Para um policial da narcóticos ter pessoas dentro da própria casa usando o que eles lutam para banir é algo muito sério. E eu sei que ele vai falar muito na minha cabeça.
Mas na verdade no momento eu estou um pouco bêbada e furiosa por ele ter acabado com a minha festa de aniversário e sei que essa conversa vai acabar saindo do controle. Meu irmão irritado diz;
— Agora que todos os ratos abandonaram o navio e deixaram a capitã afundar sozinha, vamos conversar Edwiges! Como você faz uma coisa dessas comigo? Eu sabia que era seu aniversário a Sofie e eu tínhamos planejado algo para você, só que você acabou de quebrando a nossa confiança! Você colocou estranhos na nossa casa, olhe como está tudo a sua volta, tem móveis quebrados... Tem coisas que não deveriam estar aqui por causa do meu trabalho! Você tem noção do que vai acontecer se descobrirem o que estava acontecendo dentro da minha casa? Você tem noção de quão sério isso é? O que eu fiz para você agir assim comigo? Eu só quis ser bom, eu criei você com amor, com carinho, com dedicação e olha o que você faz comigo! Eu te dei o mundo e é desse jeito que você me paga?
Fico irritada com o jeito que Stefan fala comigo e me descontrolo ao dizer;
— Eu não te pedi nada! Não escolhi minha vida, eu fui jogar aqui! Meu pai morreu, minha mãe me largou no hospital e o meu irmão me criou através do rancor e da vingança. Porque é só disso que você vive! Você quer vingar a morte do nosso pai, você tem rancor dentro de você. Eu fui criada pela Sofie, você me criou por tabela, às vezes você está em casa às vezes não. E a Sofie vive trabalhando como enfermeira, como você acha que foi a minha criação? Que quadro é esse que você está pintando que eu não conheço? Você chega aqui, estraga a minha festa de aniversário com pessoas que realmente estiverem em minha vida o tempo inteiro e agora quer me dar lição de moral e cobrar de mim empatia?
Tento respirar fundo e digo para ele tentando manter a calma;
— Stefan, acho que você precisa rever melhor os seus conceitos de família, sua mulher vive dentro de um hospital, você vive na rua atrás de um homem que você nem sabe qual é o rosto... E eu, agora que não estou mais estudando o que eu faço da minha vida? Porque nem faculdade ou universidade você não pode pagar para mim e eu não ganhei nenhuma bolsa. O que eu vou fazer da minha vida? Eu quero ser uma modelo e você não quer permitir. Você manda em tudo que eu faço, mas não me dá oportunidade de crescer.
Ele está com um olhar de decepção e mágoa enquanto diz;
— Você dá uma festa na minha casa sem a minha permissão, você permite entrarem na minha casa com coisas que você sabe que não deveriam entrar por aquela porta. Você colocou vidas em risco hoje aqui e eu era o responsável legal por tudo isso! Você reclama que eu não estive presente o suficiente na sua vida, mas tudo que eu fiz foi trabalhar para te dar uma vida melhor. A minha mulher fez a mesma coisa, se você tem tudo o que tem hoje em dia foi porque trabalhamos muito. Me desculpe se eu não posso pagar uma faculdade ou uma universidade para você! Essa é a nossa situação de vida agora, mas você ainda pode correr atrás de uma bolsa de estudos. E ser modelo não é profissão, procure ser médica, advogada, qualquer outra coisa. Menos isso... E eu quero essa casa limpa antes da minha esposa chegar! Eu não me importo se você vai limpar tudo isso até o amanhecer, já que seus amigos te abandonaram e limpe sozinha.
Não acredito no que ele está falando e digo;
— Mas o quê? É o meu aniversário, Stefan! Você não pode fazer isso comigo!
Ele como forma para me punir diz autoritário;
— O que não pode é minha esposa chegar cansada depois de um plantão de 24 horas e ter que limpar uma bagunça que foi feita pelos seus amigos e por você! Então, limpe você. Eu vou sair para trabalhar, espero que seus amigos não voltem. Porque se eu voltar aqui vai ser com muitos carros para levar todos presos.
Stefan sai e me deixa sozinha na casa, realmente não tem mais ninguém aqui além de mim. Se ele pensa que eu vou ficar dentro dessa casa na noite do meu aniversário está muito enganado!
Eu saio porta a fora, sem destino certo para ir. Estou tão irritada, tão magoada, tão chateada, que não percebo para onde estou indo. Eu só quero andar, quanto mais longe de casa eu for melhor eu vou me sentir.
Eu ando sem rumo... Não olho muito bem em que rua eu estou entrando. Eu só sei que eu quero andar, quero ir para longe. Não quero olhar para trás.
Quando a minha cabeça esfria e eu percebo que as coisas saíram do controle, fico chateada, eu não queria ter dito as coisas que eu disse para o meu irmão.
Mas eu ainda estou bêbada... Eu só queria desabafar. Nesse momento eu percebo que estou em uma rua escura e vestida de um jeito que qualquer um que me ver agora vai pensar que sou uma mulher da noite.
Mas eu não sou! E agora eu paro e olho em volta estou realmente sozinha, não sei o que fazer porque eu nunca tinha vindo para esse lado da cidade.
Nem sei como cheguei aqui andando, então decido voltar, só que para o meu azar três homens aparecem saindo de uma rua, eles me seguram e me arrastam para um beco.
Só que eles mexeram com a mulher errada, ao tentarem rasgar a minha roupa e eu comecei a bater, mas um deles conseguiu acertar um soco no meu rosto me fazendo cair no chão e torcer meu pé.
Sinto as mãos deles em meu vestido, só que a minha cabeça está muito zonza com o soco que me deram. Até que eu escuto tiros, está tudo muito confuso para mim.
Vejo alguém olhar para mim com um olhar tão paternal, não sei quem é. Mas ele manda alguém me pegar no colo, a única coisa que eu sei é que quando me colocaram dentro do carro o mesmo homem que me olhou com o olhar paternal tirou o seu casaco e colocou sobre mim.
Eu adormeci e tive um sonho, acho que era o meu pai. Eu já tinha visto uma foto dele, mas tem muito tempo.
Esse homem se senta ao meu lado e diz que eu preciso ser alguém melhor, que o que eu estou fazendo não é certo. Eu ainda vou magoar muito meu irmão por isso.
Mas de repente eu acordo, não estou mais usando o meu vestido que aqueles três rasgaram. Eu estou usando uma outra roupa, até que confortável. Não estou mais com cheiro de bebida alcoólica.
Eu olho em volta e vejo que aqui é tudo muito bem decorado e tem flores para todo lado, a cama é muito confortável e é uma cama enorme, maior que a cama que eu durmo na casa do meu irmão.
O quarto é perfeito e tem aroma de flores, eu vejo que tem uma penteadeira com um espelho enorme e decido ir até lá, já que estou sentindo o meu rosto dolorido por causa do soco que eu tomei.
Ao me olhar no espelho eu percebo que tiraram a minha maquiagem e dá para ver bem a marca do soco que eu tomei, meu rosto está um pouco inchado.
Eu abro o pijama que eu estou usando, porque ele é de botão, e vejo que acima dos meus seios está tudo arranhado, acho que foi quando eles tentaram arrancar a minha roupa e agora eu penso; Onde eu estou? E o mais importante; Quem me salvou?
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Atualizado até capítulo 41
Comments
Josi Gomes
COMO ELA É INGRATA E MAL AGRADECIDA, ELA PREFERIA TER SIDO ABANDONADA NA RUA OU NO ORFANATO, MERECE UM CASTIGO POR ISSO
2024-11-19
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Vanfaquini
já que ingrata , já tem 18 anos rala minha filha , as portas estão abertas ...vai atrás dos seus sonhos .....ninguém merece alguém tão mimada e sem noção igual vc ....cara eu no lugar desse irmão , já teria colocado ela pra fora da minha casa .....pegando ranço dessa garota 🙄😒
2024-01-02
6
mandinha
Ela está errada, e fica se fazendo de vítima só por que é aniversário dela 😒 me poupe quer trabalhar mais não tem responsabilidade nenhuma, e não deveria abrir a boca para falar com seu irmão desse jeito, pois se ele tivesse lhe abandonado com certeza, vc iria jogar na cara dele por não ter feito o que está fazendo 😠
2023-10-28
6