Gostava do seu trabalho, era bem sucedido e muito

rico. Havia vivido do seu jeito durante anos, sem nunca se preocupar com o seu

futuro. Mais foi obrigado a encarar a realidade de que talvez não teria muito

pela frente. De repente tudo que tinha conquistado não valia mais nada.

Dias antes, Thomas pensava que tinha todo tempo do

mundo. Demoraria anos ate se casar e ter filhos. Percebeu que foi arrogante em

pensar que não era o momento certo para ter um caso com Renata, que não

precisava dela. Mas agora com a ameaça de doença séria, o momento parecia

extremamente importante. Seguindo seus intentos chamou seu piloto para leva-lo

de volta para o Brasil. Chegou lá uma hora depois. Precisava da companhia de

Renata, precisava do corpo estonteante de dela. Não queria ficar esperando por

ela, seria sua, e talvez fosse a ultima que teria em sua vida.

No hotel Thomas caminhava pelo jardim, ate que chegou

na área de piscina. Estava lotado de hospedes. Avistou um grupo de garotas

brincando com uma bola na piscina, e uma delas era Renata. Ela logo saiu da

piscina e se sentou em uma cadeira de praia. Vários rapazes puxavam assunto com

ela. A visão dela de biquíni azul piscina, já bastava para afastar qualquer

duvida em sua mente. Se moveu em direção dela.

Thomas: Olá, Renata vejo que ainda esta brincando na

piscina.

Ela se virou e o viu de bermuda e camiseta.

Renata: Thomas você voltou! Eu não sabia.

Thomas: Sim. Posso te perguntar se está livre essa

noite? Pensei em caminharmos e jantarmos juntos ou fazermos um piquenique o que

acha?

Renata: Eu adoraria. — Disse ela com um largo sorriso

no rosto.

Thomas quase não conseguia resistir a tentação de

toma-la em seus braços e beija-la. Como a queria, certamente não havia nada de

errado com seus níveis de testosterona, estava excitadíssimo. Se não saísse

logo dali sabe deus o que iria acontecer na frente de todos aqueles hospedes.

Inspirou fundo para se acalmar, e se afastar dela gentilmente.

Thomas : Pego você as oito então. — Se virou e foi

embora.

Renata o viu se distanciar, em meio aos hospedes. O

admirava com carinho. Ao vê-lo apagou todos os traços de sofrimento e das

duvidas que teve sobre ele nos últimos meses.

Naquela noite, Thomas a ajudou descer do carro, pegou

a cesta de piquenique e segurou firme a mão dela.

Renata: Onde nós estamos exatamente? Nunca tinha vindo

nessa praia.

Ele estacionou o carro ao lado do calçadão da praia.

Na praia avia varias pessoas em volta da fogueira, uns tocando violão, outros

cantando. A praia era um pouco distante da cidade. O barulho das ondas ecoavam

nas rochas. Luzes dos prédios refletiam sobre a agua, contornava a praia.

Dezenas de iates boiava sobre a agua.

Thomas: Praia dos milionários. Quando eu e meu amigo

Lucas éramos jovens compramos aquele iate, para impressionar as garotas quando

tínhamos 18 anos. Ele aponta para o iate a sua frente. Era nosso esconderijo.

Sempre guardamos aqui, para nossas famílias não descobrir. É pequeno, mais é

onde vivemos grandes momentos.

Pegou a mão dela e a ajudou entrar no iate. Renata não

estava certa se gosta bem do que escutou. Era uma espécie de barco do sexo?

Quantas mulheres ja esteve aqui? Queria perguntar mais não era da sua cota já

que nem eram namorados. Logo viu uma mesa e duas cadeiras arrumadas no convés

de madeira polida e perguntou:

Renata: Vamos jantar aqui?

Ele colocou o cesto em cima da mesa e a pego com

delicadeza em seus braços.

Thomas: Sim. A noite está linda, e achei que seria uma

boa ideia apreciar o céu aberto. Você não imagina o quanto eu quero agrada-la,

e de todas as maneiras possíveis.

Beijou-a de leve. O olhar carinhoso dele a deixou impressionada.

Thomas se importava com ela de verdade.

Renata: Você já me agrada. Fiquei com muita saudade.

Senti falta desse seu cabelo despenteado e desse seu sorriso provocador. Estou

muito feliz que tenha voltado.

Thomas: Pode me mostrar o quanto sentiu minha falta

mais tarde, agora venha conhecer o iate depois vamos comer. — Thomas pegou a

mão dela que estava sobre o peito dele e inclinou a cabeça e deu leves beijos

em seu pescoço. Renata estremeceu ao sentir o toque de sua língua em sua pele

sensível.

Renata estava perdida demais com a magia daquele toque

para notar o barco. Ele estava com o braço envolvido em sua cintura. Chegou a

vislumbrar uma cabine pequena, ouviu Thomas comentar que havia duas cabines,

então ele abriu outra cabine.

Thomas: Tenha cuidado com a cabeça — Falou ele

conduzindo-a pra dentro e fechando a porta. O espaço era minúsculo, não tinha

muita iluminação havia uma beliche que ocupava a maioria do espaço.

Thomas: É só pra dormir — Murmurou perto de seu

ouvido.

A ultima coisa que Renata queria era dormir. E perdeu

o folego quando ele apertou sua cintura e a virou para si. Sentia seu corpo formigar

conforme o corpo dele se aproximava. Fitava aqueles olhos castanhos como se

estivesse hipnotizada, já se esqueceu de qualquer cautela. Ele cobriu os lábios

dela com um beijo sensual, a língua se movia em sua boca com um erotismo

intenso. Ela se entregou as incríveis sensações que brotaram por todo seu

corpo.

Thomas levantou a cabeça e perguntou, com a voz rouca

e baixa:

Thomas: Você me quer?

Renata: Sim — Respondeu toda ofegante. Minutos depois

do sexo mais incrível da vida dela, Renata desfalecida ofegante e tremula sobre

ele. Nunca imaginou que tal prazer existisse. Thomas gentilmente acariciou seu

rosto.

Thomas: Podia ter me contado que era sua primeira vez.

Renata: E o ultimo, eu te amo muito. — Falou baixinho

Thomas: Eu adoro você Renata. Você é muito preciosa

pra mim, quero que seja sempre assim.

Renata: Que bom pois eu acabei de mudar e por sua

causa, me sinto mais completa agora.

Thomas: Eu sei meu amor — Beijou-lhe os lábios mais

uma vez, não conseguia evitar. — Eu que devia te agradecer por confiar em mim.

Deu-me algo muito precioso, que vale mais do que você imagina.

Nunca havia feito amor com uma virgem, e nunca

conheceu alguém que retribuí se sua paixão tão selvagem. Sentiu um prazer

dilacerante ao gozar dentro dela. Esqueceu-se de tudo. Mais esse era o problema

esqueceu-se de usar qualquer proteção. Viu o brilho de paixão nos olhos de

Renata, pretendia lhe contar, mais não queria estragar momento. Em vez disso só

pensava em dizer “case-se comigo Renata” E

percebeu que a queria de verdade, não importava o que o futuro lhe reservava,

Renata seria sua e apenas sua por toda vida...

Thomas ferveu de raiva por lembrar dos momentos

felizes do passado. Olhando para trás, percebeu que a proposta de casamento foi

somente uma reação instintiva ao ataque que seu ego masculino havia sofrido com

a ameaça de câncer. Mas ao fazer amor com ela iludiu-se de que havia algo a

mais e a pediu em casamento.

Thomas encarou Renata de novo, e por um longo tempo.

Apertava os olhos ao observa-la rir e jogar charme para os homens sentados ao

seu lado. Sorriu com cinismo e desgosto ao ver Ângelo Mol acariciar lhe o rosto

e convida-la para dançar. A intimidade entre os dois era evidente.

Thomas tinha certeza de que Renata dormia com o velho,

e só podia ser por dinheiro. Ficou enojado. Ao vê-la sair da pista de dança,

não esperaria mais nenhum minuto para falar com ela e mudou seu plano.

Diz que vingança é um prato que se come frio, e Thomas

convenceu-se de que odiava Renata. Levantou- se da mesa e pediu licença. No

passado pensou que devia esperar o momento certo para conversar com Renata,

mais depois de abandona-lo sem cerimonia. Dessa vez era ele quem a largaria,

mais só depois de saciar sua vontade naquele corpo maravilhoso.

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