Sobrevivente
Romeu Mancini, 32 anos, médico geriatra e cirurgião havia acabado de assumir parcialmente a rede de hospitais Mancini. Sua família era reconhecida em Liverpool, onde vivia com seu pai Afonso e sua mãe havia os abandonado quando o Romeu era pequeno e tinha lembranças muito vagas dela. Ele havia iniciado um namoro há alguns anos com a médica ginecologista, Esther Parker, mas pra ele há uns dias se deu conta que aquele sentimento havia se transformado novamente em apenas uma amizade, em todas as tentativas dele de terminar aquele relacionamento ela conseguia dar um jeito de não deixar ele concluir a consulta.
(Romeu Mancini, 32 anos)
(Esther Parker, 30 anos)
(Afonso Mancini, 49 anos)
Romeu: Bom dia, pessoal! -sorrindo e caminhando pelo hospital.
Afonso: Filho, está melhor?
Romeu: Sim, eu só precisava descansar um pouco. Como foi a cirurgia?
Afonso: Deu certo mas você é nosso chefe.
Romeu: Eu não sei estou pronto pra assumir tanta responsabilidade. Eu ainda não tenho...
Esther: Amor, bom dia! -sorrindo ao se aproximar.- Como vai, senhor Mancini?!
Romeu: Bom dia, Esther! -sorrindo fraco e desviando sutilmente quando ela tentou o beijar.- Tudo bem?
Esther: Tudo! -tentando disfarçar o desconforto.
Afonso: Esther, eu queria conversar com você sobre a área ginecológica daqui. Podemos?
Esther: Claro! Até mais, amor.
O Romeu sorriu com o máximo de entusiasmo que pôde ser capaz e seguiu para sua sala.
Ethan: E aí, cara?! Achei que não vinha?
Romeu: Te dei trabalho né? -cumprimentando-o.- Pode deixar que atendo seus pacientes de hoje.
Ethan: Não, claro que não! Relaxa, você está bem mesmo? Consegue atender hoje?
Romeu: Consigo.
Ethan: Não teve a conversa com a Esther, né?
Romeu: E ela deixa? Sabe o que não Consigo entender? Faz meses que... não temos nada... que ela sabe que não estamos bem e não deixar ser colocado um ponto final.
Ethan: Talvez ela tenha medo de perder a chefe da área ginecológica.
Romeu: Não! Isso não iria acontecer, eu não quero ser inimigo dela. Eu só...
Ethan: Boa sorte. Ela já mostrou que não vai facilitar.
Romeu: Obrigado!
Donatella: Com licença! -batendo na porta e entrando.- Seus pacientes estão aguardando.
Ethan: Já estou saindo. Um dia você ainda vai aceitar meu convite. -rindo e dando um beijo rápido na bochecha dela saindo de lá.
Romeu: Ele não vai desistir, Dona.
Donatella: Um dia! Eu estou torcendo pra isso. -rindo.- O senhor está melhor?
Romeu: Sim, obrigado! Eu vou chamar... -saindo com ela.- Senhor Roger?! -sorrindo e indo até o senhor de bengala.- Vamos?
Roger: Ah, meu filho! Que bom que chegou! -disse com sua voz fraca e um brilho no rosto.
Romeu: Achei que viria só mês que vem.
Roger: Vir a essa consulta é meu lazer. -rindo fraco e tossindo um pouco.
Romeu: Eu imagino que sim. Como está a esposa?
Ele entrou com o paciente na sala, serviu um pouco d'água e iniciou a consulta. Não tão longe dali uma garota de 18 anos chamada Paloma Bauer estava angustiada e disposta a sair da casa onde morava. Grávida, sem família e morando de favor na casa do pai do seu filho, Maxwell Máximo. A relação deles era péssima, violência física e piscologica era constante e algo que ela já estava acostumada. Estava com 8 meses de gestação e as dores e o inchaço estava deixando a relação com o pai de seu filho ainda pior. A família Máximo era conhecida por toda a cidade de Liverpool e arredores por seu escritório de advogacia tão requisitado contendo os melhores índices de vitórias no tribunal. Isso deixava o Maxwell ainda mais arrogante e Egoístas.
(Maxwell Máximo, 23 anos)
(Paloma Bauer, 18 anos)
(Lauren Máximo, 42 anos)
Maxwell: Levanta. -entrando no quarto da Paloma bastante irritado.
Paloma: Max, eu... estou muito... mal! -disse se mexendo na cama.- Eu... quase não dormi, estou com dor.
Maxwell: E daí? Eu te perguntei? Eu mandei você levantar.
Paloma: Por favor! -se encolhendo na cama e já com lágrimas nos olhos.
Maxwell: Você é muito folgada, sabia? Eu te dou tudo do bom e do melhor, te tirei da rua e é assim que me agradece? Além de ter ficado horrível com essa barriga e toda inchada... entenda que estou fazendo um favor...
A Paloma fechou os olhos e respirou fundo com a dor que sentiu na barriga.
Paloma: Eu já sei de tudo isso. -tentando se controlar e respirar fundo.- Poderia, por favor, só hoje...
Maxwell: Eu acabei de chegar e é assim que você acha que deve tratar seu homem? Eu mereço no mínimo... -indo na direção dela ainda mais irritado e ela se assustou.
Paloma: Tem razão! Tem razão! -ficando de pé com muita dificuldade e dor e o beijando.- Como foi a viagem, meu amor? -tentando sorrir e passar o mais natural possível nas palavras.
Maxwell: Melhorou. Uma merda mas deu pra aproveitar umas garotinhas por lá... Melhores que você e muito mais bonita mas tenho esperança que quando você tenha essa criança... volte a ficar gostosa como antes.
Paloma: Humrum. Quer que eu prepare um banho?
Maxwell: Olha, boa iniciativa... -segurando forte o rosto da Paloma e a beijando.- Vai logo.
Ela segurou as lágrimas, foi até o banheiro, deixou algumas lágrimas caírem enquanto preparava a banheira pra ele, enxugou seu rosto e saiu do banheiro.
Paloma: Está pronta.
Maxwell: Boa garota! -sorrindo maliciosamente e indo pro banheiro.- Eu tomarei meu banho sozinho mas depois eu quero você.
Ela sentiu um repulsa imediata e apenas assentiu saindo de lá rapidamente. Ela saiu do quarto e foi caminhando aos prantos, a mãe do Maxwell, Lauren Máximo, apenas a olhou e seguiu para seu quarto com sua indiferença.
(Elijah Gunes, 25 anos)
Elijah: Loma?! -indo até ela.- Ele te bateu outra vez?
Paloma: Não! E-eu estou bem. -engolindo o choro e tentando aparentar estar bem.
Elijah: Isso é um Absurdo, por favor! Não é um lugar adequado pra você criar uma criança.
Paloma: E o que você sugere? Que eu more na rua? -fungando.- Eli, eu vou dar um jeito.
Elijah: Você já não sai mais, está inchada e com dor... Por favor, eu te ajudo. Eu falei com minha tia Beatrice e ela vai te acolher na casa dela. Longe daqui.
Paloma: Aí! -mordendo o lábio e acariciando a sua própria barriga.- Eu aceito. Me tira logo daqui, por favor. Eu não aguento mais. -chorando sem parar.
Elijah: Fica calma. Fica aqui, eu vou pegar umas coisas e saímos.
Paloma: Vou te prejudicar?
Elijah: É hora de pensar no bebê, ok? -beijando a testa dela e saindo dali rapidamente.
Lauren: Algum problema? -disse a mãe do Maxell saindo de seu escritório.
Paloma: N-não senhora. -baixando a cabeça.
Maxwell: Tudo bem por aqui? -indo até elas e encarando a Paloma.- Você está chorando? Não acredito.
Lauren: Deixarei vocês se resolverem. Não exagere, filho. -sorrindo e voltando pro seu escritório.
Paloma: Não! Foi só um... -ela se encolheu ao ver a mão do Maxell levantar para lhe bater mais uma vez e fechou os olhos esperando a dor mas não sentiu nada.
Elijah: Você não vai encostar nela nunca mais. -segurando forte o braço do Maxell com muita raiva e indignação.
Maxwell: Como ousa...
Elijah: Entra no meu carro, Loma! Rápido!
Ela estava paralisada de olhos arregalados mas assim que ouviu a ordem do Elijah suas pernas obedeceram e ela foi o mais rápido possível pro carro.
Maxwell: Eu vou dizer pro Afonso demitir você seu insolente. -empurrando-o.- Paloma! -gritou tentando ir atrás da Paloma.
Ela desesperada viu que o Elijah havia deixado a chave no carro já pronto pra saírem então ela tomada pela adrenalina e o medo foi pro banco do motorista, ligou o carro e deu partida acelerando com tudo.
Elijah: Loma! -gritou tentando ir atrás.
Maxwell: Viu o que você fez? Está feliz? -olhando pros seguranças.- Sigam ela e não percam de vista. Quero ela aqui em uma hora. E você... Elijah... Terá o que merece.
Elijah: Claro, o cara que você chama de pai... Afonso Mancini é um verme igual a você. Mas não se preocupe, eu me demito. -tirando o palito que era sua farda, jogando ali mesmo e saindo da mansão enquanto tirava seus sapatos e meias.
Lauren: Filho! O que aconteceu? -indo até ele.- Cadê a grávida?
Maxwell: Eles vão trazer ela pra mim. Tentou fugir, acredita?
Lauren: Você da do bom e do melhor e a mal agradecida ainda foge?
Maxwell: Não se preocupe, mamãe. Vou dar um jeito nisso. Pode ligar pro Afonso e pedir pra ele vir hoje?
Lauren: Ele já me disse que vem. Eu ia até pedir pra você ir pra qualquer lugar por aí pois ele queria ficar com a mansão só pra gente sabe?!
Maxwell: Tudo que eu preciso é de uma noitada boa... as garotas de Madrid não são tão boas. -rindo.
Lauren: E você merece o melhor. -sorrindo.- Eu estava pensando, talvez seja melhor deixar essa garota pra lá. Arranjar uma mulher a sua altura...
Maxwell: Claro que não, ela é meu brinquedo favorito... não quero perder.
Lauren: Tudo bem, como você quiser. -beijando a bochecha dele e entrando na casa.
A Paloma estava sorrindo, gemendo baixo de dor e com uma sensação de liberdade que nunca havia sentido antes. Apesar disso começou a vir alguns carros e como ela não sabia dirigir foi jogando o carro pra onde não tinha carro até bater numa árvore e ficar desacordada. Os seguranças do Maxwell pararam o carro, foram até ela e tentaram retirá-la.
Elijah: Loma! -gritou ao ver o carro e os seguranças próximo.- Ah meu Deus! -correndo até eles.- O que aconteceu? -segurando ela nos braços.- Chamem a ambulância logo. -batendo leve no rosto dela.- Fala comigo, por favor! Me perdoa! Não foi isso que planejei. -disse desesperado tentando acorda-la e deixando as lágrimas escorrerem.
Paloma: Eli?! -disse sem forças.
Elijah: Oi, sou eu! Estou aqui. A ambulância já está vindo.
Paloma: Salva meu bebê.
Elijah: Cl-claro! -olhando pras pernas dela que estava com bastante sangue.- Vai ficar tudo bem... só fica comigo, tá? Qual o nome dela? Você lembra?
Paloma: Liz!
Elijah: Você odeia nomes grandes, não é?! -rindo fraco.- Ela vai nascer linda como você. Você vai ficar aqui comigo, vou te levar pra casa da Beatrice e ela vai cuidar de vocês.
Paloma: Não me deixa. -disse já perdendo o pouco das forças que restava.
Elijah: Não vou. Fala comigo... qual a cor do quarto dela? Pensou? -ficando mais tranquilo ao ver a ambulância parar ali perto.
Socorrista: Se afastem. -indo até ela.- O senhor é parente dela?
Elijah: Sou amigo.
Socorrista: Ela está grávida! Vamos logo.
Dois socorristas se aproximaram e colocaram ela na maca e a colocaram na ambulância. O Elijah ia seguir pro hospital mas foi parado pela polícia que queria saber sobre o acidente. Ele explicou, o policial perguntou se ele queria registrar queixa e disse que não. Após mais algumas perguntas, eles o liberaram, o seguro chegou para tirar o carro e ele foi pro hospital.
Esther: Pode deixar! -correndo em direção a Paloma.- Quem é?
Xxx: Ela bateu o carro, está grávida e...
Esther: Preparem o bloco cirúrgico, vamos fazer o parto agora.
Xxx: Acha que ainda...
Esther: Enquanto tiver chance, lutaremos pra salvar a vida dos dois. Levem ela. -indo pra sua sala.
O Romeu saiu do seu último atendimento criando coragem pra ter a conversa definitvamente com a Esther e foi até sua sala.
Esther: Oi, meu amor! Chegou uma grávida, preciso ir pro bloco cirúrgico fazer o parto. -o beijando.- Nos falamos depois.
Romeu: Posso acompanhar?
Esther: Pode. -saindo com ele da sala rapidamente e seguindo pra sala se preparando pra cirugia.
Romeu: Onde está os parentes dela? -fazendo o mesmo.
Esther: Não sei, apareceu apenas um amigo dela.
Romeu: Vamos então.
Esther: Eu amo quando você me assiste. -sorrindo.
Romeu: Você é uma excelente profissional, Esther. -sorrindo fraco.
Eles seguiram pro centro cirúrgico e a Paloma estava ainda desacordada. O Elijah chegou perguntando por ela e foi até a sala de espera aflito e em seguida o Maxwell chegou com a Lauren.
Maxwell: Viu só o que fez?
Lauren: A Esther está fazendo a cirurgia.
Maxwell: Quem é Esther? Isso é bom por qual motivo?
Lauren: Esther é namorada do filho do Afonso e uma das melhores na área.
Maxwell: Se ela perder meu filho...
Elijah: Fala como se gostasse do bebê. Quando eles saírem desse hospital eles vão comigo.
Maxwell: Veremos.
Lauren: Silêncio, estou tentando pensar. Se você abrir a boca pra falar alguma coisa sobre nosso envolvimento com o Afonso...
Elijah: Jamais faria isso. Não sei qual de vocês é pior então... eu só quero me ver livre de vocês e tirar a Loma disso.
Maxwell: Você não está querendo a minha mulher...
Lauren: Chega, vocês dois! Não é o momento pra briguinhas ridículas.
Ela viu o Afonso e ele logo sorriu discretamente. Ela o seguiu com cuidado e entrou em sua sala.
Afonso: Não aguentou me esperar? Você sabe que eu não quero que o Romeu... -sendo beijado por ela.
Lauren: Óbvio, não vou estragar nada... A Paloma está aqui.
Afonso: Ela já teve bebê?
Lauren: Ela sofreu um acidente de carro e a Esther está fazendo o parto de emergência tentando salvar a criança.
Afonso: Sinto muito. Ela está bem? Eles correrem algum risco? Eu vou procurar saber...
Lauren: Eu queria pedir uma coisa.
Afonso: Claro! Não se preocupe com nada... o hospital...
Lauren: Não! Eu quero saber antes de todos sobre a situação do bebê e até eu avisar a todos quero que nem o Max e nem o Elijah fiquem sabendo se ele sobreviveu ou não. Inclusive a Paloma. Não quero ninguém além da Esther, a equipe que está lá, eu e você saibam até eu resolver tudo, ok?
Afonso: Claro, meu amor. Como quiser. -abraçando-a.- Sei que está nervosa... eu prometo que... mais um pouco e eu assumo nosso amor pra todo mundo.
Lauren: Eu sei que meu marido morreu há pouco tempo e as pessoas nos julgariam achando que isso aconteceu enquanto ele ainda estava vivo.
Afonso: O James era um grande homem e as vezes até eu me sinto...
Lauren: Hey, ele queria me ver feliz e tenho certeza que o melhor amigo dele também.
Afonso: Eu sei! -beijando-a.- Eu vou procurar saber sobre tudo e te chamo quando tiver noticia concreta.
Lauren: Obrigada.
O Afonso saiu com ela e discretamente cada um seguiu para uma direção.
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Atualizado até capítulo 110
Comments
Sonia Beatris
começando a ler,05/08/24
2024-08-05
2
Aline Linno
Começando a a ler hoje 👉🏻 29 de junho 2024! ✨💅🏻
2024-06-30
1
Luzia Helena
começando a ler agora
2024-03-23
1