Se cruzando nos embarques
GIULIA
Viajar sozinha é um pouco estressante, eu falo um pouco de francês, mas descobri que o meu francês
aqui em Marcelha está fluindo bem. A comunicação aqui tem as suas
peculiaridades e é essencial saber os verbetes locais para escolhas simples de
alimentos na área gastronômica. Mas, consegui tomar um café expresso e com um
croassaint, o que de certa forma garantiu não ter fome por um tempo e meu estômago
não começar a dar sinais da gastrite nervosa que tenho.
Meu embarque para Atenas tem essa parada para
a conexão de duas horas, e eu estou aqui sentada em uma área de descanso muito
legal, lendo algumas revistas de moda e design em francês, entre elas eu
encontro uma revista em inglês sobre negócios e a única coisa que me prende
nela é a figura de um homem muito bonito, junto com outro descrito ser seu pai,
esse bonitão é o herdeiro do Grupo Willians, olhando bem acho que já o vi no
escritório uma vez. Eu olho para o relógio e está na hora do começo do
embarque, eu saio em direção ao Gate.
Por minha pressa, sem querer, ao passar pela porta da sala de descanso vip eu esbarro com um
homem, aliás parecia uma porta enorme que se abriu em minha frente. Minha
reação foi parar e recuar pedindo desculpa, mas ao olhar para cima penso que
estou tendo uma alucinação, pois meu esbarrão foi com um homem igual ao tal
herdeiro da revista. Acho que meus óculos estão desfocados, eu me desculpo novamente
e saio apressada. Ele fala algo, mas por estar envergonhada e com pressa eu não
paro para atendê-lo.
JERY
Estou saindo da sala vip e uma mulher tromba comigo eu olho para ela e vejo uma mulher baixa,
com um rosto de feições muito bonitas, com lábios rosados e olhos amendoados
castanhos claros por detrás de óculos sem estilo. Ela me olha detidamente por
um momento e depois se endireita falando “Sorry” por duas vezes, saindo
apressadamente, enquanto isso eu vejo cair de seu bolso um celular, mas ela não
percebe. Acho que pela pressa ela sai sem olhar para trás, eu até lhe chamei,
mas a mesma seguiu corredor a fora. Minha reação foi contrária ao que eu faria
normalmente, eu pego o celular e deixo a Giulya com os dois seguranças para
trás, saindo apressado em seu encalço. Para minha surpresa conforme vou
avançando em direção a ela, percebo que está na espera do mesmo Gate que do meu
voo. Eu me aproximo, observando agora seu estilo de vestir, parece uma garota
do interior de uma fazenda com um casaco sobreposto, sem estilo certo, então
lhe toco no ombro e falo:
-Oi. Você deixou cair seu celular. (Ela me olha como que confusa e pega o celular sorrindo e fala.)
-Oh...Obrigada. (Seu sorriso acanhado é interessante, parece ser uma pessoa tímida. Ela passa a mão nos cabelos que são longos e castanhos com as pontas onduladas, eu gosto do estilo do cabelo. Mas, então ela perde a sua beleza como que instantaneamente quando eu sinto um perfume muito doce vindo dela. Sabe aquele tipo de garota doce, que usa perfume doce, aparência doce, sorriso doce, expressão doce? Pois eu detesto! Balançando minha cabeça aceitando seu agradecimento eu me afasto.)
GIULIA
Parece cena de dorama, o cara rico tromba com a garota pobre e ela fica impressionada com sua
beleza e envergonhada por sua torpeza. Mas, isso foi real e eu estou totalmente
sem graça e quero mais fugir da situação. Eu consigo alcançar o portão de
embarque e penso naquele homem de feições lindas, cabelo loiro médio mesclados,
uma barba por fazer bem delineada, um queixo quadrado com maxilar proeminente,
um nariz reto, olhos verdes tingidos com pontos âmbar, e uma boca carnuda
rosada, e que peito largo e forte que eu trombei, parecia até que fui parada
por uma porta que se abria.
Minutos depois...
Eu estou prestando atenção no placar e de repente sinto um toque em meu ombro, eu me viro e fico novamente aturdida.
-Oi. Você deixou cair seu celular. (Eu olho para ele e para a sua mão e pego meu celular sorrindo, ao elevar meu olhar para seu rosto me perco em seu rosto que é agradável de se olhar por sua beleza e só consigo falar.)
-Oh...Obrigada.
Nossa eu fiquei totalmente sem palavras e vejo ele me observar em silêncio e de repente ele somente
assente com a cabeça e se afasta. Vejo ele juntar-se a uma mulher loira muito
bonita, deve ser sua noiva ou esposa pelo jeito que ela coloca o braço nele e
conversa sorrindo. Ele é um tanto que sério, me parece ser aquele tio sisudo,
mas parece explicar o que aconteceu e agora ela está me olhando com ar de
superioridade, eu desvio o olhar e me viro para o placar e como falta muito para
ser chamada a minha fileira, eu me dirijo ao assento de espera.
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Atualizado até capítulo 163
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