Capítulo 1

Passaram-se anos e tudo estava indo bem nos negócios da família Fontana, Vittorio fazia missões e Eliza planejamento na empresa, agora ambos com 25 anos o acordo com o cartel Ferrari teria que ser cumprido, a vida dos irmãos Fontana e irmãos Ferrari iram se cruzar novamente.

Eliza está em sua sala na empresa da família, quando sua secretária e amiga entra avisando que seu pai aguardava em seu escritório.

— Sabe o que ele quer comigo, Maya?

— Não sei, mas a cara dele está péssima!

Eliza se levanta indo em direção a sua amiga, parando em sua frente com as mãos no bolso de sua calça e a encara.

— O que foi Maya? Você sempre achou meu pai um gostoso! — falou Eliza analisando sua amiga.

— Você sabe, Eliza, eu e metade da empresa acha isso do seu pai. Sorte tem a sua mãe que além de linda, tem um homem...

— Que a føde bem? — Ela faz uma pausa e Maya concorda. — Por isso que mamãe sempre está de bom humor, deixa eu ir ver o que ele quer.

A mulher se afasta, mas antes de passar pela porta sua secretária chama sua atenção.

— Liz! Lembra que temos a festa do retorno de Ava essa noite.

Eliza concorda e sobe para o último andar da empresa de fachada que eles usavam para lavagem de dinheiro.

Após três batidas, ela escuta a voz firme do seu pai, autorizando sua entrada.

— O que posso ajudar papai? — Perguntou assim que entrou pela sala.

Máximo, agora com seus cabelos grisalhos, porém seu terno ainda ressaltava os músculos do seu corpo. Ele se levanta indo para a frente de sua mesa, sentando na ponta e cruzando seus braços à frente do seu peito.

— Senta Eliza. — Ordenou seu pai.

Eliza se aproxima sentando em uma das cadeiras que estavam ali diante dele.

— O que foi? — Perguntou curiosa.

— Não tem uma maneira fácil de dizer isso! — Ele faz uma pausa puxando o ar fundo — Você irá se casar em algumas semanas. — ele fala de uma vez.

Por alguns segundos ela se mantém em silêncio, tentando entender o que seu pai havia dito, Eliza solta um sorriso sem graça e se levanta ficando atrás da cadeira a qual estava sentada.

— Você está ficando louco?! — Questionou encarando seu pai.

— Pelo contrário, nunca tive tão lúcido. Filha, foi um acordo firmado quando vocês eram pequenos. Uniremos duas famílias poderosas.

— Não me recordo de ter fechado um acordo qualquer de casamento!— ela dispara encarando seu pai — Não sou uma marionete a qual você irá dar ordens e farei.

Eliza é uma mistura dos seus pais, a mulher era determinada como Máximo, mas sua personalidade muitas vezes podia ser superior a de sua mãe.

Máximo se levanta encarando sua filha, ele dá a volta em sua mesa, e com suas mãos espalmadas sobre o móvel, ele analisa a reação de sua filha apos receber a notícia.

— Não pense que irá desobedecer essa ordem. — Falou Máximo sem paciência.

A mulher dá as costas para seu pai que a olha indo em direção a porta batendo seus saltos com força contra o chão mesmo sem a sua autorização.

— Minha resposta para essa babaquice é NÃO! — Ela fala abrindo a porta da sala com força fazendo se chocar contra a parede.

— NÃO PENSE QUE ESSE ASSUNTO TERMINOU POR AQUI! — Máximo grita assim que ela passa pela porta.

Eliza volta para a sua sala, seus passos firmes se chocavam contra o chão, seus punhos estavam fechados na lateral do seu corpo, seus olhos demostrava a sua insatisfação.

Ela se joga em sua cadeira sentindo seu coração acelerado, sua boca seca, seus pensamentos se passavam milhares de coisas, menos que seu pai iria obrigar ela a se casar contra a sua vontade, apenas para beneficiar a família.

Não! Eliza! Sua filha. A qual ele sempre protegeu na infância.

Eliza pega um vaso em sua mão, seu primeiro pensamento é arremessar contra a parede, mas ela sabe que não conseguirá parar até toda sua raiva ser aliviada.

— Fødä-se! — Ela fala jogando o primeiro vaso na parede.

Maya, notou que Eliza não havia tido uma boa conversa com seu pai, mas não iria se intrometer em um assunto onde não havia sido convidada.

Mas ao ouvir o barulho vindo do escritório de Eliza, sua preocupação surge. Maya vai até lá entender o que estava acontecendo.

— O que foi Eliza? — ela indagou. — Calma! Você sempre dá um jeito.

Eliza a encara, seus olhos se fecham ao notar o rosto de assustada que Maya tinha.

Novamente ela se joga na cadeira, mas dessa vez sua respiração era pesada mesmo contra sua vontade, Eliza praguejou seu pai em pensamentos.

Maya se aproxima e senta encarando a amiga, que estava com a narina dilatada dá raiva que consumia do seu pai.

— O que ele fez? — perguntou a sua amiga.

— Odeio meu pai!

— Não Eliza! Você não odeia seu pai. Na verdade, é o oposto, você o ama e tem uma admiração enorme.

Ela se levanta inclinando o corpo para frente, espalmando suas mãos sobre a mesa, com ódio não apenas em sua voz, mas sim em seu rosto enrijecido.

— Eu amo ele, mas isso não dá o direito de se meter em minha vida amorosa.

— Como assim vida amorosa? Você está saindo com alguém e não me contou? — Questionou sua amiga.

— Não seja idiota, Maya. — Eliza fala revirando seus olhos. — Eu não estou a fim de relacionamento, não depois de tudo que vivi.

— Mas o que o CEO fez para te deixar nervosa?

Eliza se mantinha em segredo sobre os negócios ilegais da família, ela não queria que sua amiga a visse como uma criminosa, pois Maya não gostava dessa vida ilegal que a família Rodriguez também vivia.

— Ele fechou um acordo há mais de vinte anos e eu terei que cumprir.

— Que tipo de acordo?

— Um que eu não quero cumprir. E você vai me ajudar com isso. — Falou Eliza.

Os olhos da mulher se afasta da escuridão, Eliza nunca aceitaria ser manipulada.

— Preciso voltar para a casa, meu irmão deve chegar e preciso da ajuda dele para fazer meu pai tirar esse ideia maluca da sua cabeça.

— Máximo mudando de ideia? — Maya pergunta.

— Prefiro morrer a me casar por um contrato!

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