" Você não conhece Fernanda" Capítulo 04

Na sexta-feira Colin foi trabalhar esperando ver Fernanda na lanchonete. Mas isso não aconteceu. Quando voltou para casa, Colin deixou a porta aberta na esperança de que ela fosse entrar a qualquer momento, mas isso também não aconteceu.

De frente para o espelho Colin pensou: “ Por que ela não está voltando? Eu acho que ela escolheu ficar longe de mim. É, se eu fosse ela eu também escolheria ficar longe.”

- Mas não está certo! Se ela não quer ficar comigo eu preciso ficar sabendo.—Disse Colin.

Colin foi para cama com raiva.

No outro dia cedo, Colin bateu na porta da casa de Fernanda. Ele queria ter certeza de que tudo estava bem com ela. Quem abriu a porta foi Marta.

- Bom dia!—Disse Colin, com um sorriso amigável.

- Oi.—Disse Marta.

Colin percebeu que algo estava incomodando Marta. Ele queria ter certeza que Marta não sabia sobre ele ser um psicopata.

- Está tudo bem com a senhora? Ontem eu vi um homem estranho andando na cidade. Eu sou novo na cidade e não conheço os vizinhos. Acha que seria uma boa ideia eu comprar um cachorro?—Disse Colin.

- Você está com medo do homem estranho ou quer comprar um cachorro?—Disse Marta.

Colin sorriu.

- Os dois. Eu acredito que um cachorro pode nos proteger. Mas eu nunca vi vocês com um cachorro. Alguém na família é alérgico?—Disse Colin.

- Ah... Não. Ninguém é alérgico, mas eu não gosto de animais.—Disse Marta.

- Entendi. Sobre o homem estranho, você acha que eu preciso me preocupar?—Disse Colin.

- Não. A cidade é tranquila.—Disse Marta.

- Bom saber. Eu só quis avisar, porque Fernanda disse que ela estuda à noite.—Disse Colin.

- Obrigada, Colin. Eu vou conversar com o pai dela.—Disse Marta.

- Certo. Tchau. – Disse Colin.

O pensamento de Colin enquanto voltava para casa foi: “ Droga! Ela não me recebeu. Agora eu tenho certeza que ela desistiu do meu amor. Eu chamei na porta da casa dela, ela sabia que era eu e escolheu me evitar. E o pior de tudo foi ver a cara da mãe dela. A mãe dela é insuportável! Pelo menos ela não sabe que eu sou um psicopata. Também se ela soubesse, já teria ligado para a polícia.”

Colin ficou quase o dia todo deitado no sofá. Ele não tinha controle sobre seus pensamentos e só conseguia pensar em Fernanda.

Por volta das cinco horas da tarde, Colin se levantou e foi para a cozinha preparar o jantar.

No outro dia cedo, quando Colin acordou, ele percebeu que a porta da sala estava aberta. E não demorou muito para que ele soubesse o que havia acontecido. Fernanda havia entrado na casa e colocado os medicamentos de Colin em cima do sofá.

Pensamento de Colin: “ É idiota, você foi rejeitado.”

Colin sorriu e depois ficou triste.

No outro dia cedo, por volta das oito horas da manhã, Colin estava na lanchonete. Ele estava limpando o balcão quando ele percebeu que Fernanda havia entrado na lanchonete e ocupado a mesa sete. E ela não estava sozinha. Um homem que aparentava ter 40 anos de idade estava com ela.

Pensamento de Colin: “ O que ela está fazendo aqui? E por que esse homem está com ela?”

Um cliente se aproximou.

- Oi, amigo. Eu quero um café duplo.—Disse o cliente, sorrindo.

- Espera só um pouco, amigo. Eu vou atender a mesa sete.—Disse Colin.

- Mesa sete, é? Não me diga que está com ciúmes. – Disse o cliente, sorrindo.

- O que quer dizer?—Disse Colin.

- A moça sentada na mesa sete, não é a que sempre está com você?—Disse o cliente.

- Não entendi. – Disse Colin.

- Ela vive correndo atrás de você. – Disse o cliente.

- É o jeito dela. Ela gosta de conversar comigo.—Disse Colin.

O cliente deu gargalhadas.

- Não só com você. Não se sinta diferente dos outros.—Disse o cliente, sorrindo.

- Ei, você não sabe o que está dizendo.—Disse Colin.

- Ela é sua namorada?—Disse o cliente, sorrindo.

- Não. – Disse Colin.

- Então você se livrou de um problema. Mulheres como ela, só querem saber de dinheiro. Viu o homem que está sentado com ela? Ele é muito mais velho. Ela não se importa com a idade, porque o homem é rico. O nome dele é Vagner. Ele tem muitas terras e cabeças de gado. É por isso que ela está com ele.—Disse o cliente.

- Olha para a sua idade! Quantos anos você tem? Por que você está fazendo fofoca sobre a vida de uma jovem? Ela é uma garota alegre e uma estudante. Ela não é uma mulher interesseira. Não fale o que você não sabe. – Disse Colin.

- Mas eu estou falando o que sei. O meu amigo já dormiu com ela. E não foi só uma vez.—Disse o cliente, sorrindo.

Colin deu um soco no rosto do cliente.

- Cala a boca seu desgraçado! Você não conhece Fernanda. – Disse Colin, com raiva.

- Você sabe quem eu sou? Eu sou amigo do dono da lanchonete. Você vai ser demitido, seu pirralho!—Disse o cliente.

Colin se aproximou da mesa sete, segurou a mão de Fernanda e os dois saíram juntos.

Minutos depois...

Colin e Fernanda estavam em uma sorveteria. Colin olhava fixamente para Fernanda, enquanto ela tomava um sorvete de morango.

- Vai ficar olhando para mim? Assim você me deixa sem graça. – Disse Fernanda, sorrindo.

- Quem é ele?—Disse Colin.

Fernanda olhou atentamente para Colin.

- Quem?—Disse Fernanda.

- O homem que entrou com você na lanchonete.—Disse Colin.

- Primeiro você. Por que você brigou com aquele homem?—Disse Fernanda.

- Porque ele disse que você é uma prostituta.—Disse Colin.

- Você ficou com ciúme?—Disse Fernanda, sorrindo.

- Eu fiquei com raiva. Quem é ele?—Disse Colin.

- Eu estou procurando emprego de meio período. O amigo dele é dono de uma pequena empresa. Eu estava fazendo algo parecido com uma entrevista de emprego.—Disse Fernanda.

- Eu não acredito. –Disse Colin.

Fernanda olhou fixamente para Colin.

- Você me defendeu mas não acredita em mim?—Disse Fernanda.

- Quem defendeu você?—Disse Colin.

Colin se levantou e saiu apressado...

- Colin!—Gritou Fernanda.

Fernanda correu atrás de Colin e conseguiu alcançar ele.

- Me deixa em paz. –Disse Colin.

- Obrigada. Eu sei que você acredita em mim.—Disse Fernanda.

- Eu não teria tanta certeza.—Disse Colin.

- Você vai perder o emprego?—Disse Fernanda.

- Provavelmente. – Disse Colin.

- Eu sinto muito.—Disse Fernanda.

- Tanto faz, você também perdeu o seu.—Disse Colin.

Fernanda sorriu.

- Você é ruim, sabia?—Disse Fernanda.

- Pior é você que terminou comigo sem olhar nos meus olhos.—Disse Colin.

- Eu não terminei nada. Eu ainda gosto de você. Eu só estou pensando.—Disse Fernanda.

- Você pesquisou sobre o assunto?—Disse Colin.

- Sim, mas não entendi. Como pode alguém não ter sentimentos?—Disse Fernanda.

- Acontece.—Disse Colin.

- Ah! Eu pesquisei sobre os seus medicamentos. Sabia que eles não são para psicopatas?—Disse Fernanda, sorrindo.

Colin olhou atentamente para Fernanda.

- Eu sei, mas não se engane. O meu problema e a psicopatia, andam lado a lado.—Disse Colin.

Fernanda segurou o braço de Colin.

- Tanto faz! Você é meu, Colin. – Disse Fernanda, sorrindo.

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