trágica vingança de Martinelli

Depois daquele péssimo final de noite, Luciano não apareceu mais, eu ainda tinha muito medo que ele aparecesse, ele tinha jurado vingança, mais eu não sabia se era pra mim ou pro tal Fabio que me livrou das garras dele aquele dia.

minha vida seguia normalmente,a mesma rotina e eu não via a hora de sair daquela vida, tão difícil e arriscada, estávamos sujeitas a tudo sendo uma garota de programa, mas infelizmente eu não tinha outro recurso e era o único meio de cuidar da minha filha,um ano já tinha se passado e eu nunca mais tive notícias do Alef, não sabia onde a tal tia dele Ágatha morava, só sabia pela placa do carro, e algumas vezes no início, que Ágatha me ligava do orelhão da pracinha principal,o prefixo era 11 e eu sabia que vinha da cidade de São Paulo

era lá que estava o meu filho, ele já devia estar andando, grandinho e concerteza chamando Ágatha de mamãe,sendo que eu era a verdadeira mãe dele e comigo que ele deveria estar,eu sabia que iria ser demorado eu ter meu filho comigo novamente ,eu estava tão longe dele,sem nenhum meio de encontrá-lo, eu ainda estava sozinha na vida ,e as vezes parecia que seria impossível ter o meu filho de volta, , isso acabava comigo cada dia mais e fazia eu não ter mais esperanças de nada bom em minha vida,fora o coração que estava em frangalhos,aquele amor que eu sentia pelo Adam estava adormecendo e aos poucos eu já me conformava, sabia que ele tinha partido pra nunca mais voltar e agora restavam só as boas lembranças, o meu coração estava fechado e eu tinha jogado a chave fora! nunca mais eu iria amar ninguém,eu tinha muito medo que o destino levasse embora outra vez da minha vida alguém que eu gostasse, então eu estava decidida a não amar novamente ,e não sofrer mais!

o tal Fabio Fitzgerald passou a frequentar a boate mais vezes, sempre aos finais de semana e era a mesma coisa, sozinho, tomando sua coca cola e curtindo a música, gostava dos shows de pole dance e striptease que tinha aos sábados!

mas o Fábio nunca escolhia nenhuma garota pra passar a noite com ele, era estranho isso....

e as vezes que ele não vinha, sentíamos falta daquele diferentaõ sentado no canto da boate, até que um dia Fábio veio muito bonito, aliás muito mais bonito que ele já era, estava vestido socialmente,

pediu uma vodka e se juntou com Sebastian e Ed, todas nós achamos estranho, ele parecia querer se soltar aquela noite ,foi até onde eu estava e me convidou pra ir pro quarto particular com ele,eu nem estava acreditando naquela atitude dele aquela noite, mais fiz o que ele pediu e fomos pro quarto onde eu atendia os meus clientes especiais.

chegando lá, Fabio pediu que trouxessem uma garrafa de vinho bem gelada ,pegou duas taças e encheu,pediu que eu brindasse com ele e tomamos o vinho, quando a garrafa estava por meio ele parou de beber, tirou os sapatos,a camisa e deitou na cama,pediu que eu deitasse ao lado dele e fizesse carinho em seus cabelos...

assim eu fiz, e ele mergulhou num sono profundo e cansado sem seguer me colocar a mão aquela noite... aquele homem realmente era estranho e incógnito demais ...

e depois daquele dia, Fabio sempre vinha aos sábados pra passar a sua noite de sono comigo,me pagava normalmente depois ia embora e eu sempre ficava sem intender nada do que estava acontecendo....

até que numa das minhas madrugadas indo embora pra casa,eu esperava o táxi, esse dia eu estava sozinha, Vilma e Júnia ainda estavam na boate com Sebastian e um empresário podre de rico que tinha vindo de Santa Catarina conhecer a boate ,a noite estava fria,era mês de julho,eu usava um sobretudo até o joelho, luvas e botas longas pra esquentar do frio intenso que era nas madrugadas da nossa dura batalha...

o táxi demorou a chegar e era o mesmo taxista de sempre que circulava aquela hora da madrugada, e nos levava sempre em casa.

no caminho o táxi ia lentamente, e me embalava com o silêncio da noite e o vento frio que passava pela janela entreaberta do carro, eu sentia sono e uma vontade de estar o mais rápido possível na minha cama dormindo, depois de tomar um banho e tirar o peso e o cansaço das noites sempre mal dormidas,do retrovisor esquerdo do carro eu notava que um mesmo carro vermelho, estava atrás do táxi a bastante tempo,era estranho uma hora daquelas geralmente nunca tinha movimento de carros no nosso itinerário, mas aquele dia eu estava bastante exausta e acabei cochilando até sentir o táxi parar bem na pracinha principal, era onde eu e as meninas desciam até cada uma ir pra casa, eu desci,paguei a corrida o taxista e segui até o portão da minha casa ,era só atravessar a rua e entrar...

quando eu senti um barulho de carro parando atrás de mim, uma freada brusca e uma porta de carro se abrindo,era o carro vermelho e Martinelli que estava na direção,sacou uma arma pra mim

e só consegui escutar um oco em meus ouvidos, uma dor muito forte atingia toda a minha alma e eu caí no portão da minha casa e não vi mais nada!....-

Continua no próximo capítulo...

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