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Sobrevivente

Capítulo 01

Romeu Mancini, 32 anos, médico geriatra e cirurgião havia acabado de assumir parcialmente a rede de hospitais Mancini. Sua família era reconhecida em Liverpool, onde vivia com seu pai Afonso e sua mãe havia os abandonado quando o Romeu era pequeno e tinha lembranças muito vagas dela. Ele havia iniciado um namoro há alguns anos com a médica ginecologista, Esther Parker, mas pra ele há uns dias se deu conta que aquele sentimento havia se transformado novamente em apenas uma amizade, em todas as tentativas dele de terminar aquele relacionamento ela conseguia dar um jeito de não deixar ele concluir a consulta.

(Romeu Mancini, 32 anos)

(Esther Parker, 30 anos)

(Afonso Mancini, 49 anos)

Romeu: Bom dia, pessoal! -sorrindo e caminhando pelo hospital.

Afonso: Filho, está melhor?

Romeu: Sim, eu só precisava descansar um pouco. Como foi a cirurgia?

Afonso: Deu certo mas você é nosso chefe.

Romeu: Eu não sei estou pronto pra assumir tanta responsabilidade. Eu ainda não tenho...

Esther: Amor, bom dia! -sorrindo ao se aproximar.- Como vai, senhor Mancini?!

Romeu: Bom dia, Esther! -sorrindo fraco e desviando sutilmente quando ela tentou o beijar.- Tudo bem?

Esther: Tudo! -tentando disfarçar o desconforto.

Afonso: Esther, eu queria conversar com você sobre a área ginecológica daqui. Podemos?

Esther: Claro! Até mais, amor.

O Romeu sorriu com o máximo de entusiasmo que pôde ser capaz e seguiu para sua sala.

Ethan: E aí, cara?! Achei que não vinha?

Romeu: Te dei trabalho né? -cumprimentando-o.- Pode deixar que atendo seus pacientes de hoje.

Ethan: Não, claro que não! Relaxa, você está bem mesmo? Consegue atender hoje?

Romeu: Consigo.

Ethan: Não teve a conversa com a Esther, né?

Romeu: E ela deixa? Sabe o que não Consigo entender? Faz meses que... não temos nada... que ela sabe que não estamos bem e não deixar ser colocado um ponto final.

Ethan: Talvez ela tenha medo de perder a chefe da área ginecológica.

Romeu: Não! Isso não iria acontecer, eu não quero ser inimigo dela. Eu só...

Ethan: Boa sorte. Ela já mostrou que não vai facilitar.

Romeu: Obrigado!

Donatella: Com licença! -batendo na porta e entrando.- Seus pacientes estão aguardando.

Ethan: Já estou saindo. Um dia você ainda vai aceitar meu convite. -rindo e dando um beijo rápido na bochecha dela saindo de lá.

Romeu: Ele não vai desistir, Dona.

Donatella: Um dia! Eu estou torcendo pra isso. -rindo.- O senhor está melhor?

Romeu: Sim, obrigado! Eu vou chamar... -saindo com ela.- Senhor Roger?! -sorrindo e indo até o senhor de bengala.- Vamos?

Roger: Ah, meu filho! Que bom que chegou! -disse com sua voz fraca e um brilho no rosto.

Romeu: Achei que viria só mês que vem.

Roger: Vir a essa consulta é meu lazer. -rindo fraco e tossindo um pouco.

Romeu: Eu imagino que sim. Como está a esposa?

Ele entrou com o paciente na sala, serviu um pouco d'água e iniciou a consulta. Não tão longe dali uma garota de 18 anos chamada Paloma Bauer estava angustiada e disposta a sair da casa onde morava. Grávida, sem família e morando de favor na casa do pai do seu filho, Maxwell Máximo. A relação deles era péssima, violência física e piscologica era constante e algo que ela já estava acostumada. Estava com 8 meses de gestação e as dores e o inchaço estava deixando a relação com o pai de seu filho ainda pior. A família Máximo era conhecida por toda a cidade de Liverpool e arredores por seu escritório de advogacia tão requisitado contendo os melhores índices de vitórias no tribunal. Isso deixava o Maxwell ainda mais arrogante e Egoístas.

(Maxwell Máximo, 23 anos)

(Paloma Bauer, 18 anos)

(Lauren Máximo, 42 anos)

Maxwell: Levanta. -entrando no quarto da Paloma bastante irritado.

Paloma: Max, eu... estou muito... mal! -disse se mexendo na cama.- Eu... quase não dormi, estou com dor.

Maxwell: E daí? Eu te perguntei? Eu mandei você levantar.

Paloma: Por favor! -se encolhendo na cama e já com lágrimas nos olhos.

Maxwell: Você é muito folgada, sabia? Eu te dou tudo do bom e do melhor, te tirei da rua e é assim que me agradece? Além de ter ficado horrível com essa barriga e toda inchada... entenda que estou fazendo um favor...

A Paloma fechou os olhos e respirou fundo com a dor que sentiu na barriga.

Paloma: Eu já sei de tudo isso. -tentando se controlar e respirar fundo.- Poderia, por favor, só hoje...

Maxwell: Eu acabei de chegar e é assim que você acha que deve tratar seu homem? Eu mereço no mínimo... -indo na direção dela ainda mais irritado e ela se assustou.

Paloma: Tem razão! Tem razão! -ficando de pé com muita dificuldade e dor e o beijando.- Como foi a viagem, meu amor? -tentando sorrir e passar o mais natural possível nas palavras.

Maxwell: Melhorou. Uma merda mas deu pra aproveitar umas garotinhas por lá... Melhores que você e muito mais bonita mas tenho esperança que quando você tenha essa criança... volte a ficar gostosa como antes.

Paloma: Humrum. Quer que eu prepare um banho?

Maxwell: Olha, boa iniciativa... -segurando forte o rosto da Paloma e a beijando.- Vai logo.

Ela segurou as lágrimas, foi até o banheiro, deixou algumas lágrimas caírem enquanto preparava a banheira pra ele, enxugou seu rosto e saiu do banheiro.

Paloma: Está pronta.

Maxwell: Boa garota! -sorrindo maliciosamente e indo pro banheiro.- Eu tomarei meu banho sozinho mas depois eu quero você.

Ela sentiu um repulsa imediata e apenas assentiu saindo de lá rapidamente. Ela saiu do quarto e foi caminhando aos prantos, a mãe do Maxwell, Lauren Máximo, apenas a olhou e seguiu para seu quarto com sua indiferença.

(Elijah Gunes, 25 anos)

Elijah: Loma?! -indo até ela.- Ele te bateu outra vez?

Paloma: Não! E-eu estou bem. -engolindo o choro e tentando aparentar estar bem.

Elijah: Isso é um Absurdo, por favor! Não é um lugar adequado pra você criar uma criança.

Paloma: E o que você sugere? Que eu more na rua? -fungando.- Eli, eu vou dar um jeito.

Elijah: Você já não sai mais, está inchada e com dor... Por favor, eu te ajudo. Eu falei com minha tia Beatrice e ela vai te acolher na casa dela. Longe daqui.

Paloma: Aí! -mordendo o lábio e acariciando a sua própria barriga.- Eu aceito. Me tira logo daqui, por favor. Eu não aguento mais. -chorando sem parar.

Elijah: Fica calma. Fica aqui, eu vou pegar umas coisas e saímos.

Paloma: Vou te prejudicar?

Elijah: É hora de pensar no bebê, ok? -beijando a testa dela e saindo dali rapidamente.

Lauren: Algum problema? -disse a mãe do Maxell saindo de seu escritório.

Paloma: N-não senhora. -baixando a cabeça.

Maxwell: Tudo bem por aqui? -indo até elas e encarando a Paloma.- Você está chorando? Não acredito.

Lauren: Deixarei vocês se resolverem. Não exagere, filho. -sorrindo e voltando pro seu escritório.

Paloma: Não! Foi só um... -ela se encolheu ao ver a mão do Maxell levantar para lhe bater mais uma vez e fechou os olhos esperando a dor mas não sentiu nada.

Elijah: Você não vai encostar nela nunca mais. -segurando forte o braço do Maxell com muita raiva e indignação.

Maxwell: Como ousa...

Elijah: Entra no meu carro, Loma! Rápido!

Ela estava paralisada de olhos arregalados mas assim que ouviu a ordem do Elijah suas pernas obedeceram e ela foi o mais rápido possível pro carro.

Maxwell: Eu vou dizer pro Afonso demitir você seu insolente. -empurrando-o.- Paloma! -gritou tentando ir atrás da Paloma.

Ela desesperada viu que o Elijah havia deixado a chave no carro já pronto pra saírem então ela tomada pela adrenalina e o medo foi pro banco do motorista, ligou o carro e deu partida acelerando com tudo.

Elijah: Loma! -gritou tentando ir atrás.

Maxwell: Viu o que você fez? Está feliz? -olhando pros seguranças.- Sigam ela e não percam de vista. Quero ela aqui em uma hora. E você... Elijah... Terá o que merece.

Elijah: Claro, o cara que você chama de pai... Afonso Mancini é um verme igual a você. Mas não se preocupe, eu me demito. -tirando o palito que era sua farda, jogando ali mesmo e saindo da mansão enquanto tirava seus sapatos e meias.

Lauren: Filho! O que aconteceu? -indo até ele.- Cadê a grávida?

Maxwell: Eles vão trazer ela pra mim. Tentou fugir, acredita?

Lauren: Você da do bom e do melhor e a mal agradecida ainda foge?

Maxwell: Não se preocupe, mamãe. Vou dar um jeito nisso. Pode ligar pro Afonso e pedir pra ele vir hoje?

Lauren: Ele já me disse que vem. Eu ia até pedir pra você ir pra qualquer lugar por aí pois ele queria ficar com a mansão só pra gente sabe?!

Maxwell: Tudo que eu preciso é de uma noitada boa... as garotas de Madrid não são tão boas. -rindo.

Lauren: E você merece o melhor. -sorrindo.- Eu estava pensando, talvez seja melhor deixar essa garota pra lá. Arranjar uma mulher a sua altura...

Maxwell: Claro que não, ela é meu brinquedo favorito... não quero perder.

Lauren: Tudo bem, como você quiser. -beijando a bochecha dele e entrando na casa.

A Paloma estava sorrindo, gemendo baixo de dor e com uma sensação de liberdade que nunca havia sentido antes. Apesar disso começou a vir alguns carros e como ela não sabia dirigir foi jogando o carro pra onde não tinha carro até bater numa árvore e ficar desacordada. Os seguranças do Maxwell pararam o carro, foram até ela e tentaram retirá-la.

Elijah: Loma! -gritou ao ver o carro e os seguranças próximo.- Ah meu Deus! -correndo até eles.- O que aconteceu? -segurando ela nos braços.- Chamem a ambulância logo. -batendo leve no rosto dela.- Fala comigo, por favor! Me perdoa! Não foi isso que planejei. -disse desesperado tentando acorda-la e deixando as lágrimas escorrerem.

Paloma: Eli?! -disse sem forças.

Elijah: Oi, sou eu! Estou aqui. A ambulância já está vindo.

Paloma: Salva meu bebê.

Elijah: Cl-claro! -olhando pras pernas dela que estava com bastante sangue.- Vai ficar tudo bem... só fica comigo, tá? Qual o nome dela? Você lembra?

Paloma: Liz!

Elijah: Você odeia nomes grandes, não é?! -rindo fraco.- Ela vai nascer linda como você. Você vai ficar aqui comigo, vou te levar pra casa da Beatrice e ela vai cuidar de vocês.

Paloma: Não me deixa. -disse já perdendo o pouco das forças que restava.

Elijah: Não vou. Fala comigo... qual a cor do quarto dela? Pensou? -ficando mais tranquilo ao ver a ambulância parar ali perto.

Socorrista: Se afastem. -indo até ela.- O senhor é parente dela?

Elijah: Sou amigo.

Socorrista: Ela está grávida! Vamos logo.

Dois socorristas se aproximaram e colocaram ela na maca e a colocaram na ambulância. O Elijah ia seguir pro hospital mas foi parado pela polícia que queria saber sobre o acidente. Ele explicou, o policial perguntou se ele queria registrar queixa e disse que não. Após mais algumas perguntas, eles o liberaram, o seguro chegou para tirar o carro e ele foi pro hospital.

Esther: Pode deixar! -correndo em direção a Paloma.- Quem é?

Xxx: Ela bateu o carro, está grávida e...

Esther: Preparem o bloco cirúrgico, vamos fazer o parto agora.

Xxx: Acha que ainda...

Esther: Enquanto tiver chance, lutaremos pra salvar a vida dos dois. Levem ela. -indo pra sua sala.

O Romeu saiu do seu último atendimento criando coragem pra ter a conversa definitvamente com a Esther e foi até sua sala.

Esther: Oi, meu amor! Chegou uma grávida, preciso ir pro bloco cirúrgico fazer o parto. -o beijando.- Nos falamos depois.

Romeu: Posso acompanhar?

Esther: Pode. -saindo com ele da sala rapidamente e seguindo pra sala se preparando pra cirugia.

Romeu: Onde está os parentes dela? -fazendo o mesmo.

Esther: Não sei, apareceu apenas um amigo dela.

Romeu: Vamos então.

Esther: Eu amo quando você me assiste. -sorrindo.

Romeu: Você é uma excelente profissional, Esther. -sorrindo fraco.

Eles seguiram pro centro cirúrgico e a Paloma estava ainda desacordada. O Elijah chegou perguntando por ela e foi até a sala de espera aflito e em seguida o Maxwell chegou com a Lauren.

Maxwell: Viu só o que fez?

Lauren: A Esther está fazendo a cirurgia.

Maxwell: Quem é Esther? Isso é bom por qual motivo?

Lauren: Esther é namorada do filho do Afonso e uma das melhores na área.

Maxwell: Se ela perder meu filho...

Elijah: Fala como se gostasse do bebê. Quando eles saírem desse hospital eles vão comigo.

Maxwell: Veremos.

Lauren: Silêncio, estou tentando pensar. Se você abrir a boca pra falar alguma coisa sobre nosso envolvimento com o Afonso...

Elijah: Jamais faria isso. Não sei qual de vocês é pior então... eu só quero me ver livre de vocês e tirar a Loma disso.

Maxwell: Você não está querendo a minha mulher...

Lauren: Chega, vocês dois! Não é o momento pra briguinhas ridículas.

Ela viu o Afonso e ele logo sorriu discretamente. Ela o seguiu com cuidado e entrou em sua sala.

Afonso: Não aguentou me esperar? Você sabe que eu não quero que o Romeu... -sendo beijado por ela.

Lauren: Óbvio, não vou estragar nada... A Paloma está aqui.

Afonso: Ela já teve bebê?

Lauren: Ela sofreu um acidente de carro e a Esther está fazendo o parto de emergência tentando salvar a criança.

Afonso: Sinto muito. Ela está bem? Eles correrem algum risco? Eu vou procurar saber...

Lauren: Eu queria pedir uma coisa.

Afonso: Claro! Não se preocupe com nada... o hospital...

Lauren: Não! Eu quero saber antes de todos sobre a situação do bebê e até eu avisar a todos quero que nem o Max e nem o Elijah fiquem sabendo se ele sobreviveu ou não. Inclusive a Paloma. Não quero ninguém além da Esther, a equipe que está lá, eu e você saibam até eu resolver tudo, ok?

Afonso: Claro, meu amor. Como quiser. -abraçando-a.- Sei que está nervosa... eu prometo que... mais um pouco e eu assumo nosso amor pra todo mundo.

Lauren: Eu sei que meu marido morreu há pouco tempo e as pessoas nos julgariam achando que isso aconteceu enquanto ele ainda estava vivo.

Afonso: O James era um grande homem e as vezes até eu me sinto...

Lauren: Hey, ele queria me ver feliz e tenho certeza que o melhor amigo dele também.

Afonso: Eu sei! -beijando-a.- Eu vou procurar saber sobre tudo e te chamo quando tiver noticia concreta.

Lauren: Obrigada.

O Afonso saiu com ela e discretamente cada um seguiu para uma direção.

Capítulo 02

A Lauren voltou para a sala de espera e o Elijah estava distante deles, ele sabia que não era capaz de ir contra eles mas não iria aceitar que obrigasse a Paloma a voltar pra mansão Máximo. A Paloma estava voltando a consciência no meio da cirurgia e o Romeu estava próximo dela então ela o olhou fixamente.

Paloma: Meu bebê! -disse lentamente.

Romeu: Está tudo bem. -indo pra mais perto dela.- Ele está nascendo.

Paloma: O que aconteceu?! -disse confusa ainda com lentidão no raciocínio.

Romeu: Olha só, porque não me conta se é menina ou menino?

Paloma: Menina! -sorrindo.- Liz!

Romeu: Um belo nome.

Paloma: Onde está o Elijah?

Romeu: Não sei quem é mas posso chamar se ele estiver aqui. É o pai da Liz?

Paloma: Não! Não chama o pai dela. -disse com o olhar desesperado.

Romeu: Calma! Não vou chamar! Vou tentar achar o Elijah.

Paloma: Eu tô morrendo? Eu quero a Liz viva. Seu eu morrer...

Romeu: Ninguém vai morrer aqui. -sorrindo.- Pode confiar em mim.

Paloma: O-o-obrigada.

Eles ficaram se olhando, ambos deram um sorriso fraco e o Afonso entrou no bloco cirúrgico. Ele foi até a Esther, falou em seu ouvido e logo saiu. O Romeu achou estranho pois isso nunca aconteceu como foi algo de urgência talvez ele tivesse passando alguma informação pra ela então ele seguiu ali. O Romeu viu a Liz nascer e voltou pra perto da Paloma alegremente mas não ouviu o choro da Liz. Ele observou a sala e logo notou que a bebê já não estava mais ali.

Paloma: Cadê? Cadê a Liz?

Romeu: Fique calma para finalizar o procedimento, vou chamar o Elijah.

Paloma: Obrigada! -fechando os olhos.- Liz?!

O Romeu saiu rapidamente da sala e foi até a recepção.

Romeu: Elijah?! -falando alto enquanto passava pelas pessoas.

Elijah: Sim! -ficando de pé.- Sou eu, como está a Loma? A Liz?

Romeu: Ela quer muito ver você.

Elijah: Vou. Ela está bem? E a Liz?!

Maxwell: Não! Eu que vou. Eu sou o pai da criança e o marido dela.

Elijah: Marido?

Romeu: Sinto muito, ela chamou pelo Elijah e só posso permitir um a entrar.

Lauren: Nasceu?

Romeu: Sim! Vamos, Elijah?!

Elijah: Por favor! -indo com ele.

Maxwell: Mãe, eu que deveria ir.

Lauren: Você sabe que a Paloma depende totalmente de você.

Esther: Senhora Máximo?

Lauren: Esther! -sorrindo e a cumprimentando.- Eu volto logo, filho! -indo pra sala da Esther com ela.

Esther: Eu não entendi porque eu não deveria mostrar a bebê pra Paloma? A Liz nasceu muito saudável e...

Lauren: Quem mais sabe?

Esther: Além de mim e do senhor Afonso apenas a enfermeira que a levou para o banho e para os exames inicias.

Lauren: Você confia nessa enfermeira?

Esther: Sim! Com certeza! -sentando a mesa e a Lauren sentou em sua frente.

Lauren: Quero dê um jeito nessa criança.

Esther: Desculpe, não entendi! Jeito?

Lauren: Não seja boba! -tirando um envelope da bolsa e colocando na mesa.- Pode entregar isso a enfermeira. Acredito que saberão o que fazer com a bebê. Já que ela é uma bebê saudável não deve ser difícil de ser...

Esther: Ok, a Paloma não aparentou querer doar a criança. -empurrando o envelope para a Lauren.- O Afonso não comentou...

Lauren: O Afonso não saberá... Aliás... ninguém saberá do nosso segredo.

Esther: Lauren...

Lauren: Eu guardo seu segredo há muito tempo... E posso continuar assim. Claro, posso te ajudar a casar mais rápido com o Romeu... e...

Esther: Lauren, agradeço pelo que faz guardando meu segredo mas sinceramente... o que quer fazer? Eu não...

Lauren: Você fará o que eu vou dizer pra fazer...

A Esther estava indignada com tudo o que a Lauren falava, ela tentava argumentar mas a Lauren estava irredutível. A Paloma estava no quarto, um pouco zonza e uma enfermeira ainda fazia alguns curativos nos seus ferimentos mais superficiais.

Paloma: Eli, por favor! Cadê a Liz? -disse angustiada.

Elijah: Vão trazer.

O Romeu passou pelo quarto da Paloma e notou que ela não estava com a Liz, ele caminhou até o berçário e não encontrou.

Romeu: Esther! -encostando ela meio transtornada.

Esther: Romeu! -o abraçando forte.

Romeu: O que aconteceu?! -retribuindo o abraço.- O que foi?

Esther: Eu... não vou conseguir! -soluçando de chorar.

Romeu: Está me assustando! Vem aqui. -indo abraçado com ela até a sala dela e tentando acalma-la.

A Lauren entrou com o Maxwell no quarto da Paloma e ela se assustou.

Paloma: O que eles estão fazendo aqui, Eli?! -apertando a mão dele.

Maxwell: Ela não sabe ainda?

Lauren: Não, pedi que ela soubesse por nós.

Maxwell: Então... você conta. -sentando no sofá e olhando fixamente pra Paloma que estava com medo.

Paloma: Conta o que? Me deixa em paz, me deixa! Por favor! Eu prometo que não vou procurar vocês nunca mais pra nada, né Eli?!

Maxwell: Não abre a merd* dessa boca seu cretino. Acha que eu não sei que dava encima da minha mulher na minha casa... - olhando-o furioso.

Paloma: Somos amigos, Maxwell!

Lauren: Não é o momento de brigas, por favor! -indo até a cama da Paloma.- Querida...

Paloma: Querida?! -olhando assustada.- Eli, o que está acontecendo?

Elijah: Calma, você não pode se alterar...

Lauren: Eu preciso te contar uma coisa e que seja forte como sempre foi.

Paloma: Não! -colocando a mão no peito.- Não! Eli, o que ela tá falando... Eli! -puxando a roupa do Elijah.- Fala! -chorando.

Elijah: Não sei! Lauren, por favor! Ela não está totalmente recuperada, ela está precisando descansar pra receber a...

Lauren: E-ela... -olhando pro Maxwell.- Ela não vem.

Paloma: Para! Do que você está falando? Eli, ela tá mentindo não é?! -puxando mais a roupa dele.- Eu confio em você... fala pra mim.

Elijah: A senhora... -sentando na cama da Paloma e a abraçou.

Lauren: Ela não está entre nós mais.

Paloma: Não! -gritando desesperada.- Elijah, trás a minha Liz! Trás ela! -soluçando.

Lauren: Sinto muito!

Paloma: Sente? Você nunca quis minha filha! -desesperada.- Não pode ser! -sendo abraçada pelo Elijah.- Não deixa isso acontecer! Por favor!

Lauren: Eu não era a favor realmente, nunca gostei da sua relação com meu filho mas... eu posso imaginar a dor. Não sou tão amarga a ponto de não entender sua dor. Não posso me imaginar sem o meu menino. -olhando pro Maxwell.- Eu queria saber se... posso tratar dos... assuntos delicados.

Paloma: Como assim? Que assunto? -soluçando de chorar.

Lauren: Pensei em deixá-la descansar num lugar bonito...

Elijah: Faça isso! Agora saiam, por favor! -beijando o topo da cabeça da Paloma sem conter suas próprias lágrimas.

Lauren: Sinto muito.

A Lauren saiu de lá com o Maxwell que permaneceu inabalável, pouco depois o Romeu bateu na porta e o Elijah autorizou a entrada dele.

Elijah: Olá, doutor.

Romeu: Não vou perguntar se estão bem pois sei bem da resposta.

Paloma: Você... você viu a Liz? -olhando pra ele enquanto soluçava.

Romeu: Vi rapidamente. -indo até ela.- Você não fazia acompanhamentos regulares, não é?

Paloma: N-não porque... -disse trêmula e sendo consolada pelo Elijah.

Romeu: Eu sou geriatra, minha especialidade não é bem essa mas a minha namorada fez seu parto. Ela está muito abalada, eu gostaria que soubesse que solidarizo com sua dor. Não tenho filhos mas aqui vemos bastante coisa acontecer. -segurando a mão dela.- Quero que saiba que pode contar comigo pro que precisar, temos excelentes psicólogas que vão te acompanhar nesse momento.

Paloma: Eu juro que... eu tentei...

Elijah: A culpa não é sua! Vamos passar por isso juntos.

Esther: Paloma?! -entrando devagar e ficando ao lado do Romeu.- Eu vou fazer seu pós operatório. -baixando a cabeça.- Sinto muito. -disse com a voz embargada.

Romeu: Querem que eu saia? -acariciando o braço da Esther.

Paloma: Não, eu lembro de você me ajudando lá... Você me acalmou. -sorrindo entre o choro.- Esther, você viu... a minha filha?! Eu não entendo! -soluçando de chorar.

Esther: Preciso que descanse.

~ Alguns meses depois ~

A Paloma seguia com tratamento piscologico, estava morando na casa da tia do Elijah com ele, o Romeu e a Esther estavam tentando salvar o relacionamento deles e agora eram muito amigos da Paloma e do Elijah.

Beatrice: Loma, o Romeu chegou. -entrando no quarto da Paloma.

Paloma: Ele não entrou?

Beatrice: Não. O Elijah ligou e disse que não vem dormir em casa hoje.

Paloma: Ele me disse. Eu vou encontrar a Esther depois, você não quer ir?

Beatrice: Não! -beijando a bochecha dela.- qualquer coisa me liga.

Paloma: Ok. Obrigada por tudo! -saindo de casa e indo até o carro do Romeu.- Boa tarde, Rô!

Romeu: Está bem?

Paloma: Melhor que ontem. Obrigada por aceitar me acompanhar.

Romeu: Eu disse que estaria sempre do seu lado, relaxa, magrela! -sorrindo fraco e dando partida.- Conseguiu o emprego?

Paloma: Eles ficaram de dar resposta essa semana mas como tantos nunca retornaram. -suspirando.

Ele deu partida e seguiram até o cemitério. Eles entraram, compraram algumas flores e ela seguiu com ele até o túmulo da Liz.

Paloma: Oi, meu amor! -sentando no gramado ao lado de onde tinha o nome da Liz e ela colocou o buquê de rosas.- Eu sinto sua falta, sabia?! -fungando.

Romeu: Estou aqui. -tocando o ombro da Paloma e ela segurou sua mão.

Paloma: Vou ficar um pouco com ela, tá?

Romeu: Tá certo. Vou sentar ali, no seu tempo, ok?!

Paloma: Obrigada! -esperando ele sair e acaricando novamente cada centímetro do túmulo dela.- Sonhei com você. -sorrindo enquanto as lágrimas escorriam.- Dizem que isso passa mas só aumenta.

Ela ficou ali chorando, conversando sozinha e arrumando as flores de várias formas. O Romeu ficava observando a Paloma e tentava conter sua emoção. Após um tempo a Paloma caminhou até o banco onde o Romeu estava, colocou a cabeça no ombro dele, ele a abraçou e entregou a ela uma garrafa de água.

Paloma: Obrigada! -bebendo a água e se acalmando.- A Esther já está livre?

Romeu: Não, temos uns minutos.

Paloma: Podemos ir? -fungando.

Romeu: Sim! -ficando de pé.- Um minuto. -indo até o túmulo da Liz, se abaixando e colocando uma rosa.- Eu estou cuidando da sua mãe e farei isso sempre. Sentimos sua falta! -respirando fundo e voltando pra perto da Paloma.- Vamos!

Paloma: Obrigada por me acompanhar aqui. É muito importante pra mim.

Romeu: Pra mim também. O Max e a Lauren não falou mais?

Paloma: Não, as vezes o Maxwell manda mensagem mas eu o ignoro.

Romeu: Bom! Melhor assim.

Eles foram pro carro e seguiram conversando até o hospital. A Esther entrou no banco do passageiro e eles seguiram para a praia como combinado.

Capítulo 03

No dia seguinte o Elijah voltou pra casa e a Paloma estava em seu trabalho.

Elijah: Tia? Loma? -entrando em casa e sentando no sofá.

Beatrice: Oi, querido! A amiga da Loma está aqui.

Elijah: Marjorie?! -ficando de pé.

Beatrice: Sim! -rindo baixo.- Ela é meio doidinha né?

Elijah: Bastante. -rindo.- Onde está a Loma?

Beatrice: Ela foi chamada pra começar naquela loja chique do shopping.

Elijah: Vamos comemorar então. -sorrindo.- Eu vou falar com a Mar! -beijando a bochecha da Beatrice.- Tá cheirosa... -rindo e piscando pra ela enquanto se afastava e ia para o pequeno jardim nos fundos da casa.- Mar?

(Marjorie Benittes, 20 anos)

Marjorie: E aí, bonitão? Se arrastando pela bruxa do 71?

Elijah: Você não tem jeito, né?! -rindo.- Fui a trabalho.

Marjorie: Não respondeu a minha pergunta.

Elijah: Você sabe a resposta.

Marjorie: Olha, pensei numa estratégia -se virando pra ele e se encostando em uma das mesas onde ficavam algumas plantas.- Quando eu gostar de um cara, vou pisar nele e comer seu coração... É assim que vocês preferem né?

Elijah: Ok! Entendi! -baixando a cabeça.- É mais forte que eu, tá? Mas dessa vez será diferente.

Marjorie: Pela sua cara presumo que seja da parte dela.

Elijah: Ela casou com o ricão lá. Nem foi falar comigo... -suspirando.

Marjorie: Own! Vai chorar?! -rindo e levantando a cabeça dele.- Você é muito mais que isso. Que isso!? Lindo, gostoso, inteligente, tem uma conversa boa... -colocando os braços em volta do pescoço dele.- Só preciso descobrir se beija bem.

Beatrice: Trouxe chá! -pigarreando fazendo a Marjorie pular pra longe do Elijah e voltar a mexer nas plantas.- Aceitam?

Elijah: É... sim! -engolindo em seco ficando confuso com a atitude dela.

Marjorie: Obrigado, Bia! Bom, acho que ela vai trabalhar o dia todo, eu volto outra hora. Fica bem, Eli! -beijando demoradamente a bochecha dele.

Elijah: Valeu, Mar! -sorrindo fraco e suspirando.- Eu te levo até a porta.

Marjorie: Não precisa, eu sei onde fica a pronta e não se preocupem que eu volto sempre. -rindo, dando um beijo na bochecha da Beatrice e saindo de lá rapidamente.

Beatrice: Você e a...

Elijah: Nada a ver! Quer dizer... você acha... que ela...

Beatrice: Primeiro tem que tirar a Daphne.

Elijah: Eu sei! Você me dizia que quando eu sentisse algo forte por alguém eu...

Beatrice: Dizia... -brindando com ele e tomando o chá ao mesmo tempo que ele.- Mas se a pessoa retribuisse o sentimento, meu menino. -tocando o rosto dele.- Não se machuque mais.

Elijah: Não vou. Eu voltei decidido a mudar, a seguir minha vida. Eu namorei com ela já tanto tempo atrás... e... só hoje percebi que ela não é mais a garota que eu procurava e sou apaixonado.

Beatrice: Vai descansar! Eu farei um jantar especial pra comemorarmos.

Elijah: Posso chamar o Romeu e a Esther?

Beatrice: Claro! -sorrindo.

Elijah: Vou mandar mensagem. Vou dormir um pouco e antes dela chegar você me chama.

Beatrice: Chamo! Descansa, meu bem.

Ele beijou o topo da cabeça dela e foi pro seu quarto. Ele enviou mensagem pro Romeu que logo aceitou e chamou a Esther que concordou. O Romeu estava trabalhando mas a Esther já não estava mais no hospital e foi encontrar a Lauren.

Lauren: Entra, querida! -sorrindo.

Esther: Está sozinha? -entrando na sala dela no empresarial de advogacia da família Máximo.

Lauren: Sim! O que houve?

Esther: Não dá mais, Lauren! Eu não aguento mais olhar pra Paloma. -disse desesperada e sentando no pequeno sofá da sala da Lauren.

Lauren: O que fizemos não tem volta. Já deveria ter apagado da sua memória.

Esther: O que eu fiz é ilegal. O Afonso nunca me perdoaria...

Lauren: Ele nunca me perdoaria. Então acabe com essa história de uma vez por todas e siga sua vida como nós. Ela está melhor do que carregar esse peso de crianças um bebê.

Esther: Isso está errado. Eu vou contar a ela e vim aqui pra te dizer isso.

Lauren: Nem pense em contar. Posso te mandar pra cadeia... o que acha de uma prisão perpétua? Mais uns 30 anos de prisão pelo que confessará...

Esther: Isso foi há anos atrás... você sabe que...

Lauren: Você vai ter coragem de me enfrentar, doutora? Sabemos quem vencerá isso. Você sabe que não tem como me ligar ao que fez no hospital, né?

Esther: Ela vai quase todo dia naquele cemitério, num túmulo vazio chorar...

Lauren: Você quer perder de vez o Romeu? É isso?

Esther: Pode ao menos... me contar pra quem entregou? Pelo menos pra eu ter certeza que a criança está bem?

Lauren: Posso se você prometer que esse assunto morreu aqui!

Esther: Eu aguardo o endereço então. -saindo da sala dela.

Maxwell: Esther, algum problema?

Esther: Não! Como vai, Max?!

Maxwell: Bem, está chorando? Algum problema no hospital? A Paloma quer entrar com um processo?

Esther: Não, não se preocupe. Tudo bem. Com licença.

Ela saiu de lá, entrou no seu carro e voltou a chorar. Ela tentava pensar numa saída para isso sem envolver a Lauren pra não se prejudicar tanto mas ela sairia completamente destruída dessa história mas já era tarde pra se arrepender. Ela respirou fundo e foi fazer compras pra se distrair. Ela foi até o hospital, pegou o Romeu e seguiu para a casa da Paloma.

Romeu; Onde foi agora?

Esther: Fui... fazer compras.

Romeu: Você está com problemas. O que esconde de mim? -olhando-a seriamente.

Esther: Nada, Romeu! Por favor, a Paloma merece ser feliz então não estrague o clima com suas desconfianças bobas. -disse nervosa.

Romeu: Desconfiança boba?! -balançando a cabeça negativamente e olhando pela janela.- Como se eu não te conhecesse.

Esther: Tá, então diz, o que acha que pode ser?

Romeu: E eu que sei?! Se eu soubesse não te perguntava. Faz tempo que isso aqui... -apontando pra ele e pra ela.- Não tá dando certo e você só piora.

Esther: Claro! Quantos anos... isso aqui... não sai do lugar?

Romeu: Não entendi.

Esther: Como não? Estamos a anos e você nunca cogitou... avançar. Quantos anos nós temos?

Romeu: Isso não faz parte dos meus planos num futuro a curto prazo e você sabe. Você me disse que também não era o seu então...

Esther: Urg! -gritou irritada apertando o volante.- Tá, Romeu! Chega!

Romeu: Achei que tínhamos entrado numa nova fase nessa relação. Eu estou tentando como você pediu... Eu não sou de demonstrar afeto, não sou de ficar falando... você me conhece bem. -ele bufou e revirou os olhos.

Esther: Eu amo você, Romeu! E você?

Romeu: Eu o que?

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Esther: É como se não se importasse, eu digo que te amo e qual sua resposta?

Romeu: Então terminamos. Pronto! Eu não sou isso que você tanto deseja, eu não sou esse homem que você em filme de fazer coisas românticas, falando essas coisas...

Esther: Não vou discutir novamente sobre isso. Podemos ignorar isso e comemorar com todos?

Romeu: Ótimo! Eu estou com você, Esther. Eu disse que iria me esforçar se não é suficiente... sinto muito. Você merece ser feliz e se não for comigo...

Esther: Nunca serei sem você. Desculpa... te forçar assim. Desculpa. -estacionando o carro e respirando fundo.- Não quero te perder, Romeu!

Romeu: Esther! -segurando a mão dela sorrindo fraco.- Estarei com você independente de sermos namorado, amigos... ou qualquer coisa. Você sempre vai poder contar comigo. -beijando a mão dele.

Ela o beijou intensamente, eles desceram do carro, entrelaçadas seus dedos e o Romeu tocou a campainha.

Beatrice: Como vão?! -sorrindo e os cumprimentando com um beijo na bochecha de cada um.- Entrem! -dando espaço pra eles passarem e fechando a porta.

Romeu: Tudo bem e vocês?

Beatrice: Melhorando.

Esther: E a Loma?

Beatrice: Avisou que já está voltando.

Romeu: E o Elijah?!

Beatrice: Já o acordei, está se arrumando pra descer. -indo abrir a porta quando a campainha tocou novamente.- Marjorie?! Que bom que conseguiu voltar. -sorrindo.

Marjorie: Eu não perderia esse jantar por nada. -rindo.- Como vai o casal de médicos gatos?!

Romeu: Bem, Marjorie! E você? -rindo.

Esther: Tudo certo!

O Elijah desceu e eles ficaram conversando mas a Esther estava inquieta. A Paloma chegou e ficou muito surpresa com a recepção e todos comemorando seu primeiro emprego. Eles sentaram a mesa, jantaram e ela contou sobre seu primeiro dia. Após isso todos começaram a ajudar a retirar a mesa, lavar os pratos e a Paloma puxou o Romeu para o jardim.

Paloma: O que aconteceu?

Romeu: Sei lá, parece que... eu não consigo ser suficiente pra Esther. Eu juro que não sei o que sinto por ela... mas com certeza não é amor. Não tenho coragem de dizer e talvez... eu nem seja capaz de sentir isso, entende?

Paloma: Todos nós somos capazes. Talvez o namoro tenha entrado numa crise e vocês só precisam recuperar a paixão do início... aquele fogo que ligava vocês dois...

Romeu: Não vamos falar de coisas tristes. Está feliz? -sorrindo.- Sua sorte é que... não visto roupas femininas... -rindo.

Paloma: Eu acho que... nunca vou conseguir estar 100% sabe?! Mas acho que estou no máximo do que consigo estar. -sorrindo.- Porque não? Lá tem uma langerie lindíssima. Caberia perfeitamente em você. -rindo.

Romeu: Obrigada mas irie dispensar a visão do inferno. -gargalhando.

Marjorie: Hey! Venham ajudar, está pensando que porque é médico não tem que ajudar, Doutor?!

Romeu: Lembre-se de quando for idosa, eu cuidarei de você.

Marjorie: Se estiver vivo... -rindo.

Paloma: Mar! Vira essa boca pra lá! -batendo na madeira.

Romeu: Com licença. -rindo e indo ajudar.

Paloma: Vamos. -indo com o Romeu mas a Marjorie segurou o braço dela e a abraçou.

Marjorie: Amiga! Eu estou morrendo!

Paloma: O que foi?! -disse preocupada.

Marjorie: Por favor?! -disse fingindo chorar.- Vamos pra uma balada! Colocar um pouco de álcool na boca e dançar até cansar!

Paloma: Mar, que susto! -rindo.- Amanhã eu trabalho.

Marjorie: Eu sou vagabunda só em outras coisas, tá? Mas eu também trabalho e estarei lá às 07:30.

Paloma: Mar!

Marjorie: Por favor, o Elijah não quer mais a bruxa do 71.

Paloma: Porque chama ela assim? -rindo.

Marjorie: Ela é a cara da dona Clotilde! Nunca reparou? Aquela mulher... -extremecendo propositalmente.- É horrível! Como pode acabar assim com o coraçãozinho do meu Elijah?!

Paloma: Seu é?! -rindo.

Marjorie: Ele só não sabe ainda... vai, me ajuda! -fazendo bico e juntando as mãos.- Por favor!

Paloma: Voltamos cedo, ok?

Marjorie: Eu te amo! -rindo e a enchendo de beijos.- Eliiii! -indo até ele animada.

Elijah: Fala louquinha! -rindo.

Marjorie: Eu e a Loma decidimos... curtir uma baladinha hoje... e eu estava pensando... Duas mulheres lindas numa balada, sem proteção... pra voltar de madrugada...

Elijah: Eu já entendi. -rindo.- Eu irei acompanha-las mas não me faça dançar! Entendido?

Marjorie: Ok, meu deprê favorito! -beijando a bochecha dele.

Ela se juntou a todos e voltou a arrumar enquanto o Elijah voltou a mexer no celular.

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