No outro dia cedo, Colin acordou com o barulho de Fernanda batendo na porta do quarto dele. Ele se levantou e abriu a porta do quarto.
- Oi, Fernanda. – Disse Colin, com voz de sono.
- Oi, Colin. Você não foi trabalhar hoje. Você está doente?—Disse Fernanda.
- Eu não estou doente. É que o dono da lanchonete ligou para mim. Ele disse que eu não preciso voltar. Perdi meu emprego. –Disse Colin.
- A culpa é minha, eu sinto muito. – Disse Fernanda, com voz triste.
- Eu sabia o que estava fazendo quando machuquei ele. A culpa é minha. —Disse Colin.
- Você deixou a porta aberta.—Disse Fernanda.
- Eu sei. – Disse Colin.
- Você sempre deixa a porta aberta, Colin. O que você faz é perigoso. Minha mãe disse que tem um homem estranho andando na cidade. – Disse Fernanda.
Colin deu gargalhadas.
- O que foi?—Disse Fernanda.
- Você quer tomar café da manhã comigo?—Disse Colin, com um sorriso amigável.
- Eu?!—Disse Fernanda, surpresa.
- Sim.—Disse Colin.
- Eu quero!—Disse Fernanda, sorrindo.
Então Colin e Fernanda foram para a cozinha. Colin fez um mingau de milho verde.
- É, eu acho que ficou você.—Disse Colin, sorrindo.
- Está com uma cara boa.—Disse Fernanda, sorrindo.
Colin colocou mingau em um copo de vidro grande e entregou para Fernanda. Ele também pegou uma colher e entregou para ela.
- Obrigada.—Disse Fernanda, sorrindo.
Colin colocou mingau para ele e sentou-se à mesa.
- Ficou perfeito. Com quem você aprendeu a cozinhar?—Disse Fernanda.
- Eu pesquisei na internet.—Disse Colin.
- Colin, por que você mora sozinho? O que aconteceu com sua família?—Disse Fernanda, olhando atentamente para Colin.
Colin olhou atentamente para Fernanda.
- Eu gosto de morar sozinho. E os meus pais estão bem.- Disse Colin.
- Você gosta mais da sua mãe ou do seu pai?—Disse Fernanda.
Pensamento de Colin: “ Ela está fazendo algum tipo de teste comigo?”
- Por que você faz tantas perguntas?—Disse Colin.
- Porque é o nosso primeiro encontro. E é no primeiro encontro que as pessoas costumam fazer perguntas.—Disse Fernanda.
- Você entendeu errado, Fernanda. Não estamos em um primeiro encontro.—Disse Colin.
- Não? É uma pena. Quando vai ser o nosso primeiro encontro?—Disse Fernanda, sorrindo.
- Eu não quero fazer isso com você. Eu acho que seria bom a gente escolher a amizade. Quer ser minha amiga?—Disse Colin.
Pensamento de Fernanda: “ O que esse idiota está dizendo? Ele mentiu para mim! Ele disse que seria meu namorado. Por que ele mudou de ideia?”
- Eu acho que entendi errado, Colin. Você quer a minha amizade?—Disse Fernanda.
- Sim.—Disse Colin.
- Não quer ser meu namorado?—Disse Fernanda.
- Não.—Disse Colin.
- Você mentiu para mim, Colin. Você disse que seria meu namorado. –Disse Fernanda.
- Eu não menti para você. Eu gosto de você, Fernanda. Mas a verdade é que eu não quero ver você chorar.—Disse Colin.
Fernanda sorriu.
— Você fala que gosta de mim, mas não quer ser meu namorado. Você é idiota? Acha que eu sou idiota? Não quero sua amizade! A vida é sua, Colin. Se você não quer me magoar, é só não me magoar.—Disse Fernanda.
- Não é fácil assim, Fernanda. Quase sempre, a obsessão é mais forte do que eu. E se eu machucar você? Eu não quero machucar você.—Disse Colin.
- Então tudo bem se eu namorar outro cara?—Disse Fernanda.
Pensamento de Colin: “ Não responde, Colin.”
- Responde!—Disse Fernanda, perdendo a paciência.
Colin olhou atentamente para Fernanda.
- O que você quer ouvir?—Disse Colin.
- A verdade.—Disse Fernanda.
- Certo. Você é uma mulher livre, Fernanda.—Disse Colin.
- Obrigada.—Disse Fernanda.
Fernanda se levantou e olhou fixamente para Colin.
- Pega a sua amizade e joga no lixo, Colin. E o seu mingau é horrível! Você não sabe fazer nada.—Disse Fernanda, com raiva.
Fernanda saiu correndo...
Pensamento de Colin: “ Você é um idiota!”
E este foi um dia sem sentido para Colin. Ele simplesmente arrumou a casa e depois deitou no sofá e ficou olhando para o telhado.
Quando a noite chegou, Colin bebeu seus medicamentos e deitou-se para dormir. Mas ele não conseguia dormir, porque ficava pensando em Fernanda. E quando finamente Colin dormiu, não demorou muito para que ele tivesse mais um pesadelo.
Em um dia chuvoso, Katira saiu de casa e começou a andar na chuva.—Foi assim que Começou o pesadelo de Colin.— Caminhando por uma longa estrada, Katira parou quando viu um carro preto se aproximando. Colin estava dentro do carro. Katira começou a correr, enquanto olhava para trás. Colin atropelou Katira.
- Eu não fiz isso!—Gritou Colin, acordando.
Pensamento de Colin: “ Psiquiatra estranha! Por que a Dra. Paula mentiu para mim? Ela disse que se eu tomasse os medicamentos, os pesadelos desapareceriam.”
No outro dia cedo, Colin foi visitar o consultório da Dra. Paula [ psiquiatra].
- Então você está dizendo que não sentiu melhoras?—Disse a Dra. Paula.
- Que melhoras? Eu continuo com os mesmos pesadelos. Acha que pode me dar um medicamento mais forte?—Disse Colin.
- Eu não posso dar um medicamento mais forte. Mas eu tenho um dever de casa para você. Faça exercícios físicos, Colin. Você pode praticar esportes ou fazer simples caminhadas. Se você fizer assim, vai conseguir dormir.—Disse Dra. Paula.
Houve um silêncio.
- Você conseguiu fazer amigos? Você disse que mora sozinho.—Disse Dra. Paula.
- Eu conheci uma garota...—Disse Colin.
- Como ela é?—Disse Dra. Paula.
- Ela é legal.—Disse Colin.
- É bom fazer amigos. Não é bom que você fique sozinho.—Disse Dra. Paula.
- Você fala como se eu pudesse ter amigos. Eu sou um problema para as pessoas que escolhem entrar em minha vida.—Disse Colin.
- Lembra o que você disse quando chegou aqui, Colin? Você disse que era um psicopata. Então eu perguntei: “ Você sabe o que é um psicopata?”—Disse Dra. Paula.
Houve um silêncio.
- Você não respondeu a minha pergunta.—Disse Dra. Paula.
- Minha mãe é psicopata. Eu com certeza sou herdeiro dos problemas dela.—Disse Colin.
- Não acredito. Pelo que eu entendo do seu caso, você escolheu ser um homem ruim no passado. Você fez e disse coisas das quais se arrepende. Mas isso não significa que você é um psicopata. Você vai ficar melhor quando aceitar que não é um psicopata.—Disse Dra. Paula.
- Mas e a minha obsessão por pessoas?—Disse Colin.
- Você está tratando a obsessão, Colin. Sua obsessão por pessoas é um problema diferente, que não está ligado com você ser um psicopata.—Disse Dra. Paula.
- E como você sabe disso? Minha mãe é uma psicopata, eu provavelmente herdei as loucuras dela.—Disse Colin.
- Um psicopata não consegue sentir remorso, nem culpa. Mas você disse que se pudesse voltar no tempo, faria tudo diferente. Você seria um bom amigo para seu amigo Seth e deixaria sua ex-namorada ser feliz com o homem que ela escolheu. É um dos motivos que me fez perceber que você não é um psicopata. Mas eu prometo analisar você, todos os dias. E se eu perceber que você apresenta sinais de psicopatia, eu vou ajudá-lo a tratar.—Disse Dra. Paula.
- Sobre aquela garota... Você acha que eu consigo ser um homem bom? Eu quero ser um homem bom para ficar com ela. Ela disse que gosta de mim, que quer ser minha namorada. Acha que seria certo eu aceitar o pedido de namoro dela?—Disse Colin.
- Você gosta dela?—Disse Dra. Paula.
- Sim.—Disse Colin.
- Então conte para ela sobre o seu tratamento. Explique para ela como você pensa e dê um tempo para ela pensar. E se ela escolher ficar com você depois de saber a verdade, eu não vejo problema em você aceitar. Mas você vai ser cauteloso, Colin. Lembre-se que a garota que você gosta também precisa de espaço. Quando você voltar, eu quero saber se você fez os exercícios físicos. E eu também vou querer saber como anda o namoro. – Disse Dra. Paula, com um sorriso amigável.
- Certo. – Disse Colin, com um sorriso amigável.
Colin voltou feliz para casa, imaginando como seria o namoro com Fernanda. Ele também estava ansioso para conversar com Fernanda e fazer o pedido de namoro.
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Atualizado até capítulo 30
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Larissa Nascimento de Souza
Embora os psicopatas mostrem uma falta específica de emoções, como ansiedade, medo e tristeza, eles podem sentir emoções como felicidade, alegria, surpresa e nojo. Assim, enquanto tendem a sofrer para reconhecer rostos amedrontados ou tristes, são menos sensíveis às ameaças e punições.
2023-01-19
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