Capítulo 3

Eliza se arruma para sair em seu quarto quando escuta batidas na porta.

— Saiu! — Eliza grita.

Máximo abre a porta e entra mesmo contra a vontade de sua filha.

— Vamos conversar. — Falou olhando sua filha pelo espelho.

— Não temos nada para conversar. Até você não mudar de ideia, não quero falar com você Máximo.

Máximo se aproxima e a vira fazendo Eliza o olhar em seu rosto.

— Filha, fiz esse acordo há 25 anos, temos que honrar a palavra de um Fontana. — Máximo fala.

— Sinto muito papai, não irei casar com ninguém, como disse você fez esse acordo, não eu. — Falou encarando — Mamãe concordou com essa maluquice?

Nati nunca iria concordar com algo desse tipo, ela criou sua filha livre para suas escolhas.

— Não! — Ele falou. — Eliza você é inteligente e nunca foi uma garota romântica, vamos unir poder e ser mais forte, você tem dois sobrenomes importantes no nosso meio, vamos unir mais um e dominar todo o país.

— Há muito tempo eu não acredito no amor, mas eu tenho esperança em conhecer alguém que possa me amar como você ama a mamãe. — Eliza se levanta e com alguns passos se afasta do seu pai. — Tem certeza que o poder é mais importante que a minha felicidade?

— Eliza, eu não estou pedindo, estou mandando você se casar.

— Isso que veremos. — Ela fala saindo do quarto.

Eliza desce as escadas e no final sua mãe se aproxima.

— O que seu pai está escondendo de mim?

— Ele está me forçando a cumprir um acordo. Mãe, não irei me casar com um nojento qualquer que seu marido escolheu.

— Mas você não vai casar mesmo, seu pai está ficando louco?

— Preciso ir, e talvez eu nem volte para essa casa hoje. — falou a mulher.

Natalia concorda, ela sobe para falar com seu marido enquanto sua filha vai para a garagem buscar seu carro.

Eliza chega no barzinho ao entrar ela se senta próximo ao barman, a mulher pedi um whisky assim como todas as outras noites que havia algo que a atormentava.

O homem sentado ao seu lado encara admirando a beleza de Eliza, ele a olha com seu copo de whisky.

— Dia difícil? — Perguntou ele.

— Não é da sua conta! — Ela fala séria.

O homem sorri e leva sua bebida aos seus lábios. Ele se vira ficando de frente para ela que apenas encarava sua bebida.

— Posso saber seu nome? — Falou encarando o rosto da mulher.

Eliza vira sua bebida e estende seu copo vazio para o barman completar, ao se virar Eliza tenta lembrar de onde conhecia ele, mas não recordava.

— Satisfação Liz. — Falou com um sorrisinho nos lábios.

Mathias e Eliza se conheceu há alguns anos, quando ele ainda jovem passou seis meses na máfia dos Fontana a pedido de Riccardo, e após uma conversa com Eliza ele voltou repentinamente para a máfia de seu pai. E após anos eles se reencontram com a aparência totalmente diferente de anos atrás.

— Um nome lindo para uma mulher maravilhosa. — Elogiou Mathias.

— Obrigada! Não foi apenas o meu dia que foi difícil, o seu também? Pergunta Eliza olhando para a bebida do homem.

— Tive uma péssima notícia logo de manhã e terei uma conversa complicada daqui a pouco.

Eliza pede outra bebida para o homem que estava ao seu lado.

— Vamos brindar por esse dia de merda, que possamos conseguir resolver nossa bagunça. — Ela fala brindando com Mathias e ambos viram todo o líquido quente em seus lábios.

Mathias se aproxima para agradecer Eliza que encara seus olhos, ela lança um sorriso sensual para ele que leva sua mão até o rosto da mulher e alcança o canto dos seus lábios e se aproxima do ouvido dela.

— Nos vemos em breve. — Falou ele se afastando de Eliza.

Ela sorri encarando o homem se afastando, Eliza fica bebendo até sua prima Hope chegar.

— Pensei que não vinha mais. — Falou Eliza.

— Vamos, pois a festa não vai ser aqui, e sim em uma casa noturna. — Hope fala.

Eliza paga sua bebida e vai até a casa noturna, elas sobem para o camarote e vê sua amiga Ava dançando em um poste de pole dance.

Assim que a música acaba os gritos tomam conta do ambiente, Eliza vai até sua amiga e abraça ela.

— Sua vadiä! Não pode simplesmente ir para a França e me deixar aqui com essas doidas. — Eliza fala apontando para suas amigas.

— Continua a mesma pessoa né Eliza. — Ava fala envolvendo a mulher em seus braços.

— Já encontrou Vittorio? — Hope pergunta.

Ava olha para Hope e depois para Eliza, que a encara sem saber o que dizer.

— Não! Ele deixou claro na nossa última conversa se eu fosse para a França poderia esquecer ele.

— Um amor como o de vocês não é fácil se esquecer. — Hope fala. — Eu conheço Vittorio e sei que ele sofreu muito na sua ida, mas se vocês conversar podem voltar.

— Irmãzinha! — Fala Angelo abraçando Ava pelas costas. — Quando cheguei me falaram que você já tinha saído.

— Precisava ver as meninas e curtir um pouco de festa e amanhã tenho que encontrar o motivo do meu retorno.

— Achei que eu fosse o motivo. — Eliza fala em tom de brincadeira.

— Chega de conversa, vamos beber e dançar. — Hope fala e se afasta.

A pista de dança fica pequena para aquelas mulheres, Maya estava afastada das garotas, ela aproveitava os lábios de um homem enquanto todas as suas amigas matavam a saudade.

Era madrugada e elas estavam animadas como se fosse o início da festa. Eliza havia postado vários store e seu irmão reconheceu o lugar e após deixar Emma em sua casa ele só percebeu quando já estava na frente da casa noturna.

Vittorio vai até o bar e pede uma bebida, e logo uma moça com os cabelos loiros e um perfume inconfundível se aproxima dele.

— Pode mandar mais bebidas para o camarote? — Ava pergunta para o barman.

Vittorio vira sua bebida e se levanta, mas seu corpo involuntariamente reage ao ouvir a voz de Ava.

— Vittorio Moretti Fontana!

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