Don da Máfia da Itália.

Desde muito novo aprendi coisas sobre a máfia. Meu Pai fez questão que eu assistisse desde muito menino filmes de gangster e mafiosos, todos italianos.

Moro em Milão desde que nasci, e de todos os filmes que assisti apenas um ganhou meu coração! O Poderoso Chefão! Eu sempre quis ser como o famoso "Don Vito Corleone".

Eu era tão fã dele que pedi para o meu Pai mudar o meu nome, eu queria ter o nome do meu ídolo, mas meu Pai me falava;

— "Figlio mio, so che ammiri il tuo idolo, ma ho bisogno di farmi un nome! Proprio come me, proprio come tuo nonno e bisnonno! Paolo, il tuo nome sarà da tutti rispettato, temuto e ricordato, credi in tuo Padre." (Meu filho, sei que tem admiração pelo seu ídolo, mas preciso fazer teu próprio nome! Assim como eu, assim como seu avô e seu bisavô! Paolo, seu nome será respeitado, temido e lembrando por todos, acredite no seu Pai.)

Meu Pai estava certo! Hoje meu nome, Paolo Denaro, quando é dito pela minha Itália alguns tremem enquanto outros apenas abrem um sorriso. Cada um tem de mim o que merece, na medida certa.

_Minha vida com Paola._

Quando completei 25 anos conheci Paola Esposito. Uma jovem e linda mulher que trabalhava como garçonete em café na Sicília. Me apaixonei por ela de cara. Fiquei seis meses na Sicília até conseguir o coração dela.

Para uma jovem mulher de 19 anos ela era alguém muito a frente de seu tempo. Mas eu errei em uma coisa... Não Contei para ela que eu era o novo dono da Máfia Denaro, Diabolik.

Para ela eu era um jovem Ceo, que queria ela como esposa. Nós nos casamos e ela logo ficou grávida de Leon, para minha felicidade.

No dia em que Leon nasceu foi quando ela descobriu que eu era um Don da Máfia. Pois meus melhores amigos Dons de outras Máfias vieram abençoar a vinda do meu filho a esse mundo. Ela disse para mim chateada;

— Como você foi capaz de esconder algo tão sério de mim? Você não me deu o direito de escolher se eu iria querer essa vida para mim ou não! Justo no dia mais feliz da minha vida!

Me ajoelho no chão e seguro a mão dela a encostando em minha testa e digo;

— Foi por medo de perdê-la minha Bella e amata moglie. (Linda e Amada Esposa.)

Ela é firme comigo e diz;

— Não adianta vir com essa sua lábia italiana para o meu lado! Sou Italiana como você!

Mas imploro para ela mais a vez;

— Perdonami amore mio! È solo che ti amo così tanto, avevo paura di perderti! (Me perdoe, meu Amor! É que eu te amo tanto, tive medo de te perder!)

Ela ainda durona amolece um pouco e diz;

— Non credo! Devo impazzire per innamorarmi di questo! Ti amo anch'io amore mio! Ma non mentirmi più! (Eu não acredito! Devo estar ficando louca para cair nisso! Eu também te amo muito, meu Amor! Mas não minta para mim novamente!)

— Eu juro que não vou mais mentir para você, Amore Mio. Nosso filho é tão lindo, tem muito de nós dois, estou muito feliz por isso, Paola!

Minha vida só melhorou, nosso filho se mostrou forte desde pequeno. Até que Paola engravidou novamente, Leon já estava com 10 anos e consegui fazer com ele o que meu Pai tinha feito comigo.

Meu menino queria ser como seu pai e seu ídolo, minha vida estava completa. Até que meu Pai faleceu. Mas era algo que eu sabia que iria acontecer, fui obrigado a assumir a máfia porque tentaram matar meu Pai quando eu tinha 23 anos.

Ele foi internado com duas balas na cabeça. Os médicos queriam desligar os aparelhos dele, mas eu disse que se fizessem isso eu mesmo meteria uma bala na testa de cada um.

Mantive meu Pai por mais de dez anos naquele hospital até seu coração decidir que estava na hora de parar de bater. Mas mesmo assim a dor e o luto tomou conta de mim.

Depois de enterrar meu Pai, fiquei por um mês. inteiro dentro do meu quarto, os únicos que entravam lá eram minha esposa e filho. Eu não queria ver ninguém.

Fui obrigado a sair do meu luto quando começaram a atacar meus "negócios", pensaram que eu tinha morrido junto com o meu Pai, vou descontar neles a minha dor!

Infelizmente foi aí que as coisas começaram a dar errado para mim. Tive que aumentar a segurança em minha casa, com a gestação da Paola avançando fiquei cada vez mais neurótico.

Até que descobrimos que teríamos uma linda menininha, Edwiges, eu fiquei muito emocionado quando a Paola mencionou o nome da nossa menininha.

Eu levei um tiro e fui obrigado a ficar em casa, Paola teve que ir para o seu pré-natal. Mandei os seguranças de sempre e adormeci por causa dos remédios.

Fui acordado por um dos meus seguranças, que estava segurando uma caixa pequena nas mãos. Ele me disse que não tinha remetente e que tinha outra caixa na sala, quando cheguei lá vi que era maior a tal caixa. Ainda com a pequena em mãos perguntei;

— Quem enviou essas caixas, Riccardo?

E ele responde;

— Uma van preta parou e disse que era um presente de um dos seus aliados, Senhor Denaro!

— Abra a caixa grande, Riccardo!

Assim que ele abre a caixa vejo colocar a mão na boca e olhar para mim espantado. Quando me aproximo da tal caixa e meus olhos batem em seu conteúdo um uivo de dor involuntário sai da minha boca.

Meu corpo treme, eu não consigo me controlar e digo com dificuldade;

— A-amore mio? A-amore mio?

Chamo por ela enquanto choro e grito. E nesse momento mais que rapidamente abro a caixa em minhas mãos e lá está o meu anjinho que foi arrancada de dentro de sua mãe.

Caio de joelho ao ver que metade do meu mundo acabou de ruir diante dos meus olhos, meu grito e uivo de choro preenche minha casa. Isso não está acontecendo, é um pesadelo, um maldito pesadelo. E Riccardo diz;

— Senhor Denaro, seu ferimento está sangrando!

— Chame todos! Chame todos os meus aliados aqui!

Eu enlouqueci, ver as duas razões do meu viver daquele jeito matou o homem bom que havia em mim.

Eu enlouqueci literalmente, meus aliados chegaram e cobrei de cada um sobre o que estava acontecendo na minha sala naquele momento.

Todos viram que eu estava fora de mim segurando a caixa com a minha filha e um bilhete. Enquanto a minha esposa estava na outra caixa. Totalmente desmembrada.

Eles prometeram me ajudar a encontrar quem foi que fez aquilo, deram a sua palavra. Eu saberia que não teria condições de fazer nada do jeito que eu estava.

Mas ainda assim eu saí como um louco por toda a Itália, catei um por um deles torturei e matei todos, mas não encontrei quem fez aquilo com a minha esposa e a minha filha. A única coisa que dizia no bilhete que estava na caixa era;

— "Agora você pode enterrá-las! Será que elas vão voltar à Vida em algum momento? Será que Deus vai dar uma segunda chance para elas? Eu acho que não!"

Depois disso eu tive um ano bem difícil, pois eu deixei o meu luto me dominar. Contratei duas Babás para cuidarem do meu filho e mergulhei na Máfia! Enfiei na minha cabeça que iria encontrar quem matou a minha filha e a minha esposa amada.

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