Peyton...
Acordo, faço as minhas higienes pessoais, me troco e vou preparar o café. Ainda não encontramos, alguém de confiança para nos ajudar no apartamento, por esse motivo, estamos dividindo as tarefas.
Maya já estava acordada, preparando a mesa do café da manhã.
— Bom dia, May! — digo entrando na cozinha.
— Bom dia, Pe!
— Hoje era o meu dia de preparar o café...
— Eu sei, mas não consegui mais dormir e adiantei as coisas para você, sei que gosta de correr logo pela manhã!
— Voce é um anjo! — digo depositando um beijo no seu rosto.
Tomo uma vitamina, enquanto Maya termina o preparo do café, noto que ela está tensa.
— Por que está tão tensa, May?
Ela olha para os lados e senta-se ao meu lado.
— Não gosto de falar perto da Jade, porque ela não tem papas na língua e fala coisas para magoar, mas estou tensa, porque hoje tem uma reunião com o Gui..., já faz tanto tempo, tenho medo que todo aquele sentimento volte e...
— Justo agora que está tentando algo com o Tavinho?
— Exatamente!
— Não sei o que te dizer, porque estou na mesma situação com o seu irmão!
— Ainda gosta do Noah?
— Não posso mentir, May..., não é como antes, mas ainda sinto algo sim!
— Quero respeitar o Tavinho, ainda mais que ele está na Inglaterra, ainda!
— Acredito que se precipitou quando aceitou namorar com ele!
— O Tavinho é um cara incrível, gentil, carinhoso..., não será difícil me apaixonar por ele!
— Não, mas se após tantos anos não se apaixonou, não quer dizer que vá se apaixonar agora! Não estou dizendo que devia esperar pelo Gui a vida toda, mas conhecer gente nova..., alguém que te faça sentir algo diferente!
Não demora para que fuja do assunto, pois sabe que estou certa.
— Acho melhor eu ir me arrumar para o trabalho e deixar você ir correr!
Nos despedimos, e vou fazer a minha corrida matinal, como gosto de correr mais longe, decido sair do condomínio.
Desde o momento que estou do lado de fora do condomínio, tenho a sensação de estar sendo observada. Quarenta minutos depois, decido parar em um quiosque e beber uma água de coco.
Estou distraída a olhar para o movimento na pracinha, quando ouço alguém do meu lado pigarreando. Ao olhar para o lado, uma senhora muito bonita e elegante está ao meu lado.
(imagem retirada da internet)
— Desculpe, será que posso me sentar aqui com você? As outras mesas estão ocupadas!
— Sim, claro que sim!
— Parecia distante, quando te chamei! — diz acomodando-se na cadeira a minha frente.
— Desculpe..., estava distraída observando os casais, alguns com seus filhos que nem me liguei!... Sou Peyton! — digo estendendo a mão.
— Sou Giorgia... — diz apertando levemente a minha mão.
Ela olha-me fixamente, parece analisar cada fisionomia do meu rosto.
— Não me diga que uma mulher tão linda como você, não tem namorado..., nem família!
— Não tenho namorado, estou bem sozinha... eu acho! — sorrio fraco, brincando com o canudo. — Já família, eu tenho sim, tenho a melhor família do mundo! Pais e irmãos que me amam muito e que eu os amo!
— Pais? — pergunta com uma das sombrancelhas arqueada.
— Sim, um pai e uma mãe! Algum problema?
— Me desculpe! — disfarça. — Não me entenda mal, apenas fico triste porque não tive pais que me amavam de verdade, me abandonaram ainda criança e carrego traumas devido a isso!
Não sei por qual motivo, mas essa mulher me transmite uma certa insegurança, não parece ter verdade em suas palavras e parece que eu a conheço de algum lugar.
— Já nos vemos alguma vez? Tenho a impressão que sim!
— Tenho certeza que não! Acabei de chegar do México, moro lá a muitos anos!
— Ah sim, compreendo..., devo estar enganada mesmo!
— Acabei de chegar de viagem, estou ficando num hotel, mas gostaria de comprar um apartamento no país! Será que pode me indicar algum?
— Aqui no centro tem apenas o condomínio onde moro, depois o outro fica alguns quilômetros daqui!
— Gosto do centro, por favor me mande o contato do proprietário, quero muito saber se tem mais apartamentos disponíveis! — diz pegando seu celular na bolsa, e entrega-me. — Aqui está, anote seu número aqui, e te chamo por mensagem!
Anoto meu número, e imediatamente manda mensagem para que eu salve seu contato, envio o contato do proprietário a ela.
— Bom, eu preciso ir... tenho trabalho ainda! — digo levantando-me.
— Foi um prazer te conhecer! —diz, colocando se de pé também. — Estou com meu motorista aqui, se quiser posso lhe dar uma carona!
— Agradeço muito, mas volto correndo! Adoro me exercitar!
Essa mulher me deixa de uma foma que não sei explicar, tenho um sentimento diferente, mas ao mesmo tempo, sinto que devo permanecer longe.
Volto para o apartamento correndo, aquela sensação de estar sendo observada não passou, então apresso ainda mais para chegar o quanto antes em casa. Ao entrar no condomínio, encontro com Maya, Jade e Clara saindo do elevador, nos cumprimentamos, elas seguem para o seus respectivos trabalhos, enquanto eu subo para o apartamento.
Após tomar um banho e me trocar, sigo para a empresa. Desde que chegamos aqui no Canadá, Jade tem insistido para que eu aceite ser a sua vice, mas não sei se quero tal responsabilidade. Sophia é uma mãe para nós, mas não concordo em assumir algo que é da família Connor, não sou herdeira nem nada disso, o correto seria Oliver assumir esse cargo, e não eu.
A sensação de estar sendo seguida, permanece todo o trajeto.
Ao chegar na empresa vou para a sala da CEO.
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Jade...
Meu nome é Jade Connor, tenho 26 anos, sou uma mulher sincera, forte, determinada e perfeccinista, o que não me impede de ter momentos de fragilidade.
Sou formada em administração, assumi a empresa tem mais ou menos um ano, e desde então elevei muito o patamar dela. Assim que assumi a empresa, a primeira mudança foi no nome, quis retirar o nome da nossa família, desvincular o pensamento de que a empresa pertence ao meu tio Enzo, não que isso seja ruim, mas quero que todos saibam que essa empresa, é e sempre foi liderada por mulheres.
Quis fazer uma homenagem ao homem que foi um pai para mim e Oliver, todos esses anos. Um homem a quem merece o título de pai, pois conquistou seu lugar.
Christopher, é um homem admirável, que cuida e ama nossa mãe e nos ama como se fôssemos seus filhos, é um grande homem e amigo. Com o apoio do meu irmão e de Peyton, a empresa passou a se chamar Bevan, sobrenome dele.
Tanto ele como a minha mãe, ficaram emocionados com a homenagem que fizemos.
Não foi fácil chegar a onde chegamos, pois ainda existe muito machismo e preconceito, em relação as mulheres liderarem e estar no poder. Foram tempos difíceis, mas com a ajuda dos meus pais e da minha irmã de coração, que sempre esteve ao meu lado, conseguimos e a empresa cresceu ainda mais.
Para muitos, pode parecer fácil, mas é bem complexo, a nossa empresa inclui uma grande diversidade de atividades econômicas, que vai da criação de modelos de roupas, até a produção de vestuários. Contamos com uma grade, muito extensa de funcionários, clientes, sócios e acionistas.
Estou solteira por opção, confesso que tenho medo de me envolver com alguém, e acabar pagando por meus erros da adolescência. Por eu ter sido tão injusta com a minha mãe, por ter sido cega por tanto tempo, acreditando que meu pai era uma pessoa diferente. Tenho medo de passar pelo mesmo que ela passou, por isso evito relacionamentos sérios, tenho apenas casos de uma noite.
Aqui na empresa, tenho um caso com o meu asssitente pessoal, quando estou muito estressada, ele me ajuda a relaxar, é um homem lindo e muito atraente, mas não passa de um caso também e já deixei isso bem claro a ele.
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Atualizado até capítulo 94
Comments
Rita De Cassia Rodrigues Dos Santos Pires
Jade tem todas as características pra ser uma dama da noite 🌉
2024-12-04
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marciamattos mattos
amo histórias com mulheres fortes e independentes
2025-03-21
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Rosailda Muniz
eu penso que seja a vagabunda da mãe dela, que abandonou ela quando ainda era uma bebê.
2024-11-20
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